Breaking Dawn a Transformação escrita por Ludmilaaa


Capítulo 16
Capitulo 15 – Dias transformadores parte I


Notas iniciais do capítulo

E ai meninas?
Cmo estao?



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Eu estava exausto.

Sendo eu um vampiro, meu corpo obviamente não se cansava. Mas a minha mente estava em um turbilhão. Bella tinha passado mal, Bella tivera incrivelmente abraçada com a morte. Minha filha havia nascido. Eu iniciara a transformação dela.

Novamente, Eu estou exausto e até um pouco incoerente.

Eu ouvia a pulsação seca do coração de Bella. Já não era mais o som que eu amava. Era um som determinante, marcado, como o badalar de um relógio contando.

"Está tudo bem? Posso entrar?" Perguntou Alice em seus pensamentos, preocupada. Era a quarta vez que ela vinha até a porta mas eu não respondia.

- Entra.

Ao olhar Alice, notei em suas mãos uma grande bacia de água com uma esponja. Eu primeiramente não entendi o que aquilo significava mas esperei por maiores explicações.

- Bella odiaria saber que ficou toda exposta assim. Quando a transformação estiver quase completa eu venho vesti-la. Faça isso, Edward. E aproveite pra não só tirar as manchas que estão na pele dela, mas as tire da sua cabeça também. Esse é um novo começo pra vocês dois onde a culpa não tem mais que existir.

Eu olhei pra Alice que me encarava com um grande sorriso no rosto. Ela estava feliz e aliviada que as coisas estivem finalmente às claras. Suspirei. Talvez Alice tivesse razão, eu tinha que deixar ir todas as manchas e marcas do passado, o importante seria apenas o futuro e o agora.

Eu olhei por o corpo de Bella. Ensangüentado, Mutilado. Ainda humanamente marcado com toda a brutalidade daqueles momentos. Eu toquei sua pele. Ainda quente, ainda macia. Ainda porcelana sobre vidro, cristal. Me ajoelhei em frente a cama que Bella estava. Seu rosto estava tenso. Como se ela estivesse tendo um pesadelo.

Eu faria qualquer coisa. Rastejaria em brasa para que eu pudesse sentir essas dores para ela. Mas não podia.

Sabia que a dor era solitária e por mais que eu odiasse isso nada mudaria. Alias, a mudança que ocorreria ali, seria para que Bella se tornasse minha semelhante. Será que Bella me odiaria? Será que Bella veria o quanto eu tinha feito com ela e me largaria? Será que Bella sofreria muito em seus primeiros anos para controlar a sede? Será que ela me perdoaria por todo o sofrimento passado e o que estava por vir?

Lentamente comecei a passar a esponja na pele da minha amada. Suave e linda pele de porcelana. Aquele era momento de deixar os medos serem levados pela água.

Limpando a sua pele eu me lembrava de cada pequeno momento nosso. A minha curiosidade na primeira vez que eu a vi. A primeira vez que eu falei com ela. A nossa primeira vez na campina, o nosso primeiro beijo, a primeira noite que passei em seu quarto, a aceitação do meu pedido de casamento, o nosso casamento, nossas noites – e tardes – de amor na Ilha de Esme. Tantos bons momentos e tudo aquilo que ela estava passando seria para que vivêssemos juntos pela eternidade, nós três, eu, Bella e Reneesme.

Limpei o sangue de seu corpo querendo tirar toda e qualquer mancha de minha mente. Ao terminar o trabalho coloquei um lençol sobre seu corpo nu. Alice me mataria – ou pelo menos tentaria – se eu não a deixasse vestir Bella.

- Filho. – Meu pai entrou no quarto o alívio e o pesar na sua voz era latente. – Me perdoe filho. Eu não estive aqui quando você mais precisou.

- Não precisa se culpar pai tudo aconteceu muito rápido.

- Como que aconteceu?

