Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 6
Reconciliação e namoro(?).


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, capítulo novo! Espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/92504/chapter/6



– Hum... Sobre o quê você quer conversar? - Disse olhando pro lado oposto.

– Percy, eu... - Realmente, deveria ser algo muito difícil pra ela dizer, estava tão nervosa, tinha o rosto corado e passava as mãos nos cabelos, estava linda, mas ninguém precisa saber, ok? - eu quero te pedir desculpas. - Ela falou tão rápido e tão baixo que eu quase não entendi. Quase.

– Como? - Sabe, eu queria ouvir de novo, não é sempre que Annabeth Chase passa por cima de seu orgulho.

– Ah, Percy, você me ouviu muito bem. - Disse ela me olhando com seus olhos cinzentos. Dei um sorrisinho, sem mostrar os dentes. - O que foi? Você não vai recusar uma reconciliação, não é, Percy?

– Sei lá, você fica engraçada assim, não é sempre que te vejo pedindo desculpas. - Dei uma risada bastante sonora, fazendo-a corar. - Mas é claro que eu aceito uma reconciliação!

– Amigos? - Disse ela sorrindo enquanto estendia a mão para eu apertar.

– Amigos. - Quando fui apertar a sua mão, senti algo gelado no seu dedo anelar. Ah, meus deuses, que não seja o que eu estou pensando... - O que é isso no seu dedo, Annabeth? É um anel de noi...

– NÃO, não é de noivado! - Disse ela, enquanto abraçava a sua mão direita. – É de compromisso!

Quase tive um troço. Compromisso. COMPROMISSO???

– Des-desde quando? E com quem? - Disse, enquanto olhava pro chão. Cara, de repente fiquei com uma vontade de chorar...

– Ah, você nem imagina... - Disse ela, enquanto abria um lindo sorriso, aquele sorriso que era só pra mim... – É recente, mas eu estou adorando, ele me pediu semana passada! Nunca pensei que o Pólux fosse to carinhoso! - Ah, tá, o Pólux. O QUÊ?

– O QUÊ? - Disse, quase me levantando, o que, claro, era impossível, já que estava amarrado. Acho que Annabeth não gostou da minha reação.

– É, o Pólux sim. Algum problema?

– N-não, nenhum, mas eu nunca ia imaginar que você e o... Pólux iriam... Ah, você sabe... - Disse todo encabulado, enquanto olhava pra ela e para sua mo direita.

– Ai, Percy, você é tão chato e antiquado! - Disse ela me dando um tapinha no meu ombro. Olhei assustado pra ela. Annabeth nunca, mas nunca, dava tapinha no meu ombro. - Que foi?

– Nada. Parabéns. - Disse sem nenhuma emoção, com um nó na minha garganta. Ah não Percy, não vai chorar agora, né? - Mais... Mais alguém sabe disso?

– Ah! A Thalia sabe! - Thalia, sua vaca, sabia e nem me disse! Depois vou ter um acerto de contas com ela. - Percy, eu estou tão feliz! Como nunca na minha vida!

Nem quando você me beijou? - era isso o que eu queria perguntar, mas o que saiu foi um simples han, gan fa. Ela me olhou como se eu estivesse doido.

– Percy, você está... bem? - Sinto que a palavra "bem" não era a que ela queria falar.

– Estou, acho. - A última palavra saiu tão baixo que ela nem escutou. Fiquei divagando ali, enquanto ela falava alguma coisa, que de fato, pra mim não era mais importante. Pólux, por que raios Pólux? POR QUÊ?

– PERSEU JACKSON! - Olhei pra ela assustado, seu rosto estava vermelho de raiva, e quando ela me chama de Perseu... Xiii, ferrou. - VOCÊ ME DEIXOU AQUI FALANDO SOZINHA?

– Er...- Pensa, pensa, pensa! - Não! Imagina, eu estava aqui ouvindo tudo o que você estava falando!

– Então sobre o que eu estava falando? - Disse ela com o sorriso do tipo: Ah, dessa vez eu ganho, como todas as outras. Ah, mas dessa vez não, Sabidinha.

