Hoje à Noite O Mundo Acaba escrita por Adnoka


Capítulo 10
. 09 — Vítimas.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora, mas me organizei então vamos ter Atts. mesmo que elas demorem um pouco.

Boa leitura amores!



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https://www.youtube.com/watch?v=jQPqcYE_v1A

Música que inspirou o capítulo: Victim - Avenged Sevenfold.

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A mente daqueles sobreviventes estava por um fio de colapsar, alguns, na verdade, já se perderam em um surto profundo há muito tempo, mas fingiam o tempo todo para levar sua sub existência da melhor forma que conseguissem.

Um ano e meio já se passou e agora o Felix estava imerso em seus estudos, ele não saía por nada dos laboratórios da Life Linne, e mesmo que seu namorado tentasse o animar era em vão, mas mesmo assim entre os dois o amor estava intacto, um era o ponto de apoio do outro e nada mudaria isso fora que agora não eram só os dois nesse amor.

O Han estava mais controlado e junto ao Hyunjin ficaram responsáveis em buscar tudo que o Dr. Lee precisasse para evoluir com suas pesquisas e testes e acabou que o trio se dava melhor ainda com o passar do tempo e o Han queria por que queria tentar o que fosse para que todos pudessem ter esperança, afinal, seria exatamente esse o desejo do seu amor, então ele lutará até que não tenha mais forças para que isso se torne possível.

Nada é mais difícil do que continuar acordando totalmente sozinho.” Era um pensamento recorrente do Han, portanto depois de um tempo perdido entre não querer mais dormir ou encher a cara até apagar ele começou a ser acolhido por todos, dormindo às vezes até com seu cunhado, o que era para si um conforto já que o cheiro do Seungmin lembrava o do Chan, e em relação aos demais, novas coisas acabaram surgindo com o tempo.

O Changbin, o Minho e o Yang estavam cada vez mais ativos, eles eram praticamente a base de todas as ações do grupo, porém agora com tanto tempo passado os recursos nas redondezas estavam escassos e as incursões deles tinham que ser cada vez mais distantes o que preocupava muito o Seungmin, líder deles.

Este que por sua vez estava enlouquecendo, pois agora seria pai.

...

Flash Back On

Seis meses antes.

— Puta merda! Puta merda!...

A So-hee estava no banheiro com um teste de gravidez indicando um belo de um positivo, e por esse ser seu maior medo, agora ela estava surtando sozinha.

— ... Caralho So-hee sua burra de merda! Isso não poderia estar acontecendo, não nesse mundo perdido, droga!

Ela chorava e alisava sua barriga.

— Que bela vítima é você hein bebê! Já vai nascer condenado... a não ser que não nasça...

Ela se olhou no espelho do banheiro, estava inchada de tanto chorar, um bebê tinha sido cogitado logo quando o Bang Chan havia falecido, mas depois os dois concordaram ser uma loucura descabida trazer uma criança para esse mundo em pedaços e o assunto foi deixado para trás, mas agora?

Agora era realidade, ela engravidou em meio a todo esse desastre de vida atual e isso a estava enlouquecendo.

— É isso! Vou tirar você daí, eu sinto muito, mas será melhor assim.

Passando pelo corredor, o Yang ouviu barulhos, choros, gritos, rompantes de raiva e mais choros, e isso fez sua curiosidade falar mais alto, então ele ignorou os bons costumes e ouvia tudo atrás da porta.

— Não vai tirar ninguém de lugar nenhum, So-hee, você está louca? — Ele abriu a porta e a olhou indignado, mas não com mais indignação que a recém-gestante o encarava.

— Ouvindo atrás da porta Yang? Sério? Você não cresce nunca!

— Pode jogar toda sua raiva em mim, eu não ligo, mas não vou deixar você fazer uma besteira dessas.

— Besteira? Jeonginnnie besteira foi eu ter engravidado. — As lágrimas rolavam seu rosto — Por favor, amigo me entenda, e... e me ajude a poupar essa criança disso tudo.

O Yang a abraça e ela desaba em prantos bem ali em seus braços.

— Amiga, aconteceu, e é algo bom, acredite, todos nós vamos cuidar de você e do bebê, você sabe disso, você não estará só.

— E se morderem meu bebê? Você acha que algum de nós vai aguentar essa merda? Você acha que o Minnie merece isso?

— Ei, calma So-heeya, — ele a apertou no abraço — Nós temos crianças aqui na Life Linne que nasceram depois dessa merda toda e elas estão indo bem não estão? Estamos protegendo-as não estamos?

