Antes da Aurora escrita por LoaEstivallet


Capítulo 20
Nascimento e morte




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JACOB

Um mês e meio.

Esse foi todo o tempo que durou a loucura e o desespero.

Cada dia que eu passei ao lado de Bella desde que nos mudamos para aquela cabana no meio da floresta parecia a realização de um sonho. E o tempo não tornava o amor um lugar comum.

A cada amanhecer que eu acordava ao lado de Bella e olhava nos olhos chocolate quando se abriam, meu sentimento por ela se fortalecia e intensificava. Parecia não caber mais dentro de mim.

Nós não tínhamos um contato físico maior do que os beijos desesperados e os toques carinhosos e contidos, devido ao avanço acelerado da gravidez e da fragilidade dela. Mas meu desejo por ela, toda aquela paixão desvairada, só fazia aumentar.

Eu tinha muito medo de perdê-la.

Seu corpo estava cada vez mais debilitado, e ela mal se agüentava em pé. Aquela criatura que ela gerava estava lhe tirando toda a vitalidade, sugando-lhe a vida. Um vampiro em miniatura, bem como o pai. Tinha raiva dela.

Sabia o quanto era horrível ter esse sentimento por uma criança que ainda nem era nascida, mas o ódio me fazia arder por horas quando Bella gemia de dor durante os movimentos do monstrinho.

Eu daria um jeito de convencê-la a deixar o bebê com o pai.

Claro que estava disposto a me esforçar em ser bom, no caso dela insistir em manter a criança, mas eu realmente achava que ela deveria ficar com os de sua espécie, bem longe de Bella.

Não externei meus pensamentos para não aborrecê-la. Pensei que o melhor momento viria depois que ela estivesse livre do pequeno parasita. Então apenas aguardei.

Naquele dia o doutor esteve em casa, em mais uma consulta demorada e dolorosa.

Tive de segurar Bella enquanto ele fazia todas as averiguações e medições, porque ela não suportava mais o peso de seu corpo sobre as pernas fragilizadas.

– Mais um dia, Bella... Talvez dois... Não mais que isso. – O doutor falou com a voz grave.

– Tem certeza de que ele já está pronto pra nascer? – Bella sussurrou.

– Absoluta, não, porque não pudemos vê-lo na ultrassom para confirmar sua evolução... Mas segundo as medições da circunferência abdominal, você já esta com uma gestação equivalente ao nono mês. Não tenho dúvidas de que a criança nascerá logo.

– Doutor... – Chamei constrangido – Não seria melhor tirar a criança antes que...

– Jake! – Bella me interrompeu.

– Eu quero dizer, fazer um parto cirúrgico... Sei lá... Eu não entendo dessas coisas mas, talvez, se a criança for mesmo mais puxada à natureza do pai, talvez ela seja forte como ele e te machuque quando... – Minha voz foi morrendo ao enxergar a decepção nos olhos dela.

– Jacob tem razão, Bella... Talvez não devamos arriscar esperar por um nascimento natural... Pode ser perigoso para você. Não temos certeza sobre a natureza dominante do bebê... Eu lhe falei sobre as lendas.

– Não importa. Eu posso morrer se for pra meu filho nascer bem. Não quero arriscar uma cesárea. Não temos certeza se ele está pronto... E se tirarmos ele e não estiver na hora ainda? Ele pode morrer, não é?

– Se ele tiver puxado ao pai, será tão imortal quanto... – Murmurei.

– Jacob mais uma vez tem razão – Eu estava começando a gostar daquele Cullen, quer dizer, nem tanto assim – E eu tenho certeza de que está na hora Bella. Acredito que seja esta a opção mais segura.

– Mas Carlisle... – Bella começou.

– Você confia em mim, Bella? – O doutor perguntou com a expressão serena.

– Sim.

– Então me deixe fazer isso.

Bella ficou calada por um instante, parecendo ponderar.

Sentei-a no sofá e a envolvi com um dos braços.

