A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 33
Capítulo 30 - Outra aposta....


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado na casa de uma amiga, a internet só vai voltar no dia 9, e eu já não aguentava só escrever os capítulos sem poder postar...
Boa leitura.



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Capítulo 30 - Outra aposta....

POV Samantha

– Como foi no Olimpo? - Apolo perguntou assim que eu matearilizei no Acampamento.

Abri os olhos e a compreensão chegou aos olhos dele. Alexia, Roberta e Liv deram dois passos para trás ao verem meus olhos.

– Tão ruim assim? - Apolo voltou a perguntar estendendo a mão para mim.

– O quê você acha? - eu perguntei segurando sua mão enquanto ele me puxava para mais perto.

– Péssimo. - eu falou me abraçando mais forte.

– Acertou.

– Lady Samantha, onde Alexia deveria ficar? - Quíron perguntou interrompendo minha conversa com Apolo.

– Por hora, ela deve ficar no chalé de Hermes como todos os outros até ela ser reconhecida. Mas como já está muito tarde, ela ficará em um dos quartos da Casa Grande. Amanhã ela irá para o chalé de Hermes. - eu falei me separando de Apolo e olhando para minha filha. - Seja bem-vinda ao Acampamento Meio Sangue.

– Obrigada. Seus olhos... - ela falou olhando para baixo.

– Ah, não é nada. - eu falei respirando fundo e me acalmando. Quando voltei a abrí-los eles já não estavam mais vermelhos, tinham voltado ao normal. - Roberta, Liv, vocês devem estar cansadas. Podem ir para suas camas. Alexia, como já está tarde, você irá dormir hoje aqui na Casa Grande. Amanhã você irá para o chalé de Hermes até que seja reconhecida por algum dos deuses.

– E se nenhum deus me reconhecer? - ela perguntou olhando para as mãos nervosa.

– Você será reconhecida, querida. - Apolo falou sorrindo para ela.

– Espero que sim. - ela falou sorrindo de volta.

– Venha, vou lhe mostrar aonde você pode dormir. - eu falei segurando sua mão e a puxando escada acima.

Já tinha conversado com Dionísio e com Quíron e já estava decidido em qual quarto ela iria ficar. Levei ela até ele e expliquei para ela que seria apenas por uma noite que ela ficaria ali, mesmo que depois que eu a reconhecesse ela voltaria a dormir ali.

Depois de tudo resolvido e depois que ela dormiu, eu voltei a descer as escadas e voltei para a sala, onde encontrei apenas Quíron e Dionísio ainda jogando pinochle.

– Onde o Apolo está? - eu perguntei.

– Foi para a praia. - Quíron respondeu.

Saí da casa e fui atrás dele. Precisava falar com ele e estar na presença dele para continuar calma.

– Apolo? - eu o chamei quando o vi deitado na areia com as roupas encharcadas por causa da chuva.

– Já terminou com a Alexia? - ele perguntou se sentando.

– Sim. O que você veio fazer aqui? E por que está na chuva? - eu perguntei me sentando ao lado dele.

– Estou tentando me acalmar. - ele respondeu.

– Se acalmar? - eu perguntei sem entender.

– Sim. Agora que Alexia está aqui, estou vendo que você não vai ter mais tempo para mim. - ele falou olhando para o mar.

– Não seja bobo. Eu preciso de você mesmo que não goste de admitir. - eu falei me apoiando nele.

– Eu sei que você não vive sem mim, Samantha. - ele falou sorrindo maroto.

– Vai ficar aqui na chuva mesmo? - eu perguntei já sentindo meus nervos ficarem rígidos por causa do frio que estava tomando meu corpo.

– Está com frio? - ele perguntou.

– O que você acha? - eu retruquei.

– Vem cá. - ele falou abrindo os braços para mim, fui até ele, mesmo debaixo da chuva, ele ainda era mais quente do que o normal. - A partir de amanhã eu vou poder voltar para o Olimpo para dormir, né? - ele perguntou com os lábios encostados em minha orelha.

– Sim, vai. - eu respondi virando o rosto para encará-lo.

– Você ainda está chateada comigo, não está? - ele perguntou.

– Por...?

– Você sabe. Por causa do que aconteceu antes da formatura. - ele falou fazendo eu olhar para frente e apoiando o queixo em meu ombro.

– Chateada estou. Só espero que a Stacy não tenha engravidado. - eu falei.

– Isso eu não sei lhe dizer. - ele falou rindo.

