A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 18
Capítulo 17 - A Escola e um novo Semideus


Notas iniciais do capítulo

Amores, eu saí do castigo. UHULLL!!!
Eu lhes imploro perdão pela demora. *Matem minha mãe.*
Vamos conversar mais lá em baixo.
Boa leitura.



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No Capítulo Anterior...

"- É melhor você torcer para que não seja necessário. - ela falou levantando e subindo as escadas."


Capítulo 17 - A Escola e um novo Semideus

POV Samantha

Ótimo! Apolo perdeu aquela aposta ridícula que ele fez com o Hermes e agora eu também vou ter que pagar pelos erros dele.

Descobrimos que a escola estava sendo reformada e que as aulas ficariam suspensas até que a reforma acabasse. O que significa, que ninguém começou as aulas, e será como se fosse o primeiro dia de aula, o que na verdade é.

Eu e Apolo estamos em nossas formas de adolescentes de 14 anos. Ninguém merece. Hermes manipulou uns humanos e eles mudaram as regras da questão dos quartos, pelo menos nem eu nem ele teremos que quebrar nosso juramento da aposta.

Em cada quarto ficariam dois meninos e duas meninas. Nossa sorte, ou melhor nossa sorte chamada Hermes, fez com que em nosso quarto só ficassem nós dois. (N/A: Não sei o que vocês estão pensando, mas não vai rolar nada entre os dois.)

Já recebemos os horários das aulas que teremos durante o ano, a maioria das minhas aulas serão junto com o Apolo. Pelo menos as aulas de combate faremos juntos. Temos que esperar até o dia seguinte para começar as aulas.

Os próximos 4 anos serão longos...



......

Desde que as aulas começaram, já se passara um ano. As aulas não são tão ruins. As aulas de combate são as melhores. Não é uma aula que apenas uma sala participa, essa aula é a única aula que a escola inteira tem junto. Porque eu e Apolo sabíamos mais que o professor, acabamos nos tornando instrutores na aula.

Estamos voltando para o Olimpo para as férias. Estou com saudades até do Zeus e olha que meu irmão é irritante.

Enquanto estávamos na escola, não mantivemos contato com o Olimpo. Só ficávamos sabendo das coisas realmente importantes e preocupantes. Não tive nenhuma informação sobre o Acampamento mas acho que estava tudo bem por lá, caso contrário eu sentiria algo.

Tínhamos um mês para ficar a par de tudo o que aconteceu durante esse ano.




Um mês depois... De volta às aulas...

Mês passado foi realmente engraçado. Descobrimos, para o desespero de Apolo, que Lyra e Hermes ainda estão namorando, William e Aghata também. Descobri que Ashley está namorando com um deus menor filho de Hefesto e Afrodite, que nem me lembro do nome do garoto.

Quanto ao Acampamento, as coisas estavam normais. A única novidade era que Laís e Felipe (N/A: Capítulo 13. Laís, filha da Afrodite que gosta de uma briga. Felipe, filho de Hefesto irônico e encrenqueiro.) começaram a namorar. Não é surpresa nenhuma, afinal os dois viviam brigando. Já ouviram falar que amor e ódio são divididos por uma linha tênue? Pura verdade.

Tirando essas coisas, nenhuma novidade.

Voltamos à escola, as divisões dos quartos seriam iguais as do ano passado. Ainda faltam 3 anos para essa loucura acabar.

Apolo anda dizendo, que no meio desse ano alguma coisa de diferente vai acontecer. Não sei o que ele quer dizer com isso, mas o deus das profecias e coisas assim é ele e não eu, então não vou discutir.

Voltamos para a rotina sem graça que é na escola no dia seguinte. As aulas, a hora do almoço, o horário de fazer as tarefas, o horário de dormir. Tudo isso recomeçou.

Alguns meses depois, na hora do almoço eu comecei sentir um formigamento nas mãos que já não sentia há algum tempo.

– Apolo. - sussurrei para ele que estava ao meu lado.

– Fala.

– Eu acho que temos um semideus aqui na escola. - eu falei.

– Termina de comer logo. Vamos para o quarto. Não dá pra conversar sobre isso aqui, no meio do refeitório. - ele falou se levantando com a bandeja de comida nas mãos.

Vi ele saindo do refeitório e minutos depois eu estava fazendo a mesma coisa que ele. Fui para a nosso quarto e quando entrei ele já veio pra cima de mim.

– Como assim, um semideus na escola? - ele me perguntou.

– Fale baixo. Estamos no quarto, mas quem passar pelo corredor pode escutar. - eu o alertei. - E respondendo sua pergunta. Sim, um semideus na escola. Eu senti um formigamento nas mãos. O que sempre acontece quando tem um semideus desconhecido por perto.

– Samantha, o que nós vamos fazer? Você sabe quem é o pai ou mãe dele? - ele perguntou.

– Hefesto, eu acho. Não tenho certeza. Como a maioria dos meio-sangues, ele provavelmente não vai se adaptar muito bem aqui. Nós só vamos ficar de olho nele. Vem temos que ir para a aula de combate. - falei o puxando pela mão.

