Antes da Aurora escrita por LoaEstivallet


Capítulo 35
Novas descobertas


Notas iniciais do capítulo

Pessoal,
primeiramente, esse cap possui citações que fazem parte de nosso amado livro "Amanhecer" e que pertencem unica e exclusivamente à nossa adorada tia Steph!
E espero que Leiam meu comentário no final do post, pois tem um segundo trailer do meu próximo projeto!
Beijos e curtam bastante!!!!
Não esqueçam dos reviews!!!!!



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BELLA

Estávamos morando em Juneau, Alaska, há quase um ano.

Um ano muito fácil e complicado ao mesmo tempo.

Fácil por que eu não demorei a me adaptar à rotina com seres humanos à minha volta. Sim, porque eu já frequentava a Universidade do sudoeste do Alaska desde pouco depois de nossa mudança. Estava cursando psicologia. E meus irmãos, Emmet e Alice, me acompanhavam nessa jornada diária de superação.

Eles estavam comigo muito mais por precaução do que para manter nosso disfarce. Com Edward tanto tempo ausente, toda a família concordou que eu não deveria ficar completamente sozinha. E também por isso, ainda morávamos na grande mansão que Carlisle havia comprado.

Rosalie e Jasper por opção, permaneciam em casa, com Esme. Rosalie passava a maior parte do seu tempo cuidando de Renesme, que a essa altura aparentava pouco mais de três anos fisicamente, e Jasper dividia seu tempo entre suas pesquisas, que auxiliavam as buscas de Edward e Carlisle, e a educação de minha filha, que amava as tardes com o tio professor. Concordamos que enquanto não tivéssemos uma estabilidade em seu crescimento, ainda acelerado apesar de num nível menos intenso, ela permaneceria em casa.

Difícil porque eu sentia falta de Forks, da rotina simples que havíamos estabelecido até que precisamos nos mudar. E principalmente porque eu sentia muita falta de Edward.

Ele vinha sempre. Às vezes a cada dois meses, às vezes a cada cinco. Variava muito, de acordo com a significância da pista que eles encontravam. Mas nos falávamos sempre, pela internet ou pelo telefone, todos os dias passando cerca de uma hora nos falando, tentando sufocar um pouco da saudade que nos corroía por dentro.

O casamento, ainda sem data definida, havia sido colocado em espera. Ambos percebemos que não haveria clima para festa enquanto não tivéssemos segurança em relação ao desenvolvimento de Renesme.

Eu agora possuía domínio total sobre meu dom. Conhecia bem sua dinâmica, e conseguia expandir ou retrair meu escudo facilmente de acordo com minha vontade. Descobri que conseguia condensa-lo de maneira a se tornar também uma barreira física, que impedia até mesmo ataques corpo a corpo. Treinei muito isso com o Emm, e ria muito todas as vezes que conseguia derruba-lo antes que ele alcançasse um metro em minha frente e fizesse a cara de indignação mais fofa e infantil que eu já havia visto. Ainda não tinha comentado com Edward sobre a possibilidade de lhe abrir minha mente, queria fazer uma surpresa quando tivéssemos mais tempo juntos, para nós dois. Mas de alguma forma essa oportunidade sempre me escapava.

Aquela tarde tudo finalmente mudou.

Eu tinha aceitado fazer algumas compras com Alice, só para me distrair da saudade insuportável que sentia e da preocupação por não estar conseguindo falar com Edward há três dias.

- Melhora essa cara, Bella! – Alice resmungou – Assim eu não tenho ânimo pra comprar...

- Como se seu ânimo para gastar dinheiro com tudo que você já tem de sobra passasse em algum momento, Alice! – Ironizei – Eu estou angustiada com essa falta de notícias...

- Não fique. Eu já te disse, se fosse haver qualquer problema eu já teria visto. Eles estão bem e... – Ela se calou de repente.

- E o que, Alice? O que você está escondendo? Você sabe de alguma coisa!

- Dá pra se acalmar? Você vai ter noticias logo!

- Jura?

- Sim, eu juro. Agora dá pra se concentrar em nossas compras?

- Suas! Mas, você teve alguma visão?

- Bella... – Ela choramingou.

- Tudo bem, tudo bem... Não vou mais te encher. – Falei me rendendo.

- Espero que não...

Depois de horas batendo perna e carregando cada vez mais sacolas, finalmente entramos no porshe de Alice para voltarmos.

Seu celular vibrou quando alcançávamos a pista principal.

