Accidentally In Love 1 escrita por Juh__Felton


Capítulo 21
Accidentally in love + BÔNUS


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo!!!!! Mas ainda vem mais por aí!!! Bom, beijinhos, e até Accidentally in love 2 - Entre o leão e a serpente!!!!



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~> ACCIDENTALLY IN LOVE (1 ANO DEPOIS DA BATALHA)

Hermione olhou para o relógio pela terceira vez enquanto se maquiava. Ótimo, estou no tempo, pensou. Estava indo encontrar os amigos, e Jorge passaria para buscá-la dali a alguns minutos. Terminou e foi a passos rápidos até o quarto olhar-se no seu grande espelho oval. Colocou uma tiara dourada, da mesma cor das sandálias, e um vestido leve branco. Olhou mais uma vez o relógio: adiantada.
Colocou a bolsa em uma mesa e pegou o Profeta Diário. Folheou sem interesse as páginas do jornal, até que viu algo que a fez parar. Ficou olhando por um tempo para uma foto de Draco, antiga, provavelmente retirada da Mansão Malfoy. Ela sacudiu levemente a cabeça, mantendo longe as lembranças que insistiam em aparecer. Desanimada, foi ler a pequena nota.

UM ANO SEM DRACO MALFOY

Draco Lúcio Malfoy, acusado de assassinatos e de ter participado ativamente do grupo já extinto denominado Comensais da Morte, está foragido desde a Grande Vitória. O
Profeta e o Ministério da Magia insistem em afirmar que ele é perigoso e que, a qualquer notícia, devem avisar urgentemente o Ministério.
Por Rita Skeeter.


A castanha sorriu para a foto. Pegou a tesoura e recortou a pequena nota. Acenou com a varinha e uma pasta preta apareceu. Ela abriu-a e se viu dando de cara com várias fotos de Draco, todas retiradas do Profeta Diário. As notícias sempre falavam coisas como “ele é perigoso” e “tem tendências à agressividade”, mas Hermione nem ligava. Colou o recorte com um feitiço Adesivo Permanente e enviou a pasta novamente para o esconderijo. Quando foi fechar o jornal, porém, viu outra coisa que lhe interessava.

BELATRIZ LESTRANGE: LONGE OU PERTO?

A Comensal da Morte foragida, Belatriz Lestrange, foi vista em mais dois lugares. Uma bruxa italiana telefonou às pressas para o Quartel General de Aurores da Itália avisando que a fugitiva estava andando por Roma. Poucos minutos depois o Quartel General de Aurores do Reino Unido avisou que Belatriz Lestrange fora vista perto de uma das montanhas que margeiam o povoado de Hogsmeade. Só resta a dúvida se ela está longe de nós, cidadãos de bem, ou debaixo do nosso nariz.
Por Rita Skeeter.


Sempre a Skeeter aumentando as notícias, pensou Hermione. Olhou o relógio; quando o ponteiro de minutos alcançou o número doze ela ouviu a campainha do interfone.

-Quem é? – perguntou mesmo sabendo quem era.

-O bicho-papão. – respondeu a voz de Jorge.

-Oh, não posso deixá-lo subir agora, meu namorado está pra chegar! – respondeu ela brincando.

-Então tudo bem, eu volto depois... – ele deu uma risadinha. – Já está pronta?

-Só vou pegar a minha bolsa e desço. - Sempre mentiras, pensou ela. A bolsa já estava na mesa em que estava sentada, e ela só foi conferir o esconderijo. Entrou no quarto e olhou para o espelho oval em sua penteadeira. Ela fora presente de sua mãe quando fizera quinze anos, quando realmente decidira ser mais vaidosa e se cuidar. Virou o espelho de modo que o lado oposto dele ficasse à mostra. Enfiou a unha em um pequeno buraco e rasgou o papelão. Viu que a pasta estava ali e sorriu. Tudo ok. - Reparo. – o papelão voltou ao normal, só o pequeno furo ali. Ela ouviu a campainha de novo. Quando atendeu, ouviu a voz de Jorge censurando-a:

-Hermione!

-Já estou indo! – exclamou ela. Trancou o apartamento e esperou o elevador. Entrou e, pouco depois deu de cara com Jorge.

-Achei que ia ter que desmarcar o almoço e marcar um jantar. – reclamou ele. Estava muito bonito, tinha deixado a barba crescer, assim como Fred. Para não dar às pessoas a felicidade de nos reconhecer, disseram os dois sobre a escolha. Eles cumprimentaram-se com um selinho, e depois saíram andando de mãos dadas.

-Então... Onde nós vamos encontrar com eles?

-Em uma cantina de comida italiana no Beco. – respondeu ele. Ela surpreendeu-se. Cantina italiana? No Beco Diagonal? – É, você devia saber quanto o Beco cresceu.

-Cantina italiana... Loja de celulares... É os bruxos estão realmente aprendendo com os trouxas. – disse Hermione, olhando de relance para o namorado. Viu-o fazer uma careta e sorriu; sempre conseguia fazê-lo se irritar com esse assunto.

-Ei! – exclamou ele, tirando um celular do bolso. – Isso aqui é totalmente bruxo, falou? – Hermione deu um sorrisinho para ele.

-Ok... É claro que o senhor Totalmente-Bruxo sabe de tudo! – disse ela, quando entraram no Beco Diagonal. – Hmm... Você sabia que eu amo comida italiana? Só não supera a culinária francesa.

-É... Vá falar sobre isso com a Fleur. – disse ele irritado.

-Você fica lindo irritado, sabia? – disse ela, rindo.

-Eu não estou irritado! – reclamou Jorge. Ficaram em silêncio até chegarem à cantina. Era um lugar decorado com as cores da bandeira da Itália, e as mesas eram bem próximas, dando um clima intimista. Um garçom aproximou-se deles, dizendo:

-Posso ajudá-los? – Jorge prontamente respondeu:

-Sim, estamos incluídos em uma reserva. Está no nome de Harry Potter.

-Oh, sim! – exclamou o homem entusiasmado. – Permitam-me leva-los à sua mesa. – eles seguiram-no até uma mesa enorme, nos fundos da cantina. Hermione e Jorge agradeceram e viram Harry e Vianne sentados em uma ponta, se beijando.

-Hem hem! – disse Hermione. Os dois se separaram. – Atrapalho?

-Imagina Mione! – disse Harry, abraçando a amiga. Hermione sorriu e analisou Harry da cabeça aos pés.

-Você está muito bonito, Harry!

-Obrigado. – disse o moreno encabulado. Hermione virou-se para falar com Vianne.

-Como vão vocês? – perguntou Vianne.

-Bem... E você, como foram as aulas? – respondeu Hermione.

-Foram boas... Agora que tudo terminou, eu decidi não trabalhar como Aurora. Na verdade eu já decidi o que vou fazer, mas vou esperar a Gina e a Luna para contar... Há quase dez meses que não as vejo, sabe, lá no Centro não podemos passar as férias fora.

-E por que você voltou para lá?

-Eu tinha que terminar meu último ano em algum lugar, não é? E no início do ano eu pretendia continuar o treinamento para Aurora, mas... Bom, eu mudei de idéia.

-Bem, eu pretendo terminar o curso, mas se aparecer algo melhor... Bom, eu já aprendi muito. – disse Hermione sorrindo.

-Só chegaram vocês até agora? – perguntou Jorge, ao que Harry respondeu:

-Sim... Gina, Luna, Rony e Rafael já estão a caminho... E Fred e Sophie vão se atrasar um pouco, pegaram um trânsito horrível perto do rio.

-Ótimo... – disse Jorge, mordendo o lábio inferior enquanto se sentava. – A Sophie e sua incrível mania de andar de carro.