Eu relatei tudo para ele tentando me manter forte. Havia ainda tantas dúvidas me assolando... Como tudo mudara tão rápido, eu estava com medo das transformações que apenas estavam começando, olhei para Bella e suspirei. Será que ela me perdoaria?

- Eu verificarei tudo, verei como ela está, Edward. Mas acredito que você fez um excelente trabalho, meu filho em breve Bella estará com você.

Eu estava relutante em deixar Bella, queria estar ali de alguma maneira passando força para ela. Dizendo que a amava, que estaria com ela para sempre, abaixei ao seu lado enquanto eu sussurrava um eu te amo eu seu ouvido, eu me lembrei de Reneesme, nossa filha, que também precisava de mim. Eu agora teria de cuidar das duas mulheres da minha vida. Sorri eu esperava que tudo desse certo.

Assim que passei pela porta da biblioteca fui quase nocauteado com pensamentos. Sim eles estavam de volta. Altos, potentes e irritantes, Vampiros não podiam tomar um analgésico?

Alguém estava irritada... Rose estava irritada. Alguém estava em estado de êxtase e irritado também... Jacob.

Ele estava... eu não consigo uma palavra para descrever o deslumbramento dele. Ele estava em estado de graça. E o motivo era minha filha.

Eu via tudo vermelho. Com que raios de direito ele ACHAVA que podia ter impriting com minha filha, que eu mal conhecia?

- Rose. – Eu falei baixo me controlando. – Vá com Reneesme para cozinha. Eu quero falar com Jacob.

- Mas Edward...

- Agora Rose. Depois eu falo com você.

Quando Rose se afastou com Reneesme eu o chamei, agora a conversa seria entre nós dois.

- Jacob...

- Hum...

- Jacob!

- Fala Edward...

Ele falava ainda encarando a porta por onde MINHA FILHA recém nascida tinha passado. Eu gritei.

- Me dá um motivo para eu não te desmembrar agora Jacob?

Ele sentiu a gravidade da situação. Finalmente me encarou.

- É... Bem... Você sabe que eu não escolhi isso. Quando eu desci tudo que eu queria era ir embora e desaparecer. Mas eu a vi. – Nesse momento seus olhos ficaram irritantemente sonhadores. – Eu não faria qualquer coisa para prejudicá-la. Eu só quero o bem dela como você como Rose. Você terá que me aturar aqui, quando me aturava por Bella, Edward. – Ele riu sem graça.

Eu bufei. Senti o ar desnecessário passar pelas minhas narinas. Era tão irritante...

Jacob tentou de novo.

- Veja bem, Edward, agora não haverá mais guerra. Sam não poderá fazer nada contra ela, contra Bella contra sua família não é isso que você sempre quis? Poder viver com sua família em paz. Você terá isso. Fique calmo.

- E com isso você quer dizer que eu deva lhe dar uma medalha? Uma salva de palmas ou lhe prestar um homenagem porque você agora teve um impriting com minha filha eu devo ficar super feliz que eu terei uma babá inconveniente 24 horas por dia? Porque eu finalmente consegui ter minha família eu devo isso a você, Jacob? Me responda?

Eu ouvi alguns risos abafados vindos da cozinha mas eu não me importei. Eu estava irritado de mais para isso.

- Não... Não foi isso. Quer dizer... Droga, Edward. As coisas vão se acertar... Será que você não pode ver isso.

- Sai daqui Jacob. – Quando ele ia protestar eu gritei. – AGORA!

- Mas...

- Eu já sei que você vai voltar. Vá só enquanto eu vou digerir essa história. Vá fazer algo útil e depois conversamos.

- Posso vê-la? – Ele apontou o queixo para cozinha.

- Some, Jacob.

Ele suspirou ainda estava se ajustando essa coisa de impriting, mas ele se virou e me perguntou.

- Como Bella está?

- Vai ficar bem.

Ele saiu em direção a porta.

Eu fui em direção a cozinha Rose estava alimentando minha filha. Ainda era tudo tão surreal. Ela era tão linda. Tão parecida com a mãe. Sorri. A irritação evaporando.

