Terrara: Guerra Familial escrita por Kristain


Capítulo 6
Capítulo 5 - Combinações Problemáticas


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!!!
É... Bem... Desculpa a demora, estava vendo as datas, demorei quatro meses pra postar!! E REALMENTE ME DESCULPO!! Não sabia que eu ia demorar tanto assim!! Eu sei que vai ser difícil me perdoarem, mas olhem o lado bom, trouxe um capítulo maior do que os outros para vocês curtirem!!
Esse capítulo contém ecchi, ecchi verbal, magia e drama!
Por enquanto é só, espero agradar!!
BOA LEITURA!!!
XD



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Os primeiros raios de sol acertavam a cidade e o castelo de Kristain. Ao oeste via-se um amontoado de pessoas vindo em direção à cidade, cerca quatrocentos ou até mais. Todas as pessoas tinham armas, variavam de katanas às espadas largas. Mas todas as armas só eram espadas, aquelas pessoas carregavam todo e qualquer tipo de espada. Esgrimas, espada curta, espada longa e muitas outras. Uma mulher de cabelos e olhos cinza vinha na frente desse grupo, liderando-o. Um dos soldados levava consigo uma grande bandeira com o brasão da Família Prescinato.

Athos Prescinato estava ali no campo, esperando a chegado do exército dele. Mas ficou surpreso quando viu sua irmã na frente do mesmo. Danielle era o nome dela, Athos conhecia aqueles cabelos cinza a milhões de metros de distância. Ela e seu exército pararam ao encontro de Athos.

- Irmão! – Danielle olhou séria.

- Irmã! – Athos forçou um sorriso. – Você não precisa vim para guerra.

- E não vim. Só vim lhe dar um aviso e voltarei para a casa.

- Diga e se ponha a ir embora. – Athos fora direto.

- Não deixa “ele” assumir. É perigoso.

- Por quê?

- O pai...

- Não fala do pai! – Athos olhou sério. – Ele morreu, pois não aceitou isso!

- Ele morreu, pois quis provar sua própria força. – Danielle disse, mas Athos se virou. – Me promete que não vai deixar “ele” assumir.

- Venha meu exército. – o Prescinato ignorou a irmã e foi andando.

- Athos! – Danielle foi por trás do irmão, colocou uma espada na garganta dele e uma adaga nas suas costas. – Me promete! – ela gritou.

- P-Prometo. – ele quase não conseguiu falar, então a irmã o soltou.

- Assim espero. – Danielle montou num cavalo e olhou de novo para o irmão. – Adeus.

- Já vai tarde! – ele gritou.

Danielle nem deu atenção e se pôs a cavalgar de volto para a mansão Prescinato.

Eu presenciei toda essa cena da torre do castelo. Os Prescinato tem um segredo, ou melhor, uma maldição que carregam por toda sua vida. Esse tal “ele”, têm algo a ver com isso. Danielle sempre era muito séria em relação a isso... Porém é melhor deixar os problemas dos Prescinatos para eles mesmos. Mas depois disso tudo, vi Athos levar seu exército para o quartel militar.

Mas não perdi meu tempo olhando a paisagem do meu reino, admito que os campos de Kristain com a fraca luz do sol começando a raiar, era uma cena magnífica e esperançosa. Todavia eu tinha que juntar logo meus aliados para contar-lhes a estratégia de guerra que preparei durante a noite em claro que passei. É certo que não é uma estratégia tão grandiosa como a outra, mas tínhamos que usá-la.

Ordenei a Caio que chamasse todos meus aliados a sala de reuniões para a divulgação da estratégia e assim o lacaio fez. Eu fui em direção à sala e não demorou muito até todos meus aliados chegaram, eles com certeza estavam preocupados por causa do repentino ataque, assim como eu. Athos fora o último a chegar, pois estivera com seu exército. Dei bom dia a cada um ali presente, mas logo comecei a falar seriamente, não podia perder tempo algum.

