Tulipas Vermelhas WooSan - Quarteto Flower escrita por MoonnieBoram


Capítulo 2
Capítulo 2 - Extra!


Notas iniciais do capítulo

Resolvi trazer um especialsinho.
Já que faltou explicar algumas coisas, vamos ter essas explicações agora.

Espero que esteja legível.



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Estavam sendo dias difíceis para Wooyoung, estava chegando o dia que o rapaz chamava de "O Aniversário de sua cadeira", basicamente era o dia em que havia perdido o movimento de suas pernas e tinha começado a usar sua cadeira de rodas.

O Rapaz vinha tendo pesadelo diariamente, eram até comuns desde que sofreu o acidente. Antes Hongjoong e Jongho faziam questão de ficar com o amigo, para que ele não se sentisse só com os dolorosos pesadelos. Mas desde que Choi San tinha passado a praticamente morar com Wooyoung e as filhas, há 5 meses, as pequenas não viam problema algum no adorado Tio Sani, até porque ele significava que elas ganhariam mais presentes no dia das crianças, em seus aniversários, e até no natal, era perfeito!

De manhã cedo, San se levantou antes de todos no pequeno apartamento, teve cuidado em não acordar o companheiro, e foi até o quarto onde Naeun dormia sozinha. Era uma cama dentro de um pequeno castelo, San não resistiu quando viu a carinha dela ao pedir a cama e acabou comprando como um mimo a pequena Jung.

O homem tocou o ombro de Naeun, que não demorou a acordar e sair da cama, a pequena deu um beijinho carinhoso na bochecha do tio e correu com suas pequenas perninhas até o quarto onde ficava o cercadinho de almofadas onde a irmã dormia. Ela entrou no cercadinho, enchendo a bebê de beijos até que ela acordasse rindo, a mais velha abriu o cercadinho e correu para a cozinha sendo seguida pela bebê, que engatinhava atrás da irmã. Naeun esperou o tio chegar para subir num banquinho na cozinha e o ajudar a fazer o café da manhã, como vinham sempre fazendo. A Pequena enchia torradas com Nutella, e geléia de morango e pronto, com um copo de leite e estava prontinha para seu dia na escola.

A Pequena Haeun, bebia uma pequena mamadeira de leite quente com a ajuda de San, este que se resumia a apenas um café de manhã, e depois o Choi dava um banho e arrumava a bebê para seu dia na creche, o que desta vez resultou em uma Jung Haeun vestida de tigrinha para a creche. Logo depois San se arrumava e partia para levar as duas para a creche ond ambas ficavam - óbviamente depois de os três darem beijinhos carinhosos no rosto de Wooyoung -.

O florista não demorou muito a acordar depois do namorado e das filhas saírem, o rapaz repetiu o comum processo de ir para sua cadeira de rodas, e ir até a cozinha, encontrando um prato coberto com uma tampa de vidro e um carinhoso bilhetinho, com uma letra desengonçada - que denunciava que San havia ajudado Naeun a escrever -. Achava adorável como as duas aceitaram o relacionamento facilmente, e em como San tinha se acostumado a elas e seus jeitinhos alegres. Já tinha conseguido pegar San dormindo com as duas na sala, depois de Naeun trançar seus cabelos.

Wooyoung olhou o prato, encontrando duas torradas, uma derramava Nutella e a outra geléia de morando, claramente artes de Naeun. O Rapaz comeu ambas, e bebeu um copo de suco, indo se arrumar para descer e abrir a floricultura. Assim que se arrumou, pegou uma bolsinha onde guardava uma parte do dinheiro, tirou um pouco que seria levado para a caixa registradora.

Empurrou as rodas da cadeira para perto das escadas do local, antes, o rapaz descia praticamente escorregando nos degraus mas seu namorado achou perigoso e chamou uma equipe para fazerem uma adaptação para que o amado se locomovesse sem preocupações, e claro que para evitar acidentes com o rapaz.