Era um fato, algumas crianças nasceram neste cenário pós-apocalíptico e todos cuidavam para que elas tivessem todo o conforto e segurança possíveis.

— O que eu vou fazer Jeonginnnie?

— Agora? — ele a virou para si e a olhou nos olhos. — Vai contar para o papai.

...

Depois de um pouco mais calma, ela foi até o Seungmin, ele estava saindo do seu banho quando a viu sentada na cama segurando algo que ele não identificou de cara.

— Oi amor, o que houve? Espera... — Ele a olhou com mais atenção — Você estava chorando?

Ela nada disse a ele e apenas estendeu o objeto para que ele pegasse, e assim que ele pegou e o olhou ele ficou branco como papel.

No visor do teste estava escrito: Grávida 2-3.

Ele não se aguentando em pé se sentou rapidamente na cama, porém ao contrário do que a So-hee imaginava ele sorria e algumas lágrimas rolaram seu rosto.

— Estamos grávidos, amor?

Ela se sentiu confusa, ele estava feliz?

— Sim Minnie... mas eu estou pensando em tirar o bebê.

O Seungmin demorou para assimilar suas palavras, ele ainda encarava o teste em sua mão.

— Amor, eu estou tão... espera... você quer tirar nosso filho? — Ele a encara confuso.

— Não seria o certo amor? Vamos trazer a esse mundo mais uma vítima para esse caos? Amor ele já nascerá condenado.

Ele sentia o peso dela naquelas palavras, e isso doeu muito nele.

— Amor, eu vou te apoiar em qualquer decisão, mas preciso que saiba que eu estou muito feliz, e se tivermos esse bebê eu irei cuidar para que o mau não o alcance e farei de tudo para que ele cresça saudável e feliz.

— Eu sei disso Minnie, é sério e sei, e sei também que todos os outros estarão com a gente nessa, mas amor...

— Eu entendo seu ponto, não sei muito o que dizer, pois não posso e não vou simplesmente forçá-la a nada.

— Mas você quer esse filho Minnie?

Ele se aproximou de sua amada e a olhou nos olhos.

— Se você o quiser, eu vou querer ainda mais do que já quero.

Ela chorou e se aninhou nos braços do seu amor.

— Vamos fazer essa loucura então.

Os dois se encararam, sorriram e deram um longo beijo.

Logo em seguida o Seungmin chamou todos os seus amigos e lhes contou a novidade.

— O gafanhoto será pai! Eu serei tio! A borboleta está grávida! — O Hyunjin falava animado. — Essa foi a melhor notícia que tivemos em tempos, vamos comemorar!

Todos concordaram e naquela noite eles esqueceram tudo e apenas comemoraram, bebendo até cair.

Flash Back Off

— Hey mocinha! — O Minho falou chamando a atenção da So-hee. — Aonde a senhorita pensa que está indo?

Ela foi pega no flagra tentando entrar no carro do mais velho e agora estava congelada no lugar.

— Minho, por favor, me leve com você — ela fazia uma carinha pidona e o Lee mais velho apenas a observava. — Eu vou enlouquecer se continuar presa aqui.

— So-hee, eu te entendo é sério, — Ele a olhava com carinho — Mas eu estou indo caçar e até as áreas mais tranquilas para caça já estão cheias de infectados, eu sinto muito So-heeya, mas não vou levar você.

— Mas Minho...

— Sem mas So-hee, olha o tamanho desse barrigão, o que você acha que o pai dessa criança fará comigo se souber que eu, imprudentemente, levei a mulher e o filho dele para uma caçada? Inclusive você nem deveria cogitar algo assim, como você correria de uma horda de infectados hein?

Ele falava com toda a calma do mundo, pois estava preocupado em que se ele saísse dali ela encontrasse um jeito de ir atrás dele.

— Droga! — Ela fala irritada. — Ficar presa aqui está acabando comigo Minho, e vai acabar com meu filho também.

— Respire fundo, porque você não vai para o terraço e aproveita as flores que plantamos lá, o lugar ficou bonito.

Ela revirou os olhos fazendo o Minho sorrir.

— E você vai caçar sozinho?

— Provavelmente, ou talvez o Yang venha comigo, não sei ainda.

— E vocês três estão bem?

Aquela pergunta da jovem o lembrou de como foi difícil normalizar a relação deles depois de tudo que viveram.