- Krisalia foi tomada e temos que agir. – Kristain começou a falar. – Todavia a estratégia original foi quebrada com esse ataque surpresa, visando tal acontecimento não há muito o que fazer se não atacarmos ou esperarmos. E claro, optei por atacar, pois se deixarmos uma cidade dominada pelo Reino Obi, é capaz de o desespero e o pavor surgir no Reino Kristain.

- Então se opta por atacar, é certo que tem uma estratégia, não é? – perguntou Luidi.

- Eu não diria uma estratégia, mas sim, planejamento, um plano.

- E qual seria? – questionou Matt.

- Mandar um batalhão para reconquistar Krisalia. Entretanto o batalhão seria comandado por duas pessoas. Sabemos que nossos inimigos são comandados por um mago. Visto isso enviarei um usuário de magia e um combatente corpo-a-corpo para comandar o batalhão.

- E quem seriam estes? – dessa vez Rafaela perguntou.

- Como o exército Prescinato já chegou, estou convicto em enviá-lo. Evidentemente nomeio como primeiro comandante deste batalhão, Athos Prescinato.

- Sábia escolha, Neto. – Athos assentiu com um sorriso no rosto. – Não irei desapontá-lo, ou melhor, a Família Prescinato não irá desapontá-lo. Tomaremos a frente desta batalha com orgulho e com nossas espadas.

- Todos nós estamos contando com você, Athos. Como não houve nenhuma objeção, prosseguirei. – Neto deu uma pausa e respirou fundo. – Chega à hora de nomear o segundo comandante, talvez a combinação que irei fazer possa ser problemática, mas que Palacium abençoe minha escolha. Quem acompanhará Athos como segundo comandante e usuário de magia será Emanuel Okamoto.

- Protesto! – disse Athos levantando a mão rapidamente.

- Eu já sabia que não ia concordar. – retrucou Neto.

- Eu também protesto. – disse Hanee. – O Athos e o Emanuel não se dão bem, vendo desse modo acho muito difícil os dois trabalharem em equipe. Como usuário de magia, seria mais sensato para o bem do planejamento escolher Rafaela como segundo comandante.

- O que diz é verdade. Mas o exército Miranda está prestes a chegar e Rafaela é única que pode recebê-lo, nós não temos tempo para esperar Rafaela recebê-los para então ir pra a batalha. Eu pretendo mandar o batalhão ainda hoje, por isso escolhi Athos e Emanuel como comandantes. – Kristain disse sério e confiante da sua escolha.

- O Neto tem razão. – disse Rafaela. – O Athos e o Emanuel não devem ser tão ruins juntos.

Emanuel só escutava toda conversa com um sorrisinho torto, ergueu sua cabeça em direção à Athos e o encarou, dizendo:

- Eu vou com essa criança. Mas não se meta no meu caminho, você pode acabar morrendo.

- Não me chama de criança, seu príncipe de terceira categoria! – Athos apontou o dedo para o mago negro.

- Athos, por favor. Paciência é uma virtude. – disse Neto.

- Uma virtude que eu não tenho!

- É melhor votarmos. A maioria decide se Emanuel será ou não o segundo comandante. – sugeriu Caique, já irritado pela gritaria de Athos.

- Acho justo. – concordou Luidi. – Voto por Emanuel ser o segundo comandante.

- Eu também. – disse Neto.

- Compartilho o mesmo sentimento que o Luidi e o Neto. – disse Rafaela.

- Opto por Emanuel não ser o comandante. – disse Hanee, ainda não aceitando tal combinação.

- Emanuel. – votou Caique rapidamente, já querendo sair daquela sala.

- Deixe Emanuel ir à batalha. – disse o ninja Matt.

- Está acabado. Cinco votos contra um. Emanuel será o segundo comandante. – começou Kristain, Athos já ia interrompê-lo, mas Neto continuou: - Athos e Emanuel, preparem-se! Partiram hoje, antes do sol se pôr. O exército enviado será apenas dos Prescinato. Ainda prepararei o exército Kristain, então Athos estamos contando com a força dos Prescinato, divida-os em dois batalhões para um seja comandando por você e o outro pelo Emanuel. – finalizou Kristain.

