Os Cavaleiros do 7 Reinos escrita por Jovito Rosa


Capítulo 4
Capítulo 4 - Jaime Lannister




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O dia tinha amanhecido nublado, e os cinco cavaleiros e os dois escudeiros já estavam novamente em sua jornada através da densa mata fechada. Seus cavalos, de crinas ondulantes, avançavam com passos cuidadosos, seguindo um caminho sinuoso que se estendia a frente. A floresta da Mata do Rei estava em silêncio, exceto pelo som abafado dos cascos dos cavalos nas folhas caídas. A luz do sol mal conseguia penetrar na espessa vegetação, lançando um brilho obscuro sobre o grupo.

O ar estava úmido e fresco, carregado com o aroma terroso das plantas. Sir Arthur Dayne ia na frente, observando tudo ao redor cuidadosamente, guiando-os com cautela pela floresta, seus olhos atentos a cada movimento furtivo na vegetação.

Seguiam por entre pinheiros antigos e samambaias exuberantes. Em certo momento, enquanto atravessavam um riacho que serpenteava pelo terreno acidentado, Sir Barristan Selmy sussurra para o jovem escudeiro Jaime Lannister:

— Alguém nos observa! E pelo perfume deve ser uma mulher!

Jaime franze a testa e cheira o ar tentando sentir o tal perfume, mas logo desiste e encara o cavaleiro:

— Sir Barristan? Posso lhe fazer uma pergunta?

— Sim, pergunte!

— Como foi a sua luta contra Maelys Blackfyre durante a Guerra dos Reis de Nove Moedas? Ele realmente tinha duas cabeças?

Barristan, com sua postura majestosa, reflete por um instante antes de responder:

— Ele era um adversário formidável! E sim, ele tinha duas cabeças!

— Nossa! Ouvi dizer que ele era desumanamente forte! Deve ter sido um duelo incrível!

— Foi uma luta feroz. Maelys, O Monstruoso, era uma figura imponente e a batalha foi intensa! Mas no final consegui derrota-lo e demos fim à ameaça Blackfyre.

— O senhor acha que Sir Dayne derrotaria Maelys?

— Só se fosse em um concurso de poesias! Interrompeu Sir Oswell Whent, montado em seu cavalo, com um sorriso irônico no rosto. E então continuou seu discurso debochado, gritando alto para que todos ouvissem: - Nosso irmão Arthur não faz mais jus à sua espada Alvorada! Tínhamos tudo para derrotar os criminosos da Mata do Rei em batalha, mas ele preferiu se tornar o diplomata do reino e negociar com os pobres-diabos da floresta. Para evitar derramar sangue, em troca de informações, prometeu-lhes um monte de coisas em nome do rei! E adiantou alguma coisa? Nem um peido de esquilo! Eles conseguiram dar um jeito de sequestrar a rainha, caros amigos, e fizeram isso bem debaixo de nossos narizes, dentro da Fortaleza Vermelha, acreditem ou não!

— E olha que Whent se diz amigo de Arthur! Falou Barristan soltando uma gargalhada descontraída: - Escute Jaime, é por este motivo que deves manter os amigos atrás de você e os inimigos onde possa vê-los!  

De repente seus cavalos começaram a relinchar de nervosismo e Sir Arthur estendeu a mão sinalizando que parassem. Um uivo ecoou pela mata.

— Lobos! Pensou Jaime Lannister.

Mais uivos começaram, seguidos por outros. Os lobos estavam se aproximando, atraídos pelo cheiro dos cavalos e dos cavaleiros. Arthur Dayne ordena que o grupo aperte o passo. Mas não adiantou, os lobos, famintos e determinados começaram a surgir das sombras, rodeando os homens com olhos amarelados brilhando de cobiça. Sir Arthur Dayne, o Espada da Manhã, ergueu sua espada Alvorada enquanto seus companheiros brandiram suas armas.

Os lobos não esperaram e avançaram em uma investida feroz. Os cavaleiros se defenderam com habilidade, desferindo golpes precisos e mantendo os animais à distância, mas a matilha continuava a pressionar. Sir Barristan Selmy, o cavaleiro mais experiente do grupo, golpeou com força e destreza, derrubando um lobo que ousou se aproximar demais. Enquanto isso, Sir Whent enfrentava dois lobos ao mesmo tempo, sua lança fazendo movimentos rápidos e mortais.

Os lobos eram numerosos e implacáveis, mordendo e rosnando, tentando derrubar os cavaleiros de seus cavalos. Lorde Sumner empunhou sua espada com firmeza e conseguiu afastar um lobo que investia contra seu cavalo. No entanto, ele foi arranhado na perna, uma queimadura fria que o fez gritar de dor.

A batalha era intensa e caótica. Os cavaleiros lutavam para se proteger enquanto a adrenalina corria em suas veias e o instinto de sobrevivência os mantinha firmes. O escudeiro Jaime, o mais jovem do grupo, lutava com determinação, superando sua inexperiência com coragem.

A floresta ecoava com os uivos dos lobos e os gritos dos cavaleiros. Os homens lentamente formam um círculo defensivo. Eles estavam convictos a resistir até que a matilha desistisse ou fosse afastada.

O líder da matilha, um lobo gigante e musculoso, parecia observar de perto. Seu olhar penetrante indicava que ele não estava disposto a desistir facilmente. A batalha estava longe de terminar, e os cavaleiros não podiam se dar ao luxo de baixarem a guarda.

Sir Jonothor, disparando com seu arco e flecha, gritava para seus companheiros manterem-se firmes. E eles continuaram a lutar por um bom tempo empunhando suas armas com fúria. Os corpos dos lobos mortos formavam pilhas, e aos poucos eles foram recuando, cedendo terreno diante da determinação e bravura dos cavaleiros. Finalmente o lobo gigante deu um uivo agudo e a matilha desapareceu nas sombras da floresta.

O jovem escudeiro Lannister, exausto e ferido, respira aliviado sabendo que havia sobrevivido a um confronto mortal com os lobos famintos. Com cautela ele monta em seu cavalo até que percebe a falta de seu colega:

— Ué? Onde está o estúpido do Merret?


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