Wooyoung chegou até a floricultura, arrumou o dinheiro na caixa registradora e rapidamente abriu a floricultura, procurando pegar um borrifador para cuidar das flores, esperou Hongjoong e Jongho chegarem, para continuarem outro dia de trabalho

—Como estão Woo?

—Nada demais, San vem se dado muio bem com as meninas. Eu não esperava isso.

—Naeun e Haeun são muito amorosas, e San dá muito carinho pra elas, então obviamente elas vão retribuir todo esse carinho. Só que com o dobro de amor.

—Elas não foram muito diferentes com você e Jongho né?

—Exatamente, suas filhas são iguaisinhas a você. Fazem todo mundo amar vocês, tão fácil que até assusta.

—Vem cá, você... Recebeu o convite Hong?

O Kim tentou se distrair, arrumando alguns lírios em um vaso, respirando fundo enquanto tentava parecer numa boa com o assunto.

—O de casamento? Ah sim, Yeo me chamou pra ser padrinho... Junto com o Seonghwa.

—Você vai?

—Claro! Yunho e Yeosang são meus meninos, eu nunca deixaria de ir ver o casamento deles.

—Mesmo tendo que aguentar ficar numa boa com o Seonghwa, depois de tudo que aconteceu?

—Foi passado Woo, o "nós" é passado. Não posso deixar de ir me divertir e ver meus amigos serem felizes só porque ele vai estar lá.

Wooyoung preferiu deixar o assunto se encerrar ali, enquanto cuidavam das amadas flores. Como todos os dias, Jongho acabou se atrasando, desta vez culpou o namorado por tê-lo segurado em casa, o que não era impossível de acreditar, já que Mingi era o tipo de namorado carente que odiava ficar sozinho em casa.

Os garotos cuidavam da loja animadamente, enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios. A idosa cliente favorita dos rapazes apareceu, a Sra Lin contumava ir todo santo dia até a floricultura e comprava o mesmo buquê de rosas brancas. Ela dizia que eram para seu marido que estava nas últimas no hospital, e que em seus últimos dias, desejava ver todos os dias suas flores favoritas, e a esposa aatou à ideia, passando a ir todos os dias até a floricultura, para comprar novos buquês. A idosa adorava os rapazes que trabalhavam ali, e achava as duas pequenas, um par de anjinhos. Wooyoung até costumava fazer preços mais amigáveis para a senhora, e sempre desejava o melhor para ela, era difícil imaginar como ela ficaria quando o marido partisse.

Era o comum do dia-a-dia dos rapazes, trabalhavam ali o dia todo, no fim da tarde, Jongho ou Hongjoong iam até a creche buscar as pequenas que ficavam com eles na floricultura, e tudo era fechado quando San chegava de seu trabalho. - Depois de quase um mês de namoro, Wooyoung descobriu que o Choi era funcionário em uma enorme empresa de perfumaria. -

Durante à noite, depois de sentirem a preguiça bater, o casal resolveu pedir comida para jantar. E depois de devidamente alimentados, e de Naeun ter deixado San digno de uma princesa com toda aquela maquiagem. A pequena família se juntou na sala para assistir Coco A Vida é uma Festa, o filme preferido de Naeun e Haeun, e mesmo depois de muitas lágrimas pelo final, não foi difícil ninar as duas e levá-las para suas camas, na volta ao quarto, Wooyoung fez questão de tomar outro calmante para garantir seu sono. San o encontrou na cozinha, e se questionou sobre todos os remédios que vinha pego o rapaz ingerindo durante as noites.

O Choi se aproximou para dar um rápido beijo no namorado, antes de beber um copo de água.

—Até esqueci de avisar, um casal de amigos meus vai se casar. E chamaram a gente, Yeosang implorou para que a Naeun levasse as alianças.

—Ah Claro, vamos levar elas pra comprar as roupas.

—Vai ser tão fofo ver elas com roupinhas pro casamento. A Haeun vai ficar linda com um vestidinho grandinho, até já imagino qual vai ser, tenho que ir com vocês pra escolher os vestidos, Jongho sobrevive a uma tarde segurando a floricultura.