— Agora estamos sim, estamos cumprindo o último desejo do nosso amigo e enchendo o Yang de carinho, e ele parece ter se acostumado em ter seus namorados mais sérios todos bobos por ele.

— Isso é bom! — Ela sorria largo — Muito bom mesmo, o Yang merece isso e vocês merecem também.

— Obrigado mocinha.

— Bom deixa eu ir lá para o terraço, minha aventura florida. — Ela falou desdenhosa e o Minho sorriu.

— Vá So-heeya te garanto que as aventuras a que você se refere estão cada vez mais perigosas e nenhum de nós adora ter que enfrentá-las e vai por mim, você também não gostaria.

Ela sorriu para ele e saiu dali.

— Essa menina é louca!

...

Acabou que quem foi para a caçada com o Minho foi o Changbin, pois naquele dia o Yang iria ajudar o Han e o Hyunjin (que agora era seu namorado também) a buscar um item químico que o Felix disse que ajudaria muito na evolução da vacina que ele estava desenvolvendo.

...

Na incursão.

Após viajarem um bom tempo, os três chegaram ao local indicado pelo Felix.

— É aqui, meus namorados. — O Hyunjin falou e o Yang sorriu por conta da cara que o Han fez. — Finalmente chegamos.

— Você podia voltar a me chamar só de camaleão Hyunnie. — O Han falou descendo do carro.

— Tá bom namorado camaleão — O Hyunjin deu um selar nos lábios do mais baixo — Melhor assim?

— Esquece, você é louco e eu nem sei por que ainda insisto.

— Vocês dois são tão lindos, mas vamos agilizar, pois o lugar parece estar cheio de infectados de acordo com o sensibilizador do Hyunjin.

Com o tempo o soldado havia criado um equipamento que detectava os níveis do agente reator JH-11 e quanto maior o nível detectado significava que era maior a quantidade de infectados por perto.

— Certo não vamos vacilar, essa missão é importante, então entramos, pegamos e saímos, sem baixas para o nosso lado okay? — Os dois acenaram afirmativamente — Protejam as retaguardas uns dos outros, vamos lá.

Eles adentraram o laboratório LigthLab, e notaram que o local não estava tão deteriorado assim o que lhes deu esperança de que encontrariam o tal do químico reagente solicitado pelo Dr. Lee, esse que seria algo que poderia dar um grande avanço em seus testes fazendo com que a vacina/cura fosse algo finalmente palpável.

...

— Aqui rapazes, essa é a sala. — O Han falou mais baixo do que o normal. — Por que está tudo tão quieto aqui?

— Não sei, mas não estou gostando nada disso, vamos pegar o que viemos buscar e dar o fora.

— Meu namorado raposa tem razão, os matusquelas vão chegar logo, eu sinto isso, então vamos lá.

Eles entraram na sala indicada pelo Han e o Hyunjin ficou na porta guardando-os.

— Aqui deve ser a câmera de congelamento que o Lix disse que guardaria o reagente químico LH-15.

— Vamos pegar logo Hannie, isso tá me dando calafrios.

Eles abriram a câmera e um ar gelado os envolveu, a luz branca lá dentro os cegou por instantes, mas eles logo viram que haviam três caixas pequenas isoladas ali e um bilhete colado nela que dizia:

“Se o Dr. Lee chegou a esse material a humanidade talvez tenha uma chance, agora boa sorte para sair daqui. Assinado: Dr. Ming”

— Aquele velho filha da puta! — O Han pegou as caixas tendo o cuidado de deixar o bilhete colado, entregou uma ao Yang e ficou com duas. — Hyunnie, podemos ir.

— Acho que não namorado camaleão. — Ele entrou na sala e fechou a porta atrás de si. — Matusquelas vindo como uma praga, e são muitos, vamos precisar usar a bomba, raposinha é com você.

O Yang entregou as caixas para o Hyunjin e colocou para frente a sua arma que dispararia tal bomba e nesse momento o vidro da sala onde estavam sofreu um baque enorme com muitos infectados se lançando nele com ferocidade.

— Vou lançar, Hannie abra a porta no três – Ele nem olhou para seu parceiro que logo deixou as outras caixas ao lado do Hyunjin e se posicionou. — Certo, um... dois... três!