-Nós só não viemos de carro porque é perto. – disse Hermione. – Não sei quando você vai acabar com essas implicâncias... Ah, ali, são eles. – ela apontou para um grupo de quatro pessoas que entrava ali. Luna veio saltitante até eles, Gina em seu encalço.

-MIONE! – gritaram as duas, em uníssono. As quatro se abraçaram.

-E então, passaram de ano? – perguntou Hermione, sentando-se. Os recém-chegados acompanharam-na.

-Com louvor! – disse Gina enquanto cumprimentava o irmão. – E você, como vai o curso pra Auror?

-Está indo...

-Eu mudei de idéia sobre o que eu vou fazer! – disse Luna animada.

-Sério? – perguntou Vianne irônica. – Pela... Quadragésima sétima vez, é isso?

-É... Depois de cientista, medibruxa, professora, socióloga e Ministra da Magia... – disse Rony com uma careta. – Ela agora quer ser...

-Modelo! – Harry e Rafael começaram a tossir de repente. – O que é?

-Nada... Só que essa é uma profissão totalmente trouxa. – disse Harry. – Nunca imaginei você como modelo, Luna.

-É que eu fui acompanhar a Rita Scott à agência dela, e eles me chamaram para fazer um book. – disse Luna.

-Que bom! – disse Vianne olhando para a amiga. Ela tinha crescido alguns centímetros nos últimos meses. – É você está mais alta, vai poder até desfilar!

-Esse é o meu sonho de consumo! – disse Luna. – Eu vou poder desfilar para as maiores companhias de moda do mundo bruxo! – as garotas sorriram.

-Ok, vocês vão ficar nesse tititi por muito tempo? – perguntou Rony. – Eu estou com fome!

-Sempre, Ron. – desdenhou Hermione. – E então, como vai o time?

-Está indo... Mas eu acho que vou sair, não é muita vantagem ganhar aquele salário, tenho recebido propostas de times ainda maiores. – Hermione torceu o nariz.

-Odeio quadribol.

-Pelo medo de altura? – perguntou Rafael, arrancando risadas do grupo. O garçom aproximou-se lentamente do grupo e disse:

-Senhorita Ginevra Molly Weasley? – Gina torceu o nariz e disse:

-Sou eu.

-Tem uma... – ele pigarreou. – Coruja à sua espera. – Rony franziu a testa para a irmã, que apenas encolheu os ombros. Gina levantou e seguiu o garçom até um pequeno corujal, com espaço para mais ou menos cinco corujas. Perto da porta havia uma escrivaninha com várias penas e tinteiros, e um poleiro pequeno. – Fique à vontade para ler e responder a sua coruja, senhorita. – ele fez uma reverência e saiu andando. Gina andou até a porta e, abrindo-a, deu de cara com uma ave estranha, que lembrava um pouco as aves que voavam em revoadas por Nova York. Malfoy, pensou ela enquanto abria o envelope.

Gina,

O Leo me chamou de papai! A Jandy está irritada, afinal as crianças geralmente dizem a palavra mamãe, mas... Ele me chamou de papai! Bom, desculpa pela ave, mas eu não consegui uma coruja, parece que todas as pessoas querem desejar Feliz 4 de Julho atrasado para a população da China. Bom, na verdade não foi bem “papai”, foi mais algo parecido com “papa” ou algo que o valha. Tenho que ir, Aberforth vai receber alguns “conhecidos” e eu tenho que estar fora de casa até lá. Acho que vou dar uma voltinha pela cidade ou então visitar a Jandy e o Leo.

Draco.


Gina olhou para o céu pela janela e suspirou. Um ano, pensou enquanto relia a carta. Mas uma dúvida veio à sua mente. Como aquele garçom sabia meu nome? Aqui o Draco me chama de Gina. Ela começou a olhar o pergaminho até que viu o envelope jogado no chão. Ele não teria essa audácia, pensou, enquanto foi andando até o envelope. Lá, em letras grandes e sublinhadas estava escrito PARA GINEVRA MOLLY WEASLEY.

Draco “papai” Malfoy,

VOCÊ ME PAGA, SEU LOIRO! Eu já te disse milhões de vezes para não endereçar a carta a Ginevra Molly Weasley, e sim a Gina Weasley, ok? Bom, parabéns pelo “papa”. Estou em um restaurante e você me chama pelo meu nome completo e ainda por cima manda esse... Essa... Isso aqui, que o garçom se esforçou para chamar de coruja! Estou com saudades, vê se não deixa de escrever.

GINA.


Ela voltou à mesa sorrindo. Quando ela chegou Sophie e Fred já estavam ali, conversando animadamente com Hermione e Jorge. Luna e Rony estavam conversando aos sussurros, enquanto Harry e Vianne haviam começado uma nova sessão de beijos. Rafael a esperava pacientemente calado. Ela viu que todos bebiam cerveja amanteigada, e um copo intocado estava à frente de sua cadeira.

-Então? – perguntou ele.

-Nada demais. – disse ela, bebendo um gole. – Só uma proposta de trabalho. – ela lembrou da carta que recebera pela manhã, e respondera assim que leu. Não contou a Rafael, esperaria para contar quando todos estivessem reunidos. Hermione, que prestava atenção neles, perguntou:

-Trabalho? Gi, você pretende trabalhar em quê?

-Moda. – disse ela displicente. – Pretendo ser estilista, mas eles formam a elite da companhia. As pessoas geralmente começam do básico, com trabalhos básicos. Mas eu vou começar como assistente de estilista.

-Que bom! – disse Hermione. – Você e a Luna vão ser quase colegas de trabalho! Mas fala aí, qual foi a companhia que te procurou? – Gina deu um sorrisinho malicioso.

-Você não vai acreditar quando eu te contar... Hermione Jane Granger prepare-se para a maior...

-Deixa de enrolar e fala logo! – disse Sophie. Gina olhou para os amigos; parecia que todos prestavam atenção nela.

-Ok, ok... A companhia era... Tchan tchan tchan tchaaan...

-Fala logo! – exclamou Luna.

-Vocês estão conversando com a mais nova assistente de estilista da Home Street Clothes. – todos a olharam, abismados e aplaudiram.

-Essa é a minha irmã! – disse Fred.

-É, eu sei, eu sou demais! – disse Gina.

-A Gina e a Luna nós já sabemos o que pretendem, mas... E você, Vianne? – perguntou Hermione.

-Bom, eu ainda estou procurando, mas... Pretendo trabalhar em algum jornal. – Luna sorriu.

-Eu até pensei em seguir carreira tomando conta do Pasquim, mas... É muita responsabilidade. Prefiro que meu pai continue lá.

-E isso é bom, porque como modelo você vai viajar muito. – disse Rony torcendo o nariz. Gina estranhou o comportamento do irmão, mas não disse nada.

-E você não vai viajar nem um pouco, não é goleiro? – disse Luna irritada.

-Você sabe muito bem que é diferente! – exclamou o ruivo.

-Não, não é! – disse Luna vermelha. Ela colocou o guardanapo que estava em seu colo na mesa e levantou. – Com licença. – ela saiu andando da loja, e Rony a seguiu.

-Hmm... Bom, tomara que eles não briguem mais. – disse Sophie, pegando o cardápio. – Pizza?

-Você sempre com essa mania de tentar acalmar todo o mundo com comida. – disse Gina sorrindo.


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-Luna! LUNA! – gritava Rony. – Espera!

-Não, Rony, não dá! – gritou ela. – É a terceira briga a respeito disso só nessa semana!

-Eu sei! Você acha que eu não percebi isso? Droga... – ele olhou para o céu azul, e depois para a namorada. – Eu sei que vai ser difícil isso, você e eu viajando para vários lugares diferentes... Mas, caraca, eu te amo! A gente vai conseguir superar isso!

