Diário de um Sociopata escrita por Sky


Capítulo 3
Capítulo 3 - Minha primeira perda


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, compreendo a necessidade de matar alguns personagens para o nascimento de outros, entretanto, aqui começo a velar o meu verdadeiro eu, aos moldes da forma que vivo hoje .



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O 2° ano se inicia de forma muito conturbada, a nova escola pública a qual eu fazia parte era um celeiro de delinquentes, eu nunca tinha tido contato com nenhum tipo de droga (lícita ou ilícita), as meninas dessa escola eram diferentes, mais maduras e sexuais... Algumas aparentavam ser demasiadamente vulgar e não gostavam muito do Carlos (no caso, de mim). Para piorar ainda mais a situação eu vivia metido em brigas, apanhei bastante por não saber brigar. Carlos foi reduzido a um moleque de 15 que chorava e apanhava de todo mundo, tive um problema momentâneo de raquitismo, meu estirão de crescimento demorou a acontecer. O que me tornava um molequinho no ensino médio. A curto prazo, na metade do mesmo ano eu comecei a me envolver com meus agressores, numa tentativa de me juntar a eles para não apanhar mais. O que deu certo até certo ponto, onde descobri que apanhar era melhor do que fugir... Ganhei um certo respeito, chamando a atenção de um cara influente e líder de um dos grupos. Ele era popular por ser forte e cometer alguns assaltos pelo bairro dele, junta-se a isto o fato de nunca ter sido pego. Esse cara literalmente me apadrinhou, depois de conhecê-lo ninguém tentava me bater. A ele atribuirei o nome " Bismarck ".

Bismarck foi meu mentor de coisas erradas, com ele descobri que em uma briga de despreparados quem bate primeiro tem mais chance de ganhar, que atitude é 80% da vitória. As garotas brigavam pelo Bismarck e ao final daquele ano elas também fariam o mesmo por mim. Ganhei fama, me envolvendo em brigas com membros de escolas rivais (eram as chamadas Gangues), me dei conta que o Carlos tinha coisas boas, mas ele precisava morrer, junto com meu eu que era fraco. Então criei o Tapanã, sujeito destemido, brigão, furtava em mercadinhos, fumava maconha e bebia 51, não tinha medo de nada e vivia a vida um dia de cada vez. Tapanã leva esse nome por ser o nome de uma invasão que eu cortava a caminho da escola, o nome tem origem indígena.

Aquele ano foi fantástico, conquistei quase tudo que queria, porém ia reprovar em 2 disciplinas. Matemática e Filosofia. Em Matemática a situação era crítica, somente um nove poderia me salvar. Em casa, meu eu dominava essas situações, estudava a noite inteira e consegui a aprovação. Rumo ao 3 ° ano, uma nova mudança de escola, uma escola mais calma, recém inaugurada, alunos tranquilos e estudiosos. O Tapanã se encaixaria ali? E a maconha? O álcool? Não, mas não queria me desfazer dele, depois de um ano formidável, eu precisava dele... Mas um fantasma ainda maior chegava, o vestibular! 


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Notas finais do capítulo

O Tapanã era um delinquente e malandro, não servia pra essa etapa da minha vida, mas àquela altura não me importava mais, ele parecia a fórmula do sucesso. Foi um ano de popularidade. Mas passou muito rápido e o Vestibular chegou acabando com tudo.



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