A primeira coisa que Edward fez quando chegamos foi tomar um banho. Enquanto isso eu ajeitei as crianças, para que elas continuassem dormindo tranqüilas.

Já estava quase amanhecendo em Los Angeles, eu precisava descansar, mas não antes de contar a Edward sobre nosso bebe. Na hora que ele saiu do banheiro só de toalha e sacudindo aqueles cabelos que eu tanto amo, meu coração acelerou.

- Demorei? – Ele disse antes de entrar no closet.

- Não. E a parte esquerda é toda sua.

- Obrigado.

Na primeira vez meu coração acelerou, mas agora eu quase morri ao vê-lo na minha frente e daquele jeito. Que saudade, meu Deus.

- Edward, eu sei que nós estamos cansados, mais eu preciso conversar com você. – Ele sentou-se ao meu lado da cama.

- Claro. Sobre o que se trata? Gabriel?

- Não, é algo que implica todos nós.

- Então diga antes que eu morra de curiosidade.

- Primeiro uma pergunta: O que você sentiu quando se lembrou das crianças? Você gostou de saber que tinha três filhos?

- Que pergunta mais boba amor, é claro que eu gostei.

- Tudo bem. Você se lembrou que alguns meses atrás, pouco antes do seu aniversario nós nos reconciliamos, numa tarde inteira no quarto?

- Me lembro vagamente. Por quê?

- Porque foi nesse mesmo dia que nós.. – Desembucha Bella. Coragem

- Foi nesse dia que nós?

- Eu to grávida Edward. Pronto falei. Eu sei que nós não planejamos, sei também que eu talvez tivesse que cuidar dele (a) sozinha, mas no instante que eu soube fique tão feliz que nada importava alem daquele ser que crescia dentro de mim.

- Então era isso que você queria me contar?

- Você não gostou é isso? Diz Edward, você não gostou? – Comecei a chorar. – Só fique sabendo que caso não queira, eu estou disposta a criá-lo sozinha e..

- Bella pare de dizer absurdos. Como você acha que eu não gostaria de um filho? Essa é uma das noticias mais perfeitas que eu recebi nessas ultimas 24 horas.

- Eu tive tanto medo.

- Agora isso não é preciso mais, eu estou aqui, e disposto há recuperar todo tempo perdido. Começando por isso. – Ele me puxou para si, posicionou-se em cima de mim e começou a distribuir beijos pela extensão do meu pescoço. – Uma pequena comemoração a dois, o que acha?

- Maravilhoso.

Então ele tocou meu rosto e aquilo era como um rastro de fogo sobre minha pele... Nos seus olhos me enxergava, apesar de não proferirmos nenhuma palavra, as nossas almas se conversavam, era incrível, mas eu podia ver e entender claramente o que ele queria dizer pra mim: Amor, saudade, paixão, desejo, sofrimento.

Meus suspiros de satisfação de tê-lo ali ao meu lado, se tornavam cada vez mais altos. Ele começou então a tirar minha roupa, e deslizar os dedos por toda extensão do meu corpo.

Num instante depois, trocamos de posição para que eu pudesse apreciar aquele corpo que me fazia arder em desejo. Como tudo se tornava perfeito quando estávamos juntos, parecia que todas as preocupações sumiam.

Minha mente passeava entre o sonho e a realidade. Meu corpo sentia a falta de Edward, se eu estivesse morrendo naquele instante, eu morreria feliz porque Edward estava comigo.

- Amor você está me torturando. Eu fiquei dois meses sem você, não agüento nem mais dois minutos. – No começo ele disse com uma cara extremamente pidona, mais logo passou para um olhar sexy e tentador.

- Como eu posso recusar a um pedido desses. – Disse mordendo os lábios. Logo ele rolou para cima de mim, e retirou nossas ultimas peças.

Nossos corpos se moviam em total sintonia. Ao atingirmos o ápice, fiquei olhando para os olhos de Edward, e pensando em como a vida me concedeu um presente tão maravilhoso.

- Eu amo você Bella. – Ele disse me beijando. – Também amo você filho (a). – Acariciou minha barriga.

- Nós também te amamos muito.

Logo em seguida virei para o lado, e dormi rapidamente. Acordei com Julie e Sophie batendo na porta. Ao abri-la elas saíram correndo para o lado de Edward.

- Papaiii.

- Bom dia princesinhas. – Ele as pegou no colo e colocou na cama.

- Pai blinca comigo? – Sophie perguntou, já pulando na cama.