-Eu acho que sim, mas... Eu fico tão insegura! Tem muitas garotas por aí querendo namorar um jogador do Ballycastle Bats... Muitas delas são mais bonitas que eu... E mais inteligentes... E mais legais... – ela deixou as lágrimas caírem pelo rosto.

-Sssh... – disse ele baixinho abraçando a namorada. – Lu, você é perfeita! Em todos os onze jogos que eu já joguei pelos Bats eu nunca vi nenhuma garota mais bonita que você. Aliás, acho que nem em toda a minha vida. Mais inteligentes? Eu acho que você é uma Corvinal porque era pra ser, porque a sua inteligência se destaca mais do que a dos outros. Além disso, não existe ninguém mais legal que você... E se existisse essa pessoa seria a minha LM, ou seja, você! – Luna sorriu.

-Ta falando sério?

-Claro! Eu nunca mentiria pra você... – disse ele beijando-a. – Ok, agora nós vamos voltar e agir normalmente.


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Sophie e Hermione conversavam calmamente até que pararam para comer. As pizzas chegaram logo, e todos começaram a comer em silêncio.

Você tem sentido a presença do Draco? ” perguntou Sophie em pensamento.

Não. Aliás, faz mais de seis meses desde a última vez que o senti. Ele estava muito, muito feliz. Por que será que ele se esconde? ” respondeu Hermione.

Eu não sei. O problema é que faz um ano que nós sabemos que tem uma quarta pessoa na jogada, mas não conseguimos descobrir quem é. E precisamos do Draco pra isso. ” Hermione ia responder, mas sentiu Luna cutucando-a.

-Mione?

-Hã?

-Você ta bem, amor? – perguntou Jorge.

-Sim, estou por quê?

-Nada... Você parou com o garfo a cinco centímetros da boca e ficou olhando pro nada... Sei lá, parecia em estado gama! – disse Luna gesticulando. Hermione se esforçou para não perguntar o que era estado gama.

-Eu estou bem, ok? Agora diga por que você me chamou.

-Eu ia perguntar se você já comprou seu vestido.

-Ah, já sim. – disse Hermione. – Mas eu preciso buscá-lo, fazer alguns ajustes... Acho que engordei um pouco, preciso emagrecer até o casamento da Tonks.

-Engordou? – perguntou Jorge sorrindo. – Será que... – Gina deixou cair a faca com estrépito. Hermione rolou os olhos, enquanto sentia todos os olhares voltando-se para ela.

-Não, Jorge.

-Mas você...

-Eu tenho certeza absoluta de que não estou grávida. – ele fez menção de falar. – Mas não me pergunte mais nada, eu estou comendo.

-Ok, ok... Eu me rendo. – disse ele.

-Sim, Luna... – disse Hermione. – Ótimo, nós podemos ir juntas à Trapobelo. Vocês não vêm Gina, Vianne, Sophie?

-Eu sinto muito, mas tenho que terminar o meu vestido. – disse a ruiva displicente.

-O quê, você não vai comprar? – perguntou Vianne.

-Claro que não! Eu vou fazê-lo, minha filha! – ela sorriu.

-Bom, eu já trouxe o meu de lá de uma loja perto do Centro. – disse Vianne.

-É impressão minha ou o tempo passou mais depressa? – perguntou Rony contando nos dedos.

-Por quê? – perguntou Hermione.

-Sei lá, eu achei... Foi só um palpite, mas o casamento da Tonks não seria só daqui a dois meses?

-Engraçadinho... – disse Luna. – Sophie, vai com a gente?

-Eu também não posso meninas, sinto muito... – disse Sophie. – Além de já ter o meu vestido, eu prometi acompanhar o Fred para comprar um terno.

-Bom, então eu vou dar uma passadinha no apartamento para buscar o vestido e volto. – ela deu um beijinho em Jorge e saiu da cantina sentindo o sol bater em seus olhos. Quando parou para olhar o céu azul que se estendia à sua frente ouviu a voz de Draco em sua mente: eu odeio o quanto eu te amo. Sentiu as pernas fraquejarem e olhou ao redor para ver se o via. Mas sabia que ele não estava ali, estava em algum lugar dos Estados Unidos. Suspirou e aparatou para o apartamento.


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-Você tem fibra, rapaz. – disse o senhor Scherpes, sentado em sua cadeira no escritório da mansão. – Eu gosto disso, e é por isso que tenho dado asilo político a você e ao seu tio.

-O senhor ainda não sabe o quanto eu estou agradecido, senhor Scherpes.

-Oh, você não precisa demonstrar essa gratidão a mim, Draco. Você é meu genro, apesar de eu entender perfeitamente que você e minha filha não estão mais juntos.

-Foi uma infelicidade o nosso término... – disse Draco, enquanto seu pensamento voava para longe. Para Hermione. Droga... Por que eu tenho sempre que pensar em você? Eu odeio o quanto te amo, Mione... Até hoje. – Mas a Jandy e eu sempre fomos bons amigos, e isso não mudaria por nada.

-Eu entendo perfeitamente os seus motivos, rapaz! Na minha terra... – começou o Sr. Scherpes sorrindo e se se encostando à cadeira. Ele deu uma grande baforada no charuto e soltou a fumaça lentamente. Draco afrouxou um pouco a gravata. Quanto tempo ainda tenho que ficar aqui? O pai de Jandy sempre começava a contar histórias da sua terra quando menino. Fora criado no interior dos Estados Unidos, e fora lá que conhecera a Sra. Scherpes, imigrante latina. – Na minha terra traição em família acabava em morte... Muitas vezes viam-se casos como o seu. Por isso não hesitei em trazê-lo para cá; a justiça que eu conheci era essa.

-Entendo absolutamente tudo, senhor Scherpes. – disse Draco.

-Hoje em dia as pessoas não querem mais que a justiça seja feita... Oh não, elas querem que marginais continuem a viver! É por isso que eu apoio sua decisão.

-Com certeza...

-E você... – Draco perdeu-se no assunto observando uma bela ave que voava em círculos perto da janela. – Não acha?

-Eu... Sinto muito, mas não consegui ouvir... – ele preparou-se para outra sessão de casos quando viu Jandy entrar no escritório.

-Papai! Eu já te disse que não pode ficar fumando esse negócio em um ambiente fechado... – ela deu um sorrisinho para Draco.

-Jandy, minha filha, eu já te disse para não entrar assim no meu escritório!

-Eu sei, desculpa, mas o Leo está querendo ficar com o Draco. – o senhor Scherpes deu uma risada e disse:

-O dever te chama meu rapaz! – Draco não hesitou e levantou. Ele pegou o paletó na cadeira e saiu andando, acompanhado de Jandy. Quando chegou a uma distância considerável do escritório ele começou a tossir.

-Ok, depois você me agradece. – disse ela, enquanto tomava o paletó da mão dele. – Paletó? Nesse calor?

-Sei lá... – disse ele ofegante. - Seu pai me chamou para uma conversa séria... Eu disse que tinha um compromisso e vinha direto para cá. Sabe, pra ele pensar que eu estou fazendo alguma coisa.

-Entendo. – respondeu ela. Eles chegaram a um quarto de criança, cuja decoração totalmente em azul, verde e prata indicava que o bebê que dormia serenamente no berço era um menino.

-Ainda não te agradeci o suficiente por ter decorado o quarto. – disse ela sorrindo para os elefantinhos que corriam pela parede. – Nunca soube que você desenhava muito menos que encantava seus desenhos.

-Eu sou uma caixinha de surpresas. – disse ele, afastando um pouco o cortinado do berço e olhando a criança. – Ele está crescendo muito rápido.

-É... Minha mãe disse que ele tinha a sua cara. – Draco deu um sorrisinho.

-O quê, por causa dos olhos?

