Dois meses depois

Só imaginar que agora eu era oficialmente uma membra do bando Lee me deixava completamente boba e sem reação. Como se minha ficha ainda não tivesse caído ou algo assim, e mesmo os tendo ainda mais próximos a mim o que o pãozinho vive dizendo que todo aquele chamego é uma prévia do que será nossa futura lua de mel, era difícil de acreditar. Eu estava nas nuvens e tudo estava perfeito.

Um fato que deixou tudo mais real foi a audiência do Park Seon-ho que chegou e todos nós fomos juntos até a cidade central para testemunhar no julgamento.

...

Flash Back On

Ele estava sentado no banco do réu e assim que entramos no recinto ele me encarou profundamente, ter o olhar fixo dele em meus olhos me fez titubear um pouco em minha postura firme, afinal bem ali se encontrava o responsável por quase todos os traumas vividos por mim. Ele não parecia ligar para a presença dos membros do meu bando e quando me sentei no lugar destinado à vítima e testemunhas, ele se levantou batendo na mesa em sua frente e gritou com um ar alucinado.

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FOI MARCADA POR ESSES IDIOTAS! — Todos no tribunal encaravam a ele e a mim e eu já ia me encolher quando meu líder e amado Minho me abraçou passando seu braço por meu ombro e apertando meu corpo contra o dele. — VOCÊ FEZ ISSO PARA ME PROVOCAR, JIN EU VOU SAIR DAQUI E VOU ATRÁS DE VOCÊ, VOU QUEIMAR TODAS AS MARCAS QUE VOCÊ TIVER E TE MARCAREI NOVAMENTE.

Eu estava nervosa e amedrontada e agora era ainda mais intenso, pois eu sabia que todos os meus amores podiam me sentir, eu também os sentia e o que vinha deles era uma mistura de raiva e instinto protetor.

O Park Seon-ho parecia estar louco, mas foi silenciado pela entrada do Juiz.

— Cale-se réu ou já posso presumir que é culpado de todas as acusações e sentenciá-lo a pena máxima? — O alfa réu naquele tribunal se encolheu e acabou se sentando, mas seu ódio era aparente e seu olhar ainda me fuzilava. — Ótimo, assim está bem melhor, exijo ordem e decoro em meu tribunal e declaro que a sessão contra o réu Park Seon-ho está iniciada.

...

Todas as testemunhas foram ouvidas, inclusive os membros do meu bando mais diretamente envolvidos, o Jeff e o Kang, e até a Martha testemunhou como representante do hospital que me tratou quando fui mordida a força e propositalmente ou não, eu, quanto vítima, fui deixada por último.

...

— A Srta. Foi casada com o réu? — o advogado de defesa me perguntou.

— Sim.

— E quando foi que a Srta. notou que o réu lhe abusava psicologicamente?

— Eu protesto! O advogado de defesa está tentando insinuar que meu cliente é um abusador e induzir a vítima a falar mal dele.

— Protesto negado. — O Juiz falou e se virou para mim. — Por favor nos conte o que o advogado de defesa perguntou.

— Tive indícios desde nossa lua de mel, quando ele não queria encostar em mim, ou fazia questão de chamar uma senhora e sua filha para nos acompanhar em todos os passeios agendados não tendo nenhum momento a sós comigo durante toda a semana que tivemos em viagem, quando estávamos no quarto ele simplesmente dormia e se eu falasse algo ele dizia que eu estava louca, e me fazia sentir culpada por questioná-lo, aquilo me pegou tão de surpresa que resolvi acreditar nele, que eu era a louca ali e que ele me amava como dizia, mas muitas coisas aconteceram desde então, coisas que me levaram a crer que ele sempre me usou.

— E por que você não o deixou?

— Não tinha forças, me sentia fracassada, pequena e repugnante, ele constantemente me tratava com nojo em seus atos, sempre deixando claro a mim que nunca ninguém iria me querer, porém, na frente dos outros me tratava tão bem que me deixava realmente confusa e depois que descobri suas traições eu só comecei a orar e pedir a quem estivesse me ouvindo que ele fosse embora, e depois de um ano inteiro pedindo por isso, ele finalmente se foi.

— E o que você sentiu quando ele se foi?

