-Ora parece que encontramos o que procurávamos. –Disse um vampiro de cabelos negros, longos e pele azeitonada. –Permita-me apresentar-me. Sou Laurent e estou aqui para acabar com Isabella Marie Swan. Por um acaso seria essa moça de madeixas castanhas? –Olhou para Bella que estava espantada. Edward ficou diante de Bella e olhou com repulsa para o vampiro.

Edward: Melhor ir embora antes que eu o faça desaparecer, senhor Laurent.

Laurent: E você deve ser o meio-irmão de Jasper. Vocês não são tão parecidos, mas a arrogância parece ser um mal de família. Bem senhor Cullen devo avisá-lo que se tentar intervir em minha missão ordenada pelo conselho eu terei de dete-lo. –Laurent fez menção para que os vampiros que o acompanhavam se aproximassem.

Bella: Edward vá embora. Apenas eu estou armada. –Sibilou Bella.

Edward: Não a deixarei só. Dê-me uma de suas armas. –Bella passou uma de suas armas para o vampiro e, quando os vampiros sob o comando de Laurent avançaram, Edward correu para um lado atirando neles. Bella moveu-se para trás de uma arvore atirando nos vampiros, acabou por acertar um. Edward havia acertado dois deles, mas havia muito mais.

“DROGA! São muitos! Minha munição e a de Edward não vão durar muito. Preciso fazer algo!” - Acabou por sair de trás das arvores. Correu pelo bosque sabendo que eles a seguiriam por ela ser o alvo.

Edward: BELLA! –Tentou chama-la ocupado com um vampiro que havia conseguido desarma-lo, mas Bella não o ouviu. Laurent sorriu ao ver a jovem se afastar. Ordenou que um vampiro a seu lado mantivesse Edward ocupado e seguiu com outros sete vampiros até Bella.

Edward: MALDIÇÃO!

...

Laurent: Senhorita Swaaaaan? Onde está? –Olhava atentamente para os lados. Ordenou seus homens a seguir a frente e assim fizeram. Não se surpreendeu ao ver os vampiros sob seu comando morrerem vítimas das balas de prata da arma de Bella.

Laurent: Parece que a subestimei, mas creio que descarregou sua arma neles, não é? –Falava alto sabendo que ela o ouvia de algum lugar daquele bosque escuro. Caminhou até ficar próximo a uma clareira onde era possível ver tudo graças ao brilho mortiço da Lua. Sentiu algo se aproximar, conseguiu se esquivar do golpe desferido por Bella com uma espada feita de prata. Esta não desistiu, atacou freneticamente enquanto Laurent apenas se desviava. Quando a mesma conseguiu produzir um corte no braço do mesmo este conseguiu desarma-la. Jogou-a longe, as costas de Bella se chocaram contra o tronco de uma arvore. Esta levantou cambaleante, viu uma arma nas mãos de Laurent.

Bella: O que é isso?

Laurent: Tem certeza que deseja saber, senhorita Swan? Pois bem eu irei lhe dizer: esta é uma arma cujas balas são feitas de prata. Mas não apenas isso. As balas são recheadas com prata liquida. Imagine o estrago que esse tipo de munição faz em um vampiro? Ter prata correndo nas veias é algo que nenhum vampiro sobrevive, nem o mais resistente deles. –Bella sentia-se fraca, na certa a falta de alimentação adequada assim como sangue a debilitou.

Bella: Sou imune à prata. –Sorriu.

Laurent: Ainda sim não deixarei de atirar em você. –Segurou firmemente a arma.

Edward olhou para a cena. Mesmo sabendo que Bella era de certa forma imune a prata, mesmo sabendo que poderia não dar tempo ele não hesitou: correu até onde Bella estava.

Laurent: Eu te vejo no inferno vampira. –Atirou. Bella fechou os olhos quase sentindo a dor causada pelo impacto da bala, mas mesmo depois de passados alguns minutos e não sentiu nada. Apenas um forte cheiro de sangue. Abriu os olhos para ver Edward diante dela.

Bella: Edwar... –O vampiro tombou para trás e seu corpo teria se chocado ao solo, mas Bella o segurou. Ficou atônica ao ver o ferimento no abdômen de Edward. Ele havia recebido a bala no lugar dela. –Edward... EDWARD! O QUE VOCE FEZ?

Laurent: Ah, que peninha! Eu acertei o Cullen! –Sorriu debochado para a cena diante dele. –Mas foi bem feito para ele. Parece até que eu estava adivinhando que ele faria essa burrice ao vê-lo próximo.

Bella: SEU MALDITO! –Bella fez menção de avançar em Laurent.

Laurent: Se quer salva-lo vampira deveria deixar a disputa comigo para mais tarde. –Bella olhou para Edward. Suas veias pareciam visíveis a cada instante, veias por onde corriam a prata liquida que preenchia a bala. Laurent deixou o local rapidamente despreocupado, sabendo que Bella não o atacaria enquanto Sasuke ainda estivesse vivo.

Bella: Edward... –O abraçou. –MEU DEUS! EU... EU VOU TIRÁ-LO DAQUI!

Edward: Não...

Edward: MAS... –Ela viu sangue sair do canto dos lábios do Cullen, este com os olhos comprimidos pela dor, a respiração ofegante.

Edward: Não... Adianta. Fique... Fique aqui... Comigo...

Bella: EU FAREI ALGO! DIGA O QUE TENHO QUE FAZER!

Edward: Não posso me curar... Como você... Esse ferimento... –Bella o abraçou mais, os olhos rubros da vampira estavam embargados, a face deformada pelo desespero. Olhava diretamente os olhos cor de ocre de Edward. Agora Bella derrubava as primeiras lagrimas. Edward sorriu com aquele ato e como era de se esperar, com muita dificuldade, colheu as lagrimas. –Esse é... Um gesto muito belo de sua parte... Bella.

Bella: Edward... Eu não posso te perder! O que vai ser de mim? Eu não sou nada sem você! –Agora Bella soluçava.

Edward: Eu nunca te contei, mas... Você deve saber... O quanto eu a amo. –Bella congelou com as palavras. –Sempre a amei... Você... Você salvou-me. Eu iria me tornar um monstro, mas você me fez... Me fez ser muito mais.

Bella: Edward...

Edward: Perdão. Eu cheguei a... A ficar feliz com seu infortúnio. Eu sempre a acompanhei... –Edward cospe sangue. –Eu sempre a acompanhei como uma sombra... Eu queria tê-la e quando você se transformou vi isso... Uma oportunidade para te ter. Perdão.

Bella: Shhhhhhh! Eu vou lhe dar sangue... ISSO EU VOU LHE DAR SANGUE! Você vai ficar bom com isso não vai? Se sorver sangue? –Bella pegou a pequena adaga e cortou o pulso. Aproximou o local da boca de Edward, as primeiras gotas de seu sangue caindo no interior da boca do jovem. Era tarde, Bella sabia. –Edward? –A voz embargada queria chamá-lo, mas não parecia ter forças para pronunciar novamente o nome. Ainda deixou o pulso próximo aos lábios de Edward. Ele não se movia, mas estranhamente tinha um sorriso nos lábios. Bella o abraçou, deu um sonoro grito para conter a dor que sentia. Mas nem que passasse o resto de sua existência gritando conteria a dor de perder aquele que fora seu companheiro.