-É... Como se só houvesse você com olhos claros na Sonserina. – ela fez uma careta quando Leo abriu os olhinhos e começou a chorar. – Oh, já acordou? Achei que ele fosse me dar mais meia hora... – ela pegou-o no colo.

-Se você quiser descansar eu fico com ele.

-Não, não dá... Ele ta com fome. – ela sentou-se e começou a amamentá-lo. Draco não tinha a mínima pressa de ir, então conjurou um lápis e um bloco de papel e começou a desenhar a cena. – O que você ta fazendo?

-Tentando fazer um esboço... Não se mexa.

-Aposto dez galeões que você não consegue terminar isso antes dele dormir. – disse ela, segurando Leo firmemente com um dos braços e estendendo a outra mão para Draco.

-Aposta aceita. – retrucou Draco. Ambos apertaram-se as mãos, e Draco voltou a se concentrar no desenho.


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Fudge sentou-se na cadeira do Ministro. Há tanto tempo esperara por aquela sensação de estar no topo novamente. Não pôde negar que, embora tenha perdido o amigo que era Rufo Scrimgeour, ele sentira uma pontada de felicidade ao saber da sua morte. Agora que os tempos eram novamente de paz o Parlamento Bruxo resolveu que ele devia voltar a ser Ministro. A melhor decisão do Parlamento em cinqüenta e três anos, pensou ele enquanto fechava os olhos na cadeira levemente reclinada. Os bruxos ingleses ficaram durante um ano em completo caos político. Vários bruxos ocuparam aquela sala por um mês ou dois, mas nenhum agüentou a pressão. Só ele e talvez Scrimgeour tivessem suficiente jogo de cintura para agüentar aquilo.

-Ministro... – chamou a secretária. – O senhor vai precisar de mim pra mais alguma coisa?

-Não, Karen. Obrigado, mas já pode ir. Eu vou ficar mais um pouco.

-Entendo... Parabéns por estar de volta ao posto.

-Obrigado Karen. Agora vá, pode ir curtir a sua sexta à noite. – ela sorriu e saiu andando. Ele viu por baixo da porta quando as luzes foram apagadas. Agora, ali no comando do Ministério novamente ele pensou se era a decisão certa aceitar aquilo de novo. Claro que era certo, afinal eu sou perfeito para esse cargo... E o povo bruxo sabe disso. Mas ele estranhou quando uma coruja adentrou a sala, com uma carta endereçada a ele. Cornélio Oswald Fudge.

-Mas que m... – resmungou ele enquanto desamarrava o pergaminho que estava preso à perna da ave. Deixou-a beber um pouco de água enquanto observava o envelope. Seu nome estava escrito com uma caligrafia obviamente feminina, e muito forte. Fudge conhecia muito sobre interpretação de caligrafias, e pôde entender daquela que era uma pessoa decidida a alcançar seus objetivos. Com um pouco de receio ele abriu-a. Quanto mais ele lia, mais o seu semblante ficava preocupado. Por fim ele sufocou um grito e jogou-a na lareira, incendiando-a em seguida. No fogo, as seguintes linhas queimavam:

Excelentíssimo senhor Ministro da Magia ou coisa que o valha,

Ambos sabemos que o senhor não está bem qualificado para o cargo. A sua situação vai mudar, e para pior. Não adianta achar que está seguro no seu gabinete que tanto ama, porque não está. Pode mandar me procurarem, mandar fazerem um serviço sujo ou sei lá o que mais você pode fazer não me preocupo com ameaças. E também não adianta tentar me rastrear, só vai perder seu tempo. Só estou avisando que o seu reinado não durará até as próximas eleições. A sua candidatura daqui a três anos está comprometida.

Atenciosamente,
Mina Scrimgeour.



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Hermione entrou no pub em passos largos. Parou em frente à porta e olhou para os ocupantes; não demorou muito e viu os cabelos muito loiros de Sophie. A amiga acenou, e ela sentou.

-Até que não está tão quente hoje... – disse Sophie enquanto via Hermione colocar o sobretudo no encosto da cadeira.

-Não está tão quente? – perguntou Hermione com a voz rouca. – Você está falando sério?

-Por que você está rouca? Andou gritando, Mione? – ironizou Sophie.

-O Jorge me acompanhou até aqui perto... Eu tinha que gritar com ele por causa do vento. Mas por que você me chamou a essa hora? São quase onze da noite!

-Eu estive pensando em quem pode ser a quarta pessoa. – disse Sophie, entrelaçando os dedos por cima do copo de Whisky de Fogo. Hermione pegou a garrafa e serviu-se de uma dose.

-Foi por isso que você me chamou a essa hora? – perguntou Hermione indignada.

-Foi. Hermione, ao contrário de você eu tenho muita curiosidade em saber quem é essa pessoa. – a castanha se irritou.

-Você acha que eu...

-Não, eu não acho que você está sendo negligente, Mione. – disse Sophie. – Só acho que você está empurrando todos os problemas com a barriga.

-Problemas? – perguntou Hermione. – Acho que sou eu quem mais tem pesquisado a respeito da Quadrangulação, sou eu quem mais procura saber algum modo de...

-Isso não vem ao caso. Eu estive pensando... Essa pessoa pode ser a Gina. – Hermione relaxou e começou a ponderar a possibilidade. – Ela é muito amiga do Draco e sua amiga também... E eu não sei como os dois se comunicam. Sei lá, eles são...

-Não, eu acho que não... A Gina e o Draco se entendem perfeitamente porque eles são amigos... É normal que as pessoas consigam prever os pensamentos dos outros depois de um tempo juntos.

-Você prevê os do Jorge? – perguntou Sophie sincera.

-Não. Mas é porque eu não tenho...

-Por favor, Hermione, não tente arranjar desculpas pra mim... Você não sabe mentir. – retrucou Sophie irritada. – E eu odeio mentiras.

-Eu não estou mentindo! – exclamou Hermione. – E se é pra brigar eu vou embora. – completou, se levantando.

-Pode ir. Mas essa conversa não terminou. – disse Sophie. Hermione se irritou e saiu do pub.


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Hermione levantou cedo. Ela viu que Jorge, ao seu lado, dormia profundamente. Sorriu e deu um beijinho nele. E mais outro e outro até ele acordar.

-Hmm... Posso dormir mais um pouquinho? – pediu o ruivo, virando de lado e voltando a dormir. Hermione sacudiu-o.

-Hoje é o casamento do Lupin. Temos que nos arrumar. – Jorge levantou, e protestou quando viu a hora.

-São oito horas da manhã! O casamento é às cinco da tarde, Hermione!

-Você esqueceu que temos que buscar o smoking? – perguntou ela.

-Ah, é claro! Nós vamos demorar nove horas para buscar um smoking na Trapobelo Moda Mágica... É óbvio, como não pensei nisso antes?

-Engraçadinho... – retrucou a castanha, se levantando também. – Anda, vai tomar banho enquanto eu cozinho. – Jorge levantou, pegou a toalha e disse:

-Eu não tenho mais roupas aqui. Só as de ontem, as outras estão lavando. – Hermione bufou.

-Você veio dormir aqui porque nós vamos sair! – Jorge deu uma risadinha.

-Tem certeza de que foi só pra isso?

-Os acontecimentos da noite passada foram nada mais do que uma conseqüência da situação, meu bem... – disse Hermione sarcástica.

-Se você quer pensar assim, tudo bem... – disse Jorge dando um sorrisinho animado. – Mas e quanto às minhas roupas?

-Você vai ter que pedir pra alguém trazer.

-Já ouviu falar em aparatação?

-Não, não, não. Há dias que eu não aparato, se eu perder metade da sobrancelha...

-Não vai ter nada!

-Nada? – perguntou Hermione gesticulando. – Você sabe o quanto dói fazer a sobrancelha?