— Que isso, sim, tinha sido a melhor coisa que ele já havia feito por mim e que mesmo aos cacos eu agora estava livre.

— Sem mais perguntas.

...

Todos no tribunal estavam emocionados, foram me perguntadas muitas coisas mais e bem ali eu estava sendo exposta com histórias que eu nunca havia compartilhado com ninguém, e por várias vezes eu chorei ao falar, principalmente quando encarava os membros do meu bando que também choravam por mim. Era vergonhoso, mas também libertador.

...

No mesmo dia a sentença saiu.

— O conselho deu seu parecer, e eu estou de acordo, — Todo o tribunal estava tenso — o réu é considerado culpado pelos crimes de estelionatário, sequestro, invasão de domicílio e deterioração do mesmo, roubo, tentativa de homicídio, abuso psicológico, maus tratos domiciliares e do uso indevido de sua condição de alfa sendo assim condenado a quarenta anos de prisão, sem direito a recorrer perante o tribunal.

Aquilo foi um enorme alívio e chorando fui abraçada, beijada por todos os meus amigos e também amores que vibravam pela vitória, minha vitória em poder ver a justiça colocando aquele que tanto me atormentou em seu devido lugar.

— Você venceu, minha princesa linda! — O Changbin me disse ao me abraçar.

— Nós vencemos, meu príncipe.

— Eu te amo.

— Te amo mais.

...

Aquela foi a última vez que vi o Park Seon-ho que ainda me olhava com ódio enquanto era levado, depois de alguns meses o meu alfa líder nos contou que o Juiz do caso estava no hospital central para fazer exames de rotinas e ao vê-lo contou que na prisão alguns que trabalhavam para os agiotas a quem ele devia lhes deram uma surra e ficavam o atormentando e que pelo o que ele sabia de coisas assim aquele alfa nunca mais terá paz.

...

Flash Back Off

Seis meses após o julgamento.

— Dorme aqui hoje?

— Channie eu dormi aqui ontem fofinho.

O beta fazia uma manha além do comum e a Jin-ah sabia que não resistiria se continuasse o encarando.

— Mas fofa... — ele a abraçou e encheu o rosto dela de pequenos selares. — Eu queria que dormisse com a gente, por favor?

— Príncipe me ajuda aqui?

— Eu não, eu também quero que fique princesinha.

Ela sorria, pois ultimamente estava assim, ela quase não voltava para casa mais.

— Meu fofucho, você quer que eu durma com você, o Minnie e o Lix certo?

— Sim, fofinha, você vai ficar?

— Nop! — Ela sorriu da carinha triste que ele fez e deixou um breve selar em seus lábios. — Vou levar vocês três comigo se o alfa líder permitir.

Ela falou olhando para o Minho que sorria ao contemplar a cena.

— Será que eu devo permitir isso Binbin? — Ele disse usando um tom mais sério, mas querendo gargalhar com a carinha do beta.

— Olha amor, eu acho que não deveria.

— Binnie! Por favor.

— Ai meu deus amor, deixa logo olha essa manha do Channie, eu não aguento.

Risadas altas vieram do alfa e dos dois ômegas e o beta ficou emburrado.

— Desde quando vocês precisam de permissão hein? — O Minho se juntou ao abraço de seu beta e sua ômega deixando selares nos lábios dos dois. — Claro que vocês podem ir meus queridos, mas amanhã cedo quero os três aqui, pois teremos uma reunião.

— Está tudo bem gatinho? — Ah Jin-ah perguntou preocupada e recebeu um selar para se tranquilizar.

— Está sim gata, mas é algo que precisamos conversar e não dá mais para adiar, não se preocupe, é uma coisa boa.

— Legal, está bem, então amor, amanhã antes das nove estaremos aqui.

— Isso é o cedo da nossa ômega? — O Changbin perguntou sorrindo.

— Ain, príncipe, não seja assim... — Ela falou manhosa e o ômega sorriu — amanhã é minha folga poxa.

— Tão linda, que raiva. — Ele se aproximou do embolado de alfa, ômega e beta e se aninhou neles. — Venham as dez, deixarei o café de vocês separado.

— Está mimando ela de novo Binbin.

— Sim alfa estou.

— Adoro quando faz isso amor.

