O ensaio transcorreu sem que Manu e Naná se falassem e assim foi durante as duas semanas seguintes. Na escola e nos ensaios Bárbara não desgrudava da catarinense. Na internet elas também não se viam e toda vez que a vocalista ligara a guitarrista não atendera.

Pierrot já começava a ficar desesperada, sem saber como poderia tentar conversar com a amiga.

Depois de muito pensar, resolveu que faria uma última tentativa e animada, foi às compras.

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– Preciso te ver, Naná...

– Não, Manu!

– Por favor! A gente precisa conversar. Você está fugindo de mim desde que voltou...

Helena suspirou. A vocalista tinha razão. Elas precisavam resolver logo esse assunto.

– Tudo bem...

– Estou aqui na praia, no lugar de sempre... Não demora!

A catarinense desligou o telefone e nem se deu o trabalho de trocar de roupa.

Deixou um recado para que a mãe não se preocupasse com o seu sumiço e foi encontrar a escritora.

Foi só avistar a praia para ver que algo estava diferente. Aquela claridade toda não era normal.

A medida que se aproximava, a guitarrista acabou deixando o queixo cair.

Um caminho que levava a um círculo fora traçado com velas e com folhas de palmeiras.

– Gostou da surpresa? – Pierrot perguntou quando a outra chegou até a entrada do “caminho”.

Naná sentiu toda a resolução de terminar de uma vez com aquela situação evaporar e acabou por sorrir encantada.

– Você fez tudo isso pra mim?

– Eu faria qualquer coisa pra te ver sorrindo e me olhando como antigamente. – a garota respondeu seriamente.

Ela estendeu a mão para a mais nova e as duas percorreram o pequeno “trajeto” com as mãos entrelaçadas.

Depois sentaram-se numa bela canga floral e a vocalista pegou duas latinhas de refrigerante, que estavam numa bolsa térmica ao lado delas.

– Quer um canudo? – perguntou solícita.

– Pode ser, obrigada! – a catarinense respondeu sorrindo e limpou a latinha na camisa.

Manu ficou observando como a amiga tomava a sua bebida e acabou percebendo que o jeito que ela sugava o canudo era sexy demais.

Helena sentia o olhar da mais velha em seu rosto, mas não se atrevia a levantar a cabeça e encará-la.

O silêncio só era quebrado pelo barulho vindo do mar.

– Acabou?

– Ahm?

– Acabou o refrigerante?

– Ah, sim! – respondeu a guitarrista entregando a latinha.

Nesse momento seus dedos se tocaram e as duas ficaram com os pêlos arrepiados.

Sem se conter, Pierrot segurou o rosto da amiga e depositou um beijo em seus lábios. Logo as bocas se abriram dando passagem para duas línguas que se exploravam com calma e paciência.

Aos poucos os beijos foram ficando mais profundos e mais quentes e as duas começaram a ficar ofegantes.

– Manu... – murmurou a mais nova tentando se afastar.

– Não se afasta, Naná, por favor! – a outra pediu lhe abraçando com mais força e novamente aprofundando o beijo.

– A gente não deve... – a garota tentou mais uma vez.

– Você quer tanto quanto eu... – a escritora disse enquanto começava a tocar o corpo da amiga, que gemeu com a sensação que aquele toque lhe proporcionava. – Preciso sentir a tua pele colada na minha... – continuou enquanto ia tirando a blusa dela.

A mais nova sentiu a vergonha de expor o seu corpo, contudo a carioca foi lhe despindo sem quebrar o contato dos seus olhos.

Sentindo o desejo lhe dominar, Helena acabou por ir tirando a roupa da outra enquanto seu corpo era tocado e beijado com paixão.

Manu mordiscou o pescoço da mais nova lhe arrancando um gemido alto. Sua boca foi descendo e se concentrou no seio esquerdo, enquanto sua mão acariciava o direito.

– Manu...ella... – gemeu Colombina inebriada de prazer, começando a arranhar as costas da outra.

Pierrot voltou a beijar sua amada e começou a descer suas mãos, acariciando o corpo da garota. Apertou as suas nádegas e pôs uma das pernas na sua cintura, para que seus dedos tivessem livre acesso para preencher a guitarrista. Depois acariciou as coxas e, em seguida, a virilha, querendo torturar a amiga.

– Manu.... – a outra dizia completamente rouca de excitação.

– Pede!

– Manu...

– Pede que eu faço, meu amor.... – sussurrou passando a mão pelo sexo da mais nova.

– Por... favor... – falou com dificuldade. – Me... faz... tua...

A mais velha sorriu e logo enfiou um dedo em Colombina que gemeu na mesma hora e começou a rebolar logo depois.

– Mais, Manu... Mais... – pedia ofegantemente.

A carioca sorriu e introduziu mais um dedo, começando a estimular ainda mais o clitóris duro da catarinense...

A garota começou a tremer e logo gozou demoradamente. A escritora, não satisfeita, introduziu sua língua querendo sugar todo o néctar da sua querida leitora.

Ela continuou lhe chupando até que a mais nova prendeu o seu pescoço com as duas pernas esfregando ainda mais o seu sexo no rosto da mais velha, que logo a penetrou com os dedos também.

Com o duplo estímulo, a catarinense quase gozou novamente, mas Manu percebeu e parou, querendo torturá-la. E assim ficou, a estimulava e depois parava, até que viu que a garota não agüentaria mais e a penetrou com força, fazendo a outra ter um orgasmo maravilhoso.

Manuella tomou os seus lábios beijando-lhe com sofreguidão, querendo que a amiga sentisse o seu próprio gosto.

Em seguida, Helena trocou de posição e com um sorrisinho safado apenas disse:

– Minha vez...

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– Oi, Heloísa! Aqui é a Bárbara. Tudo bem?

– Oi, Babi... Tudo sim e contigo?

– Também... A Naná está por aí?

– Ela saiu com a Manu. – a senhora respondeu.

– Com a Manu? – perguntou surpresa. – Já faz muito tempo?

– Não sei, querida. Cheguei agora pouco e só encontrei o bilhete que ela me deixou... Quer que dê algum recado?

– Pede pra ela me ligar quando chegar, por favor. Boa noite! – disse desligando.

A garota voltou para o quarto e deitou em sua cama. Não estava gostando nem um pouco de saber com quem a namorada estava...