Num mundo onde vivemos rodeados de dúvidas e incertezas, é bem fácil se refugiar em um mundinho de fantasias onde a vida é uma mar de rosas. Mas eu perdi a capacidade de fazer isso, perdi a capacidade de sonhar, e todos os dias tenho que encarar a minha dura realidade de frente. Levei vários tombos na vida, e quebrei a cara por inúmeras vezes, mas isso não foi de todo ruim, porque me ensinou que não vivemos em um mundo de contos de fadas, e que príncipes encantados e finais felizes estão completamente fora de cogitação. Descobri que sonhar, por mais irônico que pareça, pode nos tornar pessoas descrentes e desiludidas. Em outras palavras eu perdi a fé, perdi a fé de que poderia me tornar uma pessoa bem sucedida, perdi a fé de que um dia pudesse viver como uma pessoa normal, de que alguém um dia pudesse me tornar feliz.
Aqui estou eu, a mercê da minha maldita sorte, à base de antidepressivos e remédios controlados(já que nem minha droga de coração faz seu trabalho direito), chutada, aborrecida com a vida e com minha linda desilusão. Foi tal desilusão que me fez prometer que eu jamais deixaria que meu coração defeituoso tomasse as decisões por mim; que jamais me deixaria levar por algo incerto, que nunca mais acreditaria em juras de amor vindas da boca de um carinha estúpido; que em hipótese alguma, me daria ao luxo de perder totalmente a razão e o juízo, algo que muitos conhecem como apaixonar-se. Mas como descobri, nem todas as promessas podem ser cumpridas, e infelizmente, que para todas aquelas juras que fiz a mim mesma, ele poderia ser a única exceção.

As pessoas acreditam veemente que a fama e o dinheiro podem transformar a vida de qualquer um, concordo plenamente, já que, melhor do que ninguém, posso afirmar o quanto essas duas coisas viraram minha vida de cabeça para baixo.
Todos têm opiniões diferentes a meu respeito. Para alguns, sou a garota mais sortuda do mundo; para tietes malucas, sou a bruxa que roubou o amor da vida delas; embora a grande maioria me considere apenas como a namoradinha do grande León Vargas. Aos meus olhos, sou a Violetta de sempre, uma garota comum como as outras, que apenas que deseja apenas encontrar seu lugar no mundo.
Apesar dessa minha insignificância, convivo diariamente com o assédio da imprensa, boatos e especulações. Confesso que sinto saudade da época em que éramos apenas nós dois, juntos contra o mundo. Por enquanto, tento apenas ignorar essa situação e manter a esperança de que um dia tudo isso acabará.
Por enquanto, somos apenas uma bagunça. Uma bela bagunça.

León Vargas é um típico bad boy, durão e marrento. Um garoto problemático e já considerado por muitos como um caso perdido. O seu ''antônimo'' se chama Violetta Castillo, uma menina doce e gentil que procura sempre enxergar o melhor nas pessoas. Sonhadora, acredita que encontrará o amor da sua vida. Mas o que ela nunca imaginou é que seu príncipe encantado estaria em cima de uma moto em vez de um lindo cavalo branco. O que aconteceria se por obra do destino ou mero acaso seus caminhos se cruzassem? É possível que entre pessoas tão diferentes possa nascer um sentimento inesperado? Os opostos realmente se atraem? Ou são as diferenças que se completam?

Talvez a despedida seja a pior forma de dor conhecida pelo ser humano. Deixar pra trás lugares, pessoas, momentos tão marcantes pode ser tudo, menos agradável. O ruim, é que uma despedida sempre estará acompanhada por recordações, na maioria das vezes, de momentos tão sublimes e ternos que por mais pequenos que fossem, gostaríamos de reviver ou de tornar eternos.
Sempre será assim, quando você olhar pra trás e lembrar de tudo o que abandonou, vai doer, sem sombra de dúvidas. Mas por meio das memórias e lembranças poderemos perceber que algumas coisas são eternas, inclusive alguns sentimentos implícitos e oprimidos pelo tempo e circunstâncias dos quais é impossível fugir ou se esconder pra sempre. E quando tais sentimentos vem à tona, tenha certeza de que o céu é o limite.
Então, mesmo que doa agora, é preciso compreender que talvez a tristeza de uma despedida seja necessária para a alegria de um reencontro, por mais que o mesmo demore a ocorrer, porque, na verdade, talvez signifique que nem tudo terminou definitivamente, e que provavelmente não seja tarde demais.