— Vocês são os amores da minha vida, mas chega de enrolar, Channie vá avisar nosso mar e nossa estrela, eu o espero para irmos juntos e não precisam pegar roupas, eu comprei uns pijamas, cuecas e moletons para vocês.

— Está bem fofinha, eu vou lá. — Ele os beija e sai correndo.

— Quantos anos o Channie tem? — O Changbin pergunta aos risos.

— Às vezes eu acho que apenas cinco aninhos, ele é um bebê fofo.

— Concordo com nossa ômega.

— Amores, — os dois olham para a Jin-ah — Sobre o que é a reunião de amanhã?

Os dois se encaram e sorriem.

— E o prêmio de mais curiosa do bando vai para... — O Minho fala batucando no encosto do sofá.

— Jin-ah! A princesa ômega mais bela de todo reino Lee!

Eles avançam nela deixando cosquinhas pelo corpo da ômega que não para de rir.

— Seus bobos, parem com isso, não consigo respirar.

Eles vão parando e os três sentem as bochechas doerem de tanto rir.

— Vamos falar sobre filhos, princesa, eu já tinha falado com você sobre lembra? — Ela acenou a cabeça positivamente e sorriu pequeno, por entender o que está por vir. — Então a reunião será sobre isso, mas não comente com os demais, está bem?

— Claro que não, meu príncipe bombado, — Ela fala indo até o ômega e o apertando nos braços. — Dá uma vontade de morder esses bíceps né gatinho?

— Gata, não passe vontade.

Assim que o alfa termina de falar, ela morde o ômega que solta uma gargalhada gostosa.

— Princesa... aí! Meu deus ela é uma ômega mesmo? Não é uma vampira não? Como gosta de morder, meu senhor.

...

Os quatro que estavam na casa da Jin-ah estavam agora todos esparramados na cama, comendo snacks e assistindo “O homem da máscara de ferro” que era um dos filmes preferidos da Jin-ah e do Channie.

...

— O que vocês acham que será tratado na reunião de amanhã? Alguma ideia puppy?

— Nenhuma estrelinha, eu acredito que está tudo okay, mas se nosso alfa disse que terá reunião, alguma coisa está acontecendo.

— Eu tenho certeza que nossa ômega sabe do que se trata, tudo é passado para os ômegas do bando, então agora só nos resta arrancar a informação dela.

— Hey desde quando você é assim fofinho? — Ela sorria para os três. — vamos prestar atenção no filme, meus mosqueteiros está chegando a minha parte favorita e já sabem; se algum de vocês me zoar porque eu vou chorar, eu coloco para dormir no chão.

Com os três aninhados no seu corpo, ela fez carinhos neles que a olharam juntos, o que quase a fez derreter com aquelas carinhas lindas a encarando.

— Se você chorar, choramos juntos. — O Felix disse e sorriu.

— Menos o Minnie, ele é durão.

— Durão? Vocês já o viram... — A fala da Jin-ah foi interrompida por um beijo do alfa com cheiro de mar.

— Vamos voltar a prestar atenção no filme, por favor, meus lindinhos?

Eles voltaram a assistir sorrindo, mas antes de se virar o Channie sussurrou para a ômega.

— Depois me conta com o que nosso Puppy chora.

— Tá bom.

Os dois sorriram cúmplices e voltaram ao filme.

...

Na manhã seguinte a preguiça daqueles quatro quase os impediu de chegar na hora combinada na casa em frente, mas uma Jin-ah determinada fez acontecer e faltando quinze minutos para as dez eles entraram na casa fazendo todo o restante do bando sorrir.

...

— Bom dia preguicinhas, o café de vocês está separadinho como prometi, comam tranquilos, sem pressa, e venham para a sala está bem?

Eles cumprimentaram a todos e foram comer, e assim que terminaram se reuniram aos demais.

...

— Bom, meus amores, o assunto de hoje é algo muito importante para o bando, então eu quero ouvir a opinião sincera de todos vocês okay?

Todos concordaram com o costumeiro belo e sonoro sim e ouvir sua voz ecoando junta com a dos demais deixou a Jin-ah ainda mais emocionada.

