Depois de sair do hospital passei em casa, peguei meu terno, toda documentação e fui para casa da mamãe.

 

Chegando, encontrei Rosalie no meu quarto amamentando Sophie.

 

— Rosalie deixe que eu a faça dormir.

 

— Eu não me importo Edward, Cauã está dormindo mesmo.

 

— Mas não quero te dar trabalho. Vá dormir descansar, que eu darei um jeito aqui. - Ela me entregou Sophie e saiu do quarto.

 

— Oi meu amorzinho, hoje você vai ter que ficar com o papai.

 

— Papai.

 

— Shii. Vamos dormir agora. – Deitei-a na cama e comecei a cantar para ela, que rapidamente apagou.

 

 Levantei-me para tomar banho, já passava das 03:30 da manha. No dia seguinte, levantei logo cedo, me arrumei e desci para tomar café.

 

— Bom dia menino.

 

— Bom dia Maria. Você sabe se mamãe passou a noite em casa?

 

— Ao que tudo indica sim. Mas já vai tão cedo assim para empresa?

 

— Estou indo viajar Maria, e queria falar com ela antes.

 

Subi e entrei no quarto silenciosamente para não assusta-la. Depois ate percebi que Giuseppe tomava banho.

 

— Mãe, mãe. – Disse sussurrando.

 

— Aaa, oi querido. Já vai?

 

— Vou sim mãe. As meninas estão no meu quarto, cuide delas para mim.

 

— Vá tranqüilo, que eu cuidarei delas.

 

— Obrigada mãe. Tchau. – Aproximei-me e deu um beijo em sua testa.

 

— Tchau filho, vá com Deus.

 

Fui dar mais um beijo nos meus amores e sai para o aeroporto.

 

 

LONDRES

 

 

— Bom tarde senhor Edward.

 

— Boa tarde Claire. Os empresários já chegaram?

 

— Eles mandaram avisar que não puderam vir, e pediram que caso o senhor ainda quisesse, poderia ir até a fazenda deles.

 

— Entendo, e você já pediu para trazerem o helicóptero?

 

— Sim. Tudo já está arrumado, e o piloto te espera.

 

— Obrigada Claire.

 

Saindo da empresa, fui ao pátio e lá encontrei o piloto.

 

— Boa tarde senhor Edward.

 

— Boa tarde Jacques.

 

— Pronto?

 

— Jacques se não se importa prefiro ir só. Estou com saudades de pilotar essa pequena maquina.

 

— Que mal lhe pergunte, mas o senhor ainda lembra?

 

— Como poderia me esquecer? Senhor Carlisle fez um ótimo trabalho. Voávamos sempre quando dava, em Los Angeles.

 

— Se o senhor prefere assim. Mas qualquer coisa estaremos o monitorando, e se quiser pode fazer uma chamada pelo radio. – Assenti, entrei no helicóptero, coloquei os acessórios e dei a partida.

 

Havia me esquecido o quão boa, era a sensação de estar no controle. Ao ir passando pelas fazendas, ia me admirando e posso dizer que relaxando um pouco.

 

Chegando pousei, e lá estavam os irmãos Brad. Fazendeiros milionários, e que estavam querendo abrir uma loja de automóveis.

 

— Boa tarde Edward. – Dei um aperto de mão em cada um deles.

 

— Boa tarde Thiago, Robert.

 

— Então, vamos lá para dentro e fechar nosso negocio?

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— Bom dia Belinha. Que Edward não descubra, mas aqui estão as mamadeiras.

— Bom dia All. Como elas estão?

 

— Quer a verdade? – Fiz que sim com a cabeça.

 

— Sophie acordou chorando muito e chamando por Edward. Já Julie não para de chamar por você.

 

— O que eu vou fazer All? Não consigo deixar Gabriel, mas também sei que elas precisam de mim.

 

— Hoje nós ficaremos com elas, mas quando meu irmão voltar você terá que dar um jeito. Ontem ele já saiu brigado daqui, e isso não pode se repetir.