– Apolo, você me traiu, está pagando uma punição por causa do fato e ainda consegue rir? - eu perguntei me virando para ele indignada.

– Desculpa amor. Não pude evitar, ver você assim com ciúmes... - ele falou segurando meu queixo para me beijar.

Eu bufei mas retribui o beijo. Me soltei dele e fui na direção do mar.

– Venha. - eu o chamei estendendo a mão para ele.

– Poseidon vai querer me matar se eu entrar nos domínios dele sem autorização. - Apolo falou sem aceitar minha mão.

– Eu me entendo com ele depois.

– Vai me proteger da fúria dos mares? - ele perguntou antes de aceitar minha mão.

– Sou capaz disso. - eu falei o puxando para dentro do mar. No mesmo instante que os pés de Apolo entraram em contato com a água salgada do mar, ele começou a se agitar e as ondas ficaram mais altas. Reuni os poderes que eu tinha sobre o mar e ele se acalmou um pouco. - Por favor, Poseidon. O mar também me obedece. - eu falei sentindo o poder de Poseidon aumentar para manter Apolo longe dos domínios dele.

– Vou ter problemas com meu tio? - Apolo perguntou segurando mais forte minha mão.

– Ele que terá problemas comigo. - eu falei e o oceano se acalmou um pouco mais. Puxei Apolo até onde não dava mais pé para nenhum de nós dois. - Já mergulhou sem ter que se preocupar com Poseidon? - eu perguntei me virando para ele.

– Não. Ele sempre me arrasta de volta para a praia. - Apolo respondeu lutando com a corrente.

– Segure-se em mim. - eu falei percebendo a força que ele fazia para continuar ao meu lado. - Respire fundo. - eu falei fazendo uma onda nos empurrar para baixo.

Alguns minutos depois, Apolo já não precisava mais fazer força para continuar ao meu lado. Poseidon tinha parado de tentar levá-lo para a praia e ficamos debaixo d'água por horas.

Uma hora antes do amanhecer, voltamos para a superfície aonde ainda chovia e fazia o mar ficar um pouco mais agitado. Não por causa de Poseidon, mas por causa de Zeus.

– Estamos a qual distância da praia? - Apolo perguntou olhando para os lados e não vendo nada, apenas o mar.

– Vários quilômetros. - eu respondi.

– Tanto assim? - ele perguntou segurando minha mão para não ser levado por uma pequena onda.

– Com medo Apolo? - eu perguntei rindo com a cara de pânico dele. - Quer voltar? - eu perguntei.

– Está ótimo aqui e eu apreciei muito o mergulho, mas não seria ruim voltar. - ele falou.

Sorri em resposta.

– Venha. Vamos arranjar uma carona então. - eu falei antes de mergulhar novamente. Como ele ainda segurava minha mão, ele foi puxado para baixo, para logo depois me puxar para cima.

– Samantha, quanto tempo levaríamos para chegar na praia do Acampamento nadando? - ele perguntou para mim.

– Umas três horas ou mais. - eu respondi.

– Podemos ir nadando? - ele perguntou.

– Por mim tudo bem. Por quê?

– Aposta. - foi a resposta dele.

– Que seria...?

– Se eu ganhar, você vai ter que deixar eu voltar para o Olimpo sem ter que continuar no Acampamento até o final do verão. - ele respondeu.

– Tudo bem. Mas se eu ganhar, você vai ter que continuar no Acampamento até o ano que vem, então. Podendo voltar para o Olimpo apenas para dormir. - eu falei.

– Feito. - ele falou.

– Quando Lyra começar a dirigir o carro do sol por aqui. - eu falei.

– Daqui quanto tempo? - ele perguntou.

– Vinte minutos. - eu respondi.

– Com essa chuva como eu vou saber? - ele perguntou para mim.

– Não vou roubar. Eu te aviso.

– Acho bom. - ele falou me puxando para um beijo.

Voltamos a mergulhar até que os vinte minutos passaram e eu o puxei para a superfície para voltarmos para o Acampamento.

– Pronto? - eu perguntei segurando ele.

– Sabe que sim.

– Então... 3,2,1 vai. - eu falei voltando a mergulhar e indo na direção do Acampamento.

Voltava para a superfície de dez em dez minutos para ver onde Apolo estava e para verificar se ele estava bem.

Quatro horas depois, pude ver a praia do Acampamento. Apolo estava a alguns metros de mim. Voltei a mergulhar e cheguei em cinco minutos em terra firme. Era para Apolo estar logo atrás de mim, mas não estava.

