Stormy Nights escrita por GiuhBatiston


Capítulo 15
Capítulo 15




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Capitulo 15

-Por que você não abriu? – ele me perguntou

-Tá trancado.

-Entao destranca.

-Ta trancado pelo lado de fora. – disse rosnando.

-Lissa! – dissemos juntos

-E agora, o que nós vamos fazer? – perguntei

-O que você vai fazer eu não sei, mas eu vou voltar pro meu livro. Uma hora ela vem abrir a porta. – respondeu me dando as costas. Grosso!

Me sentei no sofá e fiquei olhando pro teto. Essa viagem seria uma porcaria! E ficar sem nada pra fazer não era muito bom pra mim. Além disso meu estomago tava roncando. Me lembrei que tinha comida na cozinha, só esperava que tivesse algo pronto ou no mínimo fácil de fazer. Mas tudo o que tinha era comida não perecível, daquelas que demoram uma vida pra ficar pronta. Com preguiça de cozinhar algo mais elaborado fiz apenas um spaguetti. Apesar de ficar muito tentada, eu não podia comer e simplesmente deixar Dimitri com fome. Por que eu sempre tinha que ser uma boa pessoa? Não sei se estava muito bom, mas eu não estava com paciência eu estava com fome.

-Dimitri. – gritei da cozinha

-Agora você ta falando comigo? – ele gritou em resposta. Mas logo depois ele chegou na porta. – Você tava cozinhando?

-Como pelo visto não vamos sair daqui tão cedo não podemos morrer de fome, né? E se eu me alimentar e deixar você com fome, eu vou ser apedrejada pelo resto da população.

-Obrigado. – ele disse com sinceridade. Fui até o armário e peguei uma garrafa de vinho. Não era um jantar romântico, mas um bom spaguetti deve ser apreciado junto com um bom vinho. Só faltava umas velas pra termos um lindo jantar de casal... Foi eu pensar nisso e a energia caiu. Que clichê!

-Estamos sem energia. – disse. Ele levantou a sobrancelha. – Ta legal, falei o obvio!

-Vou procurar algo pra iluminar.

Quando cheguei na sala com os pratos ele estava acendendo velas sobre a mesinha de centro. Comemos em silencio, só o barulho dos talheres no prato. O vento estava ficando mais e mais agitado.

-Você colocou proteção nas janelas? – perguntei

-Não. Precisava?

-Claro! Vem me ajuda a pôr em todas as portas e janelas. – disse me levantando. Meia hora depois colocamos as proteções e voltamos pra sala. Peguei os pratos levei pra cozinha. Quando voltei a sala Dimitri estava acendendo a lareira.

-Esta muito frio. – ele me disse

-Nós temos um furacão a caminho. Você quer botar fogo em toda a ilha?

-Não.

-Então apaga isso. – ordenei. Esperei mas ele não apagou o fogo, então eu mesma apaguei.

-Rose!

-Tem cobertores no quarto.

-Tudo bem. Vou pega-los. – disse-me saindo

Apaguei as velas e sentei no sofá. Logo depois ele chegou com um pilha de cobertas. Eles começou a estende-las. Estávamos ambos em silencio. O vento rugia como uma pantera a caça. De repente ouvimos o barulho de uma das janelas abrindo. Sai pra fechar. Maravilha, agora estava chovendo. Não podia deixar a janela aberta senão a chuva inundaria a casa. Mas o vento estava tão forte que sacudia as vidraças e eu não tinha força suficiente pra fecha-la. Então Dimitri estava lá, me ajudando. Quando enfim conseguimos fechar a janela ambos estávamos encharcados. A camiseta preta de Dimitri colava no seu peito musculoso. Foi então que me lembrei que eu estava com uma camiseta branca, que a essa altura devia estar toda transparente. O que não importou muito no momento. Eu tremia de frio. A chuva mais o vento cortante tinham feito um ótimo trabalho. Meu queixo batia fazendo meus dentes rangerem.

-Deus! Você esta muito molhada! – Dimitri exclamou.

-Vo-voc... C-ce ta-ta-bem-em. – tentei dizer.

-Venha cá. – ele disse tirando minha blusa

-Na-não.

-Roza, você vai ter uma hipotermia. Deixa eu cuidar de você. – ele pediu. Ah, dane-se! Eu estava com muito frio pra tentar lutar com ele. Ele tirou minha blusa e a sua, então me puxou pra seu peito e nos enrolou numa coberta.