—Porque não chama o namorado dele? Seria bom pra pelo menos ele não ficar sobrecarregado.

—Eu não confio em Song Mingi e Choi Jongho sozinhos na minha floricultura. Não sou louco de fazer isso.

Os dois riram, e foram para o quarto, onde San ajudou o namorado a se deitar na cama, e tomou seu lugar ao lado do amado, o abraçando carinhosamente. Mesmo que ambos amassem as filhas - San já considerava ambas como suas também -, eram poucos os momentos que tinham para si, então qualquer um desses momentos, era tratado como um tesouro para os dois.

—Woo...

—Hm?

—Eu sei que não faria diferença pra mim, até porque eu amo você e as meninas. Mas... Você nunca me contou, como você...

—Como fiquei preso nessa cadeira?

—Se não quiser falar, eu entendo. Não tem que me falar se te incomodar.

—Acho que não tem problemas, na verdade. Está chegando o dia em que tudo aconteceu, então meio que isso me dá pesadelos... Então, acho que te deixar ciente seria até bom.

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O rapaz com seus 21 anos, tinha acabado de fechar um ótimo contrato com um homem. Iria comprar o apartamento em cima, e abriria algum negócio no andar de baixo.

Já faziam mais ou menos 4 ou 5 anos que economizava seu dinheiro, desde mesadas, até os salários de seus empregos, para poder sair da casa de seu amigo. Iria dar liberdade para Hongjoong, e deixar que o Kim finalmente tivesse momentos de paz com seu namorado Seonghwa.

O Jung passeava animado pelas ruas, tudo o que mais queria era a independência de ter sua própria casa, claro que era grato a Hongjoong por tê-lo aceitado em seu apartamento. Mas queria ter sua própria casa, um lugar que podia decorar como quisesse, e onde podia viver sem se preocupar com muito além de onde pediria seu jantar.

Passou em uma lojinha de conveniência para comprar algumas coisas, pensou até em ligar para Jongho para comemorarem. Uma noite sem preocupações, já que no dia seguinte teria toda a preocupação com as decorações e nos móveis da casa. Mas antes que pudesse decidir o que beber, seu celular tocou e ironicamente era Jongho, Wooyoung chegou a pensar que o amigo devia estar lendo seus pensamentos.

—Hey Jong-

—Wooyoung! Onde diabos você tá?

—Eu tô numa loja, estava voltando pra casa do Hong. Porque?

—O Filho de uma puta do Seonghwa, veio jogar na cara do Hongjoong que estava traindo, o Hong está desolado aqui.

Wooyoung quase chegou a questionar se aquilo era de fato verdade ou se Jongho estava brincando consigo, ele tinha visto os dois se conhecerem, via como ambos agiam, e tinha certeza que se amavam incondicionalmente. Porra, na semana anterior Seonghwa tinha lhe pedido conselhos sobre como devia pedir o namorado em noivado, ele via o brilho no olhar do Park quando se tratava de Hongjoong, como aquilo tudo podia ser mentira? Não fazia sequer sentido!

—Fique com o Hongjoong em casa, eu vou tirar essa história a limpo. E torça pra o Diabo ter pena do Seonghwa no inferno, porque eu não vou ter!

O Rapaz deixou as compras, e saiu correndo da pequena loja, sabia o endereço da casa de Seonghwa de cor. E ou o Park estaria ali, ou em algum lugar por perto, já que o caminho não era tão longo até a casa de Hongjoong, inclusive se recordava de ser o principal motivo de Seonghwa ter comprado aquela casa, podia ficar próximo ao namorado.

Assim que chegou na residência, conseguiu a sorte de pegar o Park ainda saindo de seu carro, que estava estacionado na frente do lugar. Wooyoung não pensou duas vezes antes de agarrar o mais velho pela camisa social - provavelmente cara - que ele vestia, e o bater contra o próprio carro.

