Scorpius Malfoy - Dentes de Sangue escrita por AcsaSwegel
Notas iniciais do capítulo
Um capítulo um tanto dramático. Espero que gostem.
Morgana levantou as duas mãos, na tentativa de acalmar a todos, mas foi em vão. Todos gritavam. Então Morgana levantou a varinha e apontou para a própria garganta:
— Sonorus!- Ela pigarreou e mandou um olhar irritado para os alunos- Onde vocês pensam que estão? Aqui não é o circo para vocês ficarem gritando assim! Parecem grifinórias histéricas!- Os alunos a olharam surpresos, e ficaram quietos.
— Muito bem! Será que eu posso diminuir a voz agora? Será que os histéricos e histéricas vão gritar novamente? - Todos balançaram a cabeça e ela fez um gesto com a cabeça- Que bom! Pensei que seria dificil, e que precisaria desenhar para vocês!
Scorpius precisou colocar a mão na boca pra esconder o riso, e por um momento esqueceu dos pais, mas no instante seguinte a professora começou a falar.
— Quietus!— Ela esperou uns segundos e começou a falar - Bom, Hoje vocês não vão sair do salão comunal! Entenderam?- Todos concordaram - Bom mesmo! Ocorreu uns imprevistos e como segurança vocês ficarão aqui! O Sr.Malfoy veio conosco pois apenas ele conhecia o lugar onde aconteceu os tristes acontecimentos. Agora vamos cambada! Para o dormitório! - todos gemeram e um aluno alto, que Scorpius desconfiou ser quartanista, falou - Ah, se é só por causa disso, por quê nós precisamos ficar aqui? E hoje é o primeiro dia de aula...e ainda por cima duas horas da tarde! O que fariamos no dormitório agora?
A professora Morgana que estava indo em direção a porta, virou-se com um olhar sinistro e do nada ela estava na frente do menino, apontando a varinha para ele.
— Com que direito você questiona minhas ordens??
O aluno ficara branco como papel e gaguejava.
— B-bom...
— Qual é seu nome?
— Vernon Black!
Morgana de repente deu risada e olhou para ele com um sorriso cinico.
— Você é alguma coisa do Almofadinhas?- neste momento Morgana empalideceu um pouco - O-ou melhor, do assassino Sirius Black?
O aluno respondeu ainda gaguejando, com medo da professora. E não era só ele. O salão todo estava olhando perplexo para a cena que acontecia ali na frente, e todos estavam com temor de olhar para ela. Seus olhos estavam em chamas,e agora ela estavam assustadora com o sorriso cinico no rosto.
— S-sim. Ele "tecnicamente" é meu primo, do segundo grau. Ou melhor, era.
Morgana continuou com o sorriso cinico e falou pausadamente, deixando a desejar que estivesse falando com um deficiente mental.
— Okay! Vo-cê pre-ci-sa a-pren-der a res-pei-tar mi-nhas or-dens! En-ten-deu? Eu sou a di-re-to-ra des-ta ca-sa, e por-tan-to man-do em vo-cê! A-go-ra, sai-a de mi-nha fren-te!
O menino saiu correndo e foi para os dormitórios. Ninguém ousou falar nada, e Morgana andou em direção a porta.
— Boa Tarde!
A porta se fechou e todos começaram a comentar, uns dando risadas, outros temerosos, o episódio.
Scorpius sentiu que não poderia se aguentar mais se ficasse lá em baixo, e então subiu correndo para o dormitório. Deu graças a Deus que não tinha ninguém, e deitou na cama. Seus olhos começaram a se encher de lágrimas. Ele não estava acreditando ainda. Como? Como minha mãe pode ter morrido???? COMO? E meu pai? onde ele está? onde? Ele gritou, gritou. De desespero, de raiva, de ódio de quem tinha feito isto, de medo. Chorou, chorou. E quando Alvo subiu para o dormitório seguido de Gabryl, ele estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, estava com raiva de todos. Queria se fechar em um casulo e nunca mais sair. Alvo olhou tenso para o dormitório. O quarto todo estava em tamanha desordem. Livros para todos os lados, travesseiros despedaçados e então Gabryl entrou atrás dele.
— Onde está o Scorpius? O que aconteceu aqui?
Alvo colocou a mão nos labios.
— Scorpius? Cadê você?
Scorpius estava encostado na parede perto da janela. Estava com a cabeça entre os joelhos e quando os meninos viram ele levantar a cabeça, se espantaram. Ele estava pálido, parecia cansado, e seu nariz estava sangrando.
Alvo correu até ele, vindo atrás o Gabryl.
— O que houve aqui Scorpius? Você está bem? O que houve com você?
Gabryl colocou a mão no braço de Scorpius, e Scorpius a empurrou. E falou com a voz cheia de arrogância, rispidez e crueldade.
— Não encostem em mim! Não cheguem perto de mim!
Os meninos recuaram assustados e Gabryl falou apreensivo.
— O que está acontecendo?
— Nada que te interesse! Me deixem!!
Alvo cruzou os braços e ficou parado onde estava.
— Só saio daqui se você me falar o que está acontecendo!
Scorpius, com um movimento rápido se levantou.
— Se vocês não querem sair daqui, quem sai sou eu!
Scorpius correu e conseguiu se desvencilhar dos meninos que corriam também atrás dele, tentando para-lo. Desceu as escadas e tropeçou no ultimo degrau, torcendo o pé. Mesmo assim, mancando, correu até a porta e desapareceu pelos corredores, não antes escutar:
— Nós não podemos sair Scorp!Onde você vai?