— Certo, bando é o seguinte, estamos juntos há anos, salvo a nossa ômega que está oficialmente conosco a menos de um ano, mas que para uma decisão final é igualmente de extrema importância como já foi dito antes. — Ele olhava um a um e os semblantes ansiosos dos seus amores o encarando o fez sorrir. — Acontece, que o assunto filhotes surgiu em uma conversa minha com o Binnie e o Channie e os dois expressaram o desejo de termos nossos filhos, então a minha pergunta hoje para vocês é: todos têm esse desejo? Se algum dos betas ou ômegas engravidarem será igualmente bom para todos?

Um breve silêncio se deu sendo quebrado por quase um grito do Hyunjin.

— Pelos céus SIM! — Ele levou as mãos ao coração — Eu quero muito ser papai, eu sempre quis ter um filhotinho. — Quem olhava para o alfa sorria com a expressão emocionada dele.

— Então era isso... — O Minnie falou em meio a um sorriso tímido. — Eu acho que será uma benção, e acredito que estamos todos prontos para sermos os melhores papais e mamães para nossos filhotinhos.

— E quem que irá engravidar? Todos de uma vez? Um por vez? Nossa eu estou tremendo, eu quero ter filhos e até agora não sabia disso. — O Felix realmente tremia muito. — Eu serei o alfa mais feliz do mundo em ser pai.

O Minho sorria feliz em ver que os outros alfas queriam aquilo tanto quanto ele.

— Certo, os alfas pensam como eu, será um sonho realizado ser papai, mas e nossos betas e ômegas o que pensam sobre isso?

— Eu quero gerar filhotes para nosso bando, mas não agora por conta de estar começando com meu consultório, precisarei trabalhar muito para me consolidar como dentista, mas eu vou adorar ser o papai que vai brincar até cansar com nossos bebês, e então quando eu estiver firme com meu consultório eu mesmo vou querer dar um filhote para nosso bando.

Todos amaram o posicionamento do beta, pois mostra o quão maduro ele estava a respeito do assunto.

— Eu quero engravidar também, mas quero primeiro ver algum dos outros passando pela gestação, de qualquer forma eu vou ser papai e isso é tão mágico. — O Han falou e de todos, o Minho sabia que era o que iria querer primeiro ver a experiência para depois vivê-la.

— Eu também quero gerar, mas como disse em nossa conversa, prefiro que o Binnie seja o primeiro de nós, e ser pai é um sonho que sempre tive, então será perfeito como for.

O sorriso enorme do Channie cativou a todos.

— Princesa? — A pergunta do Binnie tirou a Jin-ah de seus devaneios. — O que você acha disso?

Ela ficou quieta por um tempo, ela estava apenas organizando seus pensamentos e emoções e todos sentiam que ali havia conflitos.

Ela os encarou mais um pouco e mordendo os lábios, quebrou enfim o silêncio.

— Eu vou amar ver cada um de vocês gerando nossos filhos, meus amores, mas eu preciso contar uma coisa para vocês, — Ela os olhava tímida e seus olhos encheram de lágrimas. — Eu acho que não serei fisicamente capaz de engravidar.

Eles todos a olharam e o Innie foi se sentar ao lado dela.

— E por que você acha isso Jin? — O alfa líder perguntou.

— Bom, eu cheguei a falar por cima com vocês sobre, mas eu nunca engravidei, nunca tive nem suspeita enquanto fui casada, ou antes, meus sogros viviam me cobrando e até me insultavam com isso dizendo que pagariam para minha cunhada engravidar do meu ex para que eles pudessem ter um neto do seu primogênito e um belo dia eles me pagaram uma histerossalpingografia que é um exame que serve para identificar possíveis problemas no aparelho reprodutor que dificultam de engravidar, o resultado foi okay, eu não tinha problemas aparentes, mas mesmo assim eu nunca engravidei, o que hoje sei que foi ótimo, mas o trauma permanece, e esse assunto é um pouco delicado para mim — Ela os encarou com um semblante neutro. — Mas entendam, isso em relação a mim e ao meu corpo, mas quanto a ter filhos com o bando preciso que acreditem em mim quando digo que nada me faria mais feliz.

Todos eles pensaram em muitos xingamentos para expressar a revolta sobre aquele relato da ômega que sempre recebeu um tratamento de merda de seu ex e pelo visto da família dele também, mas deixaram isso passar por ver que ela estava “tranquila” em compartilhar aquilo com eles.

