Os Opostos também se Atraem Vol. Ii escrita por estherly
Marcelo tinha razão. Estava super quente. Pessoas se agarrando pelos cantos incontáveis, pessoas bebendo o seu milésimo copo num barzinho, pessoas conversando em mesas e pessoas dançando coladas umas nas outras ao som de música agitada cada vez mais alta.
- Quer dançar? – perguntou Marcelo gritando para Rose
- Quê? – perguntou ela tentando entender o que ele falava.
- Dançar! – respondeu ele apontando para a pista de dança.
- Vamos! – disse ela puxando a mão dele indo para a multidão de gente.
A música ecoava na cabeça deles. Não sabiam o que dançar, apenas pulavam e em algumas vezes rebolavam com ousadia.
- Eu vou ao banheiro! Já volto. – anunciou ela. Ele assentiu com a cabeça indicando que concordava.
Arrumou o cabelo e retocou a maquiagem. Saiu do banheiro, procurou na pista Marcelo e avistou-o. Estava quase pisando na pista quando alguém chega ao lado dela.
- E aí gata?! – falou com um cara bêbado. – Vamos dançar?
- Eu estou acompanhada. Desculpa. – desculpou ela, querendo sair logo dali.
- Gata. – disse o cara puxando o braço dela. – Todas vocês falam isso. Eu sei que não está acompanhada. – disse ele indo para frente, prensando seu corpo no dela que estava encostada na parede. Ela estava começando a ficar nervosa. Olhou para a pista de dança. Não via mais Marcelo.
- Onde ele se meteu?! – murmurou ela para si mesmo
- Ele quem gata? – perguntou o bêbado chegando mais perto dela.
- O meu acompanhante! – disse ela. O bêbado soltou uma risada pelo nariz e se aproximou mais.
- Deixa de ser difícil gata. – disse o cara se aproximando ainda mais. Rose sentiu perto das pernas as intenções do bêbado.
Rose ficou em pânico quando sentiu a boca do bêbado contra a sua enquanto a língua dele tentava entrar na boca dela e quando sentiu seus pulsos serem fortemente prensados na parede impossibilitando a sua fuga. Começou a se debater. Sentiu um alivio ao sentir o bêbado ser jogado para o lado. Abriu os olhos. O bêbado estava cambaleando e com um olho roxo. Marcelo estava na sua frente com os braços abertos como se estivesse protegendo Rose. Rapidamente os seguranças retiraram o bêbado e a festa continuou. Marcelo ainda de cara fechada se virou para Rose e viu que ela passava as mãos pelos pulsos tentando diminuir a dor. Logo, sua feição mudou. Foi até a Rose, a segurou pelos ombros e começou a analisá-la.
- Você está bem? – perguntou ele olhando atentamente. Reparou na boca vermelha dela.
- Estou sim. – disse ela ainda nervosa – Obrigada por ter vindo a tempo.
- Foi nada. Vamos tomar alguma coisa? – perguntou ele convidando ela.
- Claro.
Eles foram e pediram suas bebidas.
- Se eu soubesse que iria acontecer essas coisas, não teria trazido você. – admitiu ele.
- Marcelo, olhe. Isso acontece. Poderia ter acontecido com qualquer um!
- Vamos para o hotel? – perguntou ele. Ela sorriu. Estava na cara que ele estava incomodado ainda.
- Vamos.
Estava super frio na rua. Nevava levemente. Rose sentiu algo no seu estomago.
- Eu não to me sentindo bem. – murmurou ela colocando a mão na barriga.
- Hoje é que dia? – perguntou ele preocupado.
- 4 de janeiro. – respondeu Rose quase vomitando
- É hoje! Vem. Se segura em mim. – ele pediu entendendo o braço
- Para onde vamos? – perguntou ela tentando se recompor.
- Confie em mim. – pediu ele. Ela sem hesitar colocou a mão no braço dele e aparataram.
~*~
Tudo branco. Ele estava impaciente. Andava de um lado para o outro. Hora torcia as mãos hora passava elas pelos cabelos. Olhava no relógio.
- Senhor Scarpari. – chamou a enfermeira.
- Sim. – respondeu Marcelo se aproximando mais da enfermeira.
- Posso saber o que o senhor é da paciente Rose Weasley?
- Namorado. – ele respondeu com tanta convicção que ele próprio se assustou.