Athos soltou um longo suspiro, mas logo ficou sério.

- Sim, Senhor.

- Que assim seja! – todos falaram ao mesmo tempo findando a reunião.

Os integrantes da aliança começaram a sair da sala um por um, sem mais nenhuma objeção. Apenas Neto, sua noiva e Luidi ficaram na sala. Hanee estava emburrada com algo, mas nada disse enquanto seu irmão estava ali. Kristain deu um longo suspiro, afinal ainda não estava acostumado em ter autoridade, Luidi aproximou dele e bateu em seu ombro.

- Respire em quanto pode. A guerra só começou.

- Obrigado pelo conselho, Luidi. – Neto sorriu de canto.

- Sem mais delongas, quero lhe informar que nosso exército está preste a chegar.

 - Ótimo, a força do exército Okamoto é necessária caso ocorra outro ataque.

- De fato. – assentiu Luidi. – Recebi uma mensagem dizendo que eles estão na cidade Enomoto, uma cidade perto da fronteira do Reino Kristain, mais um dia e já estarão aqui.

- Enfim uma boa notícia. Obrigado mais uma vez, Luidi.

- Nada. Agora, com licença. – o Okamoto se retirou.

Após isso Hanee se levantou, olhando fixamente para seu noivo, ela estava séria, subiu a mesa da sala e engatinhou sobre ela até o príncipe, sentou a sua frente e ordenou:

- Me beija!

- Hããããã?

- Eu quero mandar de vez em quando, Kris.

Neto sorriu.

- Você manda no meu coração.

- Ah tá.

- Eu falo que você manda no meu coração e você só fala “Ah tá”? – Kristain arqueou a sobrancelha.

- Eu não gosto de coisas melosas.

- Chata...

- Chato é você! – Hanee olhou de canto para seu noivo e deu um sorriso malicioso. – Ei Kris... – a Okamoto pegou na aba do seu vestido e este soltou algumas faíscas, fazendo assim parte do vestido queimar sem afetar a princesa, deixando as coxas da mesma à amostra.

- Hanee! – o príncipe corou tão rápido como o vestido queimou.

- Que foi? Eu não estou fazendo nada.

- Está usando magia para... Para...

- Atiçar meu futuro marido. – ela começou a gargalhar pela expressão de surpresa do príncipe.

- Já está bom, Hanee, a guerra já come—.

- Me beija logo! – dessa vez a princesa pegou na parte de cima do seu vestido, fazendo este queimar e amostrando seu decote. – Ou vou sair daqui com a roupa assim dizendo que você queria me estuprar.

Dessa vez o príncipe ficou todo vermelho, sem dizer mais nada ele não tirou os olhos do corpo da sua noiva e pousou um de suas mãos sobre a coxa dela.

- Eu disse pra você me beijar, não me tocar. – indagou Hanee.

- Se eu for te beijar, vou ter que te tocar!

- Não necessariamente.

- Mas eu—

- Ah Kris você está muito chato, não quero mais também. – ela estalou os dedos e suas roupas ficaram impecáveis como antes, ela pulou no lado do príncipe e foi andando.

- Ah Hanee, espera. – ele foi atrás dela.

- Não. E pra sua informação... – ela olhou para príncipe. – Eu não estou usando roupa de baixo. – ela sorriu.

- HANEE! – Kristain a puxou e a encostou na parede com tudo, se aproximando cada vez mais dela.

- Kris, você... – a Okamoto ficou espantada com a estranha reação dele.

- Cala a boca. – foi a última coisa que ele disse depois que juntou seus lábios aos dela.

Não demorou muito para que o príncipe aprofundasse o beijo e começasse a explorar o corpo da sua noiva. Ele passou suas mãos por debaixo do vestido dela, Hanee apertou as costas dele, mas o mesmo continuou, alisou as coxas da amada e foi subindo vagarosamente, até a chegar na bunda dela e constar que não estava usando roupa de baixo mesmo. Parando de beijá-la, ele a fitou com um olhar claramente pervertido e apalpou sua bunda, depois apertou com força, fazendo Hanee cerrar seus olhos.

