Pov Percy 

-OLHA AQUI SEU MOLEQUE, -Escutei Annabeth gritar e entrei correndo. Eu percebi que ela não gosta daqueles dois. Eu entrei e Annabeth estava de frente para o tal de Pietro. Ela ia dar um tapo na cara dele só que eu segurei o braço dela. 

-Annabeth, algum problema? - Olhei com um olhar ameaçador para o menino, que embora parece-se ter 18 anos, não passava de uma criança. Ele tremeu. É bom mesmo. Annabeth me olhou e respirou fundo. Ela estava com muita raiva.

-Percy, vamos embora. Pai me desculpe mais eu não vou aguentar ficar mais um minuto aqui perto desses dois. Te peço desculpas pai. Mas não dá. Eu não consigo ficar perto do Pietro. Esse sem vergonha. Não vê que o meu namorado está bem aqui e ainda por cima, não para de me dar cantadas. Moleque, eu não te quero. Entendeu ou eu vou ter que desenhar? 

-Nossa Anne! O que eu te fiz pra você me odiar assim?

-Quer a lista em ordem alfabética ou ordem de importância? - Ela falou trincando os dentes. 

-Importância. -  Eu a segurei pelo braço. 

-Annabeth, por favor, não ligue para o que seu primo está dizendo. Fica por favor. - O pai da Annabeth disse. Eu sabia que se forcemos embora naquela hora, ela ficaria triste e se arrependeria. E também não ficaria bem eu perder o pouco da paciência que me resta e bater nesse cara. Respirei fundo e sussurrei no ouvido dela.

-Anna, Vamos ficar mais um pouco. Depois você me conta o que esse moleque te fez e eu quebro a cara dele em outro lugar. Pois se eu quebrar aqui, vamos combinar que não pega bem né? Ele se for esperto nem vai pensar em chegar perto de você. E essa mulher ai, eu faço questão de retrucar tudo o que ela disser. Deixar ela sem fala. Vamos ficar mais uns dez minutos para não chatear seu pai. depois damos a desculpa de que está na hora do toque de recolher então vamos embora. Pode ser? 

Eu me afastei dela. Dei outro olhar de aviso para o garoto. Todos olhavam para Annabeth. Ela respirou fundo tentando se acalmar. Eu estava sério. Ela olhou para o garoto e depois virou a cabeça para trás me olhando. Voltou a olhar para o garoto. 

-Tudo bem Percy. - Ela falou calmamente. - A seu pedido, - Ela fez questão de marca o "seu" - e em consideração ao Senhor pai, nós vamos ficar mais um pouco. Mas, - Ela aumentou um pouco a vós. - se você Pietro, vim fazer graça comigo, - Ela deu um sorriso malicioso. Embora estivesse de costas eu pude ver. - Ai, você vai descobrir o que tem do outro lado da vida. E garanto que você não vai gostar.  

Ela veio até onde eu estava e se sentou. Eu sentei do lado dela. 

-E então Anne, você não vai me responder? - Ela olhou para ele com um olhar que faria qualquer um ter medo. Eu me segurei para não arrebentar a cara desse moleque. 

-Pietro, - Ela falou enquanto trincava os dentes, ela respirou fundo tentando se acalmar de novo. - Use o pouco de inteligência que você tem e fica calado. 

-Garoto, posso falar com você? - Eu falei olhando para ele. Ele ficou pálido. Ninguém mexe com a Annabeth e sai ileso. Esse moleque vai ganhar a surra que nunca mais vai esquecer. Annabeth me olhou sorrindo. 

-C-claro. - Ele gaguejou e fomos para fora. Nem liguei para os olhares nas minhas costas. Ele foi na frente e parou quando eu fechei a porta. 

Pov Mary 

Eu acordei com o celular tocando. Que droga! Hoje é sábado. Ou é domingo? Sei lá. Passei a mão por baixo do travesseiro e peguei o celular ainda de olho fechado. Anne já devia ter levantado e aberto a janela. Não estava afim de ter um claridade nos meus olhos assim que acordo.  

-Alô - Disse sonolenta. 

-MARIANNY QUE IDÉIA É ESSA DE SAIR E NÃO ME AVISAR?- Dery, só podia ser. Ele adora me acordar, mas ficar gritando ai já é demais não é não? 