A porta foi aberta e o Yang se colocou do lado de fora e lançou a bomba, só deu tempo de ele notar que eram centenas, talvez milhares de infectados ali antes de o Han o puxar para dentro novamente e logo em seguida eles ouvirem um estrondoso BUM da explosão do lado de fora da sala e pelo vidro eles viram os infectados caindo aos montes, aquela não era só uma bomba inflamável ela também possuía um teste do reagente no qual o Felix vinha trabalhando e eles puderam ver os resultados positivos, pois os infectados caíam sem reações ao fogo que lhes estava consumindo exatamente como o Felix disse que seria.

— Nosso Lince conseguiu namorados! Olhem para esses matusquelas! — O Hyunjin estava empolgado, o que fez os outros sorrirem. — Coloquem suas máscaras e vamos embora daqui, vamos contar a novidade a todos, hoje nós vamos beber!

...

Na Caçada.  

O Changbin estava sentado no tronco de uma árvore caída esperando sua armadilha pegar algo, já o Minho mirava em um javali não muito distante deles.

— Se conseguir acertar ele, eu te dou um prêmio. — O Changbin falou em tom de brincadeira e sem tentar esconder suas intenções ali o que fez o outro sorrir de lado.

— Você só fala isso por que sabe que vou acertar.

— Exatamente, e depois poderemos ir à cachoeira que tem mais a frente e eu quero...

— Não me desconcentre Binnie ou eu juro que mato você.

— Mata nada...

Nesse momento o Minho atirou e acertou o Javali em cheio e a armadilha do Changbin acionou e ele havia pegado outro javali.

— Temporada de Javalis? Cadê os coelhos e os alces?

— Você vai ser um velho resmungão mesmo né? Javali é perfeito para nós amor, e se conseguirmos mais alguns estaremos bem de proteína por alguns dias.

— Mais alguns quantos coelhinho?

O Minho olhou para seu namorado e sorriu, ele amava ser chamado assim por ele.

— Bom, já temos dois, se conseguirmos mais dois a Lanny faz o milagre dela.

— Ótimo, então... —

O Changbin pegou sua besta e apontou mirando para algo além do Minho, que sorriu largo pelo exibicionismo do seu amado.

Ele mirou e soltou sua lança acertando em cheio o corpo de outro javali que caiu na mesma hora.

— ... Agora falta apenas um coelhinho.

— Exibido!

Os dois sorriam cúmplices, fazia um tempo que não sorriam assim e então o Changbin abraçou seu amado.

— Vamos pegar as caças e caçar mais um pouco, precisamos voltar ainda hoje Minho.

O Minho entendeu que o momento de rir havia passado, mas aproveitou ao máximo o fato de estar ali nos braços dele.

— Certo, vamos lá.

...

Os dois grupos estavam a caminho do que conheciam por casa, e como o grupo da incursão tinha ido bem mais distante que o grupo da caça, ia calhar deles chegarem praticamente juntos.

...

Na entrada da ante garagem da Life Linne, a So-hee esperava os carros voltarem, e o Seungmin estava acertando algumas coisas com o Felix no laboratório.

...

— Você acha mesmo que isso vai dar certo Lixie?

— Eu acho que sim Minnie, o componente funcionou na bomba, você ouviu o Jinnie pelo rádio, então eu estou mesmo no caminho certo e agora é só esperar o reagente químico LH-15 e fazer acontecer.

— Você é um gênio Lixie! Um gênio!

— Não se empolgue muito, Minnie ainda teremos que misturar o que temos com o que eles estão trazendo e torcer para reagir como o esperado.

— Como saberemos se vai funcionar?

— Vou testar em mim. — O Lee mais novo falou simplista e o Seungmin arregalou os olhos. — O que foi? Acha que porei em risco algum de vocês? Nem a pau! — Ele olhou seu amigo nos olhos — Não me peça algo assim Minnie, eu já matei o Channie.

— Você não matou ninguém Lixie, pare de se culpar por isso, por favor, — O líder falava com carinho, mas a dor de sua lembrança ainda era marcante demais. — Nenhum de nós o matou Lince, por favor...

— Eu vou testar em mim e ponto final.

— E se não funcionar você morrerá assim como os seus estudos? Você é o único de nós capaz de dar continuidade as pesquisas Lixie, por favor, não jogue isso fora.

— Na fase em que estamos testar em algum animal será inútil Minnie. — Ele parecia mais triste ainda com as constatações que fazia. — Vai me dizer que vamos sortear? Ou deliberadamente escolher algum de nós?

— Quando eles chegarem, vamos nos reunir e conversar, está bem? Mas por favor Lixie, vamos conversar primeiro.

— Certo, está bem.

...

