Era uma missão.
Missão esta em seus conformes, fora de alcance, muito bem assegurada, até que sombras, reflexos do passado, encontraram seu caminho de volta para chutar qualquer controle que tivesse em mãos. A velha história contada e contada várias vezes então começa apresentar furos, de repente buracos. Mais que visíveis, eles se tornam óbvios.

Era um plano, um escape.
Estava em execução, porém mal estruturado e mal resolvido. Havia muito daquela história para ser dita, para ser entendida. Para ser aceita e refeita. E ainda que ignorada, dava seu jeito de se infiltrar, fosse na cabeça, fosse no coração. E em outros corações.

O que é apontar os erros dos outros sem assumir os seus próprios?
Negativo com negativo dá positivo, não?

Os tropeços foram dados, as vidas, entrelaçadas, o teatro, descortinado.
Em meio à luta do dia a dia, Milena e companhia aprendem no "hard way" como as coisas funcionam e devem funcionar. A que estado se encontram e devem se encontrar. Que é possível andar na mais estreita corda se tiver a segurança necessária. Se tiver...
Equilíbrio.

Mas estão preparados para ceder? Para aceitar? Aceitar, enfim, de restabelecer esse equilíbrio? De, sumariamente, acreditar que daquele prejuízo possa vir intensos lucros? Às duras penas, talvez.

Todo fim é espaço para um recomeço. E, claro, abertura para novas odisseias.

Outros caminhos se abrem a cada virada de ano. Perspectivas, esperanças, desejos, tudo parece novo de novo, tanto para o Lins, quanto para os Garra, e agora os Muniz.

Mas... e quanto ao que ficou para trás? E quanto àquilo que foi resgatado?
Uma, duas, três vidas já precisaram de um tropeço dela. Murilo, Vinícius, Djane e Filipe também têm suas lutas.
Milena aqui trabalha num novo eu para seguir em frente.
Apesar de ela dar seu jeito de contornar, o universo esse grande brincalhão, como costuma pensar está arquitetando uma nova situação, uma que a force a se expor, pois feridas não devem ser apenas costuradas, mas cicatrizadas.
Quem disse que ela facilita? Não, essa garota não é de se entregar fácil.
Para chegar ao equilíbrio, é preciso se deixar cair e então ser levantada. E, primordialmente, que não é tarefa para se fazer sozinha, pois o equilíbrio é uma ligação de duas vias, e a falta dessa vez tem sido dela. Mas existe sempre um novo amanhã pra dar jeito nisso, certo?

(Adoro essa capa)

Milena pode não ser uma pessoa certa em seus eixos, mas o estado de equilíbrio de que alguém precisa. Com toques de humor, ela faz de um drama uma comédia a seu jeito, porque nem tudo precisa ser sério, mas tudo precisa de estabilidade.
O problema dessa vez é que o fio da sua balança que pendia normal se demonstra fraco. Claro que Milena vai sempre dar um jeito de amarrar bem essa corda, mas deixará alguém ver que fragilidade é essa?
Que segredo é esse que ela esconde?
Ela é quem na verdade precisa de equilíbrio.

Quando brigamos, é sinal de que alguém está errado. Se está errado é porque algo precisa de equilíbrio. Mas e quando esse desequilíbrio encontra outra desequilibrada? Negativo com negativo dá positivo, não?
Milena pode não ser uma pessoa certa em seus eixos, mas o estado de equilíbrio de que alguém precisa. Com toques de humor, ela faz de um drama uma comédia a seu jeito, porque nem tudo precisa ser sério, mas tudo precisa de estabilidade. Principalmente quando uma, duas, três, vidas necessitam de um tropeço dela.