Stormy Nights escrita por GiuhBatiston


Capítulo 14
Capítulo 14




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Capitulo 14

Saí correndo para o meu posto rezando pra que Dimitri não tivesse percebido meu atraso. Quando cheguei à fronteira leste do campus vi que realmente havia alguém me esperando, mas não era Dimitri. Era Adrian.

-O que você está fazendo aqui?

-Eu estou esperando pra falar com você. A propósito, você esta muito atrasada.

-Adrian, eu não posso falar com você agora. – disse friamente

-E por que não? Vou te dizer, qualquer um poderia cuidar desse posto.

-Ok, eu não quero falar com você. Ta bom assim?

-Rose, eu só vim dizer que eu não guardo expectativas da nossa ultima... Noite. Eu sei que você estava triste, magoada e confusa.

-Sério? – perguntei surpresa

-Não. Esperanças eu tenho, mas elas não aumentaram nem um pouquinho desde que te conheci. – ele disse com um sorriso

-Isso quer dizer que podemos ser amigos e seguir em frente? – perguntei

-Isso depende de você querer ou não ser minha amiga. – respondeu-me todo sorridente

-Obrigada. – eu disse sinceramente abraçando-o. Péssima hora eu escolhi...

-Guardiã Hathaway! – eu ouvi Dimitri me repreendendo. – Você esta no meio de um turno e numa escola. Não é propicio ficar se agarrando com seu namorado por ai.

-Você não parecia se importar muito com isso há uma semana atrás. – retruquei. Ops... Acho que fui longe demais. Vi a raiva toldar os olhos de Dimitri e suas mãos se fecharem em punho. Ele estava muito perto de perder o controle.

-Rose. – ele disse entre dentes. – Não me provoque. – Sua mão apertava o canto dos olhos tentando controlar a raiva. Eu ao contrario queria que ele sentisse toda a raiva que eu sentia por ele e que agora queimava dentro de mim.

-Ora, guardião Belikov, não estamos fazendo nada com que o senhor deva se preocupar. Estou apenas sendo uma boa companhia ao Lord Yvashkov. Assim como você também foi um ótimo amigo pra Tasha Ozera. – era golpe baixo, até mesmo pra mim. Mas consegui meu intuito de irritar Dimitri.

-Por que você não pode apenas agir como uma pessoa normal, sem se jogar em cima de tudo que é homem que vê pela frente?! – ele latiu

-Posso perguntar o mesmo pra você. – respondi gritando

-Droga Rose! Você não pode facilitar mesmo né?!

-Facilitar pra que? Agora pelo menos você conhece uma mínima parte da raiva que eu estou sentindo.

-Raiva? Não sei por que você estaria se sentindo assim. Foi você quem não quis me escutar. A culpa foi minha de amar alguém como você! – ele cuspiu as palavras pra fora

-Alguém como eu? Alguém como eu como?

-Alguém que não pode ver um homem que já sai correndo!

-Você está me chamando de vadia? É isso mesmo?

-Entenda como quiser. – ele respondeu furioso e deu as costas. Aquilo foi a gota d’água. Onde já se viu ele me chamar de vadia? Estava tão furiosa que não raciocinei, apenas fui pra cima dele. Ele se desviou do primeiro soco, mas o chute frontal o pegou em cheio no estomago, mas não o fez se sacudir de dor. E olha que esse chute derrubava até mesmo Strigoi. Mas ele não estava revidando. Quando fui tentar dar-lhe um chute circular ele se defendeu e eu acabei caindo. Logo em seguida ele estava em cima de mim.

-Eu não quero te machucar, mas também não vou ficar apanhando de graça. Pare agora. – ele disse de forma calma, mas severa. Depois ele se levantou e foi embora. Que merda! Um dia ele ainda ia me deixar louca.

-Você esta bem, Pequena Dhampir?

-Estou. Só estou querendo quebrar um pescoço. Acho melhor você ir antes que eu ache que você é voluntario. – depois virei às costas e voltei a minha ronda.

Só vi Lissa bem mais tarde naquele dia. Achei melhor não ir almoçar, pois ainda estava com muita raiva. Como resultado na hora do jantar eu estava morrendo de fome.

-Rose! – Lissa exclamou. – Não te vi durante o dia inteiro. Você ficou esse tempo todo fazendo a ronda?

-É fiquei. Qual é a novidade? – perguntei sentindo que ela estava retendo algo

-Nós vamos pra aquela casa de praia da mamãe. Não é ótimo? – os pais de Lissa tinham uma casa numa pequena ilha que ela herdou depois do acidente, mas não íamos lá desde o ultimo natal que ela passou em família.

-Claro que é. Mas você vai quando?

-Nós vamos amanhã. Vamos ficar fora a semana inteira.

-Hm... Por que agora? – perguntei. Lissa sempre se sentia mal quando pensava naquele lugar.

-To precisando de férias. – ela respondeu. – E você também.

-E quem vai?

-Eu, você, o Christian, o Klaus, a Alice e o Dimitri.

-Dimitri? Por que ele vai?

