Pequena menina, grande sonhadora. Hoje sentei, e passei um tempo pensando. Conseguiria me definir? Quero dizer, cada um de nós é uma incógnita. Uma mistura de sentimentos, loucuras, manias e uma pitadinha de sonhos. Desperto de meus devaneios, e afirmo: Ninguém se define totalmente. Eu posso encher um caderno todo, de coisas sobre mim, como o quanto reclamo do meu cabelo, ou o quanto estou insatisfeita com meu peso. Tolice. Isso não mostra nada de mim. Quem um dia não odiou seu cabelo, ou reclamou de uns quilinhos a mais? Quero dizer, o que te define é que vem de dentro. Cabelo, ou quilos a mais, são mera superficialidade. Os sentimentos, a forma de ver as coisas, até mesmo a forma de amar. Sim, até mesmo a forma de amar. Quem disse que todos nascemos iguais, vivemos  iguais e morreremos iguais? Eu prefiro sentar-me, e orgulhar-me do quanto sou e me sinto diferente. Sabe, diferente. De que ainda ser semelhante a todos? Não fazer diferença alguma? Adianta? Viver como inúmeros iguais, de gostos iguais, paixões iguais, vidas iguais. Qual seria a graça da vida, se tudo fosse tão igual? Não faria sentido algum. Viveríamos por viver, e nossa presença na terra passaria despercebida. Claro, existiram inúmeros iguais a você, então, qual seria a diferença de um igual a menos? Mais uma vez, parei, e pensei. Talvez, tudo que eu pense, faça realmente sentido. Ou talvez, não faça sentido algum. Talvez sejam todos iguais. Vocês, eu quero dizer. Eu não me encaixo. Nesse sentido da ''igualdade'', meu nome não entra. Quero ser diferente, gosto de ser assim. Me orgulho de ser assim. Forte, batalhadora, e ao mesmo tempo, tão fraca e frágil. Feliz e vivida, e ao mesmo tempo, sozinha e sem sentido algum. Quem dirá um dia, que tudo isso faz sentido?