—Woo-

—Woo, o caralho Park! Que tipo de merda você é pra fazer aquilo com ele?! Tem alguma noção de como ele está agora?!

—Você não sabe, então não tem que se meter!

—Pelo contrário! Ele é meu melhor amigo, que namorou com você por quase 7 anos! E agora ele está em lágrimas porque você é um filho da puta que só se importa com a porra do teu umbigo!

—Você não me conhece!

—EU ACHEI QUE CONHECIA! Achei que podia confiar o meu amigo a você, mas o que você fez, foi e mostrar um desgraçado que usou ele como brinquedo, e fez ele de imbecil. Ele te amou, mais do que tudo, e você tem alguma noção de como quebrou o coração dele?! E Óbvio que não! Porque Park Seonghwa só quer saber do próprio pau né?!

Antes que pudesse retrucar, Wooyoung acertou um soco no rosto do mais velho, o fazendo ir ao chão, e nisso ambos se envolveram numa troca de socos e chutes que chamou a atenção da vizinhança, que começou a sair de suas casas para se surpreender com a cena, dois jovens brigando como se estivessem em um ringue de UFC. Em um momento, Seonghwa conseguiu se desvencilhar das mãos fortes de Wooyoung e se afastou do rapaz, ofegante, ambos estavam feridos, rostos inchados, lábios e sombrancelhas partidas, e só Deus sabia dos roxos por baixo das roupas que os dois usavam.

—Não faz ideia do que eu passei por estar com ele!

—EU NÃO FAÇO IDEIA? E VOCÊ FAZ A MÍNIMA IDEIA DO QUE ELE PASSOU POR VOCÊ?

—Nem metade de mim com certeza!

—Vá se foder senhor sofredor! Ele apanhou do pai e foi posto pra fora de casa quando souberam de vocês! Sabia disso?!

E não, Seonghwa não sabia de nada daquilo, quando se encontrou com o Ex, Hongjoong tinha lhe dito que tinha caído em casa, e sobre a expulsão, o rapaz tinha dito que queria morar só para ser independente de seus pais.

—Que outra? Sabia que Hongjoong odeia comida apimentada? Que ele é alérgico a amendoin? Você sequer sabe qual música ele gosta?

Seonghwa ficou paralisado, havia acabado de notar o quanto não sabia sobre o namorado. - Agora Ex -, céus o quanto havia feito mal a ele. Todas as vezes que insistia para que fossem a restaurantes mexicanos, ou quando pedia refrigerantes de pimenta, e o Kim aceitava com um sorriso.

Com toda a barulheira, um trio de pessoas saiu da casa de Seonghwa, e se assustou com a cena. Duas mulheres foram rapidamente até o portão, mas o rapaz pediu para que não saíssem.

Enquanto o outro pensava, Wooyoung se aproximou, o agarrando novamente. Sentia os olhos cheios pelas lágrimas, e já não sabia se a visão estava turba pelo choro ou pelo inchaço dos socos recebidos.

—Eu confiei em você, que faria meu amigo feliz, que iria protegê-lo e cuidar dele como ele merecia. Eu deixei de amar ele, por que você o fazia feliz. Sabe como doeu ver ele sorrindo bobo e apaixonado pra você, quando eu o amava?

E a cada instante o Park aprendia mais, sequer fazia ideia que em algum momento, Wooyoung havia sido apaixonado por Hongjoong O que significava que ele disfarçava muito bem, já que nunca demonstrava desconforto quando os dois se beijavam em sua frente, chegava a dizer que era fofo.

—Eu abri mão dele, e agora vi o quanto eu errei. Você podia ter sido a pessoa que faria ele feliz pra sempre, mas preferiu quebrá-lo e ser um filho da puta. Eu devia ter ficado com ele antes de você!

Seonghwa sentiu uma raiva crescer no peito, e afastou o rapaz, lhe dando um soco que o empurrou para o meio da rua, enquanto seus pais saiam da casa acomanhados de sua noiva, todos preocupados com seu estado depois de vê-lo no meio daquela confusão.