Scorpius correu pelas masmorras e conseguiu enganar o Fudge, antes Ministro da Magia, agora zelador. Deixou o velho confuso, o azarando com o feitiço F'ondumen, e seguiu para o salão principal, onde não tinha ninguém, passou pelos portões e foi correndo para a floresta proibída. Adentrou na floresta, mesmo temendo a escuridão e se sentou encostado em uma árvore, de costas para a entrada. Ficou ali por um tempo, até que escutou vozes. Apertou mais os ouvidos e percebeu que as vozes estavam vindo para a Floresta. Ficou tenso. A primeira voz era ríspida, fria, baixa, poderosa, e calma, de um jeito bem sinistro. Masculina. A segunda voz era cansada, de uma pessoa velha. Masculina. Scorpius não conseguiu identificar de quem eram as vozes.
— Não chega o que eu fiz no passado, agora é o menino de meu afilhado?
— Eu sei que para você é dificil!Você acha que para mim não é mais dificil que para você? Eu não estou onde deveria estar! Só por causa de você!
Um suspiro.
— Eu sei Professor! O que você quer de mim?
— Eu já te disse Sn - A voz parou por um momento - Quero que você fique de olho nele e nos outros!
Outro suspiro.
— Esta bem! O que digo a ele?
— Nada! Apenas fique perto dele! E, por favor! Seja gentil! O coitado não sabe de nada! Nada mesmo!
— Diferente do outro, eu gosto deste. Tem meu estilo. É claro, filho de quem? Agora, não é justo que ele não saiba de nada! Espero que ele não tenha de morrer como o outro.
— O caso dele é totalmente diferente!
— Não é não! E os pais? os amigos?
— Basta! Cuide dele, e semana que vem, eu quero informações mais uteis... okay?
Um grunhido.
E de repente tudo ficou silencioso como antes.
Scorpius esquecido dos acontecimentos que tanto o afligia, saiu de trás da árvore e procurou pelos donos das vozes. Apenas divisou um vulto subindo para o castelo. Scorpius não foi rápido suficiente para descobrir quem era, mas percebeu que a pessoa tinha passos suaves, e que ela mancava.
Subiu logo atrás, mas foi parado por uma grande sombra.
— O que você está fazendo aqui?
—D-desculpe!Eu estava muito triste e precisava de um lugar sossegado!
— Tudo bem! Por hoje passa!Mas por que você escolheu justo a Floresta? Não escutou o aviso da professora Minerva? Vou te levar até o salão comunal.
Hagrid colocou a mão no ombro de Scorpius, e os dois seguiram andando. Passaram pelo salão principal e Scorpius parou.
— Por quê você parou?
— Meu pai me disse que você era proibido de usar magia, e que mesmo sendo gigante era um tanto frágil. O que você fazia lá embaixo?- Scorpius falou colocando ênfase no "você".
— Eu sou o professor de Tratos de Criaturas Mágicas! Como eu não iria para lá? E outra, eu moro na orla da Floresta!Vamos!
Scorpius ainda desconfiado, deixou-se ser levado pelo Hagrid. E veio em sua mente uma pergunta.
— Hagrid!
— O quê?
— Quem tem uma voz fria, baixa, sinistramente calma, ríspida e que tem um afilhado?
— Do quê você está falando?
— Esquece.
—Você começou, agora termina!
— Eu posso confiar em você? Meu pai, ainda, disse que você era confidente de Harry Potter! É verdade?
Hagrid parou de andar e virou-se para Scorpius, um tanto surpreso.
— Sim! Nossa, eu acho que no fundo seu pai me amava!
Scorpius sorriu com tristeza e parou também.
— Bom, eu fui para a Floresta por quê estava muito triste, e precisava de um tempo sozinho. Mas o que aconteceu depois me espantou.
Hagrid começou a andar novamente.
— Já sei Scorpius. Vá até minha casa quando você conseguir... Eu estarei lá...Aqui não é muito seguro. As vezes as paredes criam ouvidos, o ar cria olhos.
Scorpius concordou rindo, e começou a andar também. Chegaram perto da porta que dava para o salão comunal da sonserina.
—Hagrid, que horas são?
Hagrid levantou a sombrancelha pensativo e foi até uma janela no corredor. Voltou depois de uns segundos.
— O céu está vermelho. Quer dizer que o carro flamejante de Apolo já está indo embora. Então agora é 5 horas e 55 minutos.
Scorpius ficou surpreso.
— Nossa, você é um tanto inteligente Hagrid! E meu Deus! Como o tempo passa!
Hagrid sorriu e chegou perto da porta.
— Agora, vamos, entre... Não quero que ninguém te veja para fora. A não ser quando for falar com Morgana.
— Vo..cê sabe?
Hagrid deu risada.
— Eu sou meio gigante... consigo ver todos no salão principal, e outra, eu escutei ela conversando com o professor D...- Ele ficou vermelho - Eu e minha grande boca. Entre vai! Você já escutou mais do que deveria!
Scorpius sorriu e ficou parado. Falou com uma voz falseta:
— "Você começou, Agora termina!"
Hagrid balançou a cabeça pesaroso e empurrou Scorpius para dentro do salão comunal.
— Depois Sr.Malfoy!
Fechou-se a porta e Scorpius suspirou. Sentou-se na poltrona, perto da lareira e pegou o Jornal que havia na mesa em frente. Ele se assustou com a imensa foto que havia dele junto dos pais na primeira página do Profeta Diário. Por um instante, ficou com raiva e tacou o jornal no fogo.
Uma voz o assustou.
— Você nos deve uma explicação. Ou melhor, varias explicações!
Ele se virou e deu de cara com Gabryl, Rose, e Alvo sentados na escada para o dormitórios.
— Estamos esperando!
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Ai está... como prometido, um capitulo dramático... e cheio de novos mistérios...
beijos..
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