O Amor não Tem Fim escrita por Liblika, Mariapaula_ilyr


Capítulo 7
Apaixonado - POV Edward


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o POV Edward como prometido
Obrigada pela sugestão Naty Fofy o/



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POV Edward

 

Andamos de mãos dadas até o centro do parque, então paramos num carrinho que vendia pipoca.

-Doce ou salgada?- perguntei à Bella.

-Hm, salgada.- disse ela enquanto parecia refletir sobre algo. Era frustrante não poder ler os pensamentos dela. Eu podia ler o de todos aqui, menos o dela. Isso com certeza era muito frustrante.

Pedi duas pipocas salgadas à moça e vasculhei minha carteira pegando o dinheiro. Guardei minha carteira  e me virei pra ver Bella. Ela fitava a moça com uma expressão estranha no rosto. Muito gato, pena que não olha pra mim! Vou fazer um charme pra ele me notar., pensou a moça da pipoca. Pude ver a moça fazendo gestos pra mostrar o decote enquanto entregava a pipoca, mas ignorei a. A única pra quem eu tinha olhos hoje era Bella. Paguei a moça, e disse que podia ficar com o troco. Saímos andando novamente enquanto comíamos a pipoca e encontramos um banco vazio no parque.

-Você sempre causa esse efeito?- disse ela estreitando os olhos.

-O que?- perguntei confuso. Sobre o que ela estava falando? Ah, como seria bom que eu pudesse ler sua mente...

-A moça da pipoca dando em cima de você...- disse ela tentando esconder a raiva na voz.

Eu ri levemente. Ela estava com ciúme!

-Nem notei, só tenho olhos pra você.- disse próximo ao seu ouvido. Ela tremeu um pouco, e eu ri novamente. E ela deu um meio sorriso. Ficamos em silêncio por um momento, então ela mudou de assunto.

-Porque quis ser psicólogo? Digo, o que te fez escolher essa profissão?- perguntou ela interessada. Se ela soubesse meu segredo...

-Hm... Gosto de ajudar as pessoas.- Não foi uma mentira,mas também não a completa verdade. Se ela soubesse que escolhi essa profissão principalmente por meu poder, sabia que lendo os pensamentos das pessoas iria me dar muito bem na carreira, mas eu também gosto de ajudar pessoas.

-Interessante.- ela disse.

-E você? O que fazia?- perguntei interessado. E também não via razão nela largar o emprego, mesmo que...

Ela se contraiu e olhou o chão.

-Ah, me desculpe. Eu...- tentei me desculpar. Idiota! Porque eu tive de lembrá-la de tudo.

-Não, tudo bem.- ela tentou sorrir.- Eu era chefe da Spoken.- ela disse sem emoção.

-Uau.- eu disse impressionado. Uma revista muito famosa.

-É...- ela sorriu parecendo se lembrar de algo.

Depois de terminarmos, eu a deixei em seu prédio, e dirigi pra casa o caminho todo pensando nela. Não era possível que esse pouco tempo tivesse me feito fica apaixonado por ela! Mas eu só sabia que estava totalmente apaixonado, pelos olhos verdes profundos que me fitavam, o sorriso que assumia mil expressões...

Me peguei rindo bobamente enquanto esperava o semáforo abrir. Mas eu estava flutuando, flutuando de amor por ela.

O que sempre atrapalhava meus relacionamentos era meu segredo, e poder, ler pensamentos nem sempre é melhor coisa do mundo. As mulheres podem ser muito fúteis e principalmente as que saiam comigo, nunca encontrei alguém com quem suportasse ficar ouvindo seus pensamentos, às vezes me deixava louco. Desde pequeno eu podia ouvir os pensamentos das pessoas, eu tinha medo de contar a qualquer um, então a única que sabe até hoje é minha irmã, Alice.

Então agora, sem conseguir ler nem sequer um pensamento de Bella, aquilo havia e atraído, no começo eu fiquei confuso por não poder ler seus pensamentos, a garota chorando no beco de forma inconsolável, encolhida e desprotegida, e também misteriosa, por ocultar seus pensamentos. Não sabia se era por ela não estar pensando em nada, mas geralmente as pessoas sempre estão pensando em algo o tempo todo. E depois de conhecê-la, simplesmente me apaixonei por seu jeito.

No começo foi muito frustrante não conseguir usar meu poder, extremamente frustrante, e até hoje é, mas penso que isso às vezes é bom.

Ficar com ela me faz me sentir normal, como nunca antes.

Entrei em casa pendurando o casaco e estranhei a luz acesa na sala e a televisão ligada. Quem estaria ai? A única que tinha outra chave era Alice. Na mosca! Ele precisa arrumar essa geladeira! Aqui está!, pensou Alice. Só podia ser a baixinha intrometida da minha irmã. Andei até a cozinha pra ver o que ela estava aprontando dessa vez.

-Edward!- disse alegre deixando o pacote de sorvete e a colher no balcão e vindo me abraçar.

-Alice, o que você está fazendo aqui?- eu perguntei confuso.

-Nossa, nem pra me dizer um oi?!- ela disse brava.