- Fala! – Ela atendeu parecendo contrariada.

Obviamente eu podia ouvir a voz do outro lado com clareza, e isso me fez praticamente quicar no banco.

- Onde vocês estão? – Edward perguntou do outro lado, a voz ansiosa.

-Estamos chegando em dez minutos. – Alice respondeu enquanto eu estendia minha mão para pegar o telefone e falar com ele.

- Ok. Sem desvios Alice. – A voz dele soou gravemente, antes do som de encerramento da ligação me alcançar.

Eu fiquei pasma por alguns segundos, enquanto Alice guardava o aparelho em sua bolsa.

- Mas o que... Porque diabos você não me passou o telefone? – Esbravejei.

- Calma Bella... Você já vai falar com ele. – Ela respondeu tranquila, fitando o caminho à nossa frente.

Eu não consegui engolir a indignação.

Eu estava com meu celular na bolsa também, e após uma rápida verificada constatei que o sinal estava perfeito.

Por que depois de três dias sem dar noticias ele ligava para a irmã, aparentemente ciente de que eu estava com ela, sem tentar trocar uma palavra comigo?

Podia sentir a carranca que eu carregava em meu rosto agora. Mas era impossível evitar isso. Até pensei em ligar de volta e questionar, mas meu bom senso assumiu que, se Alice havia dito que logo falaria com ele, provavelmente ela ligaria para casa quando chegássemos, talvez com noticias animadoras, uma perspectiva de retorno mais rápido.

Mantive o pensamento para me acalmar até a entrada da mansão.

Mas a ansiedade voltara com tudo quando atravessei a soleira da porta principal e senti o cheiro único dele.

- Edward? – Chamei, notando a casa completamente vazia.

Encarei Alice em dúvida, e ela sorriu pra mim.

- Eles estão todos no jardim. Era uma surpresa...

Então eu compreendi a falta de comunicação dele e as evasivas de Alice.

Sorri de volta para ela e corri, seguida de perto, para o jardim de Esme.

Parei no alto da pequena escada, no mesmo momento em que Edward, sentado na grama ao lado de uma Renesme muito sorridente, se virou para me encarar.

A distância entre nós foi apagada em um átimo. E antes que eu pudesse pensar em piscar para ter certeza de não estar tendo uma ilusão, Edward já mantinha seus braços firmemente ao redor da minha cintura, seus lábios colados aos meus.

- Eu senti tanto a sua falta... – Sussurrou em meio ao beijo.

Eu apenas rodeei seu pescoço com minhas mãos, prendendo-o fortemente ali.

- Mamãe! Não machuca o papai! – Ouvi Renesme gritar, assustada com nossa postura.

Rimos, nos distanciando um pouco, enquanto ouvíamos as gargalhadas de nossos familiares e as palavras de Esme para nossa filha.

- A mamãe está apenas abraçando o papai querida...  – Ela disse suave, sentando-se ao seu lado.

- Mas parecia que ela estava esmagando ele vovó!

Eu caminhei até ela, um sorriso calmo nos lábios, de mãos dadas com Edward. Só então notando que tínhamos visita.

- Meu amorzinho, a mamãe nunca vai machucar o papai. Só estava com muita saudade, e o abracei um pouco mais forte.

Renesme colou sua mãozinha no meu rosto, me mostrando o que tinha visto.

Eu tinha que concordar que, para uma criança inocente, atracados como estávamos parecia mesmo que travávamos uma espécie de luta. E minha atitude era quase agressiva.

Fiz uma nota mental de ser mais cuidadosa em frente à pequena.

Edward riu, lendo o pensamento de nossa filha e a hesitação em meu olhar.

- Desculpe, florzinha. Isso não vai mais acontecer.

- Pelo menos não na sua frente... – Emmet murmurou.

Lancei-lhe meu olhar mais mortífero, enquanto Rose lhe dava um tapa no ombro, causando mais uma onda de risos. Renesme assentiu sorrindo, alheia ao significado ambíguo do comentário do tio, e pulou no colo de Edward.

- Carlisle! – Corri abraçando o meu pai de coração. Sentia saudades dele também.

- Bella. – Ele correspondeu ao gesto.

Então eu me voltei interrogativamente para os estranhos que nos observavam.

Era um rapaz moreno, muito bonito e jovem, alto com seu cabelo muito preto preso numa longa trança. E apesar de seus olhos castanhos claros, como teca, e o som do seu coração compassado que me alcançava, eu poderia afirmar sem dúvidas, que não era humano.

