No Meio do Nada escrita por Mandy-Jam


Capítulo 15
Capítulo 15 - Friends untill the end


Notas iniciais do capítulo

Mais um!



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“Yo! Yo! Yo!” Fez Foreman.

Taub fazia um ritmo para o seu rap, enquanto Treze só observava os dois provavelmente perdendo a cabeça.

“Presos numa ilha nós estamos numa fria, e a gente achava que não sobreviveria! Depois de muito tempo as esperanças nós perdemos, aí o House veio em um de seus momentos!” Cantava ele enquanto mexia as mãos no ar.

“Todo mundo agora!” Brincou Taub se sentindo um rapper. “Yo! Yo! Yo!”

Treze revirou os olhos rindo.

“Yo!” Fez ela.

Todos começaram a rir.

“Vocês são loucos.” Riu Treze.

“Loucos, mas vivos!” Comentou Foreman sorrindo.

“Agora só temos que sair daqui, e está tudo resolvido.” Sorriu Taub concordando com a cabeça.

“Sair daqui...” Repetiu Foreman encostando-se na árvore. Estava sentado, por isso esticou as pernas e soltou o um suspiro. “Quando eu sair daqui... Vou jogar basquete.”

“Quando eu sair daqui... Vou virar rapper.” Brincou Taub.

“Não vai não!” Riram Treze e Foreman.

“É... Eu não vou não.” Cedeu ele.

“Como acham que vamos sair daqui?” Perguntou Treze sentada na areia.

“Não sei.” Admitiu Foreman.

“Também não tenho idéia. Mas nós vamos.” Falou Taub. “Acho que alguma equipe de resgate pode nos achar aqui.”

“Você acha?” Perguntou Foreman achando um pouco improvável.

“Acho.” Falou Taub.

“Bem... Uma hora eles vão dar falta de nós na convenção. E também, vão dar falta dos pilotos... O aeroporto... Alguém tem que sentir a nossa falta, e ver que alguma coisa está errada.” Falou Treze.

Teve um momento de silêncio.

“A minha esposa.” Falou Taub. “Ela está viajando. Foi para a casa de algum parente que faleceu. Em alguma cidadezinha do Canadá. Ela só volta daqui á um mês.”

“Eu não tenho ninguém.” Falou Treze.

“E quanto ao seu pai?” Perguntou Foreman.

Treze olhou-o como se aquela fosse a coisa mais idiota que ela já tinha ouvido.

“Ele não sabe nem mesmo onde eu trabalho. Não vai nem notar se eu passar uns anos nessa ilha.” Falou.

“As pessoas vão notar.” Afirmou Foreman. “Vão notar que o nosso avião no aterrissou e vão nós procurar.”

 “Ou nós possamos ir embora agora.” Falou Taub com os olhos arregalados.

Foreman riu.

“Claro. Vamos nadando para casa.” Concordou ele ironicamente.

“Isso mesmo.” Concordou Taub.

“Um navio!” Exclamou Taub pelo Wlak-Talk. A sua voz metálica soou alto.

Como assim um navio?!” Wilson não conseguiu acreditar. “O dia está ótimo hoje!”

“O único problema é que... Ele está longe.” Comentou Taub. “Câmbio.”

“Longe... Como?” Perguntou Wilson. “Será que não dá para...?”

Nadar até lá? Acho que não. Não que nós não consigamos, mas... A correnteza é forte. Se não conseguirmos entrar no navio, vamos ficar perdidos no mar e acabar parando na China.”

“Se é que não estamos na China.” Comentou House. “Me dá isso.”

Ele puxou o Walk-Talk de Wilson.

“Claro, você pode pegar.” Disse Wilson depois que House já tinha puxado.

“A China é um lugar se você não percebeu. Essa ilha já é outra coisa.” Falou ele. “Se não tentarmos nada até o navio, vamos morrer aqui.”

Se tentarmos nadar até o navio podemos morrer na água.” Rebateu Taub.

“’Podemos’ é menos ruim do que ‘Vamos’.” Disse House.

Morrer é ruim o bastante para qualquer sentença.”

“Morro de amor por você.” House disse.

