Beauxbatons. Um nome tão importante para uns, e completamente ridículo para mim. Essa maldita escola que acabou com 5 anos da minha vida me causa nojo. Com toda certeza do mundo, se eu conseguisse o vira-tempo de minha mãe já teria regredido há alguns anos atrás e mudado meu destino por completo. 

          Todos fazem a mesma pergunta. Como fui parar lá? Fui convidada. Mesmo não sendo uma veela ou coisa assim, recebi uma carta de Beauxbatons quando tinha apenas 11 aninhos, falando que eu tinha todos os requisitos para ser uma aluna perfeita e que o corpo docente da escola ficaria honrado em me ter por perto. A família toda ficou tão orgulhosa, tão feliz, que eu, como sempre pensando nos outros, fui para o maldito lugar repleto de Barbies cheias de merda na cabeça. Não tinha nenhuma amiga lá até hoje. Com exceção de Louis, claro, meu único amigo lá, só que ele é um garoto. Bom, garoto não, meio-garoto vamos dizer.

          - ROSE, JÁ TERMINOU DE SE ARRUMAR? VAI CHEGAR ATRASADA JÁ NO SEU PRIMEIRO DIA EM HOGWATS? – Berrou minha mãe, Hermione Weasley, interrompendo meus pensamentos.

       - SIM DONA HERMIONE, ESTOU DESCENDO – Gritei de volta. Antes de sair, encarei o espelho, meus cabelos ruivos, que começavam lisos e ao chegar nas pontas encaracolavam-se, estavam soltos, e minha franja jogada de lado contrastava meus olhos azuis. Mas isso não tinha a mínima importância, já que eu era tenebrosa no quesito beleza, o que eu mais reparei em mim foi o sorriso que tinha em meu rosto, que há tempos não via.

          Esse sorriso tinha um significado, claro. Faria meu 6º ano em Hogwarts, junto de meus primos amados, e lá eu teria amigos interessados em falar em coisas que não tenham relação com a abominável cor rosa. Eu finalmente seria feliz, e pretendia aprontar muita coisa naquela escola. Deixando bem claro que “aprontar” não incluí duelos mortais com um careca desnarizado sensual, como meu Tio Harry fez.