– Bella... Talvez seja mesmo a melhor opção. Por favor... Eu não quero arriscar perder você mais uma vez... – Implorei.

– Vamos fazer o seguinte... Eu espero mais essa noite. Você falou que faltam no máximo dois dias. – Afirmou olhando para o Cullen pai – Então se nada acontecer até amanhã ao meio-dia, eu deixo você fazer o parto como achar melhor.

Carlisle pareceu ponderar também, mas seu olhar tinha uma sombra de evidente preocupação.

– Não gostaria de esperar... Não quero arriscar a sua vida. Mas você é a mãe dessa criança. Tem todo o direito de decidir o que é melhor. Faremos do seu jeito. Mas peço que me deixe vir aqui novamente à noite, para examiná-la mais uma vez, por precaução.

– Tudo bem.

Depois de levar Bella até o quarto e ajudá-la a se deitar, acompanhei o doutor até a porta.

Seth se levantou, grunhindo baixo.

– Pode ficar ai, Seth. Eu vou com o doutor até o limite. Fique de olho em Bella, eu já volto.

Caminhamos em silêncio até a divisa do tratado.

– Doutor, o senhor realmente acredita que a... Criança pode ferir Bella? Eu digo... Na hora de nascer...

– Sim. Eu temo pelo pior, Jacob...

Estremeci com o pensamento de Bella morta.

– Não há nada que eu possa fazer?

– Tente convencê-la a ceder. É nossa melhor chance. Ela está muito fraca. Mesmo um parto cirúrgico pode ser fatal. Preciso agir rápido, mas não sem o consentimento dela.

– Conversarei com ela.

– Eu voltarei à noite. Caso qualquer coisa aconteça, ligue para o meu celular, você tem o número. E se for algo grave, não se atenha a me esperar, siga direto para minha casa.

– Farei isso.

Enquanto ele corria de volta para seu lado das terras, eu pensei que ele era um bom homem, apesar de não ser realmente um homem. Eu até poderia gostar dele, se não fosse, além de meu inimigo natural, pai daquele... Sacudi a cabeça para me livrar do pensamento. Precisava me concentrar em Bella.

Depois de dormir quase toda a tarde, Bella se levantou da cama e caminhou até a sala, onde eu assistia TV com o Seth.

– Jake... – Sua voz parecia assustada – Ligue pro Carlisle.

Ela falou, oscilou, e cairia com a cara e a barriga no chão se não fosse por Seth, que a apoiou com agilidade nos braços, enquanto ela desmaiava.

– Cara, ela tá gelada Jake!

– Bella! Bella responde... Abre os olhos meu amor... Bella! – Gritei enquanto praticamente a estapeava tentando trazê-la de volta.

Seth a deitou no sofá, enquanto eu ligava para o doutor.

Carlisle Cullen chegou em menos de dez minutos. Bella ainda estava desacordada.

Nos preparamos e seguimos para a mansão, eu com Bella nos braços, Seth em meu encalço (devidamente autorizado a transpor a fronteira), e o doutor.

Assim que chegamos eu a transferi para os braços da vampira baixinha, Alice, que voou com ela para o andar de cima.

Apesar da insistência do doutor, eu não entrei. Não me sentia à vontade ou seguro ali, e não queria me encontrar com Edward.

Fiquei à margem da floresta esperando pelas noticias que Carlisle prometeu me trazer assim que a criaturinha nascesse.

Me transformei e esperei, com Seth por companhia.

Em um dado momento, me senti estranho. Algo dentro de mim parecia fugir, escorrer... Sumir.

Estava inquieto, e até tentei controlar a aflição, mas não fui capaz.

Voltei a minha forma humana e marchei decidido até a mansão branca, determinado a saber como ela estava, ignorando os apelos desesperados do garoto-lobo ao meu lado.

Ao entrar me deparei com uma vampira loura e lindíssima. Se não fosse uma sanguessuga até me sentiria atraído. E ela segurava o bebê, enrolado em alguns panos amarrotados.