-Grandes coisas... – resmungou ele, entrando no banheiro.

-Ótimo Jorge! Então você vai hoje comigo, suas sobrancelhas estão mesmo...

-Você não vai... – começou ele, abrindo a porta. – Me levar em um salão... Trouxa, não é? - Toc, toc, toc, ouviu Hermione.

-Ah, vou sim! Os salões trouxas são melhores em sobrancelhas! A pinça delineia muito mais.

-Ah, vai tirando seu testrálio da chuva, Hermione! – retrucou Jorge, batendo a porta e enchendo a banheira. - Toc, toc, toc, ouviu de novo. O que é isso?

cavalinho, idiota! – gritou Hermione, enquanto olhava para a janela, procurando a razão das batidinhas. Ela viu duas corujas-das-torres batendo insistentemente na janela. O que será agora, perguntou-se enquanto abria a janela. As duas entraram e Hermione colocou água para elas. Enquanto as duas descansavam, ela olhou curiosa para os envelopes em cima da mesa. Um deles era endereçado a ela, e o outro a Jorge. Deve ser algum convite, pensou enquanto abria o seu. Quando o pegou, porém, Jorge saiu do banheiro só de toalha.

-O que é isso?

-Tem uma carta pra você... – disse ela, apontando para a mesa enquanto abria o envelope. Ele não tinha remetente, emblema ou iniciais; só o endereço de Hermione e o nome. A carta dizia o seguinte:

Srta. Hermione Jane Granger,

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tem o prazer de convocá-la para lecionar a matéria de Transfiguração. Pedimos que a senhorita envie uma resposta em três dias e, se for positiva, deverá se apresentar para uma reunião do Corpo Docente e do Conselho Administrativo da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, com data ainda em discussão.

Atenciosamente,

Filio Flitwick, subdiretor de Hogwarts.
Minerva McGonagall, diretora de Hogwarts.


Hermione ficou estática olhando para a carta. Sentiu Jorge abraça-la, mas não estava nem aí. Releu uma, duas, três vezes e a ficha não caiu. Depois de algum tempo, ela gritou:

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! – virou para Jorge, histérica. – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!

-Mione? – perguntou Jorge, enquanto a via sacudir freneticamente a carta enquanto dava pulinhos. – Mione, amor... Você está bem?

-BEM? – perguntou ela. – É CLARO!

-Só um pouco histérica. – disse Jorge para si mesmo. Viu a animação de Hermione ir diminuindo com o cansaço, até que ela desabou no sofá. – Acabou ou tem mais?

-Desculpa... – disse ela corando. – É só que eu... – ela foi interrompida pelo telefone tocando. Estendeu o braço e atendeu: - Alô?

-Hermione? Você não sabe o que aconteceu! – disse Fred ofegante. – Eu recebi uma carta...

-Nós também! Ah, que bom, Fred! – disse Hermione. Jorge pediu para falar. – O Jorge quer falar. Tchau!

-Fred? E então, você pode vir aqui trazer umas roupas? – ele deu uma olhadinha para Hermione. – É, eu sei que posso aparatar, mas... Vou ter que sair com a Mione, e ela não quer nenhum... Imprevisto. Pra onde? – ele deu um muxoxo. – E isso interessa? Você traz ou não as roupas? Ok, nós estamos esperando. É eu sei... Tchau. – ele desligou.

-O Fred vai trazer as roupas é? – perguntou Hermione com um sorrisinho malicioso.

-É... – disse ele, dando as costas, fingindo-se de magoado.

-Então você vai demorar pra se vestir ou é só impressão minha? – disse ela, abraçando-o por trás.

-Quais são as suas intenções comigo?

-Coisas que até Deus duvida meu bem! – disse Hermione. Jorge sorriu e a beijou.

Andando pelo Beco Diagonal Hermione e Jorge viram edições do Profeta Diário sendo vendidas a mil. Curiosa, Hermione comprou uma e sentou em um banco para ler, em voz alta, o artigo de primeira página para Jorge.

HOGWARTS DE VOLTA!

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts anuncia que, depois de um ano fechada para os alunos, reabrirá nesse 1º de setembro! O
Profeta Diário recebeu, em primeira mão, a notícia, que trará alegria a muitas crianças do mundo bruxo!

“Tenho um filho que estudou em Hogwarts, e outro que entraria no ano passado... Como não pudemos colocá-lo lá, ele estudou em outras escolas, mas agora poderá ficar mais perto de casa!” disse a senhora Jordan, emocionada, à redação do
Profeta.

Deve-se ressaltar que a reabertura dessa escola que já é tradicional para as famílias também vai acarretar uma melhora da economia das lojas que vendem materiais como livros e vestes escolares.

Por Julia Fernández.
[[Ignorem a escolha do nome da jornalista xD]]


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Eram quase quatro da tarde, e várias mulheres estavam reunidas no quarto da Corvinal em Hogwarts que fora reservado para a noiva. Tonks estava uma pilha de nervos, e tentava deixar Gina maquiar seu rosto pela décima sétima vez, quando levantou de repente e disse:

-Eu não vou conseguir! – Gina bufou irritada e Hermione tentou acalma-la.

-Tonks, relaxe... Você vai se sair muito bem... – Sophie, Vianne e Luna deram risadinhas enquanto a professora Sprout ficou nervosa. Ela ia dizer alguma coisa, mas a cabeça de Minerva McGonagall apareceu no quarto.

-Pomona? – chamou McGonagall, depois olhando seriamente para as garotas. - Garotas, eu já disse para reforçarem a proteção da porta!

-Eles não podem entrar aqui, professora... Segundo Hogwarts: Uma História...

-Nós já sabemos Hermione! – exclamou Gina irritada. Ela, Vianne, Hermione, Sophie e Luna já estavam devidamente maquiadas e penteadas; só faltava vestir os vestidos.

-Mas eles com certeza vão achar um meio de passar por essa proteção. – disse McGonagall, dando espaço para a professora passar. – É só um palpite.

-Ok, faremos isso. – disse Luna assentindo. A diretora saiu andando e Tonks recomeçou seu ataque de nervos, agora olhando para o vestido que estava estirado na cama de casal.

-Sério! Eu não vou! – ela torceu o nariz. – Sei lá, eu não me sinto tão... Pura pra me casar de branco.

-Não seja por isso. – disse Hermione acenando com a varinha. O vestido ganhou um levíssimo tom esverdeado, ainda muito discreto. Tonks sorriu.

-Assim fica melhor, mas... Eu não vou, já disse!

-Ah, você vai! – exclamou Sophie, sentando-a na cadeira. – Vai deixar a Gina te maquiar, vai deixar a Luna arrumar seu cabelo... – ela deu uma olhadinha. – Isso é, se ele parar de mudar de cor e forma de cinco em cinco segundos.

-Desculpa, eu to um pouco nervosa... – disse Tonks, fechando os olhos.

-Por que você não fica em... Sei lá, como posso dizer... Sua forma original? – Tonks deu uma risadinha.

-Se eu lembrasse de como eu era originalmente... – Vianne disse:

-Ah, mas isso é fácil! É só... – Tonks fez um sinal de silêncio, que Hermione percebeu.

-É só o que, Vianne?

-É só ela relaxar. – disse a morena sorrindo. Tonks suspirou.

-Tentando esconder o jogo da gente? – perguntou Luna. – Ah, não, agora você vai ter que ficar em sua forma original.

-Beleza... – disse Tonks emburrada. Ela fechou os olhos, e respirou fundo algumas vezes. Depois de poucos minutos seus cabelos encheram o volume, ganharam cachos bem feitos de um tom preto que beirava o azulado. Seus olhos, quando ela os abriu, estavam bastante azuis, e suas feições eram típicas da família Black, com traços firmes, porém delicados. Luna suspirou.