— Assim, minha perfeitinha, não sei os demais, mas eu só vou querer engravidar você depois do nosso casório. — A Jin-ah sorriu soprado pelo jeito fofo do Innie a tratar e o abraçou. — É sério amor, eu que te darei um filho, esses alfas aí vão perder para o beta, aqui vai por mim.

— Olha, eu não duvido nada, nosso Innie é fogo — O Hyunjin disse piscando na direção deles que sorriram para o alfa.

— Certo, eu te entendo bem Jin, e quero que saiba que nunca vamos te cobrar sobre isso, não se sinta forçada a nem pensar sobre o assunto se não quiser, e sim, vamos nos casar primeiro, depois pensaremos nisso.

O alfa líder ali decidiu que por hora vai deixar passar, mas que depois irá falar com ela apenas e oferecer todo o apoio de que ela precise.

— Obrigada alfa, obrigada meninos, vocês são uns doces, mas assim, talvez eu nunca tenha um filhote e eu sinto muito não ter falado nada sobre antes, mas é que eu nem cogitava mais ter alguém em minha vida, vocês sabem, então a ideia de ser mãe definitivamente não era relevante para mim.

— Mas você entende que qualquer um de nós que tiver um filhote esse será igualmente seu, não é? — o Changbin perguntou e o sorriso enorme no rosto da Jin-ah os tranquilizou.

— Claro que será meu também e eu vou amar tanto que nosso filhote vai saber que eu serei a mamãe mais babona e coruja dessa terra.

O Innie que estava ainda abraçado a ela deixou um selar em sua bochecha.

— Então posso presumir que o assunto filhote é algo aceito unanimemente pelo bando Lee? Todos se sentem prontos e confortáveis para assumir algo assim?

O sim sonoramente conjunto foi ouvido pelo alfa e seguido de tantos risos empolgados que o alfa mais uma vez se sentiu muito orgulhoso de seu bando.

— Eu só quero deixar claro que posso não ser o primeiro a engravidar e caso isso ocorra por favor não quero que achem que ficarei triste, nosso bebê virá de mim quando for a hora certa. — O Changbin falou e todos concordaram.

— Então daremos nossa reunião como encerrada, vocês foram ótimos meus amores, obrigado por se posicionarem abertamente.

...

Dois meses depois

O período do Changbin chegou e eles estavam cuidando e servindo ao ômega que estava extremamente apegado a todos fazendo questão que nenhum deles o deixasse, ele precisava dos cheiros, dos toques e de todos juntos enquanto organizava seu lugar de conforto.

...

— Princesa, você pode me trazer mais panos com seu cheiro? Acho que não tenho tantos quanto deveria. — Ele estava aninhado nela, passando seu nariz no pescoço da ômega para poder senti-la melhor. — Você cheira tão bem, meu amor, é a princesa mais cheirosa de todas.

A Jin-ah sorria feliz, ela já havia passado pelos períodos de quase todos do bando depois de ter sido marcada e com cada um ela foi tratada como uma joia preciosa mesmo não sendo o período dela e sim deles.

— Posso te dar quantos panos você quiser meu lindo príncipe, você me deixa ir buscá-los para você? — Ela beijava seu ômega que se agarrava ainda mais a ela. — Binbin?

— Pode, sim, mas depois... — Ele a olhou com intensidade e ela entendeu.

— Está bem amor, depois então...

....

Aquele período do ômega durou cinco dias, um a mais do que o de costume e todos entenderam o motivo, ele estava sensível e entregue a todos eles que não hesitaram em cuidar do seu ômega com todo amor e carinho possível.

...

Um mês depois

Não houve sinais de uma possível gravidez do ômega, mas isso não desanimou o bando e agora foi a vez do alfa líder entrar no seu período e foi a primeira vez que a Jin-ah o viu daquela forma, ele já era um alfa irresistível e imponente, mas agora ela viu sua total intensidade e ela adorou em segredo o ver daquele jeito.

Ele desta vez quis um por um, separadamente e ele era quem decidia quem seria o membro da vez.

...

❤️‍❉ ΑΩβ ❉❤️‍

— Channie, — ele falou em um gemido ofegante — Vou te dar o meu nó.

— S-sim meu alfa, me dê o seu nó...

