Pov's Hermione

Já haviam se passado dois meses desde que o Baile passou e eu e Draco tivemos aquela noite maravilhosa!! E bom, eu estava começando a me sentir estranha. Até o dia em que Draco chegou e me perguntou:

-- Tem algo de errado, Mi?

-- Não, tudo ótimo- eu disse lhe dando um beijo e saindo, dizendo que tinha que devolver alguns livros à biblioteca.

Faltava apenas um dia para nós irmos para casa, devido ao feriado de Natal. E obviamente, eu não iria deixar de passar essa data tão especial com a minha tão adorada família, e depois dar aquela passadinha n' A Toca, que eu tanto adoro!

Voltei da bibliotca e encontrei com Draco. Ele estava sentado próximo à Lareira, que estranhei em não estar acesa nesse frio. Mas fui lá e a acendi.

-- Por que está me evitando?- ele foi direto ao ponto.

-- Eu te evitando? Não, coisa da suaimaginação.

-- Então por que anda tão distante agora?

-- Eu não ando distante coisa nenhuma, só ando pensando ultimamente em algumas coisas que me preocupam! Nada de mais.

-- O que te preocupa tanto assim, pra querer me evitar?- ele disse me olhando intensamente.

-- Bom, lembra daquela noite que tivemos, a do Baile?- ele assentiu- Bom, estou me sentindo estranha, e possivelmente estou grávida.- prontofalei.

-- Não, isso não é possível, não, não pode ser!- ele disse começando a andar de um lado para o outro.

-- Eu não devia ter falado isso.- eu disse, serena.

-- Eu não posso acreditar que isso aconteceu, justo COMIGO!

-- Olha aqui, a grávida sou eu, quem vai ter que aturar essa gravidez sou eu, então não reclama, pois não vai ser você que vai ter que enfrentar a sua família, dizendo que está grávida, e não vai ser você que vai se envergonhar diante de todo o Mundo Bruxo !!!- eu disse numa enxurrada de palavras.- Agora não adianta chorar o leite derramado.

-- Eu preciso pensar.- dizendo isso, ele saiu, me deixando sozinha na sala, totalmente desamparada.

Pov's Draco

Sai daquela sala, que já estava me deixando totalmente claustrofóbico. Meu Merlim, como assim, eu ia ser pai? Eu ainda não conseguia compreender. Aquilo era tão... ESQUISITO, mas de um jeito, MARAVILHOSO!

Bom, só não sabia como eu ia enfrentar meu pai, que além de Comensal da Morte, odiava os Trouxas. Ótimo, olha a merda em que eu meti! 

Continuei andando, até me dar conta de que eu tinha deixado Mione naquela sala, sozinho, pensando exatamente o contrário do que eu estava sentindo. Ela devia achar que eu a tinha deixado lá por não querer aquela criança. Quanto tempo mesmo já tinha se passado desde que eu saí de lá? Olhei em meu relógio e vi que já haviam se passado três horas que eu tinha saído de lá, e não tinha dito nada a ela. Eu precisava voltar correndo lá e lhe dizer o quanto feliz eu estava por poder ser o pai do filho, ou filha, dela.

Corri desembestado pelos corredores de Hogwarts e depois de tropeçar muito em meus cadarços desamarrados, e esbarrar muitas pessoas, que xingavam por isso, eu finalmente cheguei lá. Entrei gritando na sala:

-- Mione, eu estou tão feliz por poder ser o pai do seu fi...- mas ela não estava lá. Corri até seu quarto e estava vazio. Encontrei um bilhete em cima de sua cama com os seguintes dizeres, em sua caligrafia perfeita:

Sabia que dizer que estava grávida à você, seria

o maior erro que estaria cometendo em minha vida,

mas já que você insistiu, eu lhe contei, não sei exatamente 

se estou grávida, mas creio que estou, pois ando me

sentindo estranha e minha menstruação anda atrasada,

sinto muito por ter de te deixar, mas acho melhor assim,

já que você possivelmente não vá querer assumir esse filho. 

Eu sou um trouxa, você um puro- sangue, lembra-se?

Sua família jamais permitiria isso.

Adeus, com amor, Hermione.

Aquilo caiu como uma bomba. Ela havia me deixado, pensando que eu não estava feliz por ser pai. A única garota que eu amei na minha vida, havia partido. E agora, como eu iria encontrar ela, e dizer o quanto eu a amava? Que queria assumir aquela criança?

Pov's Hermione

Deixei um bilhete para Draco. Escrever aquilo, foi mais doloroso do que enfiar uma faca em meu peito, do que me lançar um Cruccio por horas seguidas. Mas se ele não queria meu filho, ele não iria o ter. Estava determinada a esquecer o que um dia tivemos. E pensar que eu acreditei em seu amor. Amor, quem precisa disso?

Fui falar com Dumbledore, e por sorte não encontrei Draco no caminho. Disse a ele o que tinha acontecido. E pedi para que ele me ajudasse a aparatar para casa, um dia antes do feriado. Ele me disse para que juntasse as minhas coisas, que ele entendia o que eu estava passando, e que não gostava de ver ninguém sofrendo por isso. 

Corri até meu quarto e juntei tudo. Minhas roupas, meus livros, exatamente TUDO. E deixei i bilhete em cima da minha cama. Tinha certeza que ele iria lá em meu quarto dizer o quão irresponsável eu fui em deixar isso acontecer.

-- Terminei, Sr.- disse à Dumbledore.

-- Bom, então, agora vamos sair dos limites dos terrenos de Hogwarts, para que possamos aparatar.

Fomos caminhando até passarmos pelos portões da escola.

-- Pronta?

-- Sim.

Então aparatamos. E eu senti aquela sensação horrível de estar sendo puxada pelo umbigo. Chegamos em frente à minha casa.

-- Obrigada, Senhor, por me trazer aqui- eu disse sorrindo amigavelmente.

-- Não há de que. Bom, tenho que voltar à escola. Bom- dia.

E então, ele aparatou de volta à escola me deixando sozinha ali na rua. Abri o portão de casa  e toquei a campainha. Minha mãe que atendeu, e ficou surpresa em me ver.

-- Olá, mamãe.

-- Filha! Que surpresa você por aqui! Entre, entre.- ela disse me dando um abraço desajeitado. Entrei, carregando minha bagagem e encontrei meu pai, sentado em uma poltrona, lendo seu jornal.

-- Papai!

-- Filha!- ele me abraçou e eu sentei, para lhes contar que eu estava grávida.

-- Bom, tenho que contar uma coisa à vocês, e prometem me amar, depois de tudo o que eu disser?- eles assentiram.

-- Tô grávida!- desabafei de uma vez só.