 

— Ninguém entende o que está se passando no meu coração.

 

— Isso eu realmente não seu, mas tenho certeza de que você não vai agüentar ficar muito tempo assim.

 

— Eu sei.. – Abaixei a cabeça e All me abraçou.

 

 

Horas depois...

 

 

Esme entrou no quarto desesperada, chorando, tremendo, logo pensei que havia acontecido alguma coisa com minhas pequenas.

 

— Mãe o que aconteceu?

 

— E-e-edward. – Ela disse entre soluços.

 

— O que tem meu irmão mãe? – Nisso meu coração acelerou, depois apertou me fazendo sentar no sofá. – Mãe quer um calmante? Uma água com açúcar?

 

— Não será preciso. – Ela foi se segurando, para conseguir falar. - Ligaram de Londres e disseram que o helicóptero que Edward estava, desapareceu dos satélites.

 

— Edward? Meu Edward. – Esme assentiu. – NÃO! NÃO! NÃO. Isso não pode ter acontecido com ele.

 

— Mãe nos fale exatamente todas as palavras que eles disseram. – Esme ainda soluçava.

 

— Claire disse que seu irmão, dispensou o piloto para relembrar os tempos em que andava com seu pai. Quando estava voltando, ao que tudo indica o helicóptero caiu, pois eles perderam o rastro do satélite.

 

— O MEU DEUS! Não acredito que uma coisa dessas aconteceu com meu irmão. E as buscas? Eles têm que começar logo mãe. – Todas nós já estávamos chorando.

 

— O gerente da empresa já acionou a policia e os bombeiros locais. – Com isso Gabriel acordou.

 

— Mamãe por que estão todas chorando?

 

— Nós vamos lá fora conversar e depois a mamãe fala com você. – Ao sair, fechamos a porta, Alice secou as lagrimas e disse.

 

— Mãe, Bella eu vou a Londres. Não vou conseguir ficar aqui e não poder fazer nada.

 

— Filha você não sabe o que poderá encontrar lá.

 

— Isso não importa, eu pegarei o próximo avião para Londres. – Alice nos deu um beijo. - Qualquer noticia eu ligo para vocês.

 

Depois que ela saiu, Esme e eu ficamos olhando uma para cara da outra e pensando o que diríamos a Gabriel. Novamente entramos no quarto, e lá estava ele sentado.

 

— Estou esperando mamãe, pode me contar tudo.

 

— É complicado filho.

 

— Mas eu quero saber por que estava todo mundo chorando. É por causa de mim? Eu vou morrer?

 

— Não fale uma coisa dessas Gabriel. Você não vai morrer, tira isso da sua cabeça.

 

— Já que ela não quer falar, diga você vovó. – Esme se aproximou, sentou-se ao lado de Gabriel na cama e pegou sua mão.

 

— Primeiramente querido, eu gostaria de te dizer que nada na nossa vida acontece por acaso e talvez nós devamos aprender com certas coisas. Ontem quando você estava dormindo, seu pai saiu para viajar, fechar um contrato importante em Londres.

 

Ele resistiu um pouco, dizendo que não iria deixar vocês, mas o dever falou mais alto. Hoje de manha ele acordou, me deu um beijo e disse para eu cuidar das suas irmãs e saiu.

 

Infelizmente há algumas horas atrás. Um funcionário da empresa de Londres ligou e disse que seu pai pegou o helicóptero da empresa para ir ao encontro dos empresários, e na volta, eles perderam o rastreamento de vista, o que significa que o helicóptero caiu.

 

Nós ainda não temos noticias concretas meu amor, e por isso tia Alice foi para lá acompanhar tudo de perto.

 

— Vovó meu pai não pode morrer. Eu não posso perder parte da minha família mais uma vez. Achem ele, por favor. – Gabriel estava visivelmente transtornado, me deixando ainda mais angustiada.

 

— Eu prometo que nós tentaremos de tudo Gabriel. Mas se tiver que ser será.