Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 47
O protetor misterioso




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Um belo dia, um avião pousava no Aeroporto Internacional de Tóquio, vindo da Europa.  Após a aeronave pousar, uma bela jovem desembarca, e depois de passar pela alfândega local, fazer a inspeção das suas bagagens, eis que ela segue até a saída do aeroporto.   

 

???:  Eu voltei da França, depois de 3 anos, e vim ao Japão para procurar aquele que foi meu protetor, que me salvou a vida quando era criança.  Sou órfã...  não conheço seu rosto, nem seu nome eu sei...  só sei que me salvou e me fez estudar no exterior.   

 

Nisso, eis que chega uma equipe de imprensa, abordando a moça, no afã de obter uma entrevista.  Será alguma celebridade?   

 

REPÓRTER:  Você não é Mari Kozuki? – perguntando à jovem. 

 

Mari Kozuki...  então esse é o nome da jovem que acaba de chegar da Europa! 

 

Instantes depois, aparecem imagens da jovem Mari Kozuki a tocar piano.  Ela tinha o semblante um tanto triste, pensava o tempo todo naquele que a salvou da morte, na infância.   

 

MARI (pensando):  Onde está o senhor?  Será que estará me ouvindo a tocar? 

 

Enquanto isso, noutro lugar, mais precisamente em Hikawa, nossos heróis estavam a assistir TV.  Estavam assistindo exatamente a apresentação da jovem pianista recém-chegada de Paris.   

 

AMI:  Realmente...  é uma pianista magnífica! – se admira. 

HYOGA:  É verdade, meu floco de neve – diz, segurando uma xícara de café – sua música é encantadora... 

MINA:  Ela chegou a mencionar um protetor...  quem será, afinal? – indaga. 

 

Eis que chegam Dohko e Setsuna, os Mestres de Shiryu. 

 

DOHKO:  Amigos...  vocês devem fazer a proteção dessa moça – diz. 

SHIRYU:  Sim, Mestre – no entanto, estranha tal decisão – Mas...  será que o Tube ousaria atacar essa jovem? 

DOHKO:  Apressem-se!  A vida dela depende da ação de vocês. 

 

Sabendo que seu Mestre é um homem que pressente tudo, Shiryu chama os demais para acompanha-lo.   

 

Enquanto isso, Mari era levada de fusca por uma freira.  Certamente irá ficar hospedada em algum convento.  No entanto, eis que a madre que dirigia o veículo sente algo estranho, e para o carro.  Quando desce para checar, se depara com o pneu dianteiro direito furado. 

 

FREIRA:  Minha nossa...  o pneu furou – e fala com a pianista – espere um pouco, senhorita, enquanto eu o troco.   

 

A jovem pianista, por sua vez, observava tudo a seu redor, com uma certa nostalgia. 

 

MARI (pensando):  Que saudade de ver o mar...   

 

Eis que chega perto da cerca que separa a terra do mar, para observar melhor, enquanto a madre continuava a fazer a troca do pneu estourado.   

 

MARI (pensando):  Há dez anos, este homem me deixou nesse convento, e me mandava dinheiro sempre – e se lembrava de sua infância – jamais esquecerei daquelas mãos bondosas... 

FREIRA:  Está pronto! – chama pela jovem pianista, após trocar o pneu.   

MARI:  Antes de tudo...  queria muito que meu protetor ouvisse meu piano.  Queria muito saber sobre meus pais, sobre minha vida antes de vir para o convento...   

 

Ambas seguem viagem até o convento, sem fazer ideia que um grande perigo ia surgir dentro em breve.  Eis que uma poderosa rajada as atordoa, fazendo o fusca parar.  Quando Mari e a freira que conduz o carro dão por si, eis que surge ela; a ninja assassina Fuumin.  Certamente fora mandada por Zeba e por sua senhora, Igan, atacar.  As duas ocupantes do carro ficam atemorizadas. 

 

FUUMIN:  Vamos, saia! – arranca a freira do carro e a golpeia, fazendo-a desmaiar, e puxa a pianista – Vamos, saia depressa! 