-Eu convidei a Alice pra vir, por que nós vamos poder treinar mais em paz e por ela ser aluna alguém tem que vir.

-Sim, eu sei. Mas por que o Dimitri? Ele não tem suas responsabilidades aqui?

-Pelo estado frágil dela, a diretora acha melhor que ele venha. – Oh, cara que maravilha! Uma semana num lugar paradisíaco com Dimitri. Isso ia dar em merda!

-Acho que eu não tenho muita escolha né?

-Não, não tem. – ela respondeu.

No dia seguinte levantei e o sol ainda estava alto, eram três da tarde e eu ainda tinha que arrumar minhas malas. As seis da tarde nós embarcamos no jatinho particular da corte. Seis horas depois nós chegamos à ilha. Quando eu olhei a minha volta eu perdi o fôlego. Era um lugar lindo, digno de um filme. Eu não vinha aqui há tantos anos que já não me lembrava mais de como esse lugar era lindo. Eu deveria convencer Liss a vir pra cá no final da gravidez. Não existia lugar melhor pra se ter um bebê.

Dimitri passou a meu lado conversando com Klaus e carregando umas malas. Ele me lançou um olhar triste, mas logo em seguida adquiriu a fachada fria. Quem sabe um dia as coisas poderiam se resolver pra nós?

-Liss, você pediu pra limparem e estocarem a cozinha, né? – arrumar e limpar a casa à essa hora seria uma tortura.

-Claro Rose! Com convidados, você acha mesmo que eu não pediria pra limparem?

-Desculpa! – exclamei. Essa gravidez tava deixando ela muito sensível...

Apesar do calor que fazia no pacifico nessa época do ano dentro da casa estava fresco. As janelas pintadas pra reterem o sol estavam abertas permitindo que a brisa que vinha do oceano entrasse. Klaus e Dimitri ficariam num dos chalés que era destina aos visitantes, enquanto eu ficaria na casa com Lissa. Esse é o bom de ser melhor amiga da sua protegida. Assim que me acomodei decidi trocar de roupa e dar um mergulho. Ninguém ia sair hoje devido ao cansaço, assim, eu poderia relaxar um pouco. Escolhi um biquíni preto não muito pequeno, coloquei um vestido de alças, bem fresco, peguei uma toalha e saí. A água estava quentinha e azul, o sol estava se pondo sobre o oceano. Se eu pudesse moraria aqui por toda minha vida.

Depois de meia hora dentro da água eu decidi sair e me deitar um pouco, quando olhei pra casa vi Dimitri na janela do segundo andar olhando pra mim. Meu estomago revirou e meu coração bateu mais forte. Imagens de Dimitri inundaram minha mente me fazendo sacudir a cabeça pra apagar essas imagens.

 

No dia seguinte eu levantei cedo querendo pegar um pouco de sol, mas quando olhei pela janela vi nuvens negras assomando no horizonte. Droga de chuva que ia acabar com minha semana no paraíso!

-Rose. – Lissa chamou do quarto ao lado

-Que foi. – perguntei já na porta

-Se arruma que nós vamos sair.

-Sair?

-É. Vamos pro vilarejo fazer umas compras e depois comer algo. Só nós duas.

-Liss... Vai chover. Você não olhou pra fora não?

-Já vi. Mas acho que vai demorar um pouquinho. Eu prometo que vamos estar de volta antes que a tempestade caia. – como eu poderia dizer não pra uma mulher grávida? Se eu fizesse isso Deus me castigaria eternamente.

Quando chegamos à praça central o vento estava forte e a maioria das pessoas já estavam procurando um abrigo.

-Liss! – tentei gritar mais alto que o vento. – Acho que devíamos voltar. Essa tempestade vai ser feia.

-Tudo bem! – ela respondeu. Sua voz abafada pelo vento. Isso não poderia ser apenas uma tempestade, estava muito forte.

-Lissa, acho que é um furacão ou algo assim. Temos que voltar logo.

-Tudo bem. Será que todos estão bem?

-Não se preocupe. Vai dar tudo certo!

Voltamos o mais depressa possível. Christian estava esperando por nós na porta. Nós entramos e eles foram pro quarto. Aff, nem em meio a uma tempestade eles se desgrudavam... Pouco depois Lissa pediu que eu fosse chamar Dimitri.

-Por que o Klaus não pode ir? – perguntei como uma criança mimada

-Por que ele ta ocupado colocando a proteção no resto da casa.

-E por que Dimitri não pode ajudar?

-Rose... Só vai chamá-lo. – ela pediu

-Tudo bem. – disse saindo. Dentro do chalé estava quentinho e a lareira acessa. Procurei na sala e na cozinha, mas não o achei. Encontrei-o deitado na cama lendo um daqueles romances de faroeste. Nem no meio da tempestade ele ficava agitado.

-A Lissa pediu que eu te chamasse. – falei saindo. Não precisei olhar pra trás pra saber que ele estava logo atrás de mim. Quando cheguei pra abrir a porta vi que ela estava trancada. E sem a chave.


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Notas finais do capítulo

Agora vem algumas das cenas q eu mais gosto na fic... Preparadas?
Bjm



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