– Samantha, ele deve ser bom na aula de combate, o instinto de batalha nele vai aparecer nas aulas. - ele falou enquanto iamos para a aula.

– Eu sei. Não vamos poder fazer nada em relação a isso, só podemos ficar de olho, nada mais.

A aula correu normalmente, como sempre. Na semana seguinte, o diretor anunciou que depois das férias de inverno teríamos um novo aluno. Nenhuma reação anormal foi vista entre os alunos, mas eu e Apolo trocamos olhares preocupados. No final das aulas daquele dia eu liguei para o Acampamento.

– Quíron? - perguntei quando o telefone parou de tocar.

– Não é Dionísio.

– Dionísio? Samantha. Onde Quíron está? - perguntei.

– Treinando arco e flecha com os pirralhos.

– Quando ele voltar peça para ele me ligar, eu preciso falar urgente com ele.

– Tudo bem.

– Dionísio, é melhor você não se esquecer. O assunto é realmente sério. - falei quase como um rosnado.

– Tudo bem, eu não vou esquecer. - ele falou e eu desliguei o telefone.

Apolo que tinha entrado no quarto no meio da conversa, me olhou questionador.

– Eu liguei para o Acampamento mas Quíron não estava lá no momento, Dionísio quem atendeu. - expliquei.

– Pra quê você ligou para o Acampamento? - ele perguntou sem entender.

– Apolo, eu posso ser a deusa dos semideuses, mas não posso chegar para o novo aluno e falar: "Oi, tudo bem? Então eu sou uma deusa grega, e você é filho de um. Vem comigo. Eu vou te levar para um acampamento onde você vai aprender a sobreviver." - falei irônica e ele começou a rir. - Isso ainda é trabalho dos sátiros, que por incrível que pareça, não tem nenhum aqui nessa escola.

– Então você quis falar com Quíron para ele mandar um sátiro para essa escola? - ele perguntou.

– Sim. Eu ainda sou uma deusa, Apolo. Não posso interferir na hora de levar um novo semideus para o Acampamento.

– Ei, eu sei disso. Nenhum deus pode fazer isso. - ele falou me abraçando. - Vem, já está na hora da janta. - ele disse me puxando pela mão.

Duas horas depois, no horário de fazer as tarefas, um funcionário me chamou dizendo que estavam ligando de casa para falar comigo.

Apolo me olhou sem entender e eu murmurei um "Falo com você depois.", juntei minhas coisas e segui o funcionário até a secretaria. Lá, a secretária me passou o telefone e murmurou algo com cuidado com sua orelha.

– Sim? - falei colocando o telefone na orelha.

– Samantha? O que aconteceu? - Quíron perguntou.

– Nada demais. Só que um semideus vai entrar nessa escola, e não temos nenhum sátiro aqui. - eu falei enquanto manipulava a Névoa, afinal a secretária estava do meu lado.

– Samantha, não tem humanos por aí? - ele perguntou alarmado.

– Quíron, não sou tão doida assim. Estou manipulando a Névoa. Não fico falando sobre sátiros e deuses em qualquer lugar. - falei rindo.

– Então, você quer que eu mande um sátiro para a escola que você está, certo? - ele perguntou para confirmar.

– Sim. Ele entrará na escola depois das férias de inverno. Providencie o sátiro para antes disso. - pedi.

– Tudo bem. Já vou providenciar.

– Ótimo. Quíron eu preciso desligar. Conversamos mais durante as férias. - eu falei e desliguei o telefone.

Como já tinha terminado o horário das tarefas, eu fui direto para o quarto. Sabia que Apolo estaria ali e faria várias perguntas. Eu entrei no quarto e ele estava sentado na cama. Deixei minha mochila no chão, soltei meu cabelo e me sentei na minha cama de frente para ele.

– Então, de onde era a ligação? - ele perguntou desconfiado.

– Do Acampamento. Quíron que estava ligando. - eu respondi me deitando.

– Sátiros?

– Sim. Ele vai mandar um em breve. - eu respondi enquanto ele se sentava ao meu lado.

– Preocupada? - ele perguntou enquanto acariciva meu rosto.

– Não muito. Estou cansada. - falei fechando os olhos.

– Durma. Não temos mais nada para fazer. - ele falou se deitando ao meu lado e me puxando para ele.

Eu me aninhei em seus braços e ele me abraçou. Ficamos ali por algum tempo, até que alguém bateu na porta.

– Mas que Hades! - Apolo falou se levantando enquanto eu ria.

Eu continuei deitada enquanto ele ia ver quem era e o que queria. Minutos depois ele voltou para a cama bufando.

– O que foi? - perguntei me sentando.

– Tudo bem, que nós somos ótimos, comparando com os outros, mas daí já é demais. - ele falou se deitando e me puxando junto.

– Quem era e o que queria? - eu perguntei rindo enquanto descansava minha cabeça em seu peito.

