Depois de conversarmos bastante com Bella, ela voltou a dormir. Já estava quase amanhecendo quando mamãe chegou da Itália.

 

- Bom dia queridos. Por que ainda não foram para casa?

 

- Alice disse que vai apoiar Bella e eu não vou sair daqui em hipótese nenhuma.

 

- Entendo. Mas vocês estão com um semblante muito cansado, fazendo transparece suas noites sem dormir.

 

- Mãe Belinha precisa de nós.

 

- Eu sei disso. Mas eu posso ficar com ela.

 

- Não é preciso mãe, eu ficarei aqui. Agora não acha que a senhora vai escapar, o que quis dizer ontem no telefone?

 

- Tem certeza que querem conversar aqui mesmo?

 

- Sim. Ontem quando Ed comentou algo, fiquei morrendo de curiosidade.

 

- Primeiramente quero que me prometam que não ficaram bravos. Não contamos nada antes, pois queríamos poupar vocês.

 

- Fala logo mãe, está me assustando. – Alice estava visivelmente ansiosa. E eu também.

 

- Edward, Bella está realmente dormindo?

 

- Sim. Ela tomou um calmante.

 

- Pois bem. Quando eu e Carlisle casamos, decidimos que queríamos ter dois filhos.

 

- E aqui estamos nós. Não é mesmo?

 

- Claro minha filha. – Mamãe já estava com lagrimas nos olhos.

 

Tínhamos dois anos de casado, quando eu fiquei grávida de gêmeos. Não podíamos ter ficado mais felizes, dois filhos de uma só vez.

 

Seu pai sempre se preocupava comigo, cada passo que eu dava, ele estava atrás. Quando completei cinco meses descobri, que era um casal.

 

Fiquei muito feliz, preparava o quarto com todo carinho. Nos tempos vagos eu me dedicava aos projetos de casas, minha empresa estava indo muito bem.

 

Era quinta feira à noite, seu pai precisou voltar a The Culle’s Masens para pegar alguns relatórios, Maria pediu folga, e por isso fiquei em casa sozinha.

 

Não que eu me importasse em ficar sozinha, mas ultimamente andava muito emotiva.

 

Estava distraída fazendo algumas coisas no quarto, quando escutei um barulho vindo da sala. Chamei por seu pai, mas ninguém respondeu. De repente um homem com uma toca na cabeça entra no quarto e anuncia o assalto.

 

Eu não sabia o que ia fazer, ele havia apontado uma arma na minha cabeça. Depois me puxou e ordenou que o levasse ate o cofre da casa.

 

Antes mesmo de eu passar a senha, seu pai chegou e deu um soco no homem. Na mesma hora desviei, e o tiro atingiu a janela. Eles começaram uma briga incontrolável.

 

Ate que teve uma hora que sem perceber seu pai empurrou o homem para cima de mim. E este me empurrou da escada. Só me lembro de cair desacordada e sangrar muito.

 

Quando eu descobri que havia perdido meus filhos por causa de um ladrão, fiquei desesperada. Apesar de Carlisle se mostrar forte, eu sabia que ele se sentia culpado, por isso fazia de tudo para tentar cessar sua dor.

 

Tive que fazer vários tratamentos psicológicos por causa do trauma, fechei minha empresa, pois tinha medo de qualquer coisa. Precisei também fazer acompanhamento medico, pois o tombo foi muito grande.

 

Depois de alguns meses, eu finalmente voltei a sorrir. Havia ficado grávida de Edward. E o final da historia vocês já sabem.

 

- A mãe, eu sinto tanto. – Alice chorava desesperadamente. Até eu não consegui me conter.

 

- Na época foi difícil. Mas vocês me fizeram voltar a viver. Por isso que eu digo, precisamos der fortes e ajudar Bella.

 

- Não acha que devemos contar a ela?

 

- Melhor não. – Nisso percebemos um quarto choro, bem baixinho. Bella havia ouvido.

 

- Esme venha aqui me da um abraço. Eu sinto muito. Se já é difícil perder um, imagine dois.

 

- Não vou mentir Bella, é muito difícil. Mas o importante é viver.

