"Feche os olhos, mais deixe a mente bem aberta."        – Ponte para Terabitia.

 Sento-me na cadeira e me inclino. Leio o que, supostamente, deve me descrever. Não, não está bom. Fecho os olhos enquanto ouço uma música nostálgica: Called Out in The Dark do Snow Patrol, uma das minhas músicas favoritas. Penso mais um pouco, e então decido como vou, brevemente, reescrever o texto que fala de mim mesma.

Leonina. Com apenas essa palavra posso causar diferentes estilos de mim mesma aos olhos de quem irá ler. Penso mais um pouco, e decido que não vou usar palavras-chave. Minha imagem ficaria muito generalizada. Decido usar outra maneira, enquanto mudo a música.  Dessa vez é Pocketful of Sunshine da Natasha Bedingfield. Lembro-me do filme que assisti, onde achei essa música. Então, uma coisa que posso afirmar: eu amo filmes. De preferência, que tenha uma boa história por trás dos efeitos especiais. Senão, não vale tanto. Posso passar horas e horas assistindo, sem nenhum problema – comendo pipoca com provolone, claro. Viro-me pra TV, e deparo-me com um bom ponto para tocar: sou fã do Batman. Fim. Não há nada que possa mudar minha opinião sobre esse super-herói. Olho para minha escrivaninha e vejo um dos livros mais novos que tenho: Em Chamas. Levou meses para conseguir achar os três livros da trilogia Jogos Vorazes, mas eu consegui – assim que saí do próprio filme. E, de fato, eu me apaixonei pela história. É definitivamente maravilhosa.

Enquanto escuto The Fray – Look After You, percebo que está muito frio. Levanto, fechos as janelas. Eu não gosto do frio. Sou apaixonada pelo calor. Talvez pelo meu signo, quem sabe? Paro um pouco de escrever recordo-me do meu time do coração. Sou Corinthians eternamente. Gosto de praticar futebol (de salão) também, como centroavante. Pra falar a verdade, gosto de quase todos os esportes. Vôlei, principalmente. Começo a batucar o ritmo da música Wonderwall do Oasis. Como aprendi a tocar o básico de bateria, peguei o vício de sair batucando quando ouço alguma música. Não importa qual música. Também não importa o lugar. Olho para a porta do meu quarto e vejo o boletim colado. Esqueci-me de dizer que sou dedicada aos estudos. Orgulho-me disso. Esqueci também de dizer que sempre amei escrever, e por isso minhas notas de redação são, em geral, muito boas. Apesar das notas – e de me chamarem de nerd –, sou muito faladeira quando estou com as pessoas que eu me sinto à vontade. Costumam dizer que sou uma amiga confiável, apesar de ser bem bagunceira e irritante. Boba também – isso me define bem.

Olho para o tamanho do texto e decido que chega. Já falei muito, mas, ao mesmo tempo, nada de mim. Bom, independente de tudo, tento ser uma pessoa melhor a cada dia – embora meu esforço não faça tanta diferença – e fazer com que as pessoas que eu amo se sintam felizes e vejam o quanto eu me importo, verdadeiramente, com cada uma delas. E agradeço por ser quem eu sou, porque cada alguém especial deixou um pouco de si em mim e contribuíram para as palavras que aqui foram escritas. Todos realmente me marcaram de maneiras diferentes e eu prometo que vou cuidar de cada um. Ou pelo menos tentar.

P.S.: Quem sabe, depois de toda essa descrição, o Batman me chame para substituí-lo?

P.S.S.: "Não é quem eu sou por dentro, mas o que eu faço que me define." (Batman Begins)

"A vida só pode ser compreendida olhando para trás, mas só pode ser vivida olhando para frente."     – O Curioso Caso de Benjamin Button.