– Ué, sobre Pólux e seu namoro com ele. - Isso era óbvio, nem precisava pensar. Seu sorriso desmanchou. Percy is the winner!

– Ok, você ganhou, mas perdeu na captura à bandeira. - Dei de ombros, não estava nem aí pra captura à bandeira, já estava de castigo, uma tarefa a mais não ia me matar, além do que, eu sou invencível.

– Mas se você me soltasse, eu poderia mudar o nosso placar pessoal. - Disse dando um sorriso e piscando um olho. Annabeth corou.

– Nem pensar!

– Poxa, Annie, você é tão malvada! Só porque está com as caçadoras exterminadoras.

– Eu ouvi isso, Percy! - Uma voz vinda lá do fundo disse isso. Acho que foi Thalia. Eu nem vou me desculpar, estou de mal com ela por tempo indeterminado.

– Percy, está tudo bem com o negócio do namoro? - Disse Annabeth enquanto pegava minha mão. Droga.

– Tá, tá sim. Sei lá, porque é tudo tão recente... - Disse olhando pra ela, meu coração ficando cada vez mais apertado. - Eu não vou mais poder passar o tempo que eu quiser com você. Vai fazer muita falta.

– Calma, também não é o fim do mundo! - Ah, mas pra mim era. Ela estava rindo, estava tão feliz e radiante. Não vou acabar com a felicidade dela. - Afinal, você nunca vai me largar, né Cabeça de Alga?

– Claro, Sabidinha. Você sabe que eu te adoro! - Ela corou, eu também. Droga, acho que criei um clima que não deveria existir. - Annabeth.

– Hum. - Ela não olhava pra mim.

– Eu quero que você olhe pra mim. - Ela não olhava. Segurei seu queixo e o ergui até encontrar os meus olhos. - Eu preciso de você olhando nos meus olhos pra responder essa pergunta. Você gosta do Pólux?

– ... Gosto. - Eu olhei em seus olhos. Neles estavam meia verdade, mas eu não podia fazer nada. Um silêncio mortal reinou entre nós.

– Hum... Se ele fizer algo que te machuque, pode considerar o seu namorado como morto. - Disse tentando dar um sorriso verdadeiro. Acho que ela acreditou, pois começou a rir.

– Pode deixar, Cabeça de Alga! Seu desejo uma ordem! - Disse ela como se estivesse cumprimentando um comandante. Ri. Passamos um tempo rindo e falando coisas engraçadas, como se o namoro nunca tivesse acontecido.

– Ai, ai. Daqui a pouco vai ser o dia de você ir para a missão, não? - Assenti com a cabeça. - Já sabe quem levar?

Fiquei um tempo mudo, sem olhar pra ela, ouvindo o farfalhar das folhas das árvores.

– Já. Já sei sim.

– E quem você vai levar? - Na hora que eu ia responder, a concha soou, dando o fim da captura à bandeira. - Ah, até mais perdedor, te vejo na minha comemoração. - Disse ela.

 - Tchau! - Disse todo babaca. Depois de um tempo eu notei, ela me deixou amarrado. - Annabeth. Annabeth? ANNABETH! NÃO ME DEIXA AQUI! VOCÊ ME DEIXOU AMARRADO! DROGAAA!

Ela ria, e muito. Apesar da distância, eu ainda via seu cabelo louro. Ela se virou e continuou rindo, enquanto me via dar um escândalo.

– É o seu castigo, Percy! Você não invencível? Então, trate de sair daí sozinho. - E saiu andando. Droga, só matando ela. Além de me deixar sozinho numa floresta cheia de monstros, deixou meu coração todo partido. Mas do nada ela deu meia volta. - Ah, e  essa partida é minha. - Ela sussurrou, enfatizando o "minha". Ela me deu um beijo na bochecha e saiu andando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Please, não me matem! Eu sei, fui cruel com o Percy...Mas convenhamos, ele tem que sofrer um pouquinho para termos diversão ;)suashaushashBeijos e até o próximo cap.!