-Oh Dery. Deixa eu dormir que P***! Como assim eu sai e não te avisei? Não é meio cedo de mais pra ficar passando trote?

-MARIANNY AONDE VOCÊ ESTÁ? QUER ME MATAR DE PREOCUPAÇÃO?

-Dery, eu tô no internato. E você nem liga pra mim. 

-Como assim "eu tô no internato"? em primeiro lugar, fala direito, - Ele tem mania de falar tudo certinho... - em segundo, você não está no internato porque eu acabei de ligar para lá, já que você não atende ao telefone e em terceiro eu ligo sim.  - Eu abri os olhos e me lembrei do dia de ontem. Foi inesquecível. 

-Ah sim. Lembrei. Eu tô no acampamento meio sangue. 

- O QUE? - Eu já disse que não teve uma palavra que ele falou que não foi gritando? Agora disse. - COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ NO ACAMPAMENTO MEIO SANGUE? COMO VOCÊ CHEGOU AI?

-DÁ PRA PARAR DE GRITAR? QUE P***! EU ACABEI DE ACORDAR. EU ESTOU SIM NO ACAMPAMENTO. CHEGUEI AQUI COM ALGUNS AMIGOS MEUS E MEU IRMÃO. MINHA MELHOR AMIGA É FILHA DE ATENA. E O NAMORADO DELA É MEU IRMÃO. ENTÃO EU VIM COM ELES. AGORA ME DEIXA QUIETA QUE EU TÔ BEM.

-Tá bom. - Ele parou de gritar. - Então esse seu irmão está por ai? 

-Não. Ele está lutando na arena. - Se eu falasse a verdade teria sérios problemas. Não queira ver o Dery com raiva. Ele parece um filho de Ares. Mesmo sendo filho de Apolo. 

-Ok. Mas como ele descobriu que você é uma meio sangue?

-Eu sai com eles. É o Percy que é filho de Poseidon, meu irmão. A namorada dele, Annabeth, filha de Atena. O Nico, filho de Hades. A Thalia, filha de Zeus e a Meg, filha de Hera. Ou seja, todos nós juntos atraímos vários monstros. Ai lutamos e eu falei a verdade. E vim pro acampamento com eles.  jeans

-Hum.

-Agora posso voltar a dormir? 

-Pode. 

-Atá. - Eu desliguei o telefone sem me despedir e olhei as horas. Cinco horas da manhã? O que esse cara tem na cabeça de me acorda cinco horas da manhã? Eu não iria consegui dormir e fui para a praia. Vesti um dos meus biquínis pretos- eu só tenho preto - e um micro short  preto e fui para a praia. 

Pov Nico di Ângelo

 "Eu estava na praia, are a noite. O mar tinha leves ondas. Estava muito frio. Ventava. Eu estava sem camisa, descalço, só de short. Eu empurrava a areia com os pés. O vento soprou e eu senti um arrepio. A lua estava linda. Era lua cheia. Então eu vejo alguém sentado na praia. Olhava o mar. Eu cheguei perto dela. Olhei em seu rosto. Ela não percebeu que eu a olhava. O vento soprou. O cheiro dela era de rosas e algo mais. Um cheiro único. Eu havia visto ela algumas vezes, falado com ela, mas não reparei como ela é bonita. Ela chorava.

-Posso me sentar? - Ela passou a mão onde a lágrimas haviam caido. 

-Claro. 

-O que houve para você está assim? 

Ela me olhou e o sonho acabou"

Quem era ela? Não sei. Só sei que estava todo suado e devia ser umas cinco horas da manhã, pois o sol ainda nascia. Muitos deveriam está dormindo. Não gostam muito de acordar cedo. Fui para a praia. 

Cheguei lá e vi alguém de cabelos negros e lisos voarem pela queda do vento. Era a Mary. Eu cheguei mais perto dela. Eu estava exatamente como no sonho que tive. Sem camisa e descalço. O vento soprou e o cheiro de mar veio até mim. Um cheiro de mar, só que puro e limpo. Não cheiro de peixe. Mas de algo bom e cheiroso. Eu fechei os olhos e respirei fundo. 