A So-hee estava entretida, ela olhava as flores que nasceram ao redor daquele lugar, era estranho e até um tanto macabro, mesmo que estivesse muito bonito.

— Um túmulo a céu aberto...

Ela disse pensando que o portão mais distante da entrada principal era a abertura da cova onde eles estavam enterrados vivos.

— ... Até você vítima, já nascerá enterrado aqui, não teremos futuro e mesmo assim você insistiu em vir. — Ela disse alisando sua enorme barriga.

Ela seguia andando por ali, cada vez mais distraída, era até que muitas cores para contrastar com o mundo cinza em que eles viviam, estava mesmo bonito e ela se permitiu sentir o restante dos raios de sol sobre a pele, pois logo a noite cairia.

Um tempo depois o portão automático se abriu e os dois carros que estiveram fora entraram, um atrás do outro.

Foi rápido e silencioso e a So-hee não os viu chegando, assim como eles não notaram que ela estava ali naquela área deitada sobre uma mureta, com sua barriga de já quase sete meses exposta.

Um tiro, um grito e uma dor terrível tomou o braço da gestante e quando ela abriu seus olhos um único infectado estava ali caído no chão ao seu lado, o portão da ante garagem já estava fechado e os rapazes corriam até ela falando coisas que ela não ouviu de cara, mas assim que eles se aproximaram e ela notou o seu próprio sangue sujando as flores ela pôde ouvir a voz do Changbin.

— So-heeyaaah o que demônios você fazia aqui garotinha?

Ela sentiu aqueles braços fortes a pegarem e correr com ela, mas ainda estava tudo turvo, pois a infecção já estava querendo a tomar e sem saber exatamente o como ou o porquê ela simplesmente apagou.

...

— Coloquem ela na cama! — O Felix falou com firmeza mesmo parecendo assustado. — Que merda aconteceu aqui?

 — Ela estava no ante portão da garagem, deitada perto das flores, achamos que ela adormeceu ali, — O Han falava já tremendo todo. — Não a vimos, e também não sabemos de onde surgiu aquele infectado... nós simplesmente não os vimos Lixie!

— Eles não estavam no campo de visão, por isso não os vimos. — O Minho falou tão sério que sua fala saiu gelada.

— Cadê o gafanhoto? — A pergunta do Hyunjin colocou todos em alerta e olhando em volta o viram parado ao lado da porta por onde entraram.

“O tempo está passando, mas parece que estou congelado”

Era seu pensamento.

“Algo me diz que isso pode não ser real, será que perdi o meu poder de sentir?”

Ele tentava sair do lugar, correr até sua amada e seu filho, mas nada acontecia com seu corpo.

“Todos somos vítimas deste crime, afinal, um crime contra a humanidade, desumanamente fatal...”

Seus pensamentos fervilhavam em sua mente e nem um segundo sequer se passou, ou talvez se passaram horas ele não saberia dizer.

“Não tem como recuperar o que se vai, então não podemos permitir que vá, não permitirei que vocês se vão da minha vida.”

Como se saísse de um transe, o Seungmin sentiu uma mão em seu ombro.

— Gafanhoto volte agora mesmo!

Ele piscou algumas vezes e olhou para o Felix.

— Lixie, é na So-hee que você vai fazer o teste, faça a mistura e teste nela AGORA!

O Felix entendeu, essa poderia ser a única chance da So-hee e do bebê deles, mas também poderia ser fatal, para ela, para a criança que ela carregava ou para ambos, mas realmente não teria outro jeito, se eles quisessem tentar salvá-los tinha que ser assim.

Então o Dr. Lee, sem nada dizer, pegou as caixas das mãos do Yang que tremia muito e chorava de desespero e as levou para a bancada do laboratório onde estava trabalhando com os reagentes e antes de abri-las ele avistou o bilhete do Dr. Ming.

“Se o Dr. Lee chegou a esse material a humanidade talvez tenha uma chance, agora boa sorte para sair daqui. Assinado: Dr. Ming”

E bem em baixo no papel tinha um quase apagado “vire a folha seu idiota” e quando ele virou seu corpo estremeceu, pois havia uma fórmula muito parecida com a que ele estava desenvolvendo desenhada bem ali.

— Lixie vai demorar? — O Hyunjin perguntou a ele com calma para não desesperar seu Lince.

— Coloque a So-hee para dormir Jinnie, isso vai desacelerar o processo da infecção e ganharemos tempo, e o restante de vocês saiam por favor.

O Hyunjin fez o pedido e deu o sedativo para a So-hee, como as salas eram interligadas o Felix pôde observar a jovem receber o sedativo.

