Scorpius Malfoy - Dentes de Sangue escrita por AcsaSwegel


Capítulo 7
Não é possível!


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo um tanto dramático. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/89879/chapter/7

Morgana levantou as duas mãos, na tentativa de acalmar a todos, mas foi em vão. Todos gritavam. Então Morgana levantou a varinha e apontou para a própria garganta:

Sonorus!- Ela pigarreou e mandou um olhar irritado para os alunos- Onde vocês pensam que estão? Aqui não é o circo para vocês ficarem gritando assim! Parecem grifinórias histéricas!- Os alunos a olharam surpresos, e ficaram quietos.

— Muito bem! Será que eu posso diminuir a voz agora? Será que os histéricos e histéricas vão gritar novamente? - Todos balançaram a cabeça e ela fez um gesto com a cabeça- Que bom! Pensei que seria dificil, e que precisaria desenhar para vocês!

Scorpius precisou colocar a mão na boca pra esconder o riso, e por um momento esqueceu dos pais, mas no instante seguinte a professora começou a falar.

Quietus!— Ela esperou uns segundos e começou a falar - Bom, Hoje vocês não vão sair do salão comunal! Entenderam?- Todos concordaram - Bom mesmo! Ocorreu uns imprevistos e como segurança vocês ficarão aqui! O Sr.Malfoy veio conosco pois apenas ele conhecia o lugar onde aconteceu os tristes acontecimentos. Agora vamos cambada! Para o dormitório! - todos gemeram e um aluno alto, que Scorpius desconfiou ser quartanista, falou - Ah, se é só por causa disso, por quê nós precisamos ficar aqui? E hoje é o primeiro dia de aula...e ainda por cima duas horas da tarde! O que fariamos no dormitório agora?

A professora Morgana que estava indo em direção a porta, virou-se com um olhar sinistro e do nada ela estava na frente do menino, apontando a varinha para ele.

— Com que direito você questiona minhas ordens??

O aluno ficara branco como papel e gaguejava.

— B-bom...

— Qual é seu nome?

— Vernon Black!

Morgana de repente deu risada e olhou para ele com um sorriso cinico.

— Você é alguma coisa do Almofadinhas?- neste momento Morgana empalideceu um pouco - O-ou melhor, do assassino Sirius Black?

O aluno respondeu ainda gaguejando, com medo da professora. E não era só ele. O salão todo estava olhando perplexo para a cena que acontecia ali na frente, e todos estavam com temor de olhar para ela. Seus olhos estavam em chamas,e agora ela estavam assustadora com o sorriso cinico no rosto.

— S-sim. Ele "tecnicamente" é meu primo, do segundo grau. Ou melhor, era.

Morgana continuou com o sorriso cinico e falou pausadamente, deixando a desejar que estivesse falando com um deficiente mental.

— Okay! Vo-cê pre-ci-sa a-pren-der a res-pei-tar mi-nhas or-dens! En-ten-deu? Eu sou a di-re-to-ra des-ta ca-sa, e por-tan-to man-do em vo-cê! A-go-ra, sai-a de mi-nha fren-te!

O menino saiu correndo e foi para os dormitórios. Ninguém ousou falar nada, e Morgana andou em direção a porta.

— Boa Tarde!

A porta se fechou e todos começaram a comentar, uns dando risadas, outros temerosos, o episódio.

Scorpius sentiu que não poderia se aguentar mais se ficasse lá em baixo, e então subiu correndo para o dormitório. Deu graças a Deus que não tinha ninguém, e deitou na cama. Seus olhos começaram a se encher de lágrimas. Ele não estava acreditando ainda. Como? Como minha mãe pode ter morrido???? COMO? E meu pai? onde ele está? onde? Ele gritou, gritou. De desespero, de raiva, de ódio de quem tinha feito isto, de medo. Chorou, chorou. E quando Alvo subiu para o dormitório seguido de Gabryl, ele estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, estava com raiva de todos. Queria se fechar em um casulo e nunca mais sair. Alvo olhou tenso para o dormitório. O quarto todo estava em tamanha desordem. Livros para todos os lados, travesseiros despedaçados e então Gabryl entrou atrás dele.

— Onde está o Scorpius? O que aconteceu aqui?

Alvo colocou a mão nos labios.

— Scorpius? Cadê você?

Scorpius estava encostado na parede perto da janela. Estava com a cabeça entre os joelhos e quando os meninos viram ele levantar a cabeça, se espantaram. Ele estava pálido, parecia cansado, e seu nariz estava sangrando.

Alvo correu até ele, vindo atrás o Gabryl.

— O que houve aqui Scorpius? Você está bem? O que houve com você?

Gabryl colocou a mão no braço de Scorpius, e Scorpius a empurrou. E falou com a voz cheia de arrogância, rispidez e crueldade.

— Não encostem em mim! Não cheguem perto de mim!

Os meninos recuaram assustados e Gabryl falou apreensivo.

— O que está acontecendo?

— Nada que te interesse! Me deixem!!

Alvo cruzou os braços e ficou parado onde estava.

— Só saio daqui se você me falar o que está acontecendo!

Scorpius, com um movimento rápido se levantou.

— Se vocês não querem sair daqui, quem sai sou eu!

Scorpius correu e conseguiu se desvencilhar dos meninos que corriam também atrás dele, tentando para-lo. Desceu as escadas e tropeçou no ultimo degrau, torcendo o pé. Mesmo assim, mancando, correu até a porta e desapareceu pelos corredores, não antes escutar:

— Nós não podemos sair Scorp!Onde você vai?