Uma vampira de pele morena, pequenina, os cabelos ornados numa longa trança assim como a do rapaz, o ladeava, mantendo seus olhos cor de vinho presos a mim. Ambos estavam ao lado de Jasper, que parecia concentrado nos visitantes, enquanto Emmet, abraçado a Rose, fazia uma espécie de proteção intermediada, colocado exatamente no meio entre nós e eles.

- Esta é Huilen e seu sobrinho, Nahuel. – Carlisle os apresentou, ainda abraçado a mim.

O rapaz sorriu timidamente, parecendo me analisar, enquanto a mulher permanecia imóvel.

- Olá. – Cumprimentei intrigada – Eu sou Bella.

Eles assentiram e eu olhei para Edward inquisidoramente.

- Ele é a nossa resposta. – Falou tranquilo.

Eu caminhei até ele e entrelacei nossos dedos, ainda sem entender, até que o rapaz encarou os olhos de Edward numa pergunta muda, que foi respondida com um discreto aceno de cabeça, e ele então se aproximou.

- Minha mãe... Era uma humana, e meu pai era um vampiro. – Ele falou, fitando meus olhos com uma intensidade angustiante – E eu sou um pouco de cada um deles... Assim como sua filha.

A surpresa me emudeceu. Eu queria acreditar que aquilo significava exatamente o que eu pensava que significava, mas precisava ouvir as palavras. Edward apertou um pouco minha mão, como um incentivo à alguma reação de minha parte.

Notei que todos sorriam, e percebi que eu era a última a conhecer os fatos.

- Você... Você é como Renesme? – Consegui perguntar.

- Sim. Sou um híbrido, assim como ela.

Eu ruminei um pouco suas palavras. Híbrido. Renesme era uma híbrida. Uma mistura de raças, uma mestiça.

Mas o que me fez ofegar foi reconhecer que, se ele estava ali, na minha frente, aparentando ter apenas dezessete ou dezoito anos, tão seguro e confiante, é porque ele conhecia a resposta para o enigma que me afligia dia e noite.

A pergunta saiu como um sussurro, pois eu tinha medo da resposta.

- Quantos anos você tem, Nahuel?

E notei que todos aumentaram seus sorrisos, num gesto óbvio de que a resposta traria boas perspectivas.

- Algo em torno de cento e cinquenta anos, nunca me preocupei em contar.

Eu encarei Edward alarmada e subitamente feliz.

- Isso quer dizer que...

- Que nossa filha vai viver... Muito mais do que um humano vive, e provavelmente tanto quanto nós. – Ele respondeu num sorriso.

Eu o abracei esfuziante.

Não haviam palavras para o contentamento que me alcançara. O maior de meus medos, de que nos restasse pouco tempo com nossa única jóia, nossa filha, acabara de ser jogado por terra.

Sim. Renesme viveria conosco, aparentemente, pela eternidade. Teríamos tempo para curti-la, para conviver calmamente ao seu lado, aproveitar cada pedacinho de sua vida, fazer parte de suas escolhas. Nada poderia me fazer mais feliz.

Uma questão me assomou, por pura curiosidade.

- Nahuel... Quando você alcançou a maturidade?

- Cerca de sete anos após meu nascimento eu já era adulto.

Olhei para Renesme no colo do pai, alegre e satisfeita. Parecia alheia à revelação que era feita ali, de que seu futuro era garantido e promissor. Mas eu sabia que, de alguma forma, ela alcançava a verdade daquele momento.

- Porque não me avisou que estava voltando? E que havia encontrado a resposta? – perguntei a Edward, muitas horas mais tarde, quando estávamos sozinhos, caminhando calmamente numa área montanhosa e gélida de Juneau.

- Eu queria fazer uma surpresa... – Respondeu com um dar de ombros – Parece que fui bem sucedido.

- Sim, foi. – Me aproximei de seu corpo, elevando meus pés às pontas para alcançar-lhe os lábios – Eu amei. Mas por alguns minutos, quando estávamos indo pra casa, eu tive raiva.

Edward sorriu. Ele sabia do que eu falava.

- Alice já sabia de tudo. Eu havia pedido para ela manter o segredo até que chegássemos. Só liguei para apressa-la, pois estava louco de saudades. Mas confesso que quis provocar você... Só um pouco.