Quando Reneesme me viu sorriu docemente querendo que eu me aproximasse. Pedindo em seus pensamentos.

Rose me passou ela. Era tão bom tê-la ali. Segura nos meus braços. Eu faria qualquer coisa para protegê-la. Amá-la. Me arrependeria por toda eternidade de tê-la renegado. De não ter entendido o esforço e a luta de Bella por ela, nossa Reneesme.

Agora você fica olhando para ela com essa cara de bobo. Você não merece nenhuma das duas. Nem a mulher, nem a filha. Não entende sequer o esforço que Bella fez.

Eu olhei chocado pelo surto de ressentimento e inveja de Rose com relação a mim. Eu já estava me culpando sozinho. Não precisava dela para vir aqui e dizer o que eu merecia ou não.

- Posso não merecer Rose mas nada vai mudar o fato de eu ser pai. Ao contrário de você que nunca saberá o que é isso.

Vi suas feições retorcerem com um choro sem lágrimas. Tinha sido cruel mas realmente não me importava. Ela não tinha esse direito.

- Você passou dos limites Edward. – Disse Emmett seguindo em direção a Rose. Possivelmente para consolá-la.

- Passamos, Emmett., passamos.

A culpa me bateu Reneesme com as mãos em meu rosto me perguntava o eu ouve.

- Nada não filha, o papai foi malvado com tia Rose e ela foi malvada com ele. Mas eu tenho que me desculpar.

- Posso falar com você Rose? – Perguntei assim que cheguei na varanda.

- Vocês dois se comportem. – Disse Emmett saindo para me deixar conversar com sua companheira. – Fique bem. – Disse ele apenas para Rose.

- Rose...

- Edward...

Falamos ao mesmo tempo.

- Pode começar. – Eu disse.

- Eu quero me desculpar. Eu não tinha o direito de ofender você nem duvidar do seu amor por ela Me perdoe. Eu só estava com inveja que eu nunca poderei ter isso. Nunca poderei ter alguém para chamar de minha filha e...

- Rose. Na verdade eu tenho que agradecer. Se não fosse você eu acho que não teríamos Reneesme conosco. Eu não sei como dizer o quão grato eu estou por você ter sido o apoio que Bella precisava enquanto eu não pude ser. Você é sim uma mãe para minha filha, uma segunda mãe. Tenho certeza que Bella vai concordar com isso.

- Não sei, eu fui muito cruel com Bella. Era minha obrigação defendê-la. Eu quase destruí a vida de vocês dois. Eu nunca pude me desculpar por isso.

- Não precisa foi a sua teimosia junto com a de Bella que deu a essa família o bem mais precioso que agente tem. Obrigada.

- Não... Esse título é seu e de Bella... – Ela riu. – O meu só foi ajudar a preservar esse bem.

Eu sorri.

- Obrigada Rose. Por tudo. – Passei Reneesme para o colo dela. - Vou lá em cima ver Bella, meu bebê está em boas mãos.

Nesse momento eu vi minha filha colocar as mãozinhas gordinhas no rosto de Rose, perguntando por Jacob. E para minha maior surpresa, Rose entendia perfeitamente o que, ou melhor quem, ela estava querendo.

Rose bufou. Eu tão surpreso que estava não consegui ficar irritado com a menção a Jacob só estava muitíssimo surpreso por minha filha ser ainda mais extraordinária do que eu podia imaginar.

- Ela pode falar com você?

- Sua filha tem o maneira bem peculiar de deixar claro o que ela quer. Ainda teremos que aturar o lobo aqui?

- Eu também não to feliz, Rose. Mas não há nada que possamos fazer para impedir isso.