Scorpius correu pelas masmorras e conseguiu enganar o Fudge, antes Ministro da Magia, agora zelador. Deixou o velho confuso, o azarando com o feitiço F'ondumen, e seguiu para o salão principal, onde não tinha ninguém, passou pelos portões e foi correndo para a floresta proibída. Adentrou na floresta, mesmo temendo a escuridão e se sentou encostado em uma árvore, de costas para a entrada. Ficou ali por um tempo, até que escutou vozes. Apertou mais os ouvidos e percebeu que as vozes estavam vindo para a Floresta. Ficou tenso. A primeira voz era ríspida, fria, baixa, poderosa, e calma, de um jeito bem sinistro. Masculina. A segunda voz era cansada, de uma pessoa velha. Masculina. Scorpius não conseguiu identificar de quem eram as vozes.

— Não chega o que eu fiz no passado, agora é o menino de meu afilhado?

— Eu sei que para você é dificil!Você acha que para mim não é mais dificil que para você? Eu não estou onde deveria estar! Só por causa de você!

Um suspiro.

— Eu sei Professor! O que você quer de mim?

— Eu já te disse Sn - A voz parou por um momento - Quero que você fique de olho nele e nos outros!

Outro suspiro.

— Esta bem! O que digo a ele?

— Nada! Apenas fique perto dele! E, por favor! Seja gentil! O coitado não sabe de nada! Nada mesmo!

— Diferente do outro, eu gosto deste. Tem meu estilo. É claro, filho de quem? Agora, não é justo que ele não saiba de nada! Espero que ele não tenha de morrer como o outro.

— O caso dele é totalmente diferente!

— Não é não! E os pais? os amigos?

— Basta! Cuide dele, e semana que vem, eu quero informações mais uteis... okay?

Um grunhido.

E de repente tudo ficou silencioso como antes.

Scorpius esquecido dos acontecimentos que tanto o afligia, saiu de trás da árvore e procurou pelos donos das vozes. Apenas divisou um vulto subindo para o castelo. Scorpius não foi rápido suficiente para descobrir quem era, mas percebeu que a pessoa tinha passos suaves, e que ela mancava.

Subiu logo atrás, mas foi parado por uma grande sombra.

— O que você está fazendo aqui?

—D-desculpe!Eu estava muito triste e precisava de um lugar sossegado!

— Tudo bem! Por hoje passa!Mas por que você escolheu justo a Floresta? Não escutou o aviso da professora Minerva? Vou te levar até o salão comunal.

Hagrid colocou a mão no ombro de Scorpius, e os dois seguiram andando. Passaram pelo salão principal e Scorpius parou.

— Por quê você parou?

— Meu pai me disse que você era proibido de usar magia, e que mesmo sendo gigante era um tanto frágil. O que você fazia lá embaixo?- Scorpius falou colocando ênfase no "você".

— Eu sou o professor de Tratos de Criaturas Mágicas! Como eu não iria para lá? E outra, eu moro na orla da Floresta!Vamos!

Scorpius ainda desconfiado, deixou-se ser levado pelo Hagrid. E veio em sua mente uma pergunta.

— Hagrid!

— O quê?

— Quem tem uma voz fria, baixa, sinistramente calma, ríspida e que tem um afilhado?

— Do quê você está falando?

— Esquece.

—Você começou, agora termina!

— Eu posso confiar em você? Meu pai, ainda, disse que você era confidente de Harry Potter! É verdade?

Hagrid parou de andar e virou-se para Scorpius, um tanto surpreso.

— Sim! Nossa, eu acho que no fundo seu pai me amava!

Scorpius sorriu com tristeza e parou também.

— Bom, eu fui para a Floresta por quê estava muito triste, e precisava de um tempo sozinho. Mas o que aconteceu depois me espantou.

Hagrid começou a andar novamente.

— Já sei Scorpius. Vá até minha casa quando você conseguir... Eu estarei lá...Aqui não é muito seguro. As vezes as paredes criam ouvidos, o ar cria olhos.

Scorpius concordou rindo, e começou a andar também. Chegaram perto da porta que dava para o salão comunal da sonserina.

—Hagrid, que horas são?

Hagrid levantou a sombrancelha pensativo e foi até uma janela no corredor. Voltou depois de uns segundos.

— O céu está vermelho. Quer dizer que o carro flamejante de Apolo já está indo embora. Então agora é 5 horas e 55 minutos.

Scorpius ficou surpreso.

— Nossa, você é um tanto inteligente Hagrid! E meu Deus! Como o tempo passa!

Hagrid sorriu e chegou perto da porta.

— Agora, vamos, entre... Não quero que ninguém te veja para fora. A não ser quando for falar com Morgana.

— Vo..cê sabe?

Hagrid deu risada.

— Eu sou meio gigante... consigo ver todos no salão principal, e outra, eu escutei ela conversando com o professor D...- Ele ficou vermelho - Eu e minha grande boca. Entre vai! Você já escutou mais do que deveria!

Scorpius sorriu e ficou parado. Falou com uma voz falseta:

— "Você começou, Agora termina!"

Hagrid balançou a cabeça pesaroso e empurrou Scorpius para dentro do salão comunal.

— Depois Sr.Malfoy!

Fechou-se a porta e Scorpius suspirou. Sentou-se na poltrona, perto da lareira e pegou o Jornal que havia na mesa em frente. Ele se assustou com a imensa foto que havia dele junto dos pais na primeira página do Profeta Diário. Por um instante, ficou com raiva e tacou o jornal no fogo.

Uma voz o assustou.

— Você nos deve uma explicação. Ou melhor, varias explicações!

Ele se virou e deu de cara com Gabryl, Rose, e Alvo sentados na escada para o dormitórios.

— Estamos esperando!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está... como prometido, um capitulo dramático... e cheio de novos mistérios...
beijos..
Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scorpius Malfoy - Dentes de Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.