-Uma roupa seca ajuda, mas se você não se esquentar rápido o sangue vai circular cada vez mais lento até que seu coração pare. – ele explicou. – Você precisa de calor humano.

-E voc-ce não? – perguntei

-Uma de suas piadinha pelo menos eram verdadeiras. Eu tenho mais tolerância ao frio. – explicou.

Quando achou que eu estava suficientemente aquecida, ele me soltou e em seguida saiu. Voltou então com uma calça e um casaco de moletom e uma camiseta que, pelo tamanho, só podiam ser dele.

-Vista isso. – ele ordenou saindo. Eu tirei a roupa molhada e vesti a roupa dele. A camiseta estava com seu perfume. Valeu Liss, por tornar esse dia ainda mais confuso do que toda a minha vida! Tive que dobrar muitas vezes a barra da calça e a manga do casaco, mas por fim ficou razoavelmente bom.

Voltei pra sala e Dimitri estava olhando pra lareira – agora apagada – com um olhar distante.

-Errr... Obrigada pela roupa. – Agradeci

-Disponha. – ele parecia distante. Minha mente estava confusa e meu corpo reagia a presença dele. A tempestade estava ficando pior. Os ventos aumentavam e agora os trovões pareciam estar mais perto.

-Você pode ficar no quarto, eu fico aqui na sala. – ele disse sendo cavalheiro. Bem, pelo menos essa característica dele não era falsa.

-Eu não posso ficar aqui com você? – perguntei. – Eu tenho medo de trovões.

-Você mata Strigoi e tem medo de trovões?!

-Matar Strigoi depende da sua habilidade. Agora se o raio vai ou não cair na minha cabeça depende do meu azar. – ele murmurou algo em russo e balançou a cabeça em exasperação.

-Tudo bem. Você pode ficar no sofá, eu deito no chão. – disse arrumando uma cama pra si mesmo.  Aproveitei a deixa e me deitei.

-A comida estava muito boa. – ele disse quando deitou

-Obrigada. – alguns segundo depois eu perguntei. – Você não quer ficar aqui? Tem... Bastante espaço.

-Não vai ter nenhum problema pra você?

-Não. Pode vir se quiser.

-Tudo bem. – ele respondeu. Ele deitou no canto ao meu lado e eu deitei a cabeça no seu peito.

Duas horas depois eu ainda estava acordada. A tempestade estava cada vez pior, parecia  que a terra ia rachar ao meio e eu estava muito preocupada com Lissa. Pelo que eu podia ver, Dimitri também estava acordado. Pela minha preocupação por ela, e pela minha sanidade mental, eu escorrei pra dentro da mente da minha melhor amiga.

 

Lissa estava no seu quarto com Christian do lado. Ela estava muito preocupada comigo.

-Christian...

-Ela esta bem. – ele a cortou. – É a Rose. Ela sempre dá um jeito. Além do mais, ela está com Belikov. Eles vão ficar bem.

-Eu sei, mas é que essa tempestade ta tão forte... – ela murmurou mordendo o lábio inferior

-E é o por que de não devermos sair. Essa tempestade ainda vai piorar muito antes de melhorar. Você ouviu o rapaz da limpeza. Devemos ficar dentro de casa e não sair por nada. – ele confortou-a

-Tudo bem. Mas eu não vou conseguir dormir com toda essa tempestade.

-Vai sim. Eu estou aqui com você...

Isso tava começando a ficar meloso demais, era hora de sair. Ela tava bem mesmo.

 

-Você tava na cabeça dela? – Dimitri me perguntou

-Sim. – respondi

-Esta tudo bem?

-Sim. Estão todos dentro de casa e não pretendem vir nos resgatar antes do fim da tempestade. – respondi

-Que bom. – ele disse aliviado. Não percebi que ele estava tão preocupado assim. – Ninguém deveria sair numa tempestade dessa... Enterrei a cabeça no seu peito e dormi. Quando acordei uma hora depois, com o barulho da tempestade aumentando, encontrei os olhos de Dimitri me encarando. Não sei o que me levou a fazer isso, mas levantei minha cabeça, mantendo os olhos nos seus e o beijei.


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Notas finais do capítulo

Como já disse na outra fic girls, eu não vou poder postar no finde, pq naum vou estar em casa. Peço que naum fiquem chateadas, ok...
Bjm



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