- Está bom, Kris. – ela o empurrou, estava um pouco ofegante, porém mais corado do que nunca.

- Desculpa, eu...

- Não fala nada. – disse a Okamoto. – Nós dois sabemos o quanto você é pervertido.

- Isso não é verdade! E eu já pedi desculpa.

- Pra quê pedi desculpa?

- Você não gostou que eu sei.

- Quem disse que eu não gostei?

- Então você... – ele corou, porém Hanee socou o rosto dele com toda sua força.

- AI! – Kristain ficou caído no chão.

- TARADO, PERVERTIDO, SAFADO!

- Foi você pediu!

- Pedi para me beijar, não quase fazer sexo comigo!

- Mas—

- Mas nada. Não foi você que disse para os meus pais que só ia fazer sexo comigo depois do casamento?!

- Eu só disse aquilo para eles gostarem de mim.

- Além disso, é um... MENTIROSO!

- Ah tá, então só quer fazer sexo depois do casamento? Está bom então!

- Ninguém disse que eu só quero fazer sexo depois do casamento! Seu chato! – ela saiu e bateu a porta da sala com força.

- Hã?! Então ela quer fazer antes? – ele ficou confuso. - Ahhh! Eu não entendo essa garota! Fala sim ou não, pelo amor de Palacium!– Kristain ficou coçando a cabeça tentando entender tudo o que se passou.

De fato eu não entendo a Hanee nessas horas ela me faz parecer um pervertido, ou talvez eu seja... Não creio!

De qualquer forma aquele assunto da guerra estava me deixando estressado, senti minhas mãos tremendo, era muita adrenalina para mim, e só foi uma simples reunião, imagina a guerra propriamente dita. Realmente tenho que me acostumar a ter autoridade, uns dias atrás eu nem pensava em dar ordens gritando, agora já estou chegando ponto de berrar. Mas se bem que a Hanee me acalmou um pouco, repito, um pouco.

A tarde daquele dia fora longa. Athos preparou seu exército para a batalha, mandou que preparassem suas armas e que vestissem bem suas armaduras. Os homens do exército Prescinato usavam uma cota feita de ferro puro, tornando seu peito e tórax quase impenetráveis, porém o peso dela era enorme. Já as mulheres do exército usavam uma armadura leve, em compensação suas armas eram mais fatais e mais maleáveis como punhais, facas, espadas leves, entre outros.

O jovem líder dos Prescinato se armou também, ele usava duas katanas na sua cintura, contudo uma delas tinha a bainha um pouco incomum, a bainha era preta com detalhes em vermelho que mais pareciam alguma língua antiga. Athos parecia ter total cuidado com aquela espada, ele sacou a outra espada de bainha cinza, todavia nem tocou na espada com bainha preta.

Após algumas horas Athos ordenou que se preparassem para marchar para fora dos muros da cidade, para que então marchassem para guerra.

Ao redor dos muros da cidade estava Rafaela olhando o horizonte, ela sabia que dali iria partir o exército Prescinato, mas parecia estar interessada em outra coisa, vasculhava o céu com seus olhos verdes. A Miranda suspirou fundo e sentou ali mesmo na grama verde, desistindo de sua busca, fitou o sol que não ia demorar muito a se pôr.

- Procurando algo, Rafaela? Ou melhor... Procurando seu dragão? – disse Emanuel Okamoto se aproximando da princesa.

- Ora se não é o Arqui-Mago Negro Emanuel. – Rafaela amostrava um tom claro de desprezo.

- Porque todo este rancor com os magos negros? Somos os mais fortes entre os magos.

- Não se iluda, Emanuel. Há magias muitas mais poderosas que a negra. E para mim a magia negra é a mais baixa delas.

- Presumo que sua raiva pela magia negra deve ser algum trauma. Posso saber qual é?

- Não quero ser mal-educada, Emanuel, contudo se eu tenho uma trauma ou não isso só diz respeito a mim. – a Miranda ficou de pé e se pôs a ir embora.