- Certo. Por favor me acompanhe. – pediu a enfermeira guiando-o até o segundo andar.
- Ela está bem? – perguntou ele assim que eles pararam na porta do quarto.
- Senhor Scarpari. Bem... É com pesar que comunico ao Sr. – disse a enfermeira tirando os seus óculos e olhando para Marcelo. – Que a Srta. Weasley sofreu um aborto. Pelos nossos exames, ela teria tomado bebida alcoólica.
- Sim. Tomamos champanhe. Um amigo trouxe para nós e nos disse que era sem álcool, então tomamos se medo. – mentiu Marcelo. – Mas... Um aborto?! Eu não acredito!
- Senhor se acalme. – pediu a enfermeira.
- Eu e Rose esperávamos tanto um bebe! Como vou contar isso para ela? – murmurou Marcelo chorando.
- Senhor, quer um copo de água?
- Com açúcar. – pediu ele ainda chorando. A enfermeira foi e voltou num toque. Ele tomou tudo, entregou para a enfermeira, se levantou e disse. – Muito obrigado. Agora eu vou ver a minha namorada. – ele disse entrando no quarto.
- Senhor, ela estava muito agitada e com dor. Portanto demos alguns medicamentos que fazem dormir e se acalmar. Daqui a pouco ela acorda.
- Tudo bem. Eu espero. – disse ele sentando na poltrona ao lado da cama.
- Marcelo? – disse Rose acordando. Sentiu um dedo passar pela sua mão esquerda. Olhou e viu que Marcelo dormia na poltrona com a mão junto com a dela. – Marcelo.
Rose o chamava apertando levemente a mão dele. Sacudia levemente a mão dele.
- Marcelo! Acorda! – pediu ela um pouco mais alto. Ele finalmente acordou.
- Oi. Tá tudo bem? – perguntou ele assustado.
Ele viu que Rose estava acordada e ficou aliviado.
- Onde estou?
- Num hospital. – respondeu ele como se fosse óbvio.
- Tá! Isso eu sei! Mas... O motivo!
- Estávamos no bar, quando você sentiu uma dor na barriga e viemos para cá.
- Tá, e qual foi o motivo?
- Rose... Sabe quando você e o Lentz tiveram... – nesse momento ele corou – Bem, quando vocês tiveram aquela noite?
- Sei e não precisa me lembrar!
- Ótimo. Naquela noite você engravidou do Lentz. E hoje você abortou.
- EU O QUE?
- Você estava grávida daquele traste. E hoje você abortou. – disse ele repetindo calmamente. – Como se sente?
- Isso é bom e ruim. Bom porque eu estava grávida. – Rose estava animada. Marcelo reparou num brilho no olhar dela e como ela iria gostar de ser mãe. – Imagina eu ter um bebe, seria super fofo. E ruim porque o pai seria o idiota do Hale. Não quer dizer o idiota do Lentz. Sei lá. Mas teria sido bom.
- Sim, seria. Mas eu tive uma visão disso acontecendo. Era 4 de janeiro de 2026 quando você abortaria. Desculpe eu ter feito você tomar bebida alcoólica. – disse Marcelo constrangido. Rose sorriu e abriu os braços querendo receber-lo.
- Marcelo... Venha cá. – ela pediu. Ele foi até ela e abraçou. – Eu ti desculpo por tudo.
- Rose, eu sinto que não devia ter feito aquilo. – disse ele se afastando dela. Andava pelo pequeno quarto. – Eu não devia ter convidado você para ir naquela boate.
- Marcelo eu... – ela hesitou no começo, mas prosseguiu – Agradeço.
- O que?
- Ter um bebe seria ótimo, mas... Eu não estaria pronta. Não estaria preparada para ter vômitos e enjôos por qualquer coisa. Muito obrigada. – ela disse e ele sorriu.
Toc toc.
- Sim?
- Srta. Weasley, Sr. Scarpari, bom dia. – disse a enfermeira entrando no quarto.
- Bom dia. Que horas são? – perguntou Rose
- Oito horas da manhã Srta. Devo comunicar que a senhorita já recebeu alta. Até mais.
- Até. – responderam os dois.
- Venha Rose. Vamos para o hotel. – disse Marcelo segurando na mão de Rose e aparatando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Me dá o numero da sua conta Jacih para eu depositar os quinze nuques. Uhsuahsau.... Gente, comentem!!