O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate


Capítulo 21
Captulo 21




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P.O.V – Hellena di Fontana

Minha língua travou na garganta, e as palavras morreram em minha boca.

-Eu e Jane, nos somos filhos de uma súcubo do fogo. Ela teve um caso com um vampiro, e nos nascemos. Jane se transformaria em uma delas, e eu viraria um íncubo, mas uma profecia foi feita, uma profecia sobre mim, e por minha causa, a vida de Jane foi destruída.

Ele apertou os olhos com raiva.

-Por minha causa, fomos abandonados, e destituídos dos nossos poderes. Os Volturi nos acolheram e nos criaram, ate termos idade para viramos vampiros. E você tem que entender Hellena, eu não posso sacrificar tudo por um desejo meu, eu não posso acabar com a vida de Jane de novo. – a raiva transbordava de sua voz.

-Alec... Alec me escute. – segurei os pulsos dele. – Não é sua culpa. Nada disso é sua culpa. Jane ama a vida que tem, eu sei disso, pois vi nos olhos dela! Ela ama Aro, ama você, e ama todos que vivem naquele castelo! E eu tenho certeza que se ela pudesse escolher, não escolheria outra vida!

Ele parou, me olhando com seus orbes de esmeralda.

-Eu sou um monstro Hellena. Um monstro ate pior que os vampiros.

-Não diga isso Alec.

-É verdade Hellena! Elas tiraram os poderes de demônio de mim, mas não tiraram a fome. – falou com vergonha e nojo na voz.

-Fome? – franzi o cenho.

-As súcubo não são apenas viciadas em sexo, elas necessitam dele. – suspirou. – Elas não têm apenas fome de sangue, tem fome de energia, e essa energia elas tomam com o toque. Para sobreviver, eu preciso não só tirar o sangue de uma pessoa, mas tirar a energia vital dela.

  1903 Paris

  -Mon Dieu... Deus... – a mulher arfava dentro do quarto. Sons altos ecoavam pelo corredor do hotel barato.

  Os barulhos demoravam a cessar, e quando finalmente o fizeram, o silencio reinou pelo aposento.

  -Céus. – a meretriz gemeu enrolada nos lençóis. Sua respiração estava ofegante, e sua voz demonstrava êxtase. – Quem é você? – perguntou em francês.

  -Não vai querer saber. – o jovem vestia as roupas escuras.

  -Porque não?

  Ele se voltou para ela, aproximou-se e encostou os lábios nos dela.

  Um filete de fumaça e luz escapou da boca da bela mulher, indo para dentro da dele. A cortesã caiu na cama exausta e ofegando, como se tivesse corrido quilômetros sem descanso.

  O rapaz soltou o ar pela boca

  -O que... O que...

  -Tão deliciosa... – ele murmurou se debruçando sobre ela. Posicionou a boca no seu pescoço, e passou a língua por sua veia principal, como que provando o gosto dela.

  Desceu os dentes por sua pele lisa, abafando o grito com a mão.

Sugou o suficiente para não matá-la, e para poder satisfazer parte da sede. Mesmo após ter sugado a energia dela, ainda sentia fome.

  “Sofrera toda a sua eternidade, com uma fome insaciável, mais forte que a sede”.

-Jane tem essa ‘fome’?

-Não... A dela é mais controlada, quando ela bebe o sangue, já tira a energia suficiente para sobreviver das vitimas. – sua voz pingava sofrimento.

-Alec... Alec... – abracei seu pescoço. – Não chore meu amor, por favor, não fique assim... – murmurei.

-Nem mesmo minha mãe me quis Hellena. Por minha causa Jane perdeu o futuro dela! – ele gritava. – Minha culpa!

-Não é sua culpa!

-Mato mulheres dês de que me entendo por gente. Consumo o corpo delas, o sangue delas, e a energia! Eu seco tudo que elas têm. Minha existência foi resumida em prazer, tanto da carne quanto do sangue, ou da energia!

Fiquei parada, vendo enquanto ele estourava.

-Eu ia fazer isso com você! – ele fitou meus olhos. – Grite Hellena, corra de mim! Diga que esta com medo, mas não confie em mim! – sua voz adquiria tons de extrema dor.

-Eu te amo.

-Não... não...

-Sim eu te amo!

-Não ame! Eu vou machucá-la.

-Pare de ser tão Edward. Pare de se chamar de monstro. Só falta você começar a recusar que eu vire vampira. – cruzei os braços.

-Eu sou egoísta demais para isso.

-Não Alec, você não é. – segurei o rosto dele. – Você apenas escolheu a sua musica, e escolheu dançá-la. Então não pare os passos, apenas continue.

Seus olhos cansados me fitaram pesados.

-Eu também te amo Hellena.

Beijei-o fortemente.

As mãos dele apertavam minha cintura, subiam por minhas costas, iam de meu pescoço ao meu quadril, e tinham uma delicadeza ofensiva.

Ele era aquela criatura estranhamente nociva, que preenchia todos os meus sentidos e me deixava atordoada à medida que se aproximava mais e mais de mim.

Eu me sinta aquela própria personagem de um mito que li há muito tempo atrás, nem me lembrava do nome da menina. Ela se apaixonara pelo melhor musico que vivia na Grécia antiga, Orfeu, e jurara ser fiel e amá-lo pelo resto de sua vida.

Eu me sinta a própria... Eurídice, esse era o nome dela, encantada pela melodia que eram os beijos de Alec. As mãos geladas dele acariciavam minhas costas por dentro da blusa, e chegaram a roçarem na renda de meu sutiã.

Estremeci ao toque dele, e sentindo isso como uma recusa, ele se afastou.

-Algum problema? – ele sussurrou em voz baixa. – Me perdoe por faltar-lhe com o respeito. – começou a se afastar, mas segurei suas mãos.

-Não sou a menina recatada que pensa. – murmurei.

-Não é mais virgem? – perguntou suave.

-Não! – disse alarmada, depois me acalmei. - Não Alec, eu só... Eu sou... – gaguejei constrangida. – Sou virgem.

Ele sorriu acariciando minha bochecha.

-Mio cigno bianco – o italiano dele me deixou arrepiada, como sempre deixava.

-Você é Blake com essa mania. – resmunguei. – Pareço tanto com o cisne quando danço?

-Não só quando dança meu amor, você é pura como um. Linda e graciosa como um... – beijou minhas pálpebras. – Não precisa fazer o que não quer.

-Eu quero. – sussurrei. – Só tenho medo.

-Não precisa ter. – disse com a voz rouca.

Me deitou no chão coberto pelo lençol, deitando por cima de mim.

-Se eu te machucar me avise. – murmurou delicado como sempre fora, beijando meu pescoço.

-Confiaria minha vida para você. – murmurei com meus lábios pétreos.

-Meu cisne branco.


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