Acordei pela manha com Lourdes me chamando, e me entregando uma xícara de café.

- Desculpe-me senhor Edward, mas suas olheiras estão horríveis. Não devia passar noites trabalhando, contando que o senhor voltou tem dois dias.

- Lourdes eu precisava resolver essas coisas. Obrigada pelo café.

- De nada, quer mais alguma coisa?

- Tem algum terno meu que você ainda não guardou? Não quero acordar Bella.

- Tem sim, vou deixar no quarto de hospedes.

Acabei de tomar o café, e subi para tomar banho. Não demorei muito a me arrumar e sai para a empresa.

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Acordei procurando por Edward, mas ele não estava na cama. Lavei meu rosto, escovei os dentes e desci para ver se ele tomava café.

- Bom dia dona Bella.

- Bom dia Lourdes. Onde está Edward?

- Ele saiu logo cedo. Quando cheguei ele estava dormindo no escritório, eu fiz um café forte, e ele saiu.

- Ontem ele não saiu de lá nem para falar com as crianças, mas tarde eu ligo para ele então.

[..]

- Meninas eu vou comprar umas frutas para as nenéns, tomem conta delas, prometo não demorar.

- Pode ficar tranqüila dona Bella, elas estão entretidas com o filme. – Dei um beijo nelas e sai.

Fui ao mercado mais próximo, e comprei tudo que as meninas e Gabriel gostavam. Claro que também escolhi algumas coisas para mim, já estava comendo que nem uma louca.

Na volta vi uns brinquedos que me chamaram atenção, e aproveitando que estávamos na semana do natal, entrei e comprei.

Como fiquei fora mais que o esperado, voltei para casa o mais rápido possível.

- Cheguei meus amores. – Quando entrei, tomei um tremendo susto com a cena na minha frente. Num rompante soltei todas as sacolas no chão.

- Ora, ora, veja quem chegou para fazer parte da festa.

- O que está fazendo aqui Melaine? E para que essa arma na sua mão? – Estavam todos sentados no sofá, Julie e Sophie choravam sem parar. As meninas as seguravam com toda força. Lourdes estava uma pilha e Gabriel o mais pálido que o normal.

- Eu Bella? Só vim buscar o que é meu por direito.

- Você está louca? Eu paguei todos os seus direitos. Agora me responda, como entrou aqui?

- Lourdes é tão sonsinha, que acreditou que eu estava com saudades dessas criaturas. E quem disse que eu vim atrás de dinheiro? Eu quero meu Edward. – Ela estava visivelmente descontrolada.

- Você quer dizer meu Edward e meu marido.

- Nem mais um passo ou palavra, se não eu atiro nos seus bens mais preciosos.

- Não. Isso não, por favor.

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- Senhor Edward posso passar a ligação?

- Quem é Selena?

- Da floricultura.

-Ok. Pode passar.

- Bom dia senhor Cullen. Desculpe interromper seu trabalho, mas o assunto é urgente.

- Vocês não conseguiram entregar as flores?

- Não é isso. Quando nosso entregou chegou à sua casam viu pela janela central uma mulher armada e outras pessoas sentadas no sofá.

- O meu Deus. E há quanto tempo foi isso?

- Ele acabou de chegar dizendo e nós já chamamos a policia.

- Obrigado. Estou indo para lá agora.

Sai como louco da minha sala, nem respondi o que Selena perguntou. No caminho, liguei para Alice e mamãe, e pedi que elas me encontrassem lá em casa.

De longe percebi a movimentação, varias viaturas cercavam a casa. Acelerei o carro e sai dele batendo as portas.

- Eu preciso entrar lá dentro? – Disse nervoso.

- Senhor isso é impossível, a mulher está armada. Nós já estamos tentando fazer contato.

- Vocês não entendem. Lá estão minhas filhas de dois anos, meu filho doente, e minha mulher grávida.

- Eu posso entender sua aflição, mas por hora já estamos fazendo o possível.

- Filho. – Mamãe que já estava com lagrimas nos olhos, veio me abraçar.

Ficamos conversando por mais algum tempo, até que o policial se aproximou.

- Conseguimos fazer contato, porem a mulher se recusa a falar conosco.

Eles então, colocaram um radio para que todos pudessem ouvir, e se caso começasse uma negociação eu seria instruído no que dizer.

- Era comigo que queria falar, pois bem, estou aqui. Agora me diga, quem é você?

- Meu amor não acredito que você nem desconfia, sou eu Melaine.

- Melaine o que está fazendo ai? – Disse gritando e o policial pediu calma.

- Só vim tê-lo de volta, quem mandou aquela mulherzinha me tirar você? Nós éramos tão felizes juntos. – A psicóloga que estava ao meu lado, disse ela estava muito conturbada e imaginava coisas.

- Melaine agora que já estamos conversando, o que acha de libertar alguém?

- O que eu ganharia com isso amor? Aqui está tão divertido.

- Que tal uma noite, só nós dois e onde você quiser?

- Eu estava com tanta saudade de sair com você.

- Digo o mesmo, mas para isso, preciso que entremos num acordo.

- Não sei.

- Melaine eu imploro que libere Gabriel, ele não está bem e precisa de cuidados especiais.

- O bastardinho adotivo?

- Vou te dizer uma coisa, caso queira voltar comigo, não poderá tratá-los mal.

- Tudo bem, faço tudo para te ver feliz.

Depois de alguns segundos, Gabriel saia do portão que dava para o jardim. Os primeiros braços que lhe encontraram foram da mamãe.

Antes que o examinassem na ambulância, ele se aproximou de mim, com as mãos ainda tremulas e lagrimas nos olhos.

- Pai, por que eu? Tire minhas irmãs, elas estão desesperadas, não param de chorar.

- Filho nós conseguiremos. Agora me diga como está tudo.

- Eu to com medo, muito medo que aquela louca mate a mamãe. O revolver está na mira da cabeça dela.

- Eu não deixarei isso acontecer filho. – Mamãe então o puxou, tirando-o dali.

Mais algumas promessas feitas, tiramos um a um, mas Bella ainda estava lá, o que me angustiava muito.

- Melaine solte-a, será melhor para todos nós.

- Para que solta-la? Nós estamos nos divertindo tanto. Sem contar que se eu deixa-la sair, ela poderá me roubas você de novo.

- E quem disse que eu a quero? Você não viu que eu joguei a aliança fora, assim como pedido.

- Mas isso não impede dela ir atrás de você.

- Sabe, eu estou começando a desconfiar que você não goste de mim.

- Você está maluco, eu sou completamente apaixonada por você.

- Então solte Isabella. – Qualquer palavra que demonstrasse certo afeto por Bella, poderia estragar tudo.

- Desculpe-me amor, mas acabei de tomar minha decisão, daqui ela não sai viva. – Foi nesse momento que todos paralisaram ao escutar um tiro.

- BELLA NÃÃOO! – Joguei o telefone no chão, e sai correndo para casa.