— Em alguns dias me encontre no lugar que gostamos de ir, Minnie.

Foram as últimas palavras que a jovem disse ao seu amado que agora deixava as lágrimas o tomarem.

— Minnie, foco aqui, — O Felix chamou a atenção do garoto. — Lembra que te disse que estava receoso com a fórmula? — O Seungmin se forçando a prestar atenção, respondeu que sim. — Pois agora não tenho mais, eu estava certo e o Dr. Ming me deixou a dica.

— Então você vai conseguir salvá-la Lixie?

— Me dê quinze minutos e faremos o teste, se meus cálculos e os do Dr. Ming estiverem certos nada acontecerá com nenhum deles.

Os que haviam saído ouviram do Hyunjin a notícia e estavam todos torcendo aos seus modos para aquilo funcionar e apenas o Han e o Hyunjin ficaram no laboratório com o Dr. Lee.

...

— É ISSO! Hannie, Jinnie é isso! — O Dr. Lee olhava o aparelho mixador terminando seu giro e a luz indicativa ficando verde, o que sinalizava que a mistura estava correta e pronta para uso.

— Conseguimos lince?

— Sim, deu certo e ficou na proporção correta também.

— Então temos a mistura? — O Han perguntou receoso — Já podemos aplicar na So-hee?

— Podemos amorzinho, e é o que faremos agora mesmo.

...

— Eu trocaria tudo e qualquer coisa por uma única chance de salvá-los, meus amores. — O Seungmin que não havia saído do quarto segurava a mão da So-hee com força. — Todos fomos vítimas aqui amor, não só o nosso filhinho, e agora só precisamos de mais tempo, é só o que eu te peço So-heeyah me dê mais tempo amor.

Enquanto ele dizia essas palavras, o trio do laboratório adentrou o quarto onde estavam.

— Seungminnie, está pronto, vou recolher uma amostra do sangue dela, e vamos ministrar o reagente composto CH-26 nela agora mesmo.

Ele encarou o trio e se colocou do outro lado de sua amada.

— Lixie, faça o que for preciso.

— Certo, — Ele estava a mil de tão nervoso. — Vocês dois sentem ela para mim e coloquem o braço direito dela no apoio.

O Han e O Hyunjin assim fizeram e assim que ela ficou na posição eles notaram que em alguns locais a pele dela estava mais fina, assim como a dos infectados.

— Acho que não temos muito tempo Lixie.

— Farei agora.

Ele foi até ela e recolheu duas ampolas de sangue sem o reagente composto e assim que o fez administrou nela a dosagem dupla do químico uma vez que ela tinha o bebê consigo.

— Se todos os cálculos estiverem certos, isso não vai afetar a saúde deles dois e na melhor das hipóteses ela estará livre da infecção pelo agente reator JH-11 em no máximo duas horas.

— Mas e na pior das hipóteses?

— Nada acontecerá e a infecção irá progredir.

— Mas e se...

— Gafanhoto... — o Hyunjin foi até ele e colocou sua mão em seu ombro. — É agora que teremos que ter fé.

O Seungmin apenas voltou a olhar sua amada e seu bebê ainda na barriga dela.

— Volte para nós So-heeyah, eu sinto sua falta, sinto muito sua falta.

E assim eles ficaram em silêncio, esperando por um mínimo sinal que fosse de que não seria dessa vez que aquele agente maldito faria mais uma, no caso, duas Vítimas entre eles.

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Notas finais do capítulo

Essa Fic flopou legal, mas tudo bem, eu me propus, então irei até o fim com o projeto.

E querendo eu não eu tenho um grande carinho por ela, pois ela me desafia muito.

Tentarei fechá-la com quinze capítulos e um extra, (era esse o plano desde sempre eu só não sabia se caberia no desenvolvimento).

E sim, as músicas do A7x são linkadas com os capítulos, é de onde vem as inspirações, e foi assim que criei o esqueleto da Fic..

No próximo capítulo, o Lixie vai explicar um pouco sobre o reagente composto CH-26 (eu acho).

Eu estou em um esquema de atts das minhas Fics em aberto e essa é das que rotacionam no meio das semanas então pode levar um tempo para uma nova att. mas terá, não vou abandoná-la.

Se você leu até aqui, meu MUITO OBRIGADA! E se possível for, vote, curta, comente, será um prazer ler seus comentários.

Se cuidem bem okay!?!

Beijoka da Adnoka!



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