Houve um silêncio do outro lado do Walk-Talk.

“Tem razão. É mesmo ruim.” Observou House. “Mas ‘posso morrer de amor por você’ é melhor do que ‘morro de amor por você’. Espera... Isso não ficou tão legal quanto eu pensei que fosse ficar. O fato é que...”

“House.” Interrompeu Cuddy. “Ninguém vai em uma missão suicida virar comida de tubarão, só para entrar no navio!”

“Tem razão! Eu também prefiro ficar nessa ilha do inferno a minha vida toda! Afinal, quem precisa de banheiro ou televisão quando se tem folhas de bananeiras e uma caixa cheia de cerveja estragada?” Sarcasmo como sempre.

Cuddy revirou os olhos.

“Me dá isso.” Ela puxou o Walk-Talk da mão de House. “Taub, tem um outro jeito.”

“Qual é a sua idéia?” Perguntou Taub.

Chamar a atenção...” Falou Cuddy um pouco sem fôlego ainda.

“O seu decote já está dando conta do trabalho.” Comentou House olhando para a camisa de Cuddy.

“Cala a boca.” Falou Cuddy. “Chamar atenção do navio.”

“Você diz... Fazer uma fogueira ou coisa do tipo?” Sugeriu Taub.

Sim. Assim eles vão ver que precisamos de ajuda e virão para perto.” Falou Cuddy.

“Vamos tentar acender uma fogueira.” Falou Taub. “Câmbio desligo.”

O Walk-Talk ficou mudo.

“Então... É.” Falou Wilson. “Acho que o que nos resta é esperar.”

“Tem feito outra coisa ultimamente?” Disse House.

“Seu mau-humor não vai nos desanimar.” Falou Cuddy.

“Uma fogueira?” Falou House. “Como acha que aqueles três idiotas vão acender uma fogueira? Mexendo gravetinhos?”

“Debaixo desse Sol, não acho impossível alguma coisa pegar fogo.” Comentou Wilson.

“Não fique do lado dela.” Falou House.

“Eu não estou.” Falou Wilson. “Estou do lado dos caras que vão acender uma fogueira e tirar a gente daqui.”

House revirou os olhos. Ele levantou-se e começou á andar.

“Pra onde vai?” Perguntou Cuddy.

“Banheiro.” Respondeu ele sem se virar.

Wilson olhou para o jeito como ele andava.

“Eu vou atrás dele.” Falou em um suspiro. “Aposto que ele tem outra coisa em mente.”

Cuddy concordou com a cabeça e fechou os olhos descansando um pouco. Wilson foi atrás do House deixando-a sozinha. Sem Wilson, sem House... Ela finalmente podia relaxar.

“House!” Chamou Wilson correndo para alcançar o amigo.

“Você me seguiu porque eu disse que ia ao banheiro?” Perguntou House. “Posso ser uma aleijada, mas ainda consigo...”

“Não.” Interrompeu Wilson. “Não consegue.”

House parou e piscou os olhos. Ele estava de brincadeira, mas não parecia que Wilson tinha entendido.

“Ahm... Consigo sim.” Falou House.

“Não. Eu duvido.” Falou Wilson.

“Uhm... Você não vai querer ver.” Falou House.

“Ver o que? Você se afogar no caminho?” Perguntou Wilson. “Não vai fazer isso.”

“Ah... Você diz nadar.” House suspirou aliviado.

“O que mais achou que eu estava falando?” Perguntou Wilson.

House lançou-lhe um olhar que explicou tudo, e Wilson fez uma careta.

“Não!” Gemeu ele. “Você não...! Eu nunca...! Argh!”

House continuou a andar, e ele o seguiu.

“Você vai mesmo fazer isso, não é?” Perguntou Wilson. “Vai ser teimoso e vai tentar nadar até lá.”

“Sabe... Quando eu estava na escola me chamavam de Pequeno Greg Tubarão.” Contou House. “Bons tempos... Bons tempos...”

Wilson franziu o cenho.

“Pequeno Greg... Tubarão?! Que diabos de nome é esse?! Ninguém te chamava assim.” Discordou Wilson.

