- Jéssica o que acha de vir aqui em casa hoje? Estou querendo preparar um jantarzinho de comemoração.

- Acho maravilhoso. Vamos comemorar o que?

- Fui contratado pelo E!

- Chique em. A que horas quer que eu vá?

- Agora mesmo. Estou ansioso, para comemorar a dois.

- Me dá quinze minutos.

Desliguei o telefone e fui preparar o ambiente, e principalmente, liguei o gravador.

Jéssica devia mesmo estar com vontade de ficar comigo, pois não deu 15 minutos, e ela estava em minha porta.

- Boa Noite meu amor. – Ela me jogou contra a parede, me beijando loucamente.

- Vamos com calma baby. Hoje quero aproveitar cada momento. – Me desprendi e fui pegar o champagne.

- Ual! A proposta deve ser realmente boa, nós nunca tivemos champagne.

- Você nem imagina. – Enchi sua taça. Teria de deixá-la “alegre”, Jéssica era esperta de mais, para ficar falando as coisas.

Depois de jantarmos, peguei morangos e mais bebida. Jéssica já começava a tropeçar.

- Mikezinho, vamos logo lá para cima.

- Calma amor. Nós ainda temos algumas coisas para conversar.

- Conversar? Achei que nós só estávamos aqui para festejar.

- Também. Mas antes eu queria te fazer uma pergunta.

- Pode perguntar.

- Você deixaria sua amizade com Tânia para se casar comigo?

- Eu e você casados?

- Por que não? Agora eu terei um ótimo emprego, e nós nos amamos.

- Não sei. Eu até estou cansada dos joguinhos dela, mas nossa amizade sempre foi forte.

- Que tipos de joguinhos?

- Tipo o que ela está fazendo com Bella. Eu sei que ajudei, mas minha consciência sempre ficou pesada.

- Isso é bem serio. Mas eu achei que vocês só tivessem feito a montagem.

- Doce ilusão. Doce ilusão Mikezinho. Em Paris nós íamos quebrar o salto dela no desfile, mas infelizmente o camarim estava trancado. Lá também contamos aos fotógrafos o hotel que ela estava hospedada. Sem contar que colocamos uma pessoa para vigiá-la todos os dias, e agora por ultimo Tânia tramou todo o acidente.

- Tânia foi capaz de tudo isso?

- Ela é capaz de qualquer coisa para ter a vida de Bella, e principalmente Edward. A já ia me esquecendo, não tem a Heidi? Foi seqüestrada por nós. – Ela caiu na gargalhada, e eu sorri aliviado. Finalmente poderia viver totalmente no glamour.

- Vocês são muito más.

- Que nada. Afinal Bella não morreu.

- Bella era para estar morta? Achei que tudo era para apenas ela perder o bebe.

- Nunca que tramaríamos tudo a troco dela perder o bebe, pois é muito fácil fazer outros. Tânia queria vê-la fora do caminho, e Heidi também.

- Então Tânia tirou Heidi do caminho, para ela acabar sozinha com Bella?Mas afinal quem é essa mulher?

- Uma ex-modelo, e ex-namorada de Edward. Ele era perdidamente apaixonado nela, mas a pegou na cama com outro homem.

- Deve ter sido horrível para ele.

- Com certeza. Mas pensa comigo, seria muito pior sem Bella.

- Agora chega de falar coisas ruins, vamos aproveitar?

- Achei que nunca chegaríamos nessa parte. – Ela avançou para cima de mim, me jogando no sofá.

- Jéssica eu realmente acho que devíamos subir. Posso preparar a banheira..

- Um.. Isso está começando a melhorar.

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- Alice você vai ficar na viatura.

- Mas Charlie..

- É perigo Alice. E você ainda terá de colocar esse colete a prova de balas.

- Isso já é demais. Agora me responde, por que Peter pode ir lá?

- Só estamos nos precavendo, pois pode haver tiroteio. E Peter antes de ser detetive, era policial, já trabalhamos juntos varias vezes.

- Peter você nunca me falou.

- Você é que nunca perguntou Alice. Mas também acho melhor você ficar aqui e se comportar.

- Sim senhores. Agora vão logo, e peguem aqueles bandidos. – Eles então saíram em direção a casa.

Fiquei observando tudo atentamente, claro que minha vontade era de ir lá, mas talvez fosse mesmo perigoso.