- Bôbo. – Falei sorrindo, deferindo-lhe um tapa leve no braço. – Me conte como descobriram sobre eles.

Edward parou e me encarou com seriedade.

- Jasper descobriu sobre o pai dele, sobre sua prática, numa das muitas pesquisas que fez. Ele nos deu a pista, mas nós só desenrolamos tudo depois que descobrimos os locais por onde ele costumava agir, na América do sul. Carlisle tem amigas na Amazônia, e nós as contatamos. Elas nos auxiliaram a encontrar Huilen e Nahuel. E depois que lhes contei nossa história, ele ficou muito curioso em conhecer nossa filha. Ela é a única híbrida com quem ele não tem uma relação parental.

- Existem outros como eles? – Perguntei surpresa.

- Sim. Ele tem duas irmãs, fruto das ações premeditadas de seu pai.

- Premeditadas? Como assim?

- Chega de perguntas por hoje. Depois você conversa com ele e terá suas respostas, senhorita curiosidade. – Edward falou divertido – Vem... Vamos aproveitar que estamos sozinhos e longe de casa. Preciso matar as saudades...

Eu vi, no brilho luxuriante de seus olhos dourados, que ele queria, tanto quanto eu, algumas horas de intimidade para compensar os quatro últimos meses de afastamento, e me rendi aos seus beijos e toques com um pouco de ânsia, enquanto a lua brilhava alta no céu do Alaska.

A companhia de nossos ilustres convidados durou cerca de três meses.

Nahuel parecia feliz e, ao mesmo tempo, contrariado pelo fato de eu ter sobrevivido ao parto de Renesme, diferentemente de sua mãe.

Ele nos contou sua história, a maneira como sua tia fora transformada por ele, logo após seu nascimento, quando tentava ergue-lo do ventre de sua mãe já morta. Como ele descobriu, muitos anos depois, que seu pai havia feito tudo premeditadamente, com o intuito de dar origem a uma nova raça, mais forte. Falou de suas irmãs, que assim com Renesme, não possuía veneno em seu sangue, impossibilitando-as de transformar um humano em vampiro. Falou de suas viagens curtas, sempre próximas ao seu local de origem, de sua preferência por sangue, apesar de se alimentar de comida humana e saber que sobrevive com os dois.

Ao fim de sua visita, Nahuel e Huilen seguiram de volta para suas terras, acompanhados agora por Alice e Jasper, carregando com eles a nossa promessa de visita-los em breve.

Edward, eu e Renesme nos mudamos uma semana depois. A casa, sete quilômetros distante da mansão, já estava pronta e decorada desde nossa chegada ao Alaska. Presente de casamento de Esme.

Obviamente depois disto eu não tive mais dúvidas quanto à realização de nossa festa de casamento. E Alice, empolgada, tomou a frente dos preparativos para o acontecimento dali a um mês.

Edward se matriculou na universidade, no mesmo curso que eu, dando seu jeito para se manter em minhas turmas. Alice e Emmet, sentindo-se isentados da responsabilidade sobre mim, retomaram seus planos e rotinas com seus companheiros.

Numa noite qualquer daquela semana, depois de pegarmos Renesme na mansão após um longo dia de aulas, eu finalmente me sentia preparada para presentear Edward.

Esperei ele colocar nossa filha adormecida em seu quarto e voltar para perto de mim, que já estava deitada em nossa cama.

- Eu tenho uma surpresa pra você. – Falei com um sorriso enigmático.

Os olhos de Edward brilharam como os de uma criança quando ganha um presente.

- O que é?

- Senta aqui. – Falei, batendo no espaço ao meu lado na cama.

Ele fez o que pedi, e eu rapidamente sentei em seu colo, segurando seu rosto em minhas mãos.

- Você sempre quis saber o que eu pensava... Sempre quis ler a minha mente... – Enquanto eu falava, podia ver a compreensão e a ansiedade crescerem gradualmente em sua expressão – Mas nunca pôde porque eu já tinha esse escudo, mesmo sem saber disso. – Pausei, encostando minha testa à dele, enquanto ele sorria, parecendo saber o que eu iria fazer – E então eu descobri que tinha esse dom, e agora, depois de tanto treino, posso manipula-lo.

- Bella... – Ele sussurrou, mas eu o calei.

- Shhh... Apenas... Veja.

Então me concentrei, e retrai o escudo ao máximo, abrindo minha mente para ele.

Pode me ouvir? Perguntei sem falar.