 

- Eu vou viver. Amor será que podia pedir a Aro minha alta?

 

- Já se sente melhor?

 

- Sim. E eu preciso deixar esse local. Preciso ver pessoas, trabalhar.

 

- Fico tão feliz vendo você falar assim.

 

- Agradeça sua mãe. Depois de ouvir tudo, mudei meus pensamentos e expectativas.

[...]

 

- Bella eu vou te liberar, mas você vai precisar continuar tomando a medicação. Acredito que Edward não vai se importar de ser seu medico particular. – Edward já deu aquele sorriso malicioso para mim.

 

- Mais é claro que eu não me importo. Posso até matar a saudade da profissão.

 

- Então é isso. Boa sorte a vocês, e qualquer coisa estou aqui. – Aro me abraçou e saímos do hospital.

 

Ainda bem que Alice me preveniu sobre os jornalistas, eles estavam totalmente alvoroçados. Apenas coloquei o óculos e abaixei a cabeça.

 

Porém um fotógrafo ultrapassou os limites, e me puxou para o lado.

 

- Onde estão os seguranças Edward? – Alice perguntou.

 

- Era para eles estarem aqui.

 

- Eles estão chegando filho. – Esme os indicou.

 

Logo depois pegaram Bella, e a colocaram no carro.

 

- Nossa que sufoco.

 

- Aquele fotografo que era para frente de mais Belinha. Que atrevimento o dele, de te puxar pelo braço.

 

- Infelizmente esse era o trabalho dele.

 

Quando chegamos em casa, Edward fez questão de abrir a porta, e me ajudar a entrar.

 

- Amor eu estou bem.

 

- Como seu medico particular preciso cuidar de você. Acho que agora até devemos tomar um banho.

 

- Edward. Não precisa de tanto.

 

- Precisa sim. – Ele me pegou no colo, e me levou para o quarto. – Quer descansar um pouco, ou quer tomar banho agora mesmo?

 

- Vamos conversar um pouquinho. Senta aqui pertinho de mim.

 

- Estou começando a gostar disso. – Ele se aconchegou ao meu lado, e começou a brincar com uma mexa do meu cabelo.

 

- Amor sua mãe deve ter sofrido bastante com toda aquela situação né?!

 

- Acredito que sim. Só não entendo porque eles nunca nos contaram.

 

- Talvez a dor fosse tão grande, que eles quiseram poupar vocês.

 

- Pode ser.

 

- Mais uma coisa, como vocês ficaram sabendo do acidente?

 

- Eu queria mesmo falar com você. Por que saiu de casa?

 

- Fui encontrar você, queria jantar, e estava demorando.

 

- Entendo. O dia que você se sentir bem podemos conversar sobre o assunto.

 

- Pode perguntar, eu não posso me esconder atrás dos problemas. Mas você ainda não respondeu como descobriram.

 

- Jacob estava passando na hora e nos ligou.

 

- Jacob? O que eles estava fazendo aqui?

 

- Ele veio fazer um trabalho. Estava com a namorada Annie, eles até deram uma passada no hospital antes de ir tirar as fotos.

 

- Preciso ligar para ele. E para aproveitar, vou convidá-lo para a inauguração da empresa.

 

- Você já está pensando em alguma coisa?

 

- Já estava pensando desde antes, pois eu esperava abrir hoje. Mas com tudo isso, vou tentar fazer o coquetel semana que vem.

 

- Mas você preparou tudo?

 

- Liguei para algumas modelos, falei com alguns clientes. E iria pedir Alice para organizar o resto.

 

- Entendo.. Mais antes de tudo, você terá que ir à delegacia.

 

- Por quê?

 

- Pelo que você falou, a pessoa que estava dirigindo pulou fora, e jogou o carro em sua direção. Acreditamos então que tudo não passou de outro atentado.

 

- Por isso o delegado quer meu depoimento?

 

- Sim. E o mais rápido possível.

 

- Amanhã nós vamos até lá. Agora não quero falar mais disso, preciso de você.

 

- Um.. Não precisa nem pedir. Mas o que acha fazermos isso, tomando um banho.

 

- Prepare a banheira.