Prólogo:
Às vezes sou mais forte do que imaginava. Como é possível tu sorrires, agires naturalmente, como se nada estivesse a acontecer, quando o teu mundo está a desabar e a única coisa que queres é chorar, gritar e desaparecer se tu não fores forte?
Depois de algum tempo, tu aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contractos, presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança. Aprendes a construir todas as tuas estradas hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio voo. Depois de algum tempo, tu aprendes que até o sol queima se tu ficares exposto por muito tempo. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. Aprende que realmente podes suportarQue realmente és forte e que realmente tens valor
Acabo de ler isto, e fico inexpressiva. Sei que agora é a minha vez de ser forte, de abandonar tudo o que tenho de deixar a minha vida para trás, tudo aquilo que eu conheci foi deitado para o lixo numa questão de minutos. Cada amizade que fiz, cada amor escondido que tive, cada asneira. A partir deste momento terá de ser esquecida. Porque o destino, ou a vida é mesmo assim num momento dá-te o mundo para a seguir to tirar.