Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Temos oficialmente mais de 700 acessos! Obrigada! Além disso temos mais uma pessoa acompanhando, é uma conquista incrível!
Bem, espero que gostem desse capítulo, com um carinho especial para a querida Gabriely ♥️♥️♥️♥️
Escrevi esse capítulo em 13/12/22



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Com dois toques anuncio minha entrada no ateliê de Peeta. Ele olha por cima do caderno A3 de esboços que possui, sem dar um sorriso, mas sem parecer muito ofensivo.

— Senti sua falta ontem — digo, baixo, indo até a frente da mesa. Ele está com os pés na mesma, mas usando um apoio específico para o caderno.

— Eu só estou com algumas coisas na cabeça, e pensei sobre a viagem ao 4. Você já tomou café? Deixei biscoitos de leite e chá de erva-doce para você — assinto, um pouco triste. Seu tom está normal, mas eu sei que não tem nada normal desde o exame de ultrassom. Como percebe que não vou sair dali, suspira, não transparecendo nenhuma chateação, descansando seu lápis e o caderno na mesa. Esfrega os olhos com as costas das mãos, pois seus dedos estão sujos de grafite. — O que houve?

— Só vim dizer que senti sua falta ontem na hora de dormir, Peeta — respondo, realmente sincera. — Não quero que isso continue assim. Me desculpa. Eu reagi muito mal ontem e… eu me arrependo. E eu pensei que estivéssemos bem depois que vim ontem.

Ele não reage, só olha para mim. Seus olhos refletem algum tipo de conflito. Não parece ter dormido muito bem.

— Tudo bem — diz, simplesmente, pegando o caderno e o lápis. — Eu só preciso de um tempo para terminar algo que está na minha mente, depois podemos conversar com calma?

Assinto, triste com a situação. Me sentindo derrotada, saio do cômodo, mas deixo Butter lá, para que ela o console de uma forma que eu não possa.

Quando estou subindo as escadas para me deitar de novo, já que hoje é sábado e eu estou completamente sem forças para poder ir fazer uma caminhada, tenho uma ideia. Uma ideia que é tão boa, que fico com um sorriso que não sai do meu rosto nem quando cruzo a porta de casa.

Tenho que caminhar menos de dois minutos para bater na porta de Delly, na Aldeia dos Vitoriosos. Ela ocupa uma casa aqui desde que veio ao Distrito 12, depois da Revolução. Isso é uma chatice quando ela não tem ninguém para conversar, mas hoje é uma ótima solução. 

Com quatro toques ela mesma quem abre a porta, ainda sonolenta mas com Angelo com uma mamadeira na boca em seu colo. Ele é uma criança grande, longa, mas ela o carrega no colo e faz parecer fácil.

— Bom dia, está tudo bem, Katniss? — pergunta, em um bocejo longo.

— Eu preciso muito de um favor.

(…)

Retornando para casa, me deparo com uma cena muito adorável, mesmo que seja comum. Peeta deitado no sofá da sala, coberto até o peito, literalmente abraçado com Butter, que está esticada e com uma das longas patas em seu rosto, totalmente relaxada.

Ao perceber que eu cheguei, ela apenas se estica dengosamente, e vem me cumprimentar. O pacote em minhas mãos parece intrigá-la. 

— Vem, eu te deixo mastigar a caixa.

Convido, e ela parece entender, me seguindo até o sofá.

Peeta está com uma aparência um pouco pesada, me fazendo confirmar a impressão que ele não dormiu ontem à noite. Mas me sento ao seu lado, fazendo carinho em seus fios encorpados até que acorde, fazendo valer à pena por ver seu sorriso e a expressão bem mais leve.

Dá um beijo em meu pulso, e me olha.

— Pode esperar mais um pouco para conversamos? Estou muito cansado, amanhã tem uma grande encomenda — nego, com um sorriso animado. Ele franze o cenho, sem entender.

— Preciso que você se sente e abra isso — peço, entregando o pacote que embrulhei ainda na casa de Delly. — É um pedido de desculpas. E uma forma de aceitar melhor a minha… condição. Entender melhor. 

Ele se senta, curioso, e abre. A surpresa ocupa o lugar de todo o cansaço. Continuo sorrindo, embora receosa do que esperar desse presente.

— Katniss, não precisava disso. Você sabe que não precisava — diz, inacreditável com o aparelho de ultrassom portátil que Delly me deu.

Eu sabia que ela tinha um, por ter me mostrado quando comprou para acompanhar quando ainda estava grávida de Thomas. Na época, pareceu incrível, mas hoje é ainda mais porque é justamente o que eu preciso. Contei sobre a situação ocorrida ontem para ela, que imediatamente me cedeu o aparelho, sendo o mais moderno na capital.

Há um rádio que torna audível os batimentos do bebê, além de um aparelho próprio de ultrassom, além de um pequeno monitor que mostra o bebê e uma braçadeira que monitora a pressão arterial da grávida. Eu me sinto confortável apenas com a opção de ouvir os batimentos do bebê, mas acho útil que tenha outras utilidades também, que espero poder usar.

— Eu tenho medo, mas não significa que não queira ter esse bebê, Peeta — digo, em um fio de voz, segurando em seu braço para que veja toda a verdade em meus olhos. — Escolhi ter não apenas por você ou pelo nosso relacionamento… também é por mim. Eu também quero.

Ele larga tudo no sofá e me abraça com todas suas forças.

— Gostaria de dizer que você pode ouvir a hora que você quiser, mas não abuse tanto. Pode ouvir agora se quiser. Eu… acho que estou pronta — digo, suspirando em seu abraço. Ele nos mantém assim por alguns instantes.

— Não, eu ouvi o bastante ontem… deixa passar um pouco de tempo, e aprendemos a usar juntos. Obrigado por tudo, Katniss. Eu não falei muito ontem depois do ocorrido porque não queria acabar tendo uma crise ou algo semelhante. Eu amo você, de corpo alma e espírito. Sei que está fazendo isso por você também.

Enfim se afasta, deixando o presente em meu colo, pegando meu rosto em suas mãos tão gentis e fortes. Olha bem nos meus olhos e é literalmente impossível não sorrir. Ele sorri de volta.

— Vamos passar por tudo isso juntos, ok? Você sabe que pode me contar tudo, Katniss. Isso é o menos importante na situação toda… você sabe.

Assinto, fechando os olhos para não chorar. Afaga uma das minhas bochechas e eu me inclino ao seu carinho. Como eu amo Peeta. É algo tão maior do que qualquer coisa que eu possa sentir. Esse bebê terá sorte. Nós temos muitas falhas, porém nos esforçaremos para fazer o melhor.


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Notas finais do capítulo

Se puderem deixar um comentário vai me deixar muito feliz, mas está tudo bem. Eu volto logo com o próximo!



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