Edward apenas assentiu fechando os olhos em seguida, suspirando fortemente. Imaginei que de surpresa e satisfação.

- As duas coisas... – Sua voz parecia em júbilo, respondendo ao meu último pensamento.

Então eu me foquei nas lembranças.

Recordei a primeira vez em que o vi, meu fascínio. A nossa amizade torta e desconfiada, a descoberta de nossa paixão mútua, nossos momentos a dois antes de nossa primeira separação. Pulei todas as partes dolorosas. Aquele era um momento especial, eu não queria estraga-lo com lembranças tristes. Repassei em minha mente sua volta, a maneira como me senti, a redescoberta do amor... Nossa primeira noite juntos, quando Renesme foi concebida.

Edward ofegou, ecoando a memória daquela noite. Suas mãos apertaram com força minha cintura, e eu sabia que ele me queria agora, como eu o queria.

- Espere... – Pedi, ainda concentrada – Quero te mostrar mais.

Ele se conteve, e eu continuei a vagar por minhas recordações.

Mostrei-lhe minha visão quando acordei depois da transformação, querendo que ele compreendesse que ali eu já sabia que tinha errado, que tinha certeza de que ele era o homem da minha vida. Pensei no fim de tarde na colina, nossa pequena família, quando começamos a nos entender, e depois, quando nos reconciliamos.

Lembrei de cada pequeno momento que tivemos juntos nesse último ano, todas as vezes em que nos amamos e que estivemos a sós em sua vindas para casa.

Finalizei com meus pensamentos acerca de seu retorno definitivo, e das sensações quando o encarei naquela tarde no jardim de Esme.

Edward abriu os olhos e me encarou intenso.

Não falou nada. Nem precisava. Eu podia ler em seu olhar a felicidade que ele sentia agora, por conhecer os fatos pelo meu ponto de vista. Por eu estar permitindo que ele conhecesse um pouco do meu íntimo, e fizesse ainda mais parte de mim.

Espelhei seu sentimento, sabendo que minha satisfação sempre seria fazer feliz o homem que eu tanto amava, que era a minha vida.

Nos beijamos, selando aquele momento tão significativo, onde a última barreira que se mantinha entre nós havia sido transposta.


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Notas finais do capítulo

Mais um trailer do meu próximo projeto.
Para quem perdeu o primeiro, ele está nas notas finais do cap 8(Volta para casa) de MAD!

Espero vocês lá!



Uma decisão impensada pode mudar tudo. Até mesmo o rumo que foi traçado por ela.
Tudo começa com uma atitude inconsequente...

— O que eu quero é que você me leve pra dançar. – Falou, surpreendendo Edward com sua iniciativa destemida.
— Esse é o favor?
—Sim.
— Você pode me esclarecer só um ponto?
— Claro.
— Você quer fazer ciúmes nele?
[...]
— Eu me meti numa fria, cara. – Edward falou com o tom nervoso, passando a mão nos cabelos.
— O que aconteceu?
— Sabe a Bella?
— A noiva, ou melhor, ex-noiva do Jake. Sei. O que tem ela?
— Eu passei a noite com ela.
[...]
— E-eu... Eu não posso. – Sussurrou.
Edward ficou confuso, ainda atordoado pela excitação.
— O que? – Ofegou.
— Eu não posso ficar com você de novo. – Bella falou num fio de voz.
[...]
Pela segunda vez na noite ele presenciava a visão do inferno.
O quarto escuro e o envolvimento dos amantes no ato permitiam que Edward observasse sem ser visto. Mas ele não se demorou na observação. Assim que enxergou o rosto de Bella distorcido de prazer, os olhos fechados sob o corpo do outro, seu estômago se revirou de uma maneira violenta, e ele pensou que fosse vomitar.
Os olhos ardiam com o pranto iminente, mas ele engoliu as lágrimas.
[...]
— Bella! Você está agindo como uma... – Tentou uma palavra menos agressiva – Mulher fácil! Você nunca foi assim. O que aconteceu?
Bella suspirou contrariada com a incompreensão da amiga.
— Você disse que me apoiaria, qualquer que fosse minha decisão.
— Mas eu não sabia que você estava planejando transar com todos os caras da faculdade!
— Eu só transei com dois... – Bella sorriu – Apesar de que, por mim, isso é só o começo.
— O que você está tentando provar? Que pode ser tão galinha quanto o Jacob?


Aguardem fortes emoções, decepções e reviravoltas muito loucas em Inconsequente!



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