 

Quando Mari Kozuki olha para a frente, vê Fuumin acompanhada dos Soldados Angla, e de outro monstro subterrâneo. 

 

FUUMIN:  Monstro subterrâneo Baldodogla... – chama por ele. 

 

Lá está Baldodogla, feio e terrível que só, mostrando o quão terrível é.  Nisso, Fuumin, de espada na mão, se aproxima da jovem pianista para mata-la.  Mari estava em pânico, totalmente sem ação.  Nisso, eis que um raio de luz a atinge, tombando a vilã para trás.  Era um meteoro!  Isso significa...  SEIYA!!  E era ele, acompanhado de Serena, Shiryu, Ami, Hyoga, Mina, Shun, Rini e Koga.  Mas todos ainda estavam sem transformação.   

 

FUUMIN:  Maldita Irmandade... – brada, se levantando. 

SHIRYU:  Por que fazem isso?  Por que querem mata-la? – indaga. 

IGAN:  Todos aqueles que cruzem o caminho de Tube devem morrer! 

SHIRYU:  Isso é o que você pensa, maldita! 

 

Os Soldados Angla partem com tudo pra cima dos heróis, que invocam suas transformações, e saem na porrada com eles.  Mari fica surpresa em ver que aqueles jovens são os guerreiros da Irmandade.  Os Soldados Angla partem com tudo contra a jovem pianista, mas Rini a protegia o tempo todo, enquanto dava um couro nos combatentes de Tube.  Do outro lado, Koga era atingido em cheio pelas garras de Baldodogla, que eram arremessadas contra ele, como se fossem bumerangues explosivos.  Shiryu, por sua vez, dá um salto na direção do monstro. 

 

SHIRYU:  EXCALIBUR!!!! – e decepa o braço esquerdo da criatura – agora sim, não pode lutar direito, prepare-se para morrer! 

 

Falou cedo demais!  A parte de cima do monstro, que possui um enorme chifre, começa a levitar.  Do chifre, sai uma luz dourada, que regenera o braço que Shiryu havia decepado com seu punho afiado.   

 

SHIRYU:  Ele autorregenerou o braço decepado...  mas como? – indaga. 

IGAN:  O chifre mágico de Baldodogla cura todas as doenças – diz – e por isso, ele é imortal! 

SHIRYU:  Como é que é? – se volta para os demais – Pessoal...  eu, junto com Seiya, Serena, Koga e Rini, tentaremos enfrenta-lo.  Hyoga, Ami, Shun e Mina...  saiam daqui com a Mari!

 

No entanto, seria difícil enfrentar Igan e o monstro Baldodogla, já que estavam diante de um monstro com poderes ainda mais assombrosos.   

 

IGAN:  Baldodogla...  transforme a Mari em pedra! – ordena. 

 

O monstro lança uns raios esféricos de suas mãos na direção da pianista, mas não consegue atingi-la em cheio.  Entretanto, sua mão direita é atingida, ficando petrificada.  E agora...  como ela poderá tocar seu piano, se uma das mãos virou pedra?   

 

SHUN:  Essa não...  Baldodogla petrificou a mão direita de Mari! – diz, espantado. 

 

Baldodogla caminhava na direção deles, mas Shiryu, Seiya e Koga o tombam pra trás com uma tripla voadora.   

 

SEIYA:  Amigos...  vamos ter que ir embora por hora – diz.

 

Os heróis vão embora, para evitar que a jovem pianista sofra ainda mais danos.   

 

Naquele momento, ambos estavam no convento onde a jovem Mari Kozuki fora criada, desde que sua vida foi salva, e sua família morta.  A pianista olhava o tempo todo para sua mão direita, petrificada.  Estava totalmente arrasada com aquilo, pois sem uma das mãos, não tinha como tocar seu piano com perfeição.   

 

MARI:  Com essas mãos...  nunca mais poderei tocar – diz, em meio às lágrimas – eu prefiro morrer... 

 

Shiryu se aproxima dela, para tentar dar um conforto. 