A criança então tinha nascido...

Tive uma estranha sensação... Como se algo naquela cena me puxasse.

Me sentia hipnotizado... Queria, não, precisava ver o rosto do bebê.

Não!

Me impedi de ir até lá, ou mesmo permanecer na sala. Tinha que saber como Bella estava.

Subi de dois em dois degraus, não me importando se alguém tinha ouvido minha aproximação. Era bom mesmo que soubessem que eu estava ali, assim as coisas seriam mais fáceis.

Nem deu tempo de parar na frente da porta. Carlisle a segurava aberta para mim antes mesmo que eu atingisse o final do corredor.

Lá dentro, o quarto mais parecia um cômodo de hospital, com toda a aparelhagem e tal.

Bella estava lá deitada. Vários tubos ligados ao seu corpo enquanto ela jazia ainda desacordada e mais pálida do que nunca. Ao vê-la não a reconheci mais com aquela urgência que havia antes dentro do meu peito. Percebi que todo o amor por ela não estava mais ali. Minha vontade de estar ao lado dela esvaíra-se completamente. Fitei seu rosto intensamente, enquanto me aproximava. Nada. Só o vazio e o gosto amargo do fim.

Como isso podia acontecer? Eu não a queria mais...

Ainda sentia ternura por ela, e estava compadecido de seu estado, preocupado com sua saúde. Mas nada além disso.

Notei que, ao fundo da sala, Edward me observava com os olhos injetados.

Ele sabia o que eu estava sentindo e pensando. Ele estava me ouvindo agora.

O doutor não estava mais à vista. Éramos só eu, ele e Bella, completamente inconsciente.

– Como você pode? – Perguntou com ódio – Ela está morrendo e você pensa em abandoná-la?

– Eu não pensei isso – Sibilei – E você não tem nada com qualquer coisa que diga respeito a nós dois.

– Eu te avisei Black... Se a magoar... Eu mesmo mato você.

Ignorei-o e me aproximei mais dela.

– Ela está mesmo morrendo, não é? – Perguntei com a voz sufocada.

– Sim – Sua voz era apenas um sussurro torturado – Seu coração está muito fraco... Ela perdeu muito sangue. Apesar de meu pai ter controlado a hemorragia, as chances dela sobreviver são muito poucas.

– Meu Deus, Bella... Porque fez isso consigo mesma... – Sussurrei.

Fiquei ainda alguns minutos ali, buscando respostas às minhas indagações internas. Mas meu coração me pedia para ir embora. Não havia nada mais ali para mim. Estava acabado. Ela iria morrer. Talvez por isso eu sentia como se o amor houvesse sido perdido.

– Ela ainda não está morta. – Ele disse com uma fúria mal disfarçada.

Mas eu não queria continuar ali. Me sentia puxado para longe dela, como se uma força externa me empurrasse para outra direção.

Olhei-a mais uma vez, semi-morta. Senti a compaixão me inundar, e o desejo de ir se intensificou.

Saí do quarto e da casa rapidamente, já me transformando, completamente confuso. De repente me sentia sem chão, sem rumo, perdido. Como se meu sentido de existir estivesse sendo deixado para trás.

Quando alcançava as terras da tribo, Carlisle me chamou.

– Jacob!

Estaquei com Seth ao meu lado.

Pode seguir. Ele não me fará mal. Avisei a ele.

O doutor então aguardou eu voltar como homem em sua direção, para me fazer o pedido.

– Jacob... Bella não suportará por mais tempo. Preciso recorrer ao meu último trunfo. Mas para isso preciso de sua autorização. – Seu tom era grave.

– Como assim?

– Bella só tem uma única chance de continuar a viver... Se tornando uma de nós.

– Vocês não podem fazer isso... O tratado é bastante específico. Se isso acontecer, a trégua acaba. – Falei com seriedade, mas não estava realmente com raiva por ele ter sugerido aquele absurdo. Agora que o conhecia melhor, podia perceber que ele tentava apenas fazer o que acreditava ser o melhor para Bella.