- Rafaela, acalme-se. – o Okamoto segurou o ombro da princesa.

- RA! – a princesa gritou colocando sua mão na barriga do Okamoto fazendo este voar alguns metros com a força do vento. – Não me toque de novo!

- Você não tem modos, princesa! – Emanuel se levanta, tirando a sujeira da sua roupa.

- Um mago negro não precisa ser bem tratado.

- Não queria fazer isso, mas é o jeito. – o Okamoto apontou sua mão direita para a princesa, proferindo: SOMBRA DO MEDO!

A sombra do príncipe começou a se mexer sinistramente, ela tinha vida própria, em questão de segundos ela foi em direção a Rafaela que não teve tempo para reagir. Do chão a sombra se levantou e envolveu a princesa. A mente da Miranda estava sendo vasculhada, seus medos, seus sonhos, sua vida por completo, até as memorias mais ocultas.

Assim como a sombra veio, ela se foi, voltou a ser como era antes e Rafaela caiu no chão ofegante e com os olhos arregalados, mas ela mal respirou e já começou a gritar:

- VOCÊ ESTÁ LOUCO?! Sombra Do Medo é uma magia negra que pode matar!

- Não se preocupe, eu só a usei pra entrar na sua cabeça.

- Seu...

- Agora entendo sua raiva. Seus pais foram mortos por um mago negro.

- Você não tinha o direito de saber disso! – os olhos da princesa estavam cheios de lágrimas, pois com a magia que Emanuel tivera usado, todos os sentimentos dela vieram à tona.

- Mordekai... Esse é o nome do mago que matou seus pais não é?

- Meus pais lutaram bravamente com ele... Mas Mordekai sabia o ponto fraco deles... Alguém que conhecia meus pais contou pra ele... – as primeiras lágrimas escorriam pela face de Rafaela. - Eles foram completamente aniquilados...

- Não importa o quanto eles lutassem, eles não tinham chance.

- VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – a princesa caiu aos prantos.

- Mordekai tem a fama de ser o mago negro mais forte do Continente Familial. Dizem que ele é sacerdote de Kisara. E há quem diga que ele já até foi no submundo.

Rafaela começou a tremer, ela abraçou seus ombros tentando se controlar, mas o medo parecia tomar conta dela, um medo tão grande que sua face demostrava pavor.

- Calma, Rafa—

- SAI DE PERTO DE MIM!

Emanuel nada disse, afinal ele sabia a fama que magia negra tinha. Magia negra pode conter algumas das mais poderosas magias, entretanto o terror e pavor que ela causa é evidente. Rafaela era uma vítima disso, ela respirou fundo umas três vezes e fechou seus olhos, conseguiu parar a tremedeira e se levantou fitando seriamente para o príncipe.

- Você sabe muito bem que o que aconteceu agora foi efeito colateral da sua magia.

- Eu sei e peço desculpas.

- Emanuel... Não é só porque somos da mesma aliança que precisa dirigir a palavra à mim. Então... Por favor. – ela manteve sua pose de princesa como se nada tivesse acontecido e se retirou.

- Rafaela, só saiba de uma coisa.

Ela continuou a andar para longe dele, mas Emanuel continuou:

- Se eu encontrar Mordekai o derrotarei com minhas próprias mãos para limpar o seu rancor pelos magos negros!

A Miranda nada disse.

- Rafaela! RAFAELA!

A princesa se virou já irritada com os gritos e se espantou ao ver a expressão do Okamoto. Ele estava sério, seus olhos castanhos escuros demostravam tanta determinação que um sentimento de segurança parecia emanar dele.

- LÂMINA VORPAL! – a princesa movimentou rapidamente sua mão, fazendo o ar na sua frente se condensar em forma de uma lâmina semicircular e ir com toda velocidade em direção ao Okamoto.

