Lovestory escrita por Liane


Capítulo 8
VIII


Notas iniciais do capítulo

Cap novinho em folha... Tão fofo... *-*



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Bella acordou bem cedo naquele dia, tendo dormido mal. Saiu da cama e pegou água para se lavar. Em seguida foi para a cozinha. Seu trabalho agora ela o seu lar.

Trabalhou arduamente naquela manhã. Os Hale haviam encontrado uma substituta para a sua mãe nos dias em que esteve fora, mas a mulher ainda não estava totalmente habituada à rotina da casa e ficou sendo tarefa de Bella ajudá-la.

A tarde naquele dia foi mais calma, já que não havia muitas visitas. Mais para o meio da tarde, a Sra. Marshall chamou Bella a um canto e a mandou ao mercado, para comprar ervas para o chá, que estavam acabando.

Bella apanhou o cesto e saiu para o ar frio daquele dia cinzento. Uma garoa fina caía e seu xale ralo não era suficiente para aquecê-la.

A garota caminhou até o fim da rua antes de perceber que estava sendo seguida. Voltou-se para os passos que ouvia.

- Olá. - Edward falou sorrindo timidamente.

- Está me seguindo? - Ela perguntou irritada.

- Quero acompanhá-la. Não deve andar sozinha por ai. - Ele lhe respondeu defensivamente.

- Claro, por que eu nunca andei por ai sozinha antes, não? - Ela perguntou ironicamente.

Voltou-se e se pôs a andar.

Edward a alcançou e seguiu ao seu lado, mas Bella não lhe dirigiu a palavra.

- Você terminou de ler a peça Bella? Romeu e Julieta? - Ele perguntou querendo animá-la.

- Não Sr. Cullen. Sou apenas uma empregadinha idiota. - Ela falou e retirou o livro do cós do vestido, estendendo-o. - Obrigada por ter me emprestado.

- Você anda com ele sempre? - Edward perguntou surpreso e estranhamente feliz.

- Eu... - Bella não soube o que dizer.

Sim, ela andava sempre com o livro, por que gostava de sentir que Edward estava perto dela. Mas não podia dizer isso a ele.

- Eu ia devolvê-lo. Nem deveria tê-lo pego em primeiro lugar. - Ela falou e estendeu novamente o livro para ele.

- Não, pelo menos termine, por favor. Então poderemos conversar sobre ele. - Edward falou esperançosamente.

- Obrigado pelo interesse, mas não tenho mais tempo para livros. - Ela falou com amargura. Ele estava sendo tão simpático e tudo o que ela podia pensar era que Edward nunca seria dela. Não precisava continuar a se iludir com livros e poesias.

- Não Bella, não faça isso. Não desista dos livros, eles são uma benção. - Ele disse, empurrando o seu braço de volta, sem apanhar o livro. - Fique com ele. É seu.

Bella se assustou tanto com o presente que se esqueceu de ser desagradável com ele.

- Eu não posso aceitar Edward. - Bella falou parando e o encarando.

- Claro que pode. Eu tenho muitos outros de onde esse veio. - Ele falou aliviado por ouvir o seu nome na boca macia de Bella novamente. - Não importa quão ruim as coisas possam parecer, sonhar é sempre bom, Bella.

- Eu não sei o que dizer. - Ela disse, olhando para o livro com os olhos muito brilhantes.

Aquelas palavras pereciam vazias, se olhadas de fora, mas em Bella causaram um efeito enorme. Sim, ela gostava de sonhar. E mesmo que não pudesse realizar todos os seus sonhos, poderia ao menos dormir feliz à noite.

- Não diga nada, apenas aceite e quando terminar, me conte o que achou. - Ele falou sorrindo. Bella não pode deixar de sorrir de volta e eles caminharam até a feira.

As pessoas se espantavam ao ver um jovem senhor rico como aquele acompanhando uma empregadinha maltrapilha à feira. Era algo muito incomum e totalmente inaceitável, mas nem Bella nem Edward se importavam.

Sua conversa era agradável e eles poderiam continuar desse jeito para sempre.

 

Bella entrou pela porta dos fundos da casa e Edward pela porta da frente.

Ela insistira nisso, pois quando dissera que entraria pela porta das empregadas, Edward afirmara que entraria com ela. Mas Bella não queria contrariar a senhora Hale e ela não gostaria nem um pouco de ver o seu convidado entrar pelos fundos da casa ou a sua empregada entrar pela porta da frente.

Parecia cruel, mas era a realidade.

Pouco depois de chegar, alguém bateu na porta de trás da casa. Mary atendeu e voltou à cozinha pouco depois entre risinhos alucinados.

