Lacuna Sangria escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 22
Laços fortificados




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Sentia-se bem, um calor a envolvia. Ao abrir os olhos espantou-se, estava abraçada a Edward. Não entendia como ela poderia estar ali ou como ele parou em sua cama. O correto seria deixar a cama evitando o contato, mas teve de admitir que o calor que sentia partindo de Edward era inebriante. Há muito tempo não se deixava ser abraçada ou abraçar alguém, com exceção de Leah e Jacob recentemente. O calor, o perfume, tudo fazia um bem enorme para ela, e vinha de um ser que deveria odiar. Odiar Edward? Edward tinha sido um anjo na vida da Swan. Sem ele ela não seria nada, apenas uma desgraçada a vagar e lamentar sua existência. Edward lhe deu forças e apoio, uma moradia, cuidados. E tudo isso sem receber nada em troca.

 

“É verdade tenho sido egoísta com você, Edward. Você não precisa fazer tanto por mim só por que um dia eu o ajudei.” – Olhou atentamente para a face serena do jovem que ainda dormia. Tateou suavemente o delicado rosto sentindo a maciês da pele.

 

“Não tinha percebido... Ele é tão... Belo.” – Acariciou as madeixas acobreadas e quando Edward se remexeu Bella cessou a carícia. Sentou-se na cama. Estava se sentindo bem melhor, iria treinar.

 

...

 

-Até quando terei de vigiá-la?

 

James: Ela ainda não está pronta. Quando você tiver de fazer algo eu direi. Por hora apenas garanta que ela não seja morta pelos vampiros do conselho vampiresco. Além do mais outro servo meu agirá para a segunda parte do plano.

 

-E qual seria o plano mestre?

 

James: Ela está reclusa. Não entendo por que. Ela precisa continuar matando e para isso contarei com Laurent. Ele fará com que ela volte a matar. Sua alma precisa ser impura para a segunda parte do ritual. Quando a “marca” em seu pescoço aparecer então eu poderei realizar a segunda parte do ritual. Então ELA ressurgirá!

 

...

 

-EU NÃO SEI DE NENHUM JAMES! –Gritava o vampiro já ferido a Bella. Esta mantinha a arma apontada para ele.

 

Bella: Se não pode ser útil eu o matarei mostro miserável! –Apontou a arma para o vampiro.

 

-POUPE-ME! EU NÃO TENHO CULPA DE SER ASSIM! EU NÃO DESEJEI VIRAR UM VAMPIRO! –As lagrimas nos olhos rubros. Bella sentiu um aperto no peito. E quando se deu conta o vampiro, mesmo ferido, fugiu. E Bella seguiu para o palacete antigo onde residia com Edward, mas não chegou a entrar no local. Sentou-se embaixo de uma arvore frondosa e o dia que vinha evitando há tanto tempo finalmente chegou: o dia em que se auto-avaliaria.

 

Enquanto isso Edward terminava de ler o livro LACUNA SANGRIA, mas não encontrou nada que necessariamente ligasse Bella a historia de LACUNA SANGRIA. Pensou em Bella. Havia saído desde manha e não havia retornado.

 

Edward: Já são sete horas... Será que aconteceu algo? –Sentia de alguma forma a presença da jovem. Saiu da casa caminhando pelo pequeno bosque que rodeava a propriedade. Lá estava Bella sentada, olhando para a arma em suas mãos. Aproximou-se cauteloso. Ficou de joelhos diante de Bella que parecia alheia a tudo.

 

Edward: Bella, o que há? Está ferida?

 

Bella: Hoje deixei de matar um vampiro.

 

Edward: Por quê?

 

Bella: Ele implorou pela sua vida. Disse que não tinha culpa de ter se transformado em um monstro.

 

Edward: Sei.

 

Bella: Estive julgando vampiros, mas quem sou eu para fazer algo? Eu deveria matar apenas o responsável pela morte de meus pais, mas... Absorva em minha ira eu eliminei muitos vampiros. Alguns até mereciam, mas outros deveriam ter sido apenas pobres coitados que tiveram a infelicidade de cruzarem com vampiros. Pobres coitados como eu. Não sou ninguém para julgá-los por que sou um mostro tanto quanto eles. –Colocou as mãos pesadamente sobre a cabeça.

 

Edward: Não deveria pensar desta forma. Pense em quantas vidas foram poupadas por suas ações. Quantos vampiros sanguinários deixaram de matar por sua causa! Bella, olha pra mim? –Pegou as mãos de Bella segurando seu rosto fazendo-a olhar para ele.

 

Bella: Edward, eu posso ter matado vampiros bons, vampiros como você e como Rosalie. –As lagrimas deixando os olhos e percorrendo a face. Edward as colheu com os dedos acariciando o rosto feminino. A abraçou.

 

Edward: Não importa mais. Agora temos que sair em busca daquele que possivelmente fez mal a você, James. Pense apenas nisso. – Bella correspondeu ao abraço.

 

Bella: Obrigada Edward. Por tudo. Você é um anjo! – Edward, aturdido com o elogio, afastou-se para ver os olhos castanhos que emitiam um brilho enigmático. E naquele momento a lembrança de ter beijado a vampira o tomou de súbito. Queria experimentar novamente aquela sensação tão prazerosa. Seus olhos fixos nos olhos de Bella.

 

Edward: Bella... Eu...

 

Bella: Quer me dizer algo? – Edward sentiu algo que não soube explicar, a sensação de estar sendo vigiado. Levantou-se olhando para todos os lados.

 

Bella: O que foi Edward?

 

Edward: Estamos cercados!

 

Bella: Como assim? –E ao levantar e olhar envolta, ela viu vampiros.


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