Guilty Love escrita por nicky_swan


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO LEITORES!

Né! Eu preciso agradecer a cada um de vocês, por terem tido paciência comigo em 2010, pelas demoras (Gott!) Mas! Farei o possível para que esse ano seja diferente!

Agora a história vai começar a ficar...interessante, se assim vocês preferirem dizer.

Epero que gostem e conversamos lá embaixo! *-*



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» ARIMA POV.¤ «

- Eu não gosto disso – afirmei, sem realmente prestar atenção no que minha mãe falava. Eu fitava atentamente o reflexo daquele rapaz pela vitrine. E o que mais me aborrecia era que ele retribuía, mesmo enroscado naquela mulher.

– Não gosta... – disse minha mãe, com voz desconfiada – Não gosta do que, Arima? – perguntou, sentindo um duplo sentido na minha frase. Só então percebi que eu estava com os olhos deitados descaradamente sobre aquele rapaz e que minha mãe podia ter percebido. Olhei para minhas mãos tremulas. Eu ainda segurava um tecido azul nas mãos.

- Err... eu não gosto disso – levantei levemente a peça, fingindo prestar atenção naquilo – Na verdade, não gosto nada disso – terminei, fitando minha mãe bem nos olhos. Minha expressão era de quem estava cansada de tudo aquilo e ela parecia não compreender a minha reação. A vendedora aparentava estar agitada, creio que por estarmos falando árabe na frente dela... isso devia estar deixando-a desconfortável.

Larguei a peça sobre a pequena estante transparente e segurei o braço de minha mãe.

– Vamos embora? Eu não estou me sentindo bem. – cuspi as palavras, sem pensar. Eu precisava me manter longe daqueles dois.

“Não está passando bem Arima? O que é agora?”

Ela assentiu com a cabeça, agradecendo a vendedora pela paciência e disposição de ter passado tanto tempo conosco. Minha mãe ergueu a alça de sua bolsa, que havia caído, e fez sinal para que eu me juntasse com ela, para nossa caminhada até a saída da loja.

Eis o problema! A saída! A maldita saída estava interditada com dois corpos entrelaçados! Corpos que não deveriam estar ali e muito menos dessa forma!

Será que ela não tem vergonha? Ficar abraçada em plena loja, com esses cabelos castanhos jogados e essa roupa vulgar! Ai, que... que situação! Olha essas sandálias! Esses saltos são altos demais! E essa bolsa? Se orgulha tanto assim de estar usando essa Prada? Sem mencionar o vestido! E eu podia jurar ter visto algo mais em sua ‘comissão de frente’.  Corpo modelado..!

Calma, Arima...respira!

“Deus! O que está acontecendo?”

Estávamos quase chegando neles quando senti meu corpo estremecer. Meu rosto, de repente, ficou gélido, mas não por completo. Eu estava me sentindo estranha, cheia de sensações que eu jamais acreditei poderem fazer parte de mim. Senti algo contornar meus olhos e escorrer até a borda de meu Niqab. Não é possível!

“Uma... lágrima?”

Não! Eu não posso estar chorando! Isso não! 

Levei minha mão,,,,,,,,,, rapidamente até meus olhos, tentando fazer aquela lágrima desaparecer. Ao passar ao lado dele, certifiquei-me de virar o rosto por completo, para que ele não visse que eu estava triste – Eu estava mesmo triste?

Eu não deixaria, jamais, que alguém me visse assim. E ele não seria exceção. Mas afinal, qual é o meu problema? Por que eu estou tão revoltada com tudo e com todos? Eu vim aqui comprar uma roupa e, por que não comprei? O que me fez perder o foco, a atenção? Por que aquele garoto – e o fato dele estar agarrado a uma garota completamente diferente de mim – mexia tanto comigo e me fazia sentir tão diferente?

“Eu vou dar um jeito, isso... isso não pode continuar!”

Essa situação é ridícula! Não posso me permitir ter esses sentimentos. Isso é tão...ocidental!

Olhe para mim! O que eu sou? Seja o que você foi designada pra ser, Arima: uma saudita, mulçumana. Não tente agir como se fosse de outras doutrinas que não te pertencem!

É inaceitável pra mim que eu, por um momento que fosse – por mais que fosse um mísero segundo – possa ter cogitado... ter desejado estar no lugar daquela mulher.


Passamos pelos dois e, por mais que eu tivesse desviado o olhar, eu podia senti-lo me fitando, o que não ajudava em nada em todo o mal estar que eu já estava. Passei reto, caminhando o mais rápido que eu podia – sem que minha mãe percebesse isso – e continuei andando pela rua. Passaria em qualquer outra loja e compraria uma roupa descente... que tivesse totalmente a ver comigo e com o que eu era. E não como aquela garota sem valores!


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Notas finais do capítulo

#tenso

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