Carajo! Quem consegue chegar atrasado no primeiro dia em Hogwarts? Resposta fácil essa: Eu! E graças a quem? O paranóico Ronald Weasley, também conhecido como meu pai. Que decidiu revistar minha mala de última hora e não se agradou muito com o tamanho das minhas roupas (Leia-se: surtou geral). Se não fosse minha mãe, acho que eu não entraria na escola de Magia e Bruxaria esse ano.

          Minha situação era deprimente. Faltavam 5 minutos para o trem sair, e só agora que eu estava entrando na plataforma 9 3/4. Quando finalmente avistei o expresso, ele estava prestes a embarcar, porém, com um feitiço discreto ensinado pelo Tio Jorge, eu entrei no trem a tempo. Fui carregando meu malão pelo corredor, estranhei alguns garotos abrindo as portas para me olharem, eu devia estar com alguma sujeira no rosto, mas tanto faz. Estava a procura de um vagão, quando algo se chocou contra mim e eu cai no chão.

          - ROUS! Que saudades que eu estava de você - Gritou Lily. Eu me sentei e abracei-a com força.

          - Ah Lils, estava morrendo de saudades também! - Respondi.

          - Fiu-fiu em prima, você está uma gata! Mas uma coisa eu não entendi, o que você faz aqui? Sem querer ser indelicada claro. - Disse minha prima.

          - Tá cega Lily? Quem tá uma gatinha é você, vou me lembrar de mandar o Hugo tomar cuidado - Nesse momento Lils ficou vermelha, ela e meu irmão eram completamente apaixonados um pelo outro, mais não admitiam de forma alguma - E eu vou estudar com vocês! - Finalizei.

          - O QUE? MERLIN, VAI SER INCRÍVEL! AS MENINAS DE HOGWARTS QUE SE CUIDEM, PORQUE COM ROSE WEASLEY AQUI OS MACHOS VÃO FICAR DESCONTROLADOS - Berrou.

          - Cala boca Lily - Falei e ri. - Agora me leve pro vagão que vocês estão, porque eu quero dar um oi pros meus priminhos.

          Andamos mais um pouco, até chegar em um vagão que estava aparentemente lotado, Lily abriu a porta sorridente e falou em voz alta:

          - Conheçam a mais nova aluna de Hogwarts.

          Todo mundo virou pra mim. Alvo foi o primeiro a me reconhecer, me pegou no colo e me apertou falando que estava morrendo de saudades. James foi o segundo a me dar boas vindas, e pouco a pouco todos me cumprimentaram e fui apresentada as pessoas que estavam no vagão que eu não conhecia.

          Bom, esse vagão está muito cheio, vou procurar um vazio - Falei depois de tantos elogios que me deixaram sem graça. Mentirosos!

          - Você pode sentar no meu colo - Falou Lorcan, o loirinho filho da tia Luna. Eu ri. Mas digamos que James, Alvo e Hugo não gostaram muito da sugestão.

          - Nada disso, ela vai no meu colo - Falou Jay.

          - Não vou no colo de ninguém, vou em outro vagão, beijos, amo vocês - Falei rápida e saí o mais depressa possível.

          Caminhei até o final do Expresso, e encontrei um vagão, aparentemente vazio. Já ia colocar meu malão lá, porém outra coisa me chamou atenção.