– Eu sei. Por isso estou pedindo autorização a você. Se me permitir isso, o tratado permanecerá incólume. Só estou recorrendo a isso porque é meu último recurso.

Eu pensei no que ele dizia. Sim, ele tinha razão. O que ele me pedia fazia total sentido. Eu não amava mais Bella, e ainda me sentia desnorteado com esse pensamento, mas não queria que ela morresse. Mas ele estava fazendo o pedido à pessoa errada.

– Acho que entendo seu ponto, e até concordo. Mas não é a mim que tem de pedir autorização.

– Sim, é a você. Você é o descendente de Ephraim Black. È a você, e somente a você que devo pedir isso. E se me der permissão, ninguém, nem mesmo Sam Uley poderá contestá-la.

Ele estava certo. Eu era o verdadeiro Alpha. Apenas tinha renunciado àquele poder por não suportar a idéia de controlar o bando. Eu nem queria ser assim. Tinha aberto mão da minha herança para Sam, e não me arrependia disso. Mas Carlisle tinha total razão. Sam nunca contestaria se eu autorizasse aquilo. Não poderia, ainda que quisesse.

– Você pode transformá-la. – Falei seguro de minha decisão. Era a melhor opção para Bella. Na verdade era a única opção. – Tem minha palavra de que o tratado permanecerá intacto.

– Obrigado Jacob.

– Adeus doutor.

Sorrimos amigavelmente um para o outro, tomando nossos caminhos em seguida.

CARLISLE

Assim que entrei no casebre percebi que a hora chegara de fato.

Bela jazia imóvel e inconsciente no pequeno sofá, pálida.

Jacob e o garoto chamado Seth estavam transtornados, mas não havia tempo para tentar acalmar os ânimos. Eu precisava levar Bella o mais rápido possível.

Ao nos aproximamos da casa eu os chamei.

– Alice, desça. Preciso que leve Bella até Edward. – Falei à meia voz – Jasper, vá chamar seus irmãos na floresta, preciso que estejam todos aqui.

Quando chegamos à porta, Alice já estava lá. Pegou Bella nos braços e subiu para minha sala, sem proferir palavra. Seu olhar estava temeroso.

– Jacob, sinta-se à vontade para entrar e esperar em nossa sala. Você e Seth são bem vindos.

– Obrigado doutor, mas prefiro esperar lá fora. – Ele disse com a expressão grave.

– Não se incomode conosco. Estaremos todos no andar de cima. Tem certeza de que prefere ficar longe?

– Sim. Me desculpe se te ofendo, mas não me sinto muito à vontade aqui.

– Eu compreendo. Prometo que lhe trarei notícias assim que puder.

– Estarei aguardando. – Falou enquanto se virava para sair da casa.

Ao alcançar o cômodo, notei que Edward já tinha tudo devidamente providenciado, e ele, Alice e Esme preparavam Bella para a cirurgia.

– Irei até o rio, fazer companhia à Zaniala e explicar-lhe o que está havendo. – Esme falou após deitar Bella na maca.

– Os outros estão voltando. Por favor querida, garanta que Rosalie suba e Emmet vá com Jasper até Seatlle buscar a remessa de sangue no meu lugar. Jasper conhece o intermediário e sabe onde ele estará esperando. Preciso disso com urgência. Não sabemos como será a necessidade alimentar do bebê, precisamos estar preparados.

– Farei isso – Ela disse tocando meu rosto – Não fique apreensivo. Tudo vai ficar bem.

Acenei com a cabeça para ela e fitei Edward no canto mais afastado da sala.

Faremos tudo que estiver ao nosso alcance Edward. Bella ficará bem. Pensei.

– Não tenho certeza disso. – Murmurou com um olhar angustiado.

– Ela vai viver, Edward. Eu sei que vai. Eu vi. – Alice falou segura, enquanto afagava o cabelo de Bella.

Edward não respondeu.