- Tchau pequena, até daqui a pouco. Vou ver a mamãe e já volto. – Peguei a mãozinha gordinha da minha princesinha e beijei. Absorvendo seu aroma floral misturado com canela e sol. Seus grandes olhos castanhos – tão iguais os da mãe brilharam com o carinho. Suas bochechas rosadas... Tão perfeita... E eu soube naquele momento que eu não perderia nada. Mesmo sem entender o motivo, eu era afortunado o suficiente para poder ter uma filha algo que eu nunca esperei poder ter e com uma fé que eu descobria nesses dias difíceis eu teria minha esposa pela eternidade.

- Filho. - Esme me chamou assim que eu passei pela sala de estar. – Sua filha é linda. Estou tão orgulhosa de você.

Eu corri e a abracei. Minha mãe. A mulher que cuidava e me amava como um filho. A pessoa que acreditou nessa loucura desde o início e que sempre disse que eu merecia o melhor. Alguém especial o suficiente para enxergar um futuro bom pra mim.

- Obrigada mãe, eu não sei nem colocar em palavras como você é especial. Como eu sou grato pelo seu amor pela sua bondade. Por ter me incentivado. Muito obrigado. De verdade.

- Não há o que agradecer em breve você terá sua Bella ai com você. E ai você realmente poderá ser feliz como você merece.

- Obrigada mãe. Eu nunca serei grato o suficiente.

- Seja feliz. Isso será o suficiente para mim.

- Vou ver Bella.

Subi as escadas enquanto a tensão me cobria com o um manto. Faltava ela, para que tudo fosse perfeito. Faltava meu anjo. Eu queria de verdade que ela fosse minha semelhante, que nós pudéssemos ser um do outro pela eternidade. Mas eu não podia deixar de questionar se o que eu estava fazendo era certo, justo com a própria Bella. Quando ela própria percebesse o quão enfadonha era essa vida de fingir ser adolescente no ensino médio. Antes disso, lidar com a sede com o monstro sempre tão perto da superfície...

- Ainda nada mudou? – Perguntei ao meu pai assim que passei pela soleira da porta.

- Não. – Ela está bem meu filho. Ao que tudo indica a transformação ocorrerá normalmente.

Eu me inclinei sobre ela, a morfina já evaporada. Não havia cheiro dela.

- Não há nenhum um traço de morfina.

- Eu sei.

- Bella? Você pode me ouvir?

Eu disse meio desesperado para que respondesse, ou desse algum sinal de lucidez. Eu estava meio desesperado querendo ouvir qualquer ruído dela.

- Bella? Bella, amor? Você pode abrir seus olhos? Você pode apertar a minha mão?

Disse colocando minhas mãos sobre as dela, esperando uma atitude de reflexo ou qualquer coisa assim... Nada.

- Talvez... Carlisle, talvez seja tarde demais. – Minha voz morreu ao pensar que eu pudesse ter perdido Bella. Pois não havia sentido algum em não tê-la por perto...

- Ouça o coração dela, Edward. Está mais forte que o de Emmett jamais esteve. Eu nunca ouvi nada tão vital. Ela vai ficar bem.

Carlisle tentou me acalmar sendo racional, mas eu não conseguia ser racional, o medo era maior.

- E a coluna dela?

- Os ferimentos dela não eram muito piores que os de Esme. E o veneno vai curá-la assim como fez com Esme.

- Mas ela está tão quieta. Eu devo ter feito algo errado.

- Ou algo certo, Edward. Filho, você fez tudo o que eu poderia ter feito e mais. Eu não sei se seria tão persistente, a fé que você teve. Pare de se culpar. Bella vai ficar bem.

Eu suspirei, me recompondo, sem sucesso. - Ele deve estar em agonia.

- Nós não sabemos disso. Ela tinha muita morfina em seu corpo. Nós não sabemos o efeito que isso vai ter na experiência dela.

Eu sabia que possivelmente meu pai tinha razão. Só não conseguia entender isso naquele momento.- Bella, eu te amo. Bella me desculpe.

Eu orava para que ela pudesse escutar a verdade mais imutável de todas.


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? Ficou a altura da expectativa de vcs?
E vamos até o final de BD.
bjus
Ludmila



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