 

SHIRYU:  Mari...  eu lhe peço...  não desanime... 

MARI:  Mas nunca mais...  nunca mais vou poder tocar para que o meu protetor possa me ouvir... 

 

Ao ouvir aquelas palavras, Shiryu sente-se profundamente tocado.  Mari, por seu turno, corre aos prantos para dentro do convento.  Corre até o salão onde seu piano estava guardado, se ajoelha perante o instrumento, e se põe a chorar.  Sentia-se inútil, com a mão direita petrificada pelo monstro Baldodogla.  Maldita Igan...  como você consegue ser tão cruel?   

 

Mais tarde, Shiryu e seu grupo estavam de volta à sua base, embaixo da casa de jogos do Andrew.  Lá, Dohko de Libra estava o tempo todo pensativo, olhando para uma ocarina que ele trazia em mãos.  Setsuna, sua noiva, estava com ele.   

 

SETSUNA:  Dohko, meu amor...  que ocarina é essa?  Não sabia que gostava de instrumentos musicais... 

DOHKO:  Bem, minha amada...  essa é uma lembrança antiga, a qual eu guardo até hoje... 

 

Eis que chega o discípulo de ambos; Shiryu! 

 

SHIRYU:  Mestre Dohko...  eu gostaria de saber mais detalhes sobre a vida de Mari Kozuki.   

 

Embora tal assunto o deixe meio desconfortável por dentro, o outrora Mestre Ancião sente que é chegada a hora de seu discípulo saber mais coisas que ele antes não sabia, e decide falar a verdade sobre Mari Kozuki. 

 

DOHKO:  Tudo bem, Shiryu, eu vou lhe contar tudo...  há dez anos, pouco antes de você chegar em Rozan, comecei uma investigação sobre o Tube, sabendo ser um inimigo que, em breve, poderia atacar a Terra, além de outros deuses que já enfrentamos antes.  Foi quando senti uma estranha energia no subterrâneo.  

 

FLASHBACK 

 

Um homem, com roupas e chapéu de mineiro, andava pelo Mundo Subterrâneo, ouviu um barulho de desmoronamento, e gritos de socorro.  Eram Mari Kozuki, ainda criança, e sua mãe.  A mãe de Mari estava afundando na terra, sendo puxada pelo monstro Igadogla (o mesmo monstro que raptou Lita, fazendo da vida do Shiryu um inferno).  Mari tentava tirar a mãe do fundo do buraco, mas o monstro era mais forte. 

 

MARI:  Mamãe...  não vá embora... – diz, chorando. 

MULHER:  Eu não aguento mais...  pegue isso – entrega uma ocarina. 

MARI:  MAMÃE!!!! 

 

Quando o monstro estava puxando a mãe de Mari para o fundo, eis que o tal homem, que acabara de chegar, dispara um resplendor, que o atinge, fazendo-o bater em retirada.  Em seguida, foge levando Mari consigo. 

 

MARI:  Mamãe...  quero a minha mãe... – gritava. 

 

FIM DO FLASHBACK 

 

DOHKO:  Essa moça...  ela é Mari Kozuki – diz. 

SHIRYU:  Então ela é do Mundo Subterrâneo? – indaga. 

 

O Mestre de Shiryu acena positivamente com a cabeça. 

 

DOHKO:  Interiormente, o medo a dominava...  e se continuasse assim, seu coração se partiria pelo medo.  Para afasta-la do medo, esse homem que a salvou procurou ajuda-la apagando sua memória.  A nova Mari foi internada no Convento Maria, e seu interesse por piano foi crescendo.  O som do piano de Mari acalentava os ouvintes e tranquilizava os corações, era maravilhoso – diz, com a voz contendo certa tristeza. 

SHIRYU:  Mestre...  afinal...  quem é esse protetor da Mari?  Gostaria que ela o encontrasse... 

DOHKO:  Shiryu...  se ela o encontrar, vai querer saber sobre seu passado.  Se ela souber que veio do Mundo Subterrâneo, o medo a dominará de novo.  Ela não pode encontra-lo! – diz, ainda segurando a ocarina.   