Apenas segurou a ponte do nariz entre os dedos e fechou com força os olhos, expirando pesadamente.

– Bom, vamos começar. – Falei.

A cirurgia foi rápida.

A criança, uma menina de olhos castanhos muito vivos, nasceu bem e se acomodou confortavelmente no colo de Edward, parecendo reconhecê-lo como seu pai. Ele, embevecido, parecia ter esquecido de tudo ao seu redor ao olhar o rosto da pequenina, um sorriso maravilhado nos lábios que o fazia parecer mais humano do que nunca.

Mas no instante em que comecei a suturar Bella, ouvimos seu coração perder duas batidas e esmorecer.

Ela tinha uma forte hemorragia no útero.

– Rosalie, pegue a menina e saia imediatamente daqui. – Falei urgente ao perceber que o cheiro forte já lhe tomava os sentidos.

Rosalie, parada à soleira da porta desde o começo, estremeceu e seus olhos escureceram com o desejo de sangue. Alice, que já dava sinais de fraqueza também, segurou sua respiração, tomou a pequena dos braços de Edward e desceu puxando Rosalie.

Voltei meu olhar para Edward, temendo que ele não conseguisse se controlar.

– Eu estou bem. – Falou entre dentes, claramente tenso – Você vai precisar de minha ajuda.

Com muito trabalho, conseguimos conter a hemorragia, mas Bella ficara extremamente fraca, e ainda estava inconsciente.

– Ela não vai sobreviver. – Edward sussurrou.

– Calma, filho. Vamos observá-la por algumas horas. O quadro está estável agora.

Então ouvi a aproximação silenciosa de Jacob.

Jacob está subindo. Você pode lidar com isso?

– Sim. – Edward respondeu.

Preciso examinar a criança. Subo assim que terminar.

Ele apenas assentiu com a cabeça enquanto eu segurava a porta aberta para Jacob entrar.

Me chame se o quadro se alterar. Pensei já descendo as escadas.

Lá em baixo, Rosalie embalava a menina, enquanto Alice, Esme e Zaniala as observavam.

Havia acabado de examinar a criança e constatar que ela estava bem. Parecia ter herdado características humanas e vampiras meio a meio. Jasper e Emmet chegaram com o sangue a tempo de alimentarmos ela, que reagira negativamente à mamadeira de leite oferecida por Esme. Eu precisava me aprofundar mais nos exames e pesquisar, mas o momento exigia cuidados com Bella.

Me voltei para a escada, com o intuito de subir e verificar a situação dela.

Então Jacob passou velozmente por mim, parecendo não me enxergar ou enxergar a nada mais.

Sumiu pela porta. Ainda pude ouvir o som de sua transformação enquanto subia.

– Como ela está? – Perguntei a Edward quando entrei na sala.

– Seu coração está cada vez mais fraco. – A voz dele era somente um suspiro de dor.

Uma opção me ocorreu.

Antes que fosse possível a meu filho esboçar qualquer reação à minha idéia, eu já estava correndo para alcançar Jacob antes que ele transpusesse a fronteira.

Retornei à casa com a permissão do descendente de Ephraim Black. Bella seria Salva.

Subi diretamente ao cômodo, planejando rapidamente a ação.

Abri uma das gavetas e peguei uma das seringas de metal, ignorando a reação de Edward aos pensamentos em minha mente.

– Não! – Ele rosnou, segurando firme em meu pulso, me impedindo de retirar o veneno.

– Mas Edward, filho, é a única opção... Se eu não fizer isso agora ela morrerá.

Aguardei que ele soltasse meu pulso, mas não aconteceu.

Eu poderia facilmente me desvencilhar de sua mão, mas sondei seus olhos, tentando compreender sua atitude.

– Você não quer que eu faça isso? – Perguntei confuso.

– Não. – Edward respondeu seguro.

– Você quer que eu permita que ela morra? – Questionei alarmado.

Edward me fitou com o olhar duro e insondável, enquanto eu aguardava por sua resposta.


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