- Claro meu amor, só que terá de ser mais tarde, hoje o papai tem algumas coisinhas para fazer. – Nisso Julie já puxava o lençol, querendo mamar.

- Calminha mocinha, a mamãe já vai de dar.

- Lapido mamãe.

- Já estou indo.

Depois de amamentar as duas, deixei Edward descer com elas e fui acordar Gabriel. Chamei-o milhares de vezes, porem ele não respondeu.

- Onde está Gabriel amor?

- O chamei varias vezes, e ele nem se mexeu.

- Ele deve estar cansado, depois o acordamos. – Começamos então a tomar café. – Bella eu sei que preciso resolver varias coisas na empresa, mas eu gostaria de aproveitar mais com vocês. O que acha de fazermos um passeio?

- Eu acho uma excelente idéia amor, mais está muito frio não acha?

- Eles não vão se resfriar, só encapuza-los bem.

- Como recusar um pedido desses? Vamos nos trocar então.

- Amores do papai, nós iremos o dia para passear o que acham?

- Adolei papai. – Julie disse o beijando.

Subi, arrumei as meninas e fui encontrar Edward que tentava acordar Gabriel.

- Filho você não levantou ainda? – Disse ao chegar à porta.

- Eu não vou, estou doente.

- O que é isso agora Gabriel?

- O que mãe? Eu estou doente e feio. Vocês podem dizer que não, mas eu sei que as pessoas irão rir de mim.

- Tudo bem, se você pensa assim. Eu estou indo me arrumar, caso decida ir estarei te esperando. – Só dei um ultima olhada para Edward e sai.

Pouco tempo depois, ele chegou ao quarto e disse que Gabriel havia se arrumado, e agora tomava café.

- Amor você devia ter sido mais paciente. Essa reação dele é totalmente normal.

- Eu simplesmente não sei o que me deu, logo eu que sempre teve paciência com ele. Só achei na hora, que não precisava adulá-lo, desculpe.

- Acho que suas oscilações de humor começaram mais cedo dessa vez.

- Talvez. – Me virei para ajeitar o, sobretudo em Edward.

Até que havia mais pessoas do que eu imaginava no parque. Muitas crianças faziam bonecos de neve.

Nos distraímos bastante brincando, e só algumas horas depois eu percebi a presença de paparazzis.

- Droga!

- O que foi Bella?

- Adivinha? Paparazzis. Mas é claro que eles não perderiam a oportunidade de colocar na mídia seu reaparecimento. E tem mais, você sabe que eu não gosto que fotografe as crianças, isso é muito pessoal.

- Eu também não gosto, mas infelizmente os cargos que nossa família ocupa chamam atenção. Agora, fique aqui, enquanto eu vou falar com eles.

- Não é preciso amor. Continuaremos mais um pouco aqui, e depois vamos embora.

- Se prefere assim.

Ficamos por ali, mais algum tempo. Edward então perguntou se eu me importava, se ele passasse na casa de Esme para vê-la, e é claro que eu não aceitei.

Chegando, ela paparicou Edward ate não poder mais e insistiu que ficássemos para o almoço. Na volta para casa, as meninas estavam tão cansadas que acabaram dormindo no caminho.

Na mesma hora que eu peguei Sophie no colo para subir com ela, Edward segurou meu braço.

- Bella deixe que eu a leve, ou você esqueceu que não pode pegar peso.

- Me poupe Edward. Eu estou grávida, não doente. – Me desprendi de seu braço e subi.

Edward então levou Julie, e Gabriel disse que iria estudar algumas coisas que a professora havia mandado pela internet.

- Amor você se importaria se eu quebrasse minha promessa e desse uma passada na empresa?

- Claro que não amor. Mais eu preciso conversar com você depois.

- Sobre o que?

- Gabriel.

- Vá dizendo enquanto eu tomo banho e me arrumo. – Assim, eu fiz.

- Sabe o que é. Eu tenho medo de que a leucemia avance e acredito que o quanto antes conseguirmos um doador será melhor. A cada dia que passa, tudo está se tornando mais difícil, ou as pessoas não querem doar, ou não são compatíveis.

- Bella eu estou tendo uma idéia agora e gostaria de saber se você está de acordo.

- Diz logo, o que é?

- Nós podemos promover campanhas nas Cullen’s. Nossa empresa possui milhares de funcionários, as chances de encontrarmos um doador são grandes.

- Como eu não havia pensando nisso antes, essa idéia é simplesmente perfeita.