-Algum problema Nick? - Abri os olhos. Mary me olhava. Seus olhos verdes me encantavam. Ela estava levemente corada. Me olhava tentando descobri o que eu pensava. Ela é realmente muito bonita. Ela parece ter uns catorze anos. Seus cabelos são bem pretos mesmo. Como jabuticaba. São até o meio das costas. Seus olhos verdes são iguais aos do Percy, só que tem algo a mais. Não sei explicar. Tem um brilho de ingenuidade? não. Ela não parece ser ingênua. Muito pelo contrário. Um brilho travesso. De uma criança que vai aprontar. Ela sorria. 

-Não Mary. Posso me sentar? 

-Claro Nick. Não se importa deu te chamar de Nick né? 

-Não. 

-Que bom. Por que você madrugou hoje?

-Sonhos. Eles são normais para meio-sangues. O problema é  que a maioria das vezes eles acontecem.

-Como assim na maioria das vezes?

-Quase sempre.

-Meus deuses.

-O que foi?

-Eu sonhei com o Percy terminando com a Anne.

-Ah! Eles terminarem não vai ser novidade. Eles não para de brigar. Termina não vai ser grande coisa.

-Sim, mas no meu sonho não foi briguinha. 

-Deixa pra lá. Depois você vê isso. Ok?

-Ok.

-E você? 

-Eu o que?

-Por que madrugou? Não tem cara de gostar de acordar cedo. E nem de ser acostumada.

-O que? Por que? Tô com olheiras? A meus deuses. Tô com a cara muito ruim?

-Não. Não é isso. Mas me conta por que madrugou.

-Ah. Telefone. Era o chato do Dery perguntando onde eu estava e tudo mais. Ele é muito chato. Finge se importa comigo, mas não é verdade. Minha mãe morreu a menos de um mês e eu tenho que ficar naquela escola. Nem liga para o que sinto.

-Que chato sua mãe ter morrido. Deve está sofrendo muito né? - Cara, que pergunta idiota foi essa? É claro que ela está sofrendo. O que eu estou perguntando? 

-Nem tanto sabe? Eu na verdade sempre fui sozinha. Minha mãe, se é que é minha mãe mesmo, nem ligava pra mim. 

-Não fala assim.

-É verdade. Não parava em casa. Os meus "problemas" na escola, eram outras pessoas que nem conheço que resolviam. Ela morava ainda por cima em outro estado. Eu não tinha como mora com ela, pois nenhuma escola me aceitava lá. Nenhuma escola boa. Ela era muito distante. Dizia que não é bom sermos amigas e nem próximas. Porque um dia nos separaríamos. Ela era... isolada, sei lá. Vivia sozinha. Tinha problemas de depressão. Mas o que matou ela foi o meu sangue. -Nossa! Entendi o que ela quis dizer. Monstros. Ela também tem uma vida difícil. - Mas, agora sei que tudo vai mudar. Tenho meu irmão, vocês que são meus amigos. - Ela sorriu. - E até um lar agora. O acampamento meio sangue. Mas me fale de você. Se bem que acho que já te conheço bem. Annabeth me contou sobre as aventuras que tiveram nos últimos anos. Bem legal! Queria fazer algo especial também. Como vocês.

-Não acho que sou especial.

-É sim. Quem te mentiu que não?

-Você é muito legal sabia. 

-Obrigada. Sou mesmo. - Eu sorrir para ela. Ela sorriu ainda mais. Um sorriso único. Ela é toda unica. Especial. Ela é tão... sei lá... Indescritível. - Vamos nadar? Estou doida para entrar no mar. - Ela se levantou. Olhei ela dos pés a cabeça. Ela corou e eu também. Ela me estendeu a mão e me ajudou a levantar. Ficamos um tempo na água brincando, rindo, se esquecendo do mundo e dos perigos. De tudo o que se vivermos, vamos enfrentar. Quando ela estava saindo da água eu a puxei e ela caiu na água rindo. Eu sai e enquanto caminhava lentamente pela areia, ela pulou em minhas costas e caímos um de frente para o outro. Ela em cima de mim. Com o rosto há centímetros do meu. Eu corei e ela também. Ficamos sérios. Ela fechou os olhos e...