Eles estavam se amando como nunca e o alfa líder sentiu um desejo absurdo de se atar ao beta e assim que falaram ele o fez.

— Eu te amo tanto Channie.

— Também te amo muito Linnoyah.

Aquela noite o beta dormiu com o alfa e eles ficaram juntos mais algumas vezes.

❤️‍❉ ΑΩβ ❉❤️‍

...

— Fofinha, ele pediu por você. — O beta a beijou e ela sorriu. — Ele está bem controlado, mas também muito ativo.

— Certo, — ela sorriu, estava nervosa, pois foi a última a ser chamada pelo líder. — Bom, eu vou tomar um banho e vou até ele.

— Vai com tudo lindinha e aproveite, nosso Linnoyah é uma delícia quando está assim.

A Jin-ah corou e sorriu para o alfa que foi até ela e lhe deu um selar quente.

— Olhem só esse Hyunnie, ele queria mesmo era ir junto. — O Hyunjin fez uma careta para o Felix — Na verdade, até eu que sou mais bobo, mas enfim, vidinha só aproveita tá.

— Tá bom, vou lá se não, ele pode se irritar com a demora.

...

Ela tomou um bom banho e foi até o quarto do alfa que inalou com vontade o seu aroma assim que ela adentrou seu espaço.

❤️‍❉ ΑΩβ ❉❤️‍

— Era exatamente isso que eu queria. — Ele saiu da penumbra e a Jin-ah contemplou os olhos brilhantes do alfa. — Minha ômega excelente venha até mim.

Ela foi até ele como foi lhe pedido pelo alfa e assim que seu corpo se aproximou o suficiente do dele, ele sorriu, um enorme sorriso, o maior que a Jin-ah já havia visto no rosto do alfa.

— Farei você minha, meu amor, se entregue ao seu alfa.

— Sou toda sua, meu alfa.

As palavras dela foram como um feitiço lançado sobre o alfa que a tomou para si da forma mais selvagem possível, os lobos dos dois se conectaram de imediato, eles se queriam e se pudessem se fundiriam ali mesmo e assim que o alfa despiu sua ômega por completo ele já despido a pegou no colo e ali no meio do quarto em pé mesmo a tomou para si.

Ele ia forte e tão fundo em sua ômega que os gemidos dela não foram contidos, o que ele estava amando com devoção, e depois de um tempo daquele jeito ele a levou até a cama e a deitou ali.

Ela o arranhava, ele a mordia, os corpos estavam tão colados que não davam espaço para mais nada e os ósculos intensos que trocavam mal se separavam em busca de ar.

— Minha gata deliciosa. — Ele gemeu em seu ouvido — Vou me atar a você.

A Jin-ah aceitou de imediato, seria a primeira vez que ela seria atada a ele e isso a deixou ansiosa e ainda mais excitada.

— Sim alfa, por favor...

— Por favor? Minha gata quer o meu nó? — Aquilo para ele foi o delírio mais delicioso de todos, ele era desejado por sua ômega e ele daria a ela tudo que ela lhe pedisse.

— Quero muito, e-eu preciso dele meu alfa.

Ele urrou em resposta e jogando sua cabeça para trás ele sentiu seu nó se formando dentro dela que gemia alto, pois ao contrário do que imaginava aquilo apesar de doer um pouco foi muito prazeroso. E o alfa colou seus lábios ao dela, deixando selares e fortes mordidas e em um gemido intenso ele completou o seu nó dentro dela e os dois podiam jurar ver estrelas.

— Você está bem? — Ele perguntou, impressionando a Jin-ah por seu controle. — Eu ficarei preso a você assim por mais alguns minutos.

— Eu estou ótima Lino, você é tão gostoso. — Ela o beijou e ele sorriu.

— Minha ômega gosta de ser atada pelo seu alfa? — Ele já quase não conseguia falar e ela estava amando tê-lo daquele jeito.

— Eu adoro, sou completamente sua amor, obrigada meu alfa.

Depois que os minutos se passaram, ele se retirou de dentro dela se jogando ao seu lado em seguida.

— Você quer que eu saia alfa?

— De jeito nenhum, me dê dois minutos apenas eu ainda a quero muito.

❤️‍❉ ΑΩβ ❉❤️‍

...

Um mês depois.