-Linda! Divina! – disse uma mulher que entrara no quarto. Tonks sorriu encabulada para ela. – Parabéns, minha filha... Estou muito feliz por você.

-Gente, essa é minha mãe... Andy Tonks. Ou Andrômeda, como preferirem.

-Muito prazer. – disseram as garotas. Ela acenou com um sorrisinho.

-Desculpe o atraso, querida, mas o seu pai acordou tarde, e não deu tempo de me arrumar. – ela deu uma olhadinha no vestido. – Muito lindo, comprou onde eu recomendei? – Tonks fizera segredo do vestido até a véspera, quando ela e Gina mostraram-no para as garotas. Sua mãe não pudera ir, pois teve que arrumar as últimas coisas da festa e do buffet.

-Presente de casamento da Gina e dos pais dela. – disse Tonks. – Ela própria que fez. – Gina corou quando a mãe de Tonks a abraçou.

-Parabéns, menina, você tem muito talento!

-Obrigada senhora Tonks... – disse Gina.

-Senhora está no céu, querida. Chamem-me de Andy. – ela deu um sorrisinho e enxugou uma lágrima. - Bom, então... Vamos arrumá-la!


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-Que demora! – exclamou Jorge, deixando Hermione sentar-se ao seu lado. – As noivas que demoram, e não as convidadas, Hermione!

-Me desculpa Jorge... Bom, eu e as meninas ficamos ajudando a Tonks a se arrumar. – ela deu um sorrisinho. – Ela está muito linda!

-Você também! Está divinamente perfeita. – disse ele, admirando-a. O vestido de Hermione era em vários tons de azul, com um par de sandálias prateadas e uma pequena rede da mesma cor, que ela adaptara para ficar como se fosse uma tiara, dando um efeito como se o próprio cabelo brilhasse.

-E o Lupin, está bem?

-O Remo está uma pilha de nervos! – comentou o ruivo, apontando para o pequeno altar que estava ali montado. Lupin andava de um lado para o outro, e Hermione nunca havia o visto tão bem-vestido. O terno estava impecável, e seu cabelo estava penteado para trás. O senhor e a senhora Weasley estavam muito elegantes como padrinhos da noiva, e Sirius esperava pacientemente Gina terminar de falar com Rafael para voltar ao seu posto de madrinha.

-Vocês fizeram um bom trabalho com ele. – disse Hermione.

-É... Ele quase não vinha, estava muito nervoso.

-Ela também.

-Bom, e então, cadê a noiva? – perguntou Fred logo atrás.

-Sssh! – disse Sophie. – Ela já deve estar chegando, estava conversando com a Andy.

-Ainda não entendo por que o Lupin convidou a Gina pra ser madrinha do lado do Sirius... – disse Jorge torcendo o nariz. Gina acabara de dar o braço a Sirius, e os dois conversavam aos sussurros.

-Eu já te disse isso mais ou menos umas quinze vezes, meu bem... – disse Hermione. – A sua irmã deu muitos conselhos à Tonks quando ela gostava do Lupin, e como o Sirius não tinha par, o Remo atendeu a esse pedido.

-Eu sei, mas... – disse Jorge, apontando discretamente. – Mas é a Gina! Ela é muito nova pra ficar de... Conversinhas com o Sirius.

-O Sirius nunca faria nada de mal à Gina... – disse Hermione, se calando quando ouviu a marcha nupcial e se levantou. – Aaaah, ela está tão linda... – suspirou. Tonks entrou com um vestido que era como um espartilho na parte superior, que ia até os quadris; a saia era bem solta, coberta por uma fina renda. A cauda do vestido era só longa o bastante para alcançar o chão. O véu cobria a raiz do seu cabelo, mas os cachos alcançavam a sua cintura. Ao seu lado seu pai, Ted Tonks sorria emocionado. A cerimônia durou duas horas, e várias mulheres choravam emocionadas, até o tão esperado:

-Eu vos declaro marido e mulher... Pode beijar a noiva. – Tonks virou-se para Lupin e ele a beijou. Os convidados aplaudiram, até que os dois saíram andando de mãos dadas. Do lado de fora teve o convencional banho de arroz e depois todos se dirigiram para o Salão Principal, onde teria uma grande recepção.


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Gina andou com Sirius até uma mesa no fundo da recepção.

-E então, vai me contar logo isso que você tava enrolando para me falar?

-Sim, é que... Espere, Abafiatto. – sussurrou, apontando para as mesas próximas.

-O que é tão sigiloso assim, para você usar feitiços do meu tempo de escola?

-Eu tenho me correspondido com o Draco. – disse ela de uma vez. Sirius começou a tossir.

-O... O que? Acho que eu não to ouvindo direito, o feitiço me afetou também, só pode...

-Eu sei que é errado que eu continue conversando com ele, afinal ele é um foragido, mas...

-É claro que é errado, Gina!

-Você não acha que eu não sei? – sussurrou ela. – Mas ele é meu amigo no fim das contas!

-E por que você contou isso pra mim e não pra Hermione?

-Tinha que ter um adulto envolvido no bolo, Six. – disse Gina sorrindo. – Além disso, os conselhos que você tem dado pra galera têm sido tão bons que eu não quis ficar de fora.

-Conselhos? – perguntou Sirius.

-Na verdade explicações sobre a Quadrangulação. – Sirius tossiu novamente. – Qual é, eu sei disso há séculos!

-Você ainda me dá um ataque do coração se largar mais uma dessas bombas sem aviso prévio... – disse Sirius.

-Ok, deixa de onda. Só queria te avisar, afinal... Bom, eu sei que você teve um caso com...

-É impressão minha ou todo o mundo já soube dessa história?

-Não é impressão sua Sirius... – disse Gina. – Todo o mundo já sabe. E, sinceramente... Todo o mundo aprova.

-É? Bom, isso já é um consolo! – disse Sirius irônico.

-To falando sério, dá pra me ouvir? Só quis te avisar, caso você tenha alguma coisa pra dizer a ele... Bom, vocês quase foram pai e filho e...

-Ok, ok... Então tudo bem. – disse ele, passando a mão no cabelo e levantando, com o paletó nas costas. – Se eu tiver alguma... Algum recado... Eu te aviso.

-Ok! – disse Gina sorrindo. Ela levou o copo de Whisky de Fogo até a boca e, antes que pudesse beber um gole, Rafael se aproximou. Eles se beijaram e ele sentou.

-E então... Quer dançar?

-Daqui a pouquinho... – ela disse. – Deixa só eu terminar esse copo.

-Por mim tudo bem. – disse ele. Ela bebeu tudo de um só gole e fez uma careta.

-Esse desceu queimando!

-Por que será? – perguntou Hermione, que se aproximava ao lado de Jorge. –Você bebeu tudo e uma vez só!

-Não devia beber assim, Gina. – repreendeu o ruivo. – Você é muito nova, e...

-Eu sou maior de idade, Jorge. – respondeu Gina se levantando. Hermione e Jorge se entreolharam.

-Gi... Eu queria falar com você. – disse Hermione. Rafael deu uma olhadinha de esguelha para as duas e disse, levantando as mãos.

-Ok, ok... Eu me rendo. – ele levantou e saiu acompanhado de Jorge.

-Pode dizer Mione... – disse Gina, pegando um copo de Whisky de Fogo com um garçom. Ela bebeu um gole e fitou a amiga.

-Bom, eu vi você...

-Lá vem bomba, não é? – perguntou Gina dando uma risadinha.

-Acho que vem, mas pra mim... – Gina riu e bebeu mais um gole. – Bom, continuando, eu vi você e o Sirius conversando... E, bem, parecia sigiloso...