Enquanto respirava rapidamente, o Park só conseguia pensar em como Hongjoong devia estar, por sua causa. Estava distraído consigo, quando de repente ouviu uma buzina alta e um grito de susto de sua mãe e sua noiva, assim que levantou o olhar, sua respiração parou e não soube por quanto tempo, só correu até a rua quando viu o corpo de Wooyoung jogado no meio da pista, aparentemente fora acertado por um carro 4x4 que vinha pela rua. Seonghwa gritava para que chamassem uma ambulância, apesar de toda a briga e ofensas trocadas, Wooyoung ainda era um amigo precioso, e vê-lo naquela situação, fez o Park soltar lágrimas que sequer sabia que segurava.

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—Acho que uma ou duas semanas depois, eu acordei no hospital, com Jongho e Hongjoong comigo. Depois de todo o choro, eles tiveram que me explicar... Que eu não podia mais andar. Que eu não podia mais mover minhas pernas, permanentemente.

—E o Seonghwa?

—Uns 4 meses depois ele estava casando. Com uma japonesa, Mariko. Se eu não me engano eles tiveram um filho até, deve estar com a idade da Haeun agora. E sinceramente, eu não sei se me seguro se ver ele de novo.

San abraçou o namorado cuidadosamente, beijando seu rosto com carinho. Não podia mentir e dizer que tinha vontade de dar uns belos socos no tal Park também, não apenas pelo namorado, mas por Hongjoong também, não acreditava que alguém poderia fazer aquela maldade com alguém tão doce e gentil como ele, devia ser considerado um crime contra a humanidade.

—E as meninas?

—Que?

—As meninas. Não me disse como conheceu Naeun e Heun.

—Ah sim. Bom, foi uns... 6, ou 7 meses depois do acidente.

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Os três rapazes passaram todo o dia arrumando a nova floricultura de Wooyoung, tinha ficando um bom tempo na casa de Jongho, precisou se adaptar a vida na cadeira novamente. Fora bem difícil, mas necessário, e mesmo depois de o amigo dizer que podia ficar com ele sem problemas, o Jung negou, dizendo que ainda queria ficar em sua casa, e que se acostumaria com seu estado atual.

Na noite, os três estavam cuidando de colocar as flores e coisas nos lugares, Wooyoung sorria todo bobo com as belas flores que tinha ali e venderia, amava flores e plantas, então não pensou duas vezes em antes de abrir uma floricultura. E como bons amigos, Hongjoong e Jongho resolveram trabalhar junto com o rapaz, porque precisavam de um emprego, e porque queriam cuidar do amigo, afinal sabiam como ele estava sensível depois do acidente.

—Cadê as Magaridas Jongho?

—Quer acalmar homem? Eu tô trazendo os Copo-de-Leite!

—Hongjoong! Cadê minhas Tulipas Vermelhas?!

—Eu tô arrumando as Rosas Vermelhas, pode esperar um segundo?

—Ah meu Deus, nesse ritmo não vou conseguir abrir amanhã!

Os dois amigos reviraram os olhos, voltando a seus serviços com as flores, já o dono do lugar, colocava ursos e outras pelúcias em um mostruário perto do caixa, os maiores Jongho colocou no alto, onde só ele pegaria.

Enquanto arrumava um vaso com Alecrim, Wooyoung se assustou com uma cabecinha que passou em frente ao vidro da floricultura. Por um segundo, o Jung chegou a achar que era algum espírito, tinh assistido O Grito com os amigos na noite anterior, e ainda estava afetado pelos fantasmas do fime, por esse motivo os dois amigos ficariam em sua casa, até que se esquecesse do filme e conseguisse dormir sozinho.

