— No meu tempo não tinha essa safadeza.

— Desculpa, não entendi. O que disse?

Ele repetiu.

— Mas que safadeza? — Samuel continuou a perguntar — O senhor pode ser mais específico?

Todos reparavam na cena.

— Dois bigodudo se agarrando. — Estava tão cheio de si que pensava ocupar uma cátedra.

— Mas quem tá se agarrando — Samuel continuava com a voz tranquila. — Alguém, por acaso, agarrou o senhor?

Na cabeça e peito de Eduardo, Samuel estava cada vez mais alceado.

Samuel-sonso, era sua nova religião.

— EU VI VOCÊS DOIS SE ESFREGANDO!

— Se algum bigodudo se esfregou em mim — Samuel olhou ao redor — por favor: repita.