Olhei para os lados procurando por ele, mas nada... Voltei para o mar e tentei encontrá-lo, mas nada...

– Apolo! - eu gritei procurando por ele. - Que merda!

Mergulhei novamente e vi o cabelo loiro dele a alguns metros de distância. Nadei até ele preocupada, com motivo. Ele estava desmaiado e estava afundando. Puxei ele para a superfície e fiz a maré nos empurrar até a praia.

– Seu idiota! Se não ia conseguir, por que apostou? - eu gritei fazendo respiração boca-a-boca nele.

– Porque eu pensei que conseguia. - ele respondeu tossindo um pouco de água.

– Não faça mais isso, ok? - eu perguntei sentindo as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto.

– Ficou preocupada? - ele perguntou se sentando.

– O que você acha? - eu perguntei irritada mas ajudando ele.

– Desculpa.

– Só não faz mais isso. - eu falei abraçando ele com força.

– Nunca mais. Aprendi que o mar pode ser traioeiro... - ele falou rindo e tossindo mais um pouco de água.

– Idiota. - eu falei. - Está cansado? - eu perguntei passando a mão pelo seu rosto tirando os fios molhados que teimavam em cair em seus olhos.

– Um pouco. - ele admitiu me apertando contra si.

– Venha então. Você quase se afogou, é de se esperar que esteja cansado. - eu falei ajudando ele se levantar.

Apoiei ele até a Casa Grande onde Quíron me ajudou a levá-lo para dentro com a ajuda de um campista filho dele, por sinal.

– O que aconteceu com vocês dois? Por acaso entraram no mar? - Quíron perguntou olhando de mim para Apolo.

– Sim. - Apolo respondeu fracamente já deitado na cama.

– Doidos. - Dionísio murmurou saindo do quarto sendo seguido por Quíron.

– Não está cansada? - Apolo perguntou para mim vendo eu fechar a porta e ir até ele.

– Não, mas isso não quer dizer que meus músculos não estejam doloridos depois de ter nadado por horas. Posso me juntar a você? - eu perguntei indicando a cama com a cabeça.

– Será muito bem vinda. - ele falou abrindo os braços e puxando o cobertor para que eu entrasse debaixo dele.

Apoiei minha cabeça sobre o peito dele e ele passou o braço pela minha cintura me mantendo presa à ele.

– Você sabe que perdeu a aposta, não sabe? - eu perguntei de olhos fechados.

– Sei. Mas acho que é melhor ficar junto com você aqui no Acampamento, do que ficar lá em cima só te vendo. - ele falou rindo e me apertando mais.

– Está ficando folgado, Apolo. Lyra está fazendo o que é seu trabalho por causa dessas apostas... - eu falei erguendo a cabeça para encará-lo.

– Ela gosta. E eu não fico parado vendo. - ele respondeu sustentando meu olhar.

– Sei disso, querido. Mas não é certo ela continuar fazendo o seu serviço. - eu falei voltando a deitar sobre seu peito.

– Do que você me chamou? - ele perguntou se sentando e me puxando junto.

– Querido? - eu respondi sem entender a pergunta.

– Estamos parecendo um casal de mortais, Samantha. - ele falou rindo.

– E isso é ruim? - eu perguntei mordendo o lábio inferior.

– Não é ruim, mas não me provoque. - ele falou rindo antes de se deitar novamente.

– Não estou te provocando. - falei deitando.

– Fala de novo? - ele pediu.

– O quê? Querido?

– Uhum.

– Querido... - eu murmurei beijando o pescoço dele.

– Samantha... Não me provoque. - ele falou fechando os olhos.

– Quais seriam as consequências? - eu perguntei continuando a distrubuir beijos pelo seu pescoço e tórax.

– Você sabe bem. - ele falou ainda de olhos fechados.

– Sei? - perguntei deixando meu rosto sobre o dele.

– Samantha... - ele falou quase implorando.

– Depois você me mostra quais são as consequências, mas por hora, descanse. - eu falei beijando de leve os lábios dele e voltando a me deitar sobre seu peito. As mãos dele foram para minha cintura e ele beijou de leve minha cabeça antes que nós dois caíssemos no mundo dos sonhos, deixando Morfeu cuidar de nós...


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Notas finais do capítulo

O capítulo ficou meio meloso...
Os próximos acho que são mais ainda.... *momento spoiler*
Comentem....



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