Novamente se assustou quando ouvu algo bater no vidro, mas mesmo apavorado, o rapaz empurrou a cadeira para a entrada da floricultura, se surpreendendo ao encontrar uma menininha do lado de fora, parecia molhada pela chuva, não devia ter mais de 3 anos, e empurrava uma caixa. Em completo pavor, Wooyoung abriu a porta, o que chamou a atenção de Hongjoong e Jongho, que se aproximaram se surpreendendo com a imagem da criança na porta.

—Oi anjinho... Como é seu nome?

—Naeun, e aqui é a minha irmã.

A menina tirou um pano velho que cobria a caixa, mostrando uma pequena bebê, que naquele momento abriu um sorriso para Wooyoung, e estendeu as mãos gordinhas para o rapaz.

—Cadê os pais de vocês?

—Não sei, eles disseram só que era pra ser boasinha e ficar com a Ha no beco. Eu sou ruim tio? Eu só quero mostrar algumas flores pra ela tio, eu posso?

—Não meu bem, não é ruim, vem entra, temos que secar você e a sua irmã. Depois podem ver todas as flores que quiserem tudo bem?

Naquela noite, os três rapazes deram um banho e vestiram as duas crianças com camisetas de Wooyoung, ele entendeu que as meninas haviam sido abandonadas. E mesmo revoltado com a covardia de pensar em alguém ter coragem abandonar aquelas duas anjinhas, o Jung se concentrou em cuidar das duas. E não negaria que achou lindo, quando estava com a pequena Haeun em seus braços, e a irmã passou a correr pela floricultura, querendo mostrar todas as flores para a irmãsinha bebê. Era muito fofo de ver.

Nesta noite, Wooyoung decidiu que talvez ser pai, não fosse ser tão difícil.

Não demorou para as pequenas se acostumarem com os tios, e Wooyoung lembrava com clareza, do aniversário de 1 ano de Haeun, quando estavam as duas felizes com os tios, que sorriam bobos vendo as pequenas sorrindo para os presentes que tinham ganho ou as risadinhas de Naeun e Haeun quando percebiam que Mingi era alto e elas podiam ver os outros tio de cima.

Durante o corte do bolo, Haeun batia palminhas rindo, e Naeun sorriu com o grande pedaço que Hongjoong havia cortado.

—Tem que ser do Appa o pedaço!

Todos os adultos travaram com um sorriso bobo, já Wooyoung olhou a pequena, mexendo carinhosamente em seus cabelos castanhos longos.

—O que disse Naeun?

—O Bolo, o Tio Minmin disse que tem que ser especial. Então tem que serr do Appa Woo!

O Jung não resistiu a abraçar as duas meninas, enchendo os rostinhos redondinhos de beijos, ouvindo as risadinhas de ambas.

O aniversário podia ter sido de Haeun, mas o maior presente Wooyoung que havia ganho.


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Os dois homens estavam deitados na cama, e Wooyoung sentia as lágrimas nos olhos, por lembrar do inexplicável sentimento, ao ser chamado de Appa pela primeira vez por Naeun, e hoje Haeun se esforçava para seguir o exemplo da mais velha.

Já San, sorria bobo imaginando como havia sido especial para o namorado ouvir as preciosas filhas o chamando de Appa, e mentiria se não admitisse que estava um pouquinho ansioso para que elas o chamassem do mesmo jeito, afinal já as considerava suas filhas. Mas nunca forçaria algo, estava feliz em ser o amado Tio Sanini para as duas, mas ainda tinha esperança em ser visto como pai para ambas.

O Choi sequer notou que ficou muito tempo pensando no assunto, que quando se deu conta que o namorado havia pego no sono. O que o fez acompanhá-lo nos sonhos que se passaram durante a noite.

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Alguns meses se passaram depois da conversa, e o dia do casamento de Yunho e Yeosang havia chego, San e Wooyoung acordaram cedo, procurando arrumar as duas pequenas, e vetir seus ternos. Era uma confusão para as duas pequenas, Haeun só sabia rir dos tropeços de San enquanto ele tentava ajudar Wooyoung, enquanto fechava o vestido de Haeun que tentav correr pela casa se divertindo por ter o amado Tio correndo atrás de si. Mas em certo momento, San quase comemorou ao conseguir arrumar o vestido na pequena e colocar a tiarinha de princesa em sua cabeça, e teve que correr para ajudar o namorado a arrumar o terno.

