Capitulo 7

-Que isso, Pequena Dhampir?! Eu só disse que desejo que seja feliz. Não disse que vou embora ou que eu vá desistir de você. – ele disse sorridente

-Não faça isso Adrian. Meu coração pertence à Dimitri e somente a ele. Tudo o que você vai conseguir é se magoar. – eu tentei colocar um pouco de sanidade em sua cabeça.

-E eu por algum acaso sou homem de desistir? – exclamou

-Saiba que você está por sua conta e risco. – eu o adverti. – Agora eu preciso ir. Tenho uma ronda a fazer.

Ainda faltavam três horas para meu turno acabar quando eu ouvi Dimitri me chamando. Virei-me para e o vi vindo em minha direção.

-Seu turno acaba de terminar, Rose. – ele disse-me

-Por quê? – perguntei

-Estou te dando um tempo a mais para se arrumar. Afinal, nós vamos sair para jantar, o que quer dizer que nós vamos sair assim que o dia na Academia começar. – disse-me – Agora vá descansar um pouco.

-Tudo bem. Chefinho. Agora me diga, com que roupa eu devo ir? – perguntei

-Apenas ponha seu melhor vestido. – ainda bem que Lissa me tinha obrigado a comprar aquele vestido. Eu devia me lembrar de agradecê-la. – Então ta. Que horas nos encontramos? – perguntei

-Eu passo no seu dormitório as seis. Pode ser?

-As seis pra mim ta ótimo. – eu estava ficando nervosa, de uma boa forma. Mas ainda sim muito nervosa.

-Então, até daqui a pouco Rose. – ele saiu, mas não sem antes me dar um selinho. Safado! Minha vontade era de perguntar “vem cá, eu deixei?”. Mas acho que ele chegaria à conclusão de que eu havia deixado apenas pelo fato de ter aceitado sair com ele. Homens. Pra que te-los? Se não te-los, como saber?

Fui para o meu quarto e apaguei assim que cai na cama. Quando o despertador tocou já eram onze da manhã. Ok, hora de começar a produção! Primeiro lavei o rosto e desci até a cozinha pra pegar algo para comer. Quinze minutos depois eu já estava de volta ao meu quarto fazendo uma bela hidratação. Duas horas depois e o cabelo hidratado e as unhas feitas, chegou a hora da depilação. Não sei quem foi que disse que as mulheres tinham que ter pernas lisinhas, mas vou te contar, viu? Até uma pessoa acostumada e levar umas porradas de vez em quando – como eu – acharia isso uma tortura. Uma hora depois e muitas lagrimas derramadas (se alguém me visse iria perguntar quem morreu!) eu fui tomar um belo banho. Ainda bem que Lissa tinha me dado aquele kit de banho de presente de natal. Mais uma coisa pra agradecer a minha amiga. Depois de limpar, esfoliar e hidratar cada pedacinho do meu corpo eu estava completamente perfumada. Tinha que admitir, hoje, homem nenhum resistiria a mim...

Três horas depois eu já estava com o cabelo escovado e a maquiagem pronta. Fechava o vestido quando Dimitri bateu na porta.

-Só um minuto. – respondi. Quando terminei de calçar o sapato e peguei minha bolsa, abri a porta. Dimitri me olhou de cima a baixo com um olhar de verdadeira satisfação. Eu sabia que estava estonteante! Meus olhos negros estavam bem delineados com um rimel preto e minha boca estava com um batom clarinho, quase invisível. E Dimitri estava... Uau! Um verdadeiro Adônis na minha porta. Com uma calça jeans, camiseta de botão um pouco aberta no peito e um terno por cima. Ele era o deus que eu sempre brinquei que ele fosse.

- Você esta linda, Roza. – ele disse meio deslumbrado. Bem, agora ele sabia o efeito que ele causava em mim...

-Você também.

-Vamos? – ele disse me dando o braço.

-Sabe, quando eu estava na Academia, você não me tratava assim... – disse brincando

-Também... Você era uma garota muito difícil de controlar. – ele disse meio perdido nas memórias

-Eu ainda sou um pouco difícil de ser controlada... – eu disse rindo

-Isso por que você nunca foi mimada. Agora imagina se fosse... O mundo estaria perdido. – ele disse rindo

-Bobo! – disse rindo também. – Então vai me levar pra aonde? – eu sou sim curiosa, e dai?!

-É pra ser uma surpresa. – ele disse. – O que me lembra... – ele disse colocando a mão no bolso e pegando uma caixinha. – É pra você. – disse me dando

-O que é? – perguntei

-Abre. – eu fiz o que ele disse e perdi o fôlego. Era um anel prata com uma pedrinha azul.