-Foi o Jorge, não foi? – Hermione assentiu. – Bm, não foi nada demais... – disse ela dando um sorrisinho e esvaziando o copo. E isso assustou Hermione.

-Gina... Eu vou ter que te lembrar...

-Que o Sirius é um tremendo cafajeste? – perguntou Gina. – É eu sei disso...

-Bom que saiba mesmo! – disse Hermione.

-Mione, era realmente um segredo o que eu e o Six estávamos conversando... – ela deu uma risadinha maliciosa. – E não vou poder te contar. Pelo menos por enquanto. – acrescentou. Hermione meneou a cabeça.

-Você bebeu demais.

-Que é isso! Eu não estou bêbada! – ela deu outra risadinha. – Só estou feliz.

-É? E se eu te disser que sou o papai Noel você acredita?

-Ei! – exclamou Gina. – A bêbada aqui é você, querida! O nome do meu pai é Arthur, falou?

-Ok. – disse Hermione. – Eu só quero que...

-Hermione, não insista, eu nunca vou ter um caso com o Sirius! – exclamou Gina em voz alta. – Eu só... Tenho assuntos particulares com ele sobre os quais eu não posso falar pra você.

-Ok... Eu desisto.

-Quer saber de uma? Eu também! Vamos dançar!


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-Eu já te disse mil vezes, Harry! – disse Rony irritado. – Eu não quero fazer o curso de Auror!

-E eu já te disse que é só para a sua segurança, Rony! Você é o melhor amigo de Harry Potter, tem muitos Comensais ainda livres, e...

-A Hermione aceitou isso no início, mas ela vai largar o curso para ensinar! – exclamou o ruivo. Ele olhou para a roda de garotas que dançava animadamente ao redor da noiva.

-Mas ela já aprendeu muito! – disse ele. – Feitiços avançados, tanto de defesa e ataque...

-O problema é que ela não estava trabalhando, Harry! Eu sou goleiro, esqueceu? Eu viajo por semana! – ele passou a mão pelos longos cabelos. – Eu já não estou dando conta da Luna, que ta super irritada comigo porque a gente não sai mais... Não consigo conciliar um curso intensivo!

-Bom, você que sabe! – exclamou Harry se levantando da mesa e começando a ir em direção às comidas. – Mas quando você morrer não me diga que eu não avisei!

-Ei! Idiota! – chamou Rony. Harry se virou com um sorriso. – Se eu morrer eu não vou dizer mais nada!


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Draco entrou no apartamento fétido e ouviu as vozes dos amigos de Aberforth. Sem cerimônia foi direto para o quarto. Ouviu-os se despedirem e a porta bater. Enquanto realçava o desenho de Leo que fizera quando foram ao Central Park, ele viu Aberforth entrar.

-A sua namorada nunca veio nos visitar, Malfoy. – disse a voz do velho. Ele sentou na cadeira da escrivaninha. – Nem mesmo quando você passou mal ou quando eu fui preso pelos trouxas. – ele deu um sorrisinho malicioso. – Ela não vem fazer uma visitinha ao pobre Aberforth Dumbledore? Ele precisa tanto de companhia...

-Nunca te ensinaram a bater na porta antes de entrar?

-Eu não cumpro quase nada do que me ensinaram.

-Te ensinaram a falar, você sabia? – perguntou Draco, fechando o caderno.

-Você não devia falar assim comigo, sabia? – disse ele, levantando e andando até o batente da porta, de onde ficou olhando Draco.

-Você não devia falar de qualquer maneira comigo. – retrucou o loiro, pondo uma mecha do cabelo para trás da orelha.

-Seus cabelos precisam de um corte. – disse Aberforth. – Alguém pode te reconhecer na rua.

-Vou deixá-los como estão. Vai sair ou não?

-Você vai ter que me engolir, guri... Por muitos e muitos anos. – disse Aberforth, fechando a porta em seguida. Draco bufou; não era nem de longe a primeira vez que Aberforth invadia o quarto para indagar sobre Jandy, Gina, Hermione ou qualquer outra mulher com quem ele convivera. Como se fosse por instinto ele olhou para a foto que estava na sua mesa de cabeceira. Hermione e Gina estavam abraçadas e sorriam e acenavam para a câmera. Ele lembrou das palavras de Gina ao mandar a foto: pra você não esquecer de mim e nem dela. Deu um sorriso. Não precisa nem pedir, Ginevra. Ainda sorrindo, voltou a realçar os detalhes do rosto de bebê no desenho.


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Quando Draco terminou o desenho, ligou a rádio trouxa para ouvir música. Começou a bater os pés no ritmo animado da música e deu risada com a letra; lembrava muito suas reflexões no início da sua mudança para os Estados Unidos.

Então ela disse: qual o problema amor?
Qual o problema eu não sei
Bem, talvez eu esteja apaixonado
Penso nisso toda hora
que eu penso nisso
Não consigo parar de pensar nisso


Eu bebi muito, pensou Hermione se repreendendo em seguida. Nunca tivera tolerância à bebida, e não soube o que aconteceu com ela para ter acabado de beber seu oitavo copo de Whisky de Fogo. Ela apoiou-se no braço do namorado e voltou para a mesa. Ficaram sentados alguns minutos, até que a castanha ouviu uma música trouxa bastante conhecida, e que ela particularmente adorava. Levantou sem hesitar, sentindo a cabeça rodar, mas nem ligou.

-Vamos dançar, Jorge! – exclamou ela.

-Eu não agüento mais um passo, amor... Eu to cansado... Eu to velho! – disse ele rindo enquanto olhava-a começar a dançar sozinha. Hermione sorriu e soltou um beijo para ele, indo logo depois para o meio da pista. Viu Gina e Sirius parados conversando e teve um reflexo; era sobre Draco que eles conversavam. Pensou no loiro e deu uma risadinha; pretendia não vê-lo em um bom tempo, apesar de ainda não estar completamente curada. Devia ter me vacinado contra paixão, pensou de olhos fechados, enquanto dançava.

Quanto mais vai demorar para curar isso
Só para curar porque eu não posso ignorar se for amor (amor)
Me faz querer virar e me encarar
mas eu não sei nada sobre amor


Draco ouviu Aberforth gritar que ia sair, então aumentou o volume do som. Começou a cantarolar a letra e a mover os pés como se estivesse dançando. Levantou e viu que o apartamento estava vazio; aumentou ainda mais o volume e começou a dançar. Musiquinha legal essa, pensou repreendendo-se em seguida; nunca admitira para ninguém, nem para si mesmo, que gostava de músicas trouxas.

Vamos lá, vamos lá
Vire um pouco mais rápido
Vamos lá, vamos lá
O mundo vai seguir depois
Vamos lá, vamos lá
Porque todo mundo está procurando amor


Hermione viu que Gina se afastou de Sirius com um sorrisinho sarcástico, e se uniu à garota em um passinho que inventaram. Riam muito, e chamaram a atenção das pessoas. Logo Tonks, Sophie e Vianne uniram-se a elas. Todas faziam mais ou menos o que a música mandava fazer; era como um jogo de siga-o-mestre. Hermione passou a cantar a música aos gritos, e teve uma visão de Draco fazendo o mesmo.

Então eu disse que eu sou uma bola de neve correndo
Correndo de encontro a fonte
De onde vem todo esse amor
Derretendo debaixo do céu azul
Amarrando a luz do sol
Amor cintilante


Porém passou a ligar quando viu que Hermione estava dançando a mesma música. Coincidência?

Bom, amor eu me rendo
Ao sorvete de morango
Nunca terá fim todo esse amor
Bom, eu não tive a intenção de fazer isso
Mas não tem como escapar do seu amor


Coincidência? Nunca saberia. Hermione deu uma piscadela para Gina e começaram a rebolar no ritmo da música. Segurou a barra do vestido, pondo-o até a altura das coxas, para ter mais liberdade. Sentiu o suor pingando, mas nem ligou. Estava se divertindo, afinal.