A Jin-ah estava chegando com o Minnie, ele tinha ido buscá-la no trabalho e fizeram algumas coisas antes de chegar em casa.

— Amores, vocês chegaram! — Eles foram recepcionados pelo Channie. — Trouxeram o que eu pedi?

— Sim fofinho, aqui estão suas laranjas, — a Jin-ah deu uma sacola com laranjas para o beta.

— E aqui está seu chantilly, meu dengo. — O Minnie deu a ele uma caixa gelada de chantilly.

— Ah, vocês são tão bons para mim, minha boca está salivando. — Ele pegou suas coisas e correu para cozinha, mas não sem antes beijar seus amados que acabaram o seguindo.

— Mas o que você vai fazer com as laranjas e o chantilly denguinho?

— Vou comer ora.

— Laranja e chantilly fofinho?

— É fofinha, com mirtilos e marshmallow também.

— Céus que estranho.

— Não é estranho Puppy, é gostoso.

— Tá se você diz... — o alfa foi o ajudar a cortar as laranjas.

— Enquanto cortam vou bater o chantilly está bem?

— Ah, sim, por favor, obrigada fofinha.

Eles fizeram tudo e o beta misturou um pouco das frutas em um pote, jogou o chantilly e os marshmallows por cima e começou a comer como se fosse a coisa mais gostosa do mundo.

— Olhando-o comer assim, parece até que é bom mesmo.

— Parece, sim, florzinha.

O beta comeu umas cinco colheradas achando aquilo a maior maravilha do mundo, mas na sexta ele levou a mão a boca e saiu correndo dali.

— Mas o que foi isso? — O Minnie perguntou e a Jin-ah levou as mãos a boca arregalando os olhos com o pensamento que teve. — O que foi flor?

— Não pode ser... — Ela olhava incrédula, mas com um enorme sorriso no rosto.

— O que amor fala logo. — O Minnie estava ansioso.

— Meu Minnie pense comigo, um desejo estranho seguido de um forte enjoo depois de se relacionar com seus amores e ser atado por quase todos eles... — O Minnie arregalou os olhos, sua ficha estava caindo. — Acho que nosso primeiro filhote está vindo aí.

O Minnie caiu na cadeira.

— Será florzinha? Sério mesmo que você desconfia que... — Ele não conseguiu terminar de falar. — Meu Deus, eu vou ter um treco.

— Que o nosso fofinho dengoso está grávido? Sim, eu acho sim amor, você será papai, e eu mamãe!

— Eu acho que vou desmaiar flor.

— Nã-não você vai comigo comprar um teste de farmácia agora mesmo, mas antes vamos dar uma olhada no nosso fofucho.

Eles foram e quando chegaram ao banheiro o beta estava escovando os dentes.

— Tá tudo bem fofinho?

— Uhum — Ele cuspiu a espuma e enxaguou a boca. — Por favor sumam com aquilo para mim, eu nem consigo pensar em ver mais tudo aquilo.

— Pode deixar meu amor, agora suba, se deite um pouquinho está bem? Vou com o Minnie comprar uma coisa e já voltamos.

Assim como foi dito, ele fez e os dois saíram em seguida.

...

— Eu não vou mijar aí. — O Channie falou cruzando os braços.

— Ah, você vai sim denguinho.

— Fofinha?

— Nem adianta amor, vamos vá ao banheiro e faça seu xixi, estaremos esperando bem aqui.

O beta pegou o teste das mãos da ômega contra gosto, ele estava mais manhoso do que como ficava em seus ciclos, e os dois ali estavam ansiosos demais.

— Tá, quanto tempo agora? — Ele falou saindo do banheiro depois de um tempinho.

— Cinco minutos. — A Jin-ah sorriu.

— Tudo isso?

— Calma, Minnie, é rápido.

...

Cinco minutos depois eles estavam decidindo quem ia ver o resultado.

— Vai você fofinha, por favor, eu não quero ir.

— Eu vou, fiquem aqui.

Ela entrou no banheiro e pegou o teste e em seguida voltou ao quarto tentando não entregar logo de cara o resultado.

— E então florzinha? O Que saiu?

Ela encarou os dois e sorriu.

— Já pensaram em alguns nomes de bebê?

— Deu positivo? — o Channie falou com os olhos cheios de lágrimas.