-Desculpe. Oi, é bom ver você.- eu a abracei forte. Alice e eu éramos muito ligados como irmãos.

-Senti saudades também!- ela disse abrindo um sorriso.

Encarei ela vasculhando sua mente. Porque ela estava aqui a essa hora? Será que algo aconteceu?

-Não se preocupe! Eu só estava com saudades, e Jasper viajou, então resolvi fazer uma visitinha pro meu irmão favorito!- ela disse me cutucando.

-Favorito! Claro, eu sou o único.- eu disse sorrindo enquanto bagunçava seu cabelo.

Ela se esquivou, pegando o pote de sorvete e a colher e indo pra sala, enquanto perguntava.

-Eai? Onde você estava? Você devia ter saído do consultório faz tempo.- ela reclamou fazendo biquinho e se esparramando no sofá. Eu me sentei ao seu lado.

-Em um encontro.- eu disse simplesmente enquanto via na TV o programa que Alice odiava.

-Hmmm- ela sorriu maliciosamente.- Quem é a azarada?- ela disse e riu alto. Eu sabia que ela estava brincando.

-Alice, desde quando você assiste isso?- eu perguntei sério. Ela só podia estar tendo problemas. Assistindo ao programa que ela odiava, e comendo sorvete, problemas com certeza. Ela bufou olhando a TV ainda. Vi tudo em sua mente. A briga com Jasper por ela não ter ido ao encontro de 2 anos de casados dele porque ela estava fazendo compras, e a viajem que ele tinha dito antes, e que lhe veio a calhar muito bem pra escapar das brigas.

-Ah, você precisa controlar seu vício por compras, Alice! Bobeira, logo, logo vocês vão se acertar. Eu tenho certeza.

-Acho que sim. Mas não quero falar disso! Me conte sobre seu encontro.- ela desligou a TV e me encarou sorrindo.

-Eu precisava mesmo conversar sobre isso. Você sabe sobre meu poder certo, ler mentes...- eu comecei.

-Desde sempre!- ela riu.

Eu parei pensando em uma maneira de contar a ela.

-Eu não consigo ler os pensamentos de Bella.- eu disse esperando ver sua reação. Ela engasgou no sorvete e eu tive que dar batidinhas em suas costas.

-Sério? Você está perdendo o poder?- ela disse com os olhos arregalados.

-Não! É só com Bella, não sei, sua mente parece ser bloqueada, eu não consigo ler nada, absolutamente nada!- eu disse frustrado.

-Hm.- ela pareceu pensar sobre o assunto.

-Mas isso às vezes é bom, quer dizer, muito frustrante, mas bom, porque eu me sinto normal.- eu disse sorrindo.

-E agora você se apaixona pela garota que você não consegue ler o pensamento, certo?- ela disse presunçosa.

-Total!- eu disse derrotado.- Como posso explicar? Eu estou perdidamente apaixonado por ela! Como nunca antes, Alice.- eu disse deitando a cabeça em seu colo quando ela se sentou.

Alice passou a mão por meus cabelos, e sorriu.

-Own! Meu irmãozinho está apaixonado!- ela disse rindo. Eu ri um pouco.

-É, sério, Alice. Com Bella é totalmente diferente.- eu disse ternamente.

Ela riu mais um pouco.

-Mas, Alice, há outra coisa.- eu disse me levantando e olhando triste pela janela enquanto olhava a rua.

-O que é?- perguntou ela curiosa.

-Ela tem uma doença terminal, Alice. Não acha que possa mudar nada, eu agora já não conseguiria viver sem ela.- eu disse ainda fitando a rua. Vi um garotinho com a mãe comprando na loja da frente.- Mas quando...

-Edward! O que? Ela tem uma doença terminal?- disse Alice assustada.

-É, mas ainda parece muito saudável. Não consigo acreditar que isso possa ser verdade.- eu disse e me virei pra olhar Alice.

-Edward...- ela estreitou os olhos.- Não acha que isso de alguma maneira possa ser bom pra você.- ela disse baixo.

-Não dá mais, Alice. Eu a amo.- eu disse a verdade.

-Mas, Edward, você vai sofrer tanto quando ela se for... E ficar cuidando dela enquanto ela está doente...- ela disse com os olhos ainda estreitos.

-A doença dela não tem sintomas graves, Alice. E, se for pra fazê-la feliz até que, até que ...- eu não consegui terminar a frase.

-Mas e você depois?- ela disse mordendo os lábios.

-Eu não sei. Não posso pensar sobre isso agora, Alice, não posso.-eu disse sentindo meu coração vacilar de dor.

Me vi na cabeça de Alice, ela me imaginou chorando violentamente, sofrendo, era tudo o que ela não queria. Alice desviou o olhar.

-Ok, não vamos falar mais sobre problemas.- ela disse e virou se sorrindo.

-Então, me conte! Como é minha cunhadinha?- ela disse entusiasmada me puxando pra sentar novamente no sofá.

Conversamos o resto da noite até cairmos no sono.


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Notas finais do capítulo

A Marii vai postar o próximo
Beijinhus, e até mais!



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