—Tenho que pegar o Buquê do Yeo, ele encomendou especialmente comigo.

—Não devia ter feito ontem meu amor?

—O Jongho esqueceu, porque o Mingi disse que tinha sentido que quebrou a unha. E ele saiu correndo pra cuidar do namorado né...

San não teve muito o que fazer além de ajudar o namorado a ir até o andar de baixo, e ele ficou ali em sua cadeira arrumando o buquê que levariam para o amigo. San desceu as pequenas e as colocou no carro, e logo depois ajudou Wooyoung a entrar também. E assim a pequena família, tomou seu caminho para o grande jardim onde a cerimônia aconteceria, Naeun estava toda animada por levar as alianças para os tios que também adorava, eles sempre lhe davam roupas de princesa.

Assim que chegaram, Wooyoung voltou a cadeira e tomou um caminho para a casa que ficava em frente ao jardim, e foi ao encontro de Yeosang, que já estava acompanhado de Jongho e Hongjoong, eram um quarteto desde a época da escola, e todos estavam surpresos por estarem ali para o casamento de um deles. Especialmente Yeosang, que passou tanto tempo negando qualquer investida de Yunho, fora uma longa luta de dois anos, até que o Kan aceitasse os setimentos do bobão de cabelos azuis. Hoje estavam ali, prontos para se unirem para sempre.

—A Naeunie está pronta?

—Não se preocupe, o San treinou ela direitinho.

—E o Buquê?

—Miosótis, do jeito que me pediu.

Jongho apertou os olhos confuso, mesmo trabalhando numa floricultura, ainda não era profissional em todos os significados de flores.

—O que significa um Miosótis?

—Amor Sincero e Fidelidade. E combinam perfeitamente com o cabelo que fez o Yeo se apaixonar, mesmo que hoje o Yunho esteja com o cabelo preto.

Ficaram mais alguns minutos ali, antes de irem para o jardim onde Wooyoung suspirou ao ver Hongjoong indo para o lado de Seonghwa, este que evitava olhar para o homem ao seu lado, e se concentrava no filho, que estava quietinho no colo da mãe, mesmo que preferisse o colo de seu pai, o pequeno Park não era de chorar. Mas Wooyoung percebeu, que ao olhar para si em sua cadeira, era claro a tristeza no olhar de Seonghwa, talvez até um pouco de culpa. Mas o Jung preferiu evitar alguma troca de olhares com o mais velho.

Toda a Cerimônia fora linda, dava pra ver o cuidado que ambos tiveram em deixar ambos os gostos em uma harmonia para a decoração. Com toda aquela cena, San realmente começou a pensar sobre como poderia ser um futuro casamento seu com seu amado baixinho, não demoraria muito para este pedido.

Toda a cerimôna se passou rapidamente, mais do que o esperado. Naeun entregou as alianças com seu sorrisinho de princesa que fez todos morrerem de fofura com a doçura da pequenina, que chegou a rir quando ganhou beijinhos dos amados tios. E logo ela voltou correndo para o colo de Wooyoung, enquanto a pequena Haeun brincava distraída com a gravata de San, e por mais fofo que fosse, o Choi quase agradecia quando as pequenas e gordinhas mãos, afrouxaram a apertada gravata.

Ao fim da cerimônia com o beijo doce de Yunho e seu - agora - marido, Yeosang. Todos foram guiados a um grande salão próximo do jardim da cerimônia, o lugar era bonito e ainda sim, muito bem decorado, tinham flores de Miosótis assim como no buquê que Yeosang levou ao altar. Wooyoung se encostou em uma das mesas e Naeun ficou ao seu lado, do outro lado, San dava sua mão para que a pequena Haeun brincasse com seus dedos, e ela se distraia facilmente com aquilo. Os dois foram acompanhados por Jongho e seu namorado Mingi, e Hongjoong, que se sentou perto de San para distrair a pequena Haeun junto a ele.