Emanuel segurou a lâmina com suas mãos e ficou a apertando, tentando fazer a lâmina parar de se mexer, mas esta o empurrava lentamente sobre o gramado. O príncipe começou a liberar magia negra pela mão, tentáculos roxos se formaram e começaram a envolver suas mãos para que não fossem cortadas pela Lâmina Vorpal. O Okamoto gritou, pressionando suas mãos com toda força, fazendo assim a lâmina quebrar. Seus estilhaços se dissolveram e voltaram a ser somente vento.

Rafaela admirou-se pelo príncipe ter parado sua Lâmina Vorpal sem recitar nenhuma magia. Ele por sua vez não mudou de postura com o ataque, a Miranda vendo que ele não mudava de ideia e que não ia parar de irritá-la tão cedo, disse:

- Que assim seja!

O moreno sorriu de canto e a princesa finalmente pode se afastar dali sem ser mais interrompida. Afinal Emanuel tinha um novo objetivo agora, limpar o rancor de Rafaela pelos magos negros derrotando Mordekai.

- Agora é só eu procurar ele pelo continente inteiro. Estou ferrado. – Emanuel ficou rindo e logo se deitou ali na grama.

Faltava pouco para o pôr-do-sol e eu já estava no lado de fora dos muros da cidade. Hanee com seu gato, Matt, Caique e Luidi vieram comigo também. Lá estavam Emanuel e Rafaela, longes um do outro como sempre. Ficamos ali esperando que Athos e seu exército chegassem, afinal eles tinham que partir antes do pôr-do-sol como ordenei.

Ao longe vi um amontoado de pessoas saindo dos portões da cidade, na frente deles vinha Athos Prescinato. Ele estava sério, me recordo que Athos sempre ficava assim quando estava fazendo algo importante. Eu sabia que se eu o colocasse como comandante ele iria agir seriamente, iria levar o cargo com responsabilidade, é um desses motivos que me faz ter grande confiança nele. O Athos mais do que ninguém tinha objetivo, buscando sempre o senso de dever cumprido. Além disso, ele que me ensinou a manejar diferentes tipos de espadas.

- Estamos prontos. – o líder dos Prescinato se colou na minha frente.

- Agora divida o exército e ordene que obedeçam as ordens de Emanuel.

Athos gesticulou rapidamente com as mãos e parte do exército andou para a direita, e parte para a esquerda.

- Segundo batalhão... – começou o Prescinato falando com o lado direito. – A partir desse ponto terão um novo superior, passaram a receber ordens dele e somente dele, apenas eu, estarei acima das ordens que ele ditar. Emanuel Okamoto será o seu novo comandante. E isso é tudo. Entendido?!

- Sim, Senhor! – gritou o segundo batalhão dos Prescinato.

Emanuel se aproximou do segundo batalhão, já gritando:

- Prontos para a guerra, soldados?!

- Sim, Senhor. – o batalhão respondeu.

- Ótimo, até que os Prescinato são bem sincronizados. – Emanuel riu ao ver a cara de Athos que se segurava para não responder.

Dirigi-me para frente dos dois batalhões e dos dois comandantes, dizendo:

- O destino de Krisalia está com vocês, o povo do Reino Kristain está confiando plenamente em suas espadas. Nós do Reino Kristain, Miranda e Okamoto; esperamos que vocês vençam essa batalha para que juntos, possamos vencer a guerra. – dei uma pausa e me retirei da frente deles. – Que Palacium esteja com vocês!

- AVANTE! – Athos berrou.

O exército começou a se mover em direção ao sul, rumo à cidade Krisalia. Athos e Emanuel caminhavam sempre a frente do seu batalhão, irá demorar metade de um dia para que cheguem à Krisalia. De acordo com meus cálculos, se eles pararem para descansar, por volta do meio-dia chegaram á cidade.

Cerrei minhas mãos e fiquei pedindo para que Palacium abençoasse o exército.

 - Ei Kris... Está tudo bem? – Hanee tivera colocado Israel no chão e segurado carinhosamente minha mão.

- Só estou com medo do que possa acontecer.

- Se acalma, vai dar tudo certo. – ela apertou minha mão e pousou sua cabeça no meu ombro.