- Bella, sua danadinha! Quem é o policial bem apanhado que veio vê-la? Conte-me... - Ela entoou isso como se fosse uma cantilena. Bella se dirigiu rapidamente ao encontro do homem.

Jacob Black estava parado no pátio dos fundos, fardado.

- Srta Bella! Que alívio vê-la bem! - Ele exclamou realmente parecendo aliviado. Segurou-lhe a mão com força.

- O que houve Sr. Jacob? - Bella perguntou surpresa por vê-lo tão descomposto.

- Fui visitá-la agora a pouco e um dos seus vizinhos me disse que você havia sido posta para fora de casa. Disse também que alguns homens foram procurá-la, mas não sabia onde poderia estar. Falou que talvez estivesse aqui, pois era onde trabalhava. Tive tanto medo. - Ele falou calorosamente.

- Não precisava se preocupar comigo, Sr. Jacob. Estou bem. - Ela falou emocionada pela preocupação que ele demonstrava.

- Graças a Deus! - Ele exclamou e então se permitiu um sorriso. - É uma sorte ter bons amigos Srta Bella, e boas pessoas os têm aos montes, como você.

- Eu bem sei. Agradeço todos os dias por isso. - Bella falou e realmente havia percebido como ela era afortunada por conhecer tão boas pessoas.

- Então posso crer que se sente melhor hoje? - Jacob perguntou.

- Sim senhor. Ainda dói, mas eu vou sobreviver. - Bella falou.

- É ótimo vê-la bem. Eu preciso ir embora agora, senhorita, mas gostaria de saber se posso vir visitá-la novamente. - Jacob perguntou.

- Sinta-se à vontade senhor, mas espero que entenda que não tenho tanta liberdade, afinal estou no meu trabalho. - Bella falou. Devia ser prudente também.

- Claro, não farei nada para ofendê-la. - Jacob falou e beijou-lhe a mão. - Boa noite senhorita.

- Bella, senhor, só Bella. - Ela disse.

- Pois sou Jacob então, para você, Bella. - Ele sorriu-lhe.

- Boa noite Jacob. - Ela falou.

Jacob lhe acenou com a cabeça e se afastou para a rua.

Quando sua silhueta desapareceu, outra surgiu na luz laranja do crepúsculo.

- Um amigo Bella? - Edward perguntou.

- Nossa! Que susto Edward! - Bella exclamou levando a mão ao peito.

- Me desculpe, eu não pude deixar de ouvir sua conversa. Estava passeando pelo jardim. - Ele falou. Seu rosto parecia uma máscara inexpressiva.

- O Sr. Black é um amigo. Esteve ao meu lado quando meus pais faleceram. - Bella falou.

- Ah. - Edward falou simplesmente. Os dois ficaram se encarando por um momento. - Você gosta dele?

- Ora, claro que gosto. Ele é um ótimo amigo. - Bella ficou surpresa com a pergunta inesperada.

- Apenas amigo? Creio que as intenções dele vão além disso. - Edward afirmou.

- Nada sei a respeito das intenções do Sr. Black, mas ele se mostrou um cavalheiro e um homem simples, bondoso. Além de sermos de classes sociais parecidas. - Bella falou amargamente.

Edward se aproximou dela e pôs um dedo sob o seu queixo.

- E o que acha de mim? - Ele quis saber, sustentando o olhar da garota.

- Certamente que é encantador, mas um sonho muito distante de mim senhor. - Bella falou sem encará-lo nos olhos.

- Não tão distante Bella, afinal estou bem aqui não? - Ele falou, se inclinando para prender os seus olhos.

- Não, está muito além. Apenas o senhor não percebe o quanto e a prova disto foi a cena que ocorreu antes que o senhor partisse. - Bella falou tendo finalmente o seu olhar capturado.

- Ainda está com raiva? Por favor, me perdoe Bella. - Edward falou tristemente.

- Não, não estou com raiva. Essa é apenas a realidade. - Bella falou crispando os lábios de desgosto.

- Não, não é. Essa é a nossa realidade, apenas eu e você. - Edward falou e seus lábios se colaram suavemente nos de Bella. A garota prendeu a respiração, surpresa e extasiada. Seu primeiro beijo. Tão perfeito.

Edward então se afastou e olhou nos suaves olhos de Bella. A garota corou e entrou correndo na cozinha, deixando o homem ali parado, fora de si de tanta felicidade. Pouco depois ele voltou quase pulando para dentro da casa.

 

Naquele momento de felicidade, nem Bella nem Edward perceberam que estavam sendo observados pela janela do quarto no primeiro andar. Ao ver Bella correr para a casa, Rosalie se afastou da janela, enraivecida, jogando uma almofada na parede.

Ela não podia crer que Edward Cullen fosse preferir uma empregadinha tola a ela. Ela precisava tomar providências.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?