Sem que percebessem Seonghwa, sua esposa e seu filho se aproximaram da mesa, o Park respirou fundo, sentindo o olhar ardente de Jongho e Mingi sobre si.

—Eu quis vir, faz tempo que não nos vemos.

Wooyoung queria segurar sua língua, mas era mais forte do que ele.

—Não haja como se fosse surpresa Seonghwa.

—Wooyoung, eu... Sinto muito, pelo que te aconteceu.

—Não! Tudo menos a sua cara de pena pra mim, isso aqui já foi há muito tempo. Eu me acostumei muito bem à minha situação, então não pense em reviver um acidente de tempos atrás.

O mais velho sentiu um incômodo em ter sua fala completamente contrariada pelo rapaz, ainda sentia uma forte amizade pelo Jung mesmo que tivesse certeza que o outro lhe odiava com todas as forças.

Seonghwa sentiu uma mão em seu braço, sabendo que era sua esposa.

—Essa é minha esposa, Park Mariko. E nosso filho, Park Shun.

A Japonesa fez uma leve reverência, e o pequeno Shun riu batendo palminhas ao ver tantas pessoas novas, via tanta gente igual o tempo todo, que quando conhecia pessoas novas o pequeno Park se enchia de felicidade. Todos sorriram gentilmente para a Japonesa e o bebê, enquanto praticamente ignoravam a presença de Seonghwa ali, Mariko se aproximou de Wooyoung, ela sabia um pouco de coreano, o suficiente para conversar um pouco.

Naeun sorriu vendo o bebê que agora procurava chamar a atenção de Haeun, que ironicamente, fazia manha agarrada ao terno de San. Naeun resolveu brincar com o pequeno Shun, que adorava a atenção, e sua mãe achava a interação muito fofa.

—Como se chama pequena?

—Jung Naeun, esse é meu Appa Wooyoung, e meu Appa San, e ela é minha irmã Haeun!

No momento em que a pequena falou, San sentiu seu coração dar um solavanco no peito, o que assustou a pequena Haeun que estava deitada em seu peito. O Choi sorria bobo ao ser chamado de Appa pela primeira vez.

A noite se arrastou, até que San e Wooyoung precisassem ir embora, Haeun já estava em um sono profundo nos braços de seu Appa Wooyoung.

Os dois foram novamente parabenizar Yunho e Yeosang, e logo depois foram para casa. O caminho fora silencioso, San não parava de sorrir, se bobeasse iria sonhar com aquelas palavras à noite, "meu Appa San", céus aora entendia a felicidade de Wooyoung, e o quão inexplicável era explicar o sentimento que tomava seu peito.

Assim que chegaram em casa, as pequenas foram trocadas e colocadas em suas caminhas, San fez questão de dar beijinhos na testa das duas, deixando que elas dormissem depois de um "Appa San ama muito vocês". Logo depois de um longo banho, o casal foi para a cama, e San abraçou Wooyoung gentilmente.

—Está sorrindo tanto, que acho que sua cara está é congelada desse jeito.

—Estou feliz Woo, eu nunca achei que ficaria tão feliz ouvindo Naeun me chamar de Appa! Ela conseguiu fazer minha note, com só três palavrinhas, é surreal.

—Eu sei, me senti igual quando ela me chamou de Appa pela primeira vez. Mas bem, eu disse, ela só precisava de tempo pra te chamar de pai, porque com certeza ela já te via do mesmo jeito.

Os dois se abraçaram novamente, Wooyoung se sentia mais completo, vendo que suas filhas agora viam San como um pai, finalmente sentia seu coração mais completo, talvez aquilo fosse um sinal. Um belo sinal de que ele e San era feitos para dar certo.

—Wooyoung?

—Hm?

—Você... Quer casar comigo?


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