O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate
Notas iniciais do capítulo
nossa, como eu demorei para postar!
foi mal mesmo
P.O.V – Hellena di Fontana -Tudo bem Hellena? - virei meu rosto em direção aos olhos azuis escuros e juvenis de minha melhor amiga. Segurávamos um copo de isopor com café quente e espumante do Starbucks. -Uhum. – concordei com um aceno de cabeça. O vento bagunçou meus cabelos. Eu conseguia sentir o calor da bebida passar pela pelica suave de minha luva. Já havia se passado uns três dias dês da nossa visita a Volterra. Descobriram do desaparecimento de Channel na hora em que eu havia chegado à fila. Sem ter nenhum sinal dela, seguimos viagem e deixaram um professor para ficar a sua espera, e futuramente procura. Nunca a acharam. Não sei o que fizeram, o que disseram nem o que foi decidido, mas nada chegou a mim. Caminhávamos pela área arborizada do campus. Havia um vasto gramado, com uma ocasional arvore a cada dez metros. Estávamos indo em direção a lanchonete do prédio de dança, mais a frente estava o de musica, e bem no fim o de belas artes. A sorte de fazer dança era que ficava no primeiro. -A professora de dança contemporânea pegou pesado hoje. – mudei de assunto, não queria falar sobre meu estado de espírito. -Tem que aprender uma dança contemporânea para poder passar na Jiulliard’s... – ela cantarolou. -Vou fazer o que na Jiulliard’s? – resmunguei. -Não queria ser professora lá? – neguei com a cabeça. – Jiulliard’s é a melhor escola de dança que existe. A vamos lá Hell, você é a melhor em dança contemporânea, e dança balé como um verdadeiro cisne! – Blake puxou meu saco. -Tenho aula de ginástica artística daqui a pouco. Pelo menos tenho um intervalo de uma hora ate a aula começar. Acho que da para tomar um latte de baunilha! – mudei de assunto de novo. Começamos a ter uma amigável discussão. Chegamos à lanchonete e nos sentamos em uma mesinha. Pedi a minha bebida e joguei o café frio fora. -Tenho de ir, tenho aula de coreografia agora! Nos vemos mais tarde! Arriverdecci! – ela saiu acenando, me deixando só. Sozinha mesmo, porque a cafeteria estava totalmente vazia e em silencio. Peguei um livro em minha mochila e comecei a folhear as paginas preguiçosamente. Ouvi o sininho da porta tilintar, mas não desgrudei os olhos das letras pequenas. Só desliguei minha atenção do que lia, quando ouvi o som de uma cadeira da minha mesa ser arrastada e alguém sentando sobre ela. Abaixei meu livro e minha respiração travou na garganta quando vi a pessoa sentada e minha frente. Bem não era exatamente uma pessoa. -Tchau Hellena. – seus olhos verdes me analisaram, divertidos. Alec. Abri a boca, e logo depois a fechei. Abri novamente, mas as palavras saíram descompassadas e sem sentido. -Respire antes de dizer algo Hellena. – o modo como ele pronunciava meu nome, me dava calafrios na espinha. -Estou respirando. – foi o que consegui balbuciar. – Mas... O que você esta fazendo aqui? – murmurei. – Veio terminar o trabalho? Caçoei. -Não... – ele se recostou na cadeira e passou a mexer no fio que desprendia de sua manga. Ele usava roupas mais convencionais hoje, parecia um lindo e perfeito adolescente - quase homem - italiano. -Imaginava você mais jovem. – não sei bem porque falei aquilo, mas ultimamente falava muitas coisas que me vinham à cabeça. -Estou aqui para explicar-lhe sobre minha espécie, como Aro disse que faria. – me lembrei de Aro comentando que poderia ceder alguém para me ensinar mais sobre vampirismo. – Comece a perguntar. Deu de ombros sorrindo de canto. Fiquei estática por uns minutos, só encarando os olhos penetrantes dele. -Você aparece do nada em uma cafeteria. Senta na minha mesa, e diz que veio me explicar sobre vampiros? – ergui as sobrancelhas. – Isso é muito estranho... O que você quer? -Acha que fazemos tudo por interesse? – ele ergueu apenas uma. Não respondi. -Esta viva. – falou como se fosse um milagre, e realmente era. – O grande mestre vampiro, deixou que você vivesse. E agora ele acha que deve servir para algo, e acha que se explicarmos sobre nos para você, seja mais simples de ensiná-la a ser uma vampira mais tarde. -Vampira! – falei cética. – Agora quer me transformar em uma vampira?! -Pode falar mais baixo madame? Tem humanos do lado de fora. – o homem da cafeteria me olhou com doçura. Cara, eu estivera gritando. O que me deu na cabeça? E porque Alec não o matou? E porque ele disse ‘humanos’? Olhei para Alec como se esperando que ele saísse voando e sugasse todo o sangue do cara de trás do balcão. Mas ele devolveu o olhar cético e não fez nada. -Ele escutou Alec... – eu sussurrei me aproximando dele. -Não tem importância, ele é dos nossos. – eu sabia que “os nossos” não me incluíam. -Como assim? Ele não é um vampiro! -Não, ele é um demônio. – deu de ombros. Olhei de novo para o rapaz, ele ainda me encarava com o sorriso fixo. -Posso comê-la senhor? – a voz dele soou dez oitavos mais grossa, tanto que eu quase cai da cadeira. E a palavra “come-la” não saiu com nenhum sentindo pervertido. Não sei se era uma coisa boa ou não. Os olhos pequenos e juntos do atendente estavam tão negros quanto os olhos de Aro, e seus dentes eram levemente pontiagudos. -Não Harold, ela não. – olhou irritado para o trabalhador, que voltou a se dedicar as xícaras com uma expressão entristecida. -Harold? – perguntei pasma. Que nome ridícula para algo que não era humano. Fiquei pela segunda vez sem palavras. -A muito que você não sabe sobre o mundo das sombras e seus viventes. – ele sorriu lascivo. Resfoleguei de olhos arregalados. -Olha, agora eu tenho aula, mas me liga mais tarde, e ai a gente sai e conversa mais sobre isso... – me levantei em um pulo e escrevi meu telefone em um guardanapo. -Isso é um encontro? – Alec riu sarcástico. -Ah... – olhei para ele com as sobrancelhas franzidas. – Como preferir, me liga as oito! – sai o mais apressada que pude do estabelecimento, e sem olhar para o... “Harold”. Ta bom, de repente, o meu mundo sem mágica, criaturas das sombras, vampiros e agora demônios nunca pareceu tão seguro. E antes eu o achava chato. Agora não havia mais volta. Eu havia mergulhado de cabeça na irrealidade, e não tinha mais como voltar atrás. Bem vinda Hellena, bem vinda ao inferno.
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