Essas linhas de relâmpagos
Significa que nós nunca estamos sozinhos,
Nunca estamos sozinhos, não, não

Vamos lá, Vamos lá
Venha mais para cá
Vamos lá, Vamos lá
Eu quero escutar você susurrando
Vamos lá, Vamos lá
Se instale no meu amor


Se você acha que eu ainda te esqueci está errada, pensou Draco. Hermione ouviu, mas fingiu que não. Não ia brigar ali, logo naquele momento. Jorge olhava para ela com um sorrisinho. Ela soltou um beijo para ele e fechou a mente; não deixaria a saudade de Draco apoderar-se dela novamente. É só a saudade de um tempo bom, e nada mais.

Vamos lá, Vamos lá
Pule um pouco mais alto
Vamos lá, Vamos lá
Se você se sentir um pouco mais alegre
Vamos lá, Vamos lá
Nós estávamos uma vez
apaixonados

Nos apaixonamos sem querer
Nos apaixonamos sem querer(x7)


Draco olhou para o teto enquanto dançava. Sentiu que Hermione fora embora, mas não quis saber. Mesmo assim ele ainda sentia uma vontade imensa de dançar e sabia que vinha de suas companheiras de Quadrangulação. Ainda não sabiam quem era a quarta pessoa, mas Draco não ligava; quanto mais se mantivesse longe deles tinha menos riscos. Menos riscos? O que aconteceu com Draco Malfoy, ironizou.

Acidentalmente

Estou apaixonado, estou apaixonado, estou apaixonado
Acidentalmente (X 2)

Vamos lá, vamos lá
Gire um pouco mais apertado
Vamos lá, vamos lá
E o mundo está mais feliz
Vamos lá, vamos lá
Só se ponha no amor dela


Hermione fechou os olhos quando o ritmo diminuiu, e Draco nos Estados Unidos fez o mesmo. Um viu o rosto do outro e mantiveram o contato até Hermione quebrá-lo, sentindo um beijo de Jorge em sua nuca. Ela, Draco e Jorge cantarolaram baixinho em uníssono.

Amor ...eu estou apaixonado.

BÔNUS: NEM TUDO ACABA NO FINAL

Ela entrou sem cerimônia no chalé, batendo a porta com força. Retirou o capuz e o grosso casaco de pele. Tirou as botas sujas de lama e neve, e colocou as compras na mesa.

-Mãe, eu... – disse a voz de Zukka. A garota amarrou a cara ao ver que não era Martha. – Ah, é você.

-A Martha não está?

-Não, ela saiu... Por quê? – perguntou a menina olhando desafiadoramente para a loira. – Achei que ela estivesse com você. – a mulher fitou seus olhos azuis nos olhos negros de Zukka.

-Ela não estava, não percebeu isso? – perguntou. – A Railynn está no quarto? – como se fosse um chamado, a pequena loira entrou na sala. Olhou friamente para a mulher.

-Narcisa. – Narcisa olhou curiosamente para ela.

-Como vai Railynn, minha filha?

-Eu já te disse, não sou sua filha. – ela começou a abrir os sacos, passando as mãos pelos cabelos cortados em estilo channel.

-Você vai mudar de idéia daqui a algum tempo. – disse Narcisa.

-E então, como foi o mês? – perguntou Zukka, enquanto enchia sua xícara com chocolate quente. – O verão foi mais quente esse ano...

-É, eu fui ao sul do país, estava realmente muito quente... Deu até para tomar banho em uma termal. – ela serviu-se de uma xícara. Railynn continuou a arrumar as coisas nos devidos armários, apesar de estar prestando atenção na conversa. – Você devia ter ido, Rai querida...

-Odeio que me chamem de Rai. – Zukka deu uma risadinha.

-Tudo bem, Railynn, minha filha. – disse Narcisa massageando as têmporas. Zukka era muito mais educada, mas mesmo assim as duas aprontavam muito. – Você devia ter saído um pouco desse frio de montanha.

-Eu gosto de morar aqui. O frio me faz bem.

-Hogwarts também é fria, durante o inverno. – disse Narcisa. – Vocês vão gostar muito... Ano que vem farão onze anos, deverão receber a carta daqui a alguns meses.

-Não vou para Hogwarts, já disse! Eu gosto de frio, Narcisa... FRIO! – exclamou a loira, indo irritada para o quarto, para onde Zukka foi em seguida. Narcisa percebeu que ela parecia muito com Sirius quando ficava irritada. Triste olhou para o chão; estava desde que Martha enviuvara, há quase dois anos, morando com a filha, Martha e Zukka naquele chalé tipicamente suíço no alto das montanhas, e não conseguira nenhuma convivência ao menos pacífica com ela. Enquanto pensava em como abordar novamente a garota, sentiu sua mente livre. Droga, pensou, fechando-a depressa. Soube no instante que a fechou que Sirius percebera de leve a sua presença.

-Narcisa! Já de volta, querida? – perguntou Martha, entrando em casa. Ela viu que a mulher exibia as marcas de unhas acentuadas nas palmas da mão. – Problemas?

-Railynn... – disse Narcisa, bebericando o chocolate. – Ela não me aceita, Martha!

-Eu já te disse, ela é temperamental... Como você. – disse sorrindo.

-Ela me lembra muito o pai. – disse Narcisa.

-Se você me contasse quem ele é talvez eu pudesse confirmar ou discordar.

-Não é tão simples... Eu já te disse que você o conhece dos meses que eu viajei pouco antes de casar.

-Mas se eu fosse contar todos os homens que conheci àquela época, Cissy... – disse Martha, pensativa. – Foram muitos, e você sabe disso. – as duas riram por um tempo, mas depois Narcisa ficou séria.

-Ela não quer ir para Hogwarts...

-Deixe-a estudar na Academia Suíça! – disse Martha.

-Pela milésima vez não. – retrucou Narcisa. – Ela vai ter que estudar em Hogwarts. Pode pôr a Zukka na Academia, acho bom elas fazerem novas amizades.

-A Zukka vai para onde a Railynn for. – disse Martha convicta. Ela deu um suspiro e disse: - Bom, onde estão as meninas?

-No quarto. – disse Narcisa, com a mente longe. Mais precisamente na Inglaterra. Ele percebeu, pensou enquanto sentia a confusão de Sirius.


Será possível, pensou Sirius pela enésima vez. Resolveu parar de beber, depois da conversa com Gina sobre Narcisa e vários, realmente vários copos de Whisky estava definitivamente tendo alucinações.

-Minerva!

-Eu estava mesmo procurando por você... Estou precisando de uma ajuda aqui em Hogwarts, tenho que descobrir onde ficam as entradas secretas... Nada melhor do que um Maroto para ajudar.

-Ei! – exclamou o homem. – Voldemort já morreu, sabia?

-Mas a sua querida priminha ainda está por aí, esqueceu?

-A Bela é uma vadia. – disse ele. Minerva franziu a sobrancelha. – O que foi?

-Nada não... Só que você está muito bêbado.

-Minerva, posso te perguntar uma coisa?

-Já perguntou, mas vá lá.

-É possível, sabe, magicamente... Conversar com mortos? – Minerva deu uma gargalhada.

-Sério, Sirius, você precisa casar.

-Eu to falando sério! – será que ele era sempre o cara que mentia? Droga, definitivamente droga... Mil vezes droga! – Tipo, com a Quadrangulação, coisa e tal e tal e coisa...

-Você não está bem... – disse Minerva, tomando-lhe a taça de champanhe. – Já chega de álcool por hoje, ok? – ela saiu andando com a taça, deixando-o sozinho.

-Por que ninguém me leva a sério?


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