- Que Palacium te ouça, Amor.

Ela apertou mais forte minha mão e perguntei:

- O que foi?

- Nada. – ela me olhou, corada. – Só que ainda estou me acostumando com “Amor”.

Sorri de canto e dei um beijo na sua bochecha vermelha.

Depois disso eu e todos meus aliados ficamos olhando a primeira marcha para o ataque ao Reino Obi. Fitei o céu, já alaranjado com o inicio do pôr-do-sol e estranhei ao ver duas aves sobrevoando o local, mas não dei muita atenção e continuei à olhar o sol com ansiedade, pois agora sim a guerra irá começar.

Duas aves voavam sobre os aliados, pra ser mais exato um falcão e uma águia. Matt e Caique, ao avistarem elas, se entre olharam, assentiram positivamente com a cabeça e se afastaram do grupo. As duas aves foram para o norte, em direção ao castelo. Os dois assassinos correram para o portão da cidade e quando chegaram lá sumiram em um piscar de olhos.

Matt corria tão rápido pelas ruas da cidade que só se via um vulto preto e poeira que ele deixava ao passar. Já Caique se transformará em um relâmpago que atingiu a torre mais alta do castelo e lá ele reapareceu novamente. O ninja que tivera ficado pra trás, parou de correr ao chegar ao castelo e fez alguns sinais ninjas com as mãos, uma fumaça surgiu do chão o envolvendo e no momento seguinte ele pareceu sobre a torre do lado de Caique.

Os dois ergueram seus braços aos céus e as aves que ali voavam, pousaram em seus antebraços. A águia pousou no braço de Caique e o falcão no braço de Matt. As aves tinham uma pequena folha de papel enrolado em uma das suas pernas, os dois pegaram os papéis das suas respectivas aves, depois as soltaram e as duas aves voaram para o desconhecido.

Os assassinos rapidamente desenrolaram os papéis e sorriram após ler o conteúdo deles.

- Então... – começou Matt. – Quem é o seu “trabalho” dessa vez?

- Bem... – Caique olhou discretamente o papel do amigo. – Pelo visto o mesmo trabalho que o seu.

- Interessante, para nós termos o mesmo alvo com certeza a mesma pessoa nos contratou. – o ninja comentou.

- Ou seja, essa pessoa quer ter certeza que o alvo vai está morto.

- É... E a quantia dada a nós vai ser de dez dígitos. Iremos ficar podre de ricos. – Caique concordou, mas Matt leu mais uma vez o papel, dizendo: – Nosso próximo alvo é Hanee Maylli Okamoto.

- Fico me perguntando, porque querem a Hanee morta?

- Isso é logico! Quem nos contratou deve ser alguém do Reino Obi, ou seja, o alvo é a Hanee, pois ela é noiva do Kristain, o qual está comandando todo o ataque contra o Reino Obi. No meu ponto de vista se a Hanee morrer agora, creio eu que Kristain entrará em desespero, ele não tem nenhum familiar vivo e se a pessoa que ele ama estiver morta, pronto, será o estopim para sua queda. – explicou Matt.

- Tem razão, não tinha pensado desse modo. Mas mais uma pergunta me intriga, quem de nós dois fará o “trabalho”?

- Deixe que eu faço! Eu nunca gostei daquela Okamoto. Terei o prazer de “completar o trabalho”!

- Vai ser uma morte lenta e dolorosa ou rápida e fatal? – perguntou Caique na maior naturalidade.

- Não tenho certeza, mas de uma coisa eu sei... Será essa noite.

- Então até lá agiremos normalmente, depois de completarmos o “trabalho”, fugiremos.

- Sim, vamos fugir e depois pegar nosso dinheiro.

- Então até a noite, Matt.

- Até, Caique.

Os dois assassinos se despediram e saíram do alto da torre, esperando a chegada da noite.


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Notas finais do capítulo

Então... Sinceramente, o que acharam???
O precisa melhorar??
O que mais gostou??
Reviews? Recomendações? Favoritos?
>////
XD