“É... Não me chamavam, mas ia ser legal.” Falou House.

“Não pode nadar até lá! É loucura!”

“Só é loucura se eu soubesse que iria morrer.”

“E você acha que não vai?!”

“Isso aí.” Concordou House.

“Você não consegue mexer a sua perna direito! Vai acabar se afogando.” Falou Wilson.

House parou de andar e olhou para ele.

“E quem disse que eu vou nadar?”

Wilson estreitou os olhos. Aquilo estava cheirando á mais um dos planos do House. Aqueles planos doidos e bizarros, que só faziam sentido na mente dele. Como fazer autópsia na cabeça de um defunto com uma pedra.

“Eu vou me arrepender de perguntar, mas... O que vai fazer?” Perguntou por fim.

“Olha o que eu achei na praia.” Falou House tirando um quadrado laranja do bolso do casaco.

“O que é isso?” Perguntou Wilson.

“Isso é a nossa passagem de classe econômica para o navio.” Falou House com um sorriso no rosto.

“Isso é... Um bote inflável?!” Exclamou Wilson.

“Eu poderia chamar assim também, mas não soaria tão emocionante.” Falou House. “Nós puxamos essa corinha, ele se enche, e nós vamos até lá.”

“Você ficou louco! Nem sequer temos remos!” Falou Wilson. “Como vamos chegar lá?”

“A correnteza deve nos levar, mas nós podemos também achar alguma coisa aqui que sirva para remar.” Falou ele.

“O Sol fritou todos os seus neurônios.” Falou Wilson.

“Pode ser... Mas nós vamos conseguir.” Falou House.

“Opa, opa, opa!” Interrompeu Wilson. “Nós?! Nós vamos conseguir? Ah, não. Não mesmo. Não tem jeito nenhum de eu entrar nesse bote suicida com você para tentar remar para um navio!”

“Ótimo. O Pequeno Greg Tubarão vai sozinho.” Disse encolhendo os ombros. “Achei que o Indiana Wilson ia gostar de uma aventura.”

“O Indiana Wilson vai contar para a Don Cuddyone que você vai se matar.” Falou ele. “Aí ela vai dizer: ‘Tenho que manter os amigos perto e os inimigos mais ainda’.”

“Então vá. Faça isso.” Falou House despreocupado.

Wilson estreitou os olhos.

“Tem certeza?” Perguntou ele sem entender. “Não liga se ela vier atrás de você e te impedir?”

“Ligo.” Respondeu House. Wilson estava prestes a perguntar alguma coisa, mas ele continuou. “Agora... Eu não me importo se você vai voltar agora e tentar falar com a Cuddy, pois se você não notou, nós andamos bastante. Com o tempo que você vai levar para voltar, e o tempo que vai levar para a Cuddy vir atrás de mim, vai ser mais do que suficiente para eu estar a nesse bote á caminho do navio.”

Wilson piscou.

“Agora... Se quiser vir comigo e impedir que eu me mate, pode vir. Senão quer... Então acho que eu vou sozinho e correr esse risco.” Falou para Wilson.

Sem dizer nada Wilson continuou a andar na direção que House estava indo, e ele o seguiu com um sorriso.

“Sabia. Você não vive sem mim.” Falou House.

“Eu ainda estou pensando no assunto.” Falou Wilson. “Podia tentar te substituir, mas onde eu arrumaria uma pessoa tão irritante quanto você?”

“Impossível.” Falou Hosue.

“Eu sei.” Concordou Wilson. “Mas eu acho que talvez... Com a ajuda do Google eu poderia...”

Eles se olharam.

“Não.” Concluiu Wilson. “Não há ninguém tão maluco, irresponsável, antiético, irritante, e cretino como você.”

“Esqueceu de ‘sacana’.” Lembrou House.

“É... E sacana.”

“Obrigado.” Sorriu House com cara de paisagem enquanto eles dois continuavam á andar.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?

Bem... Eu queria pedir desculpas pelo texto estar saindo desse jeito sem parágrafos. Não sei porque, mas não consigo ajeitar ele.

Mas... Espero que que vocês gostem mesmo assim!
Até o próximo capítulo!