— Sim fofinho, você está gravidinho, o Minnie será papai e eu mamãe!

Os três se abraçaram e choraram muito e tanto o alfa quando a ômega encheram seu beta com selares carinhosos.

— Como vamos contar para os outros?

— Isso quem decide é o Channie, né amor? Conte como quiser.

— E eu já sei como faremos. — Ele fala secando suas lágrimas.

— E como será fofinho?

— Primeiro vamos à farmácia.

...

Eles foram e o beta comprou sete testes iguais aos que fez a pouco, levando os dois com ele entender seu plano e sorrirem tamanha a fofurisse do seu beta.

— Vamos lá.

...

Eles voltaram e o Channie pediu aos dois papel, caneta e envelopes e eles foram providenciar, deixando o beta sozinho por um instante.

...

— Tudo aqui denguinho, e agora?

— Enquanto foram eu fiz os sete testes, — ele sorria — todos deram positivo, estamos mesmo grávidos meus amores, agora vou escrever bilhetinhos e colocar os testes junto e quando estiverem todos jantando vou deixar um em cada uma das camas.

— Ainda bem que eu já estou sabendo, nossa, tô nervoso.

A Jin-ah vai até o alfa e o abraça.

— Estou tão feliz meu Minnie, nem acredito.

— Todo mundo esperando o Binnie e quem engravida é o Channie, que surpresa né?

— Sim...

...

Depois do jantar eles foram para seus quartos se preparar para assistirem filmes e um a um teve a sua surpresa logo correndo novamente para a sala e em cada bilhete estava escrito:

“O milagre da vida nos encontrou, agora, dentro de mim batem dois corações e com isso nossa família começa a crescer. Nosso bando será contemplado com um bebê e eu amo muito o papai dele. Com amor agora em dobro, Channie.”

...

— Meu Deus do céu... isso é verdade mesmo? — O Felix foi o primeiro a chegar ali e abraçar o seu beta. — Amor, que alegria!

Um a um chegou ali e todos estavam em êxtase.

— Channie, amorzinho, eu sabia! — O Changbin dava pulinhos no lugar e o beta o abraçou.

— Está feliz Binbin?

 — Por tudo que há de mais sagrado nesse mundo, sim! Eu não poderia estar mais feliz, meu amor. — Ele deu vários selares nos lábios fartos do beta.

— E você fofinha?

Ela foi se juntar a eles no abraço e nos beijinhos.

— Estou radiante, muito feliz, mesmo fofinho. — Ela também o beijou várias vezes. — Estou vivendo um conto de fadas e vocês são meus finais felizes.

O Minho, que estava quieto até então, sorriu com a declaração da ômega.

— Channie, amor, amanhã você vai comigo até a cidade central, vamos falar com o melhor obstetra que conheço e faço questão que ele cuide de você durante sua gestação.

— Mas tão longe, amor? — o Minnie perguntou. — E se tivermos urgências?

— Não se preocupe Puppy, o Dr. Hyungsik é morador de Mid Vallien também e tem um consultório aqui, mas é que amanhã é plantão dele lá no hospital central, então vamos vê-lo lá primeiro.

— Ter um médico no bando é tão legal. — O Innie falou se aproximando do Channie. — Posso beijar sua barriga amorzinho?

— Pode, sim, Innie.

O beta se abaixou na altura da barriga do outro e falou baixinho.

— Bem-vindo ao bando Lee filhote. — Em seguida ele encheu de beijinhos ali.

E depois um a um fez questão de fazer o mesmo, o Han chorou na sua vez e encheu o beta de beijos e o Hyunjin não quis se desgrudar do beta alisando sem parar sua barriga e quando finalmente se afastou o alfa líder foi beijá-lo.

— Eu estou muito feliz Channie, obrigado por essa dádiva. — Ele deixou um selar na testa do beta e depois outro em seus lábios, descendo até a barriga dele e dando muitos beijinhos ali. — Você vai ficar tão lindo com um barrigão amor, — ele encarou o Channie e se voltou a barriga dele. — Seja bem-vindo bebê.

...

Aquela noite ninguém ligou para filme algum, ficaram apenas juntinhos pensando em como será daqui para frente.

❉ ❉ ❉ ΑΩβ ❉ ❉ ❉