-É lindo! – eu disse

-Era da minha avó. – ele disse-me

-Ah... Eu não posso aceitar. – eu disse devolvendo o anel a ele

-Rose, isso não é um anel de noivado. Nem de compromisso. – ele disse arqueando as sobrancelhas de um jeito que eu adorava. – É apenas um anel. Minha avó me deu pra eu dar a quem eu quiser, e eu estou dando a você. Por favor, aceite.

-Tem certeza? – perguntei. Era lindo o anel, mas ele devia ter certeza de pra quem ele ia dar.

-Roza, eu não estou te pedindo em casamento nem nada disso. Mas meu coração pertence a você. E por isso eu estou de dando esse anel. Pra quando você vê-lo, saber o que você tem em suas mãos. – ele disse gentilmente.

-Dimitri, eu não sei se estou pronta pra isso. – eu disse a ele. Ele deu um suspiro cansado antes de me responder.

-Eu não posso te culpar por isso. Eu sei que você esta hesitante assim por minha causa. Mas eu vou reconquistar sua confiança. Você vai ver!

Naquele momento, ele disse aquilo com tanta certeza que eu achei que fosse ceder a ele ali mesmo. Mas eu não podia. Ele teria que fazer mais pra me ter de volta!

-E quanto tempo nós vamos ter que ficar dentro desse carro? – perguntei tentando mudar de assunto

-Uma hora mais ou menos. É muito tempo pra você?

-Talvez. Depende muito da companhia.

-Então, eu espero que o tempo passe rápido pra você hoje. – ele disse abrindo a porta do carro para eu entrar. Não era um super carro, tipo uma Ferrari ou um Porsche, mas era um carro legal com uma potencia regular. Eu senti um arrepio percorrer minha espinha quando Dimitri sem querer encostou a mão na minha nuca.

A viagem foi rápida. Dimitri dirigia com cuidado na negra noite que cobria a estrada. Conversamos sobre nosso trabalho e sobre nossas lutas. Ele perguntou como Lissa estava com todo o negocio de espírito. Mesmo sendo seu guardião por pouco tempo e sem vê-la durante muito tempo, Dimitri ainda gostava muito dela e se preocupava com sua segurança. Ele seria o guardião o perfeito pra Lissa.

Quando ele por fim estacionou em frente ao restaurante eu fiquei deslumbrada com o lugar. Era um restaurante de comida italiana que se chamava Garlini’s Italian Restaurant. Dimitri realmente queria me impressionar, caso contrario não teria me levado até esse lugar.

Entramos no restaurante e já tinha uma mesa reservada pra nós, num canto discreto de frente pra uma parede de vidro que deixava ver o pequeno lago que tinha logo ali atrás com uma fonte de onde saia água da boca de uma estatua num estilo romano.

-Nossa Dimitri. Esse lugar é lindo! – eu disse maravilhada. É talvez ele estivesse mesmo me reconquistando

-Não tão lindo quanto você. – ele disse-me. Logo em seguida o garçom se aproximou.

-Posso anotar seu pedido? – perguntou-me gentilmente

-Hm... Eu vou querer um spaguete com molho bolonhesa. – eu disse olhando o cardápio

- E o senhor? – perguntou a Dimitri

-Pode ser uma lasanha bolonhesa mesmo. – ele disse com uma cara seria.

-Qual o problema? – perguntei. Por que ele ficara serio e desconfortável de repente?

-O problema? Que tal aquele cara olhando pra você? – Wow! Ciúme? Isso não era muito típico dele

-Você ta com ciúme? – que pergunta mais estúpida. Tava estampado na cara dele que ele estava sim com ciúme. – Ei, sou só eu. Você nunca teve ciúme de mim. O que te deu?

-Talvez eu sempre tenha tido e só tenha disfarçado melhor. Ta meio difícil não demonstrar ciúme por você hoje. – ele disse asperamente. Eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo.

-Você não vai estragar nosso jantar hoje por causa de uma coisa boba, vai? – diz que não por favor... – após pensar por uns dois segundos ele me respondeu

-É, você ta certa. Não vou estragar nosso jantar por causa disso.

Logo em seguida o jantar foi servido, a comida estava muito boa mesmo. Nossa conversa ficou em assuntos leves dessa vez. Até que uma noticia dele me desconcertou um pouco.

http://media.photobucket.com/image/anel%20de%20prata%20com%20pedra%20azul/cmayer87/2-3.jpg anel de prata