 

Shiryu e Setsuna, por sua vez, ficam um tanto surpresos com as palavras de Dohko.  Começam a desconfiar que haja alguma ligação entre ele e a jovem pianista.   

 

SHIRYU:  Mestre...?! 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam no Mundo Subterrâneo.  Na sala do trono, Zeba estava o tempo todo inquieto, pois o nome Mari Kozuki o deixava bastante perturbado.  Mas por que tanta perturbação?   

 

ZEBA:  Mari Kozuki...  ela é a única sobrevivente da Família Melmi, e que resistiu até o fim do ataque. 

BARRABÁS:  Família Melmi? – indaga. 

ANAGUMAS:  A Família Melmi é uma família de músicos do Mundo Subterrâneo.  Suas músicas tranquilizam os corações dos seres subterrâneos e roubam toda a vontade de guerrear.   

 

Nisso, aparecem alguns camafeus de Mari, quando ainda vivia no Mundo Subterrâneo, tocando sua ocarina, e alguns dos monstros subterrâneos – já vencidos pela Irmandade – e Soldados Angla dançavam ao som de sua melodia. 

 

Zeba, por sua vez, estava determinado a exterminar a jovem pianista, custe o que custar. 

 

ZEBA:  Isso não pode continuar assim!  Acabem com ela o mais rápido possível! – ordena. 

 

Pelo visto, nossos heróis terão que ficar o tempo todo perto de Mari Kozuki. 

 

Enquanto isso, Mari, mesmo com uma mão petrificada, tentava tocar seu piano, mas era difícil.  Uma das freiras do convento estava presente, e também ali estavam Serena, Mina, Ami, Paradox e Rini.  Sentindo a dificuldade em tocar, por conta da magia do monstro Baldodogla, Mari para de tocar, e se põe a chorar. 

 

MARI:  AAAAAAAAA  não...  não consigo...  não posso... 

 

E foge aos prantos, completamente destruída por dentro.   

 

AMI:  Mari... – chama por ela. 

 

Mas ela não queria ouvir.  Corre para não ter que chorar na frente de todos.  Do lado de fora, os rapazes observam tudo, pelo vidro da porta. 

 

SHUN:  E agora...  o que faremos? – indaga. 

RYUHO:  Verdade.  Como faremos para curar a mão dela?  Com a mão petrificada, ela não pode tocar seu piano. 

SHIRYU:  Não devemos perder a esperança!  Nós, Cavaleiros, lutamos com tudo até o fim, na esperança de achar a luz no fim do túnel.  Haja o que houver, vamos salvar Mari desse destino cruel. 

 

A pianista, por sua vez, continuava a correr pelos corredores do convento, sempre chorando, por não poder tocar seu piano, já que uma de suas mãos foi petrificada por Baldodogla.  Maldito Tube!  Dessa vez você foi ainda mais longe na sua maldade! 

 

MARI:  Ó Meu Senhor – e pensa em seu misterioso protetor – me diga...  o que que eu devo fazer?  

 

Chorava o tempo todo, pensando em seu misterioso protetor.  

 

Enquanto isso, em outro lugar, Dohko estava a meditar, sentado em pose de lotus (semelhante a Shaka de Virgem).  Pensava em Mari.  Sua amada Setsuna, assim como seus demais amigos, Shura, Haruka, Saga, Hotaru, Kanon, Molly, Michiru e Camus, o observavam. 

 

DOHKO (pensando):  Mari...  não desanime!  Seja forte...  não perca a esperança.  Faça isso pelo seu protetor. 

 

Mas quem...  quem será o protetor de Mari?  E por que Dohko não quer que ela o encontre?  Por acaso será...  será possível...  que o protetor da musicista do Mundo Subterrâneo...  pode ser ele...  o Mestre de Shiryu?  Ao fundo, Setsuna e os demais estavam desconfiados. 

 

SETSUNA (pensando):  Será possível...  que o meu amado Dohko...  ele possa ser o protetor de Mari?  Mas...  como...?? 


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