Todos os policiais invadiram a casa, e como previsto ouve tiroteio. Logo depois Peter saiu com Heidi, e o homem que fora seqüestrado com ela. Algemou-os, colocando no carro da policia.

- Onde está Charlie, e os outros?

- O homem atirou nele.

- Charlie mo-mo-r-reu? – As lagrimas já brotavam no meu rosto.

- Calma Alice. A bala atingiu exatamente em cima do colete.

- Então o que ele ainda faz lá dentro.

- Eles tentavam imobilizar o rapaz. Mas antes disso precisavam desarmá-lo.

- Nossa! É muita emoção num dia só.

Minutos depois ouve outro tiro, e eu dei um pulo.

- O que aconteceu agora?

- O homem preferiu se matar, a contar que é o mandante de tudo.

- Mas isso eu já sei, e como disse vou provar amanhã mesmo. Ou melhor, irei ligar para meu informante agora mesmo.

Tentei varias vezes, mas foi apenas no quinto toque que Mike atendeu.

- Mike desculpe incomodá-lo. Mas nós acabamos de pegar Heidi, e eu realmente preciso saber o que Jéssica falou.

- Ela contou tudo. Desde Paris, até o dia do acidente.

- Perfeito. Bom trabalho.

- Obrigado. Quando vira buscar?

- Posso ir daqui a pouco, o que acha?

- Jéssica está aqui. Antes de chegar você me liga, para eu despista-la.

- Tudo bem. E muito obrigada mesmo.

Comecei a gritar descontroladamente, pular, chorar. Tudo ao mesmo tempo.

- Alice o que está acontecendo?

- Acho que temos mais uma prisão para realizar.

- Não estou entendendo.

- Acabei de ligar para Mike, e Jéssica confessou tudo. Contou nos mínimos detalhes tudo o que ela e Tânia fizeram para acabar com a vida da sua filha.

- Perfeito. Vamos atrás deles então. – Ele pegou minha mão, e depois olhando para trás disse. – Cuidem desses dois, e levem o cadáver. – Os outros policiais assentiram e nós deixamos o local.

Antes de chegar a casa de Mike, liguei para ele, assim como combinamos.

- Aqui está Alice, tudo gravado.

- Perfeito. E fique tranqüilo, você não será culpado de nada.

- Posso pedir mais uma coisa?

- Claro.

- Tente prender Jéssica amanha, quando ela estiver em casa. Seria muita bandeira vocês prenderem ela aqui.

- Teremos que ver. Porque vamos à casa de Tânia, e talvez quando Jéssica souber tentara fugir.

- Isso eu posso garantir que ela não vai fazer.

- Combinado então. Amanha iremos ate a casa dela com o mandado de prisão. E mais uma coisa, não se esqueça de ir ao E!

- Nunca esquecerei. – Demos um aperto de mão, e eu sai já ligando o gravador. Escutamos tudo durante o caminho.

- Alice nós não podemos chegar na casa dela sem um mandado de prisão.

- Isso é verdade, pois ela tem todo direito que não querer nos acompanhar.

- E o que estamos esperando para buscar esse mandado? - Os dois riram da minha atitude. Mas rapidamente voltaram para buscar o tal mandado.

20 minutos depois..

- Boa Noite Aro.

- Boa Noite Charlie, Alice, e..

- Peter. Muito prazer.

- O que vocês desejam?

- Temos um mandado de prisão para sua filha Tânia.

- Para Tânia? O que ela fez.

- Muitas coisas Aro. Inclusive tentou matar Bella.

- Tânia não seria capaz disso.

- Seria sim. – Liguei o gravador para ele, que ouvia tudo atentamente. – Acho que essa gravação responde toda felicidade que Tânia estava sentindo no dia do acidente de Bella.

- Não posso acreditar.

- Agora podemos entrar? Ou você mesmo prefere chama-la?

Ele subiu e trouxe Tânia, que nos olhava com uma cara de espanto. Nuca esqueceria da cena de Charlie colocando a algema nela. Finalmente os culpados estariam atrás das grades.

- Você vai se arrepender de ter feito isso comigo Alice.

- Me arrepender? Nunca. A melhor cena que já presenciei em todos os meus anos de vida é essa.

- Você ainda vai engolir esse sorriso.

- Tânia fique quieta, porque quem está em desvantagem é você. – Pisquei para ela, e entrei no carro.