– O coordenador. Ele quer que a gente mostre a escola e ajude o novo aluno a se adaptar na escola. - ele respondeu me abraçando novamente.

– Pelo menos vai ficar mais fácil. - falei, e ele me olhou como se eu fosse louca. - Apolo, assim nós podemos ficar de olho nele, e eu vou poder ter certeza de quem ele é filho. - expliquei.

– Eu sei, mas assim eu vou ter que dividir a sua atenção com ele.

Com essa eu não pude deixar de rir. Comecei a rir e Apolo me olhou como se eu fosse louca.

– Apolo, você está preocupado com isso? - eu perguntei me sentando e ele assentiu. - Bobo. Mas lembre que nós estamos aqui como irmãos adotivos. Você não pode ficar dando uma de ciumento. - falei rindo.

– Samantha, pare de rir. Isso não tem graça nenhuma. - ele falou cruzando os braços.

– Apolo, para de dar uma de bobo. De qualquer jeito nós íamos ficar de olho e ajudar esse semideus. O coordenador só ajudou. - falei como se estivesse conversando com uma criança de 5 anos.

– Tudo bem, você venceu. Vamos mostrar a escola, explicar as coisas e ajudar o meio sangue a se enturmar. Mas por enquanto, eu não tenho que dividir sua atenção com ele, então... Vou aproveitar ao máximo. - ele falou me puxando de novo e começando a beijar meu pescoço.

...

O resto das aulas até as férias de inverno foram normais.

No final de novembro o sátiro chegou na escola. Ele ficaria no mesmo ano que o semideus, ou seja, sétima série.

Voltamos para o Olimpo nas férias e a primeira coisa que eu fiz foi procurar Hefesto. Tinha que saber se o filho era realmente dele.

Fui ao palácio dele, mas ele não estava. A ninfa que me recebeu disse que o deus deveria estar nas forjas.

– Hefesto. - falei entrando nas forjas.

Um ciclope me indicou onde o deus da metalurgia estava, e eu me dirigi para o lugar.

Ele estava debaixo de um carro pink, acho que esse era o carro da Afrodite, mas pelo jeito esse também foi perda total assim como os últimos 30 que ela teve desde a invenção do carro.

– Hefesto. - chamei fazendo com que ele se levantasse.

– Samantha. O que te traz aqui? - ele perguntou realmente surpreso.

– Um semideus que pode ser seu filho. - falei e ele me olhou com mais interesse. - Na escola onde eu e Apolo estamos, assim que as férias acabarem um semideus vai começar estudar lá. A aura dele parecia ser sua ou do Ares, não sei direito. Ainda não tive contato com ele.

Ele continuou me fitando interessado.

– Sabe o nome dele? - ele perguntou pegando um pedaço de metal e criando um mini-autômato.

– Zack Hernandez. - eu falei e ele arregalou os olhos.

– Sim, ele é meu filho. Eu pensei que ele estivesse morto junto com a mãe. - ele falou enquanto brincava com o metal.

– Não sei sobre a história dele, mas sei que ele é adotado. Foi a única coisa que eu descobri. Só vou saber mais depois que ele entrar na escola. - falei.

– Tente descobrir como ele ainda está vivo. - ele pediu.

– Claro. Vou para o Acampamento, nos vemos amanhã no conselho. - falei saindo das forjas e me teletransportando para o Acampamento.

Como sempre, no inverno, o acampamento estava quase vazio. Fui para a Casa Grande e encontrei Quíron e Dionísio conversando com Carlos, filho de Athena. Peguei apenas o final da conversa, mas entendi que era alguma festa que teria no Acampamento e o chalé de Athena que estava organizando. Quando eu cheguei, Carlos fez uma reverência e foi na direção dos chalés.

– Samantha! Já faz um tempo minha senhora. - Quíron falou.

– Olá Quíron, Dionísio. Que festa é essa que eu não sei? - perguntei me sentando na cadeira que estava vaga ao lado de Dionísio.

– Esse ano temos mais campistas durante o inverno e pedimos autorização para darmos uma festa aqui ao invés de irmos ao Olimpo no final do ano. - Quíron explicou. - Esperamos que a senhora também possa vir.

– Farei o possível. - falei sorrindo. - Só vim para ver como estavam as coisas por aqui. Voltarei quando o conselho acabar amanhã. - falei me levantando e me teletransportando novamente para o Olimpo.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é o último que eu tenho pronto.
Eu tinha começado o capítulo 18 a mão, mas eu perdi a folha na escola. *Lado positivo da escola japonesa, eu posso escrever as coisas que ninguém entende. Posso perder as coisas também.*
Então, vai demorar um pouquinho para o próximo sair.
Agora, essa semana, é semana de prova na escola. Como eu acho que já falei antes, eu tenho que estudar o dobro do normal.
Gente, eu espero que vocês tenham gostado do capítulo, eu não gostei muito dele. Mas eu tinha prometido que iria postar, então, aqui está.
Eu vou ficar até a terça da semana que vem sem postar.
Espero que minha demora para postar não tenha feito diminuir meus leitores.