Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 43
A perda da coragem




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Dias depois, algumas coisas se passavam pelas ruas de Tóquio.  Naquele momento, Seiya, o Cavaleiro de Pegasus, e sua namorada, Serena Tsukino, codinome Sailor Moon, estavam a fazer um giro de moto pelas ruas da cidade.  Tudo corria tranquilamente, nenhum sinal do Tube.  Mas, a qualquer momento, aquela paz logo será quebrada.  Nisso, o jovem casal passa com sua moto ao lado de um ônibus fretado de turistas, quando algo inesperado acontece; uma explosão ocorre num esgoto, provavelmente esgoto de gás ou luz.  Com a força da explosão, ambos caem da moto, e os turistas que estavam em frente ao ônibus, prontos para o embarque, também caem.  Quando Seiya e Serena olham para a frente, em direção ao fogaréu aceso no local da explosão, se deparam com um enorme monstro, que muito lembra uma galinha (que coisa não?).  Só pode ser mais um dos servos de Zeba tocando o terror na superfície, a mando de Igan ou Barrabás.  Ou pode ser, talvez, um monstro a serviço de Kiroz, o cavaleiro ladrão.  Atrás dele, havia um homem caído.  Mas peraí...  esse não é o...  BOLA SETE?  Sim!  É o dono do podrão onde Seiya gosta tanto de comer. 

 

SEIYA:  Monstro subterrâneo... – e olha para trás – mas...  Bola Sete?!  Rápido, fuja daqui, é perigoso!  

BOLA SETE:  AAAAAAAAA  não posso...  torci a perna... – gemia de dor. 

SERENA:  Minha nossa...  vamos ajuda-lo, amor! 

 

O jovem casal ajuda o amigo culinarista a se levantar.  Nisso, eis que ambos se dirigem a um lugar, uma espécie de galpão abandonado, onde possam ficar até o perigo passar, uma vez que não podem arriscar se transformar na frente de Bola Sete, nem lutar com ele ali presente, ou iam coloca-lo ainda mais em perigo. 

 

SEIYA:  Coragem, amigo, estamos chegando... 

BOLA SETE:  AAAAAAAA  obrigado, Seiya...  você é um grande amigo... 

 

Porém, são surpreendidos por diversas explosões.  Provavelmente o monstro os seguiu até ali.  Ou podem ser os demais vilões já com uma armadilha preparada para os heróis.   

 

SEIYA:  Rápido, se esconde! – ordena. 

 

O jovem cozinheiro, que antes era gordo que só, mas agora estava magro – provavelmente fez bariátrica ou reeducação alimentar – acata e corre procurar um lugar para se esconder.   

 

SEIYA:  Onde está você, seu covarde?  Vamos, apareça! – ordena. 

 

Quando Serena e Seiya olham do outro lado, eis que veem ninguém menos que o bandoleiro subterrâneo Kiroz, já pronto para o combate, e estava acompanhado do monstro que causou aquele pandemônio perto de um ônibus de turistas. 

 

SERENA:  Kiroz!  Só podia ser você mesmo – diz. 

KIROZ:  Seiya...  você vai deixar de ser um Cavaleiro de Atena – ameaça. 

SEIYA:  Como é que é? – indaga. 

BOLA SETE:  Cavaleiro de Atena? – ouve tudo escondido. 

 

E agora?  As identidades dos nossos heróis estão em perigo, uma vez que um estranho – mesmo sendo amigo deles – ouviu tudo escondido, mesmo que sem querer. 

 

KIROZ:  Para eu poder matar Shiryu, você é uma pedra no meu caminho.  Você perderá não só sua força, mas também sua coragem, logo será um reles covarde. 

SEIYA:  Eu perder minha coragem?  Não brinque!  Não permitirei que você controle as pessoas conforme a sua vontade, seu bandido.   

KIROZ:  Monstro Mezumedogla...  mostre do que você é capaz – ordena que o monstro parta para o ataque. 

 

Mezumedogla, então, se apresenta para o combate. 

 

SEIYA:  Isso é o que nós veremos...  PELA FORÇA DE PEGASUS!!! 

SERENA:  PELO PODER DO PRISMA LUNAR!!! 

 

Ambos se transformam para a ação, e avançam com tudo contra Kiroz e Mezumedogla.  Bola Sete, escondido, fica surpreso ao ver que os mais fieis clientes de seu podrão são os heróis que protegem a Terra contra as investidas do Tube.  Seiya avança com tudo contra Mezumedogla, enquanto Sailor Moon se encarrega de Kiroz, mas ambos são oponentes osso duro de roer.   

 

BOLA SETE:  Então Seiya é o Cavaleiro de Pegasus, e Serena é Sailor Moon...  esse tempo todo estive servindo os dois mais fortes heróis da Terra... – diz, ainda perplexo com a descoberta. 

 

O combate prossegue.  Seiya consegue fazer frente ao monstro Mezumedogla, mas Serena, como enfrentava Kiroz, tinha dificuldade, pois o bandoleiro é muito ágil e forte.  Nisso, eis que Kiroz a derruba com um golpe, irritando Seiya. 

 

SEIYA:  SERENA!!!  Maldito Kiroz...  deixe-a em paz! 

 

Nisso, Mezumedogla vomita chamas contra Seiya, que o atordoam, além de causar violentas explosões ao redor.   

 

SEIYA:  Agora você me irritou ao extremo – e desenha sua constelação com as mãos – METEORO DE... 

 

Mas Kiroz o atinge em cheio com rajadas dos olhos, ferindo-o. 

 

SERENA:  NÃO!!!  Deixem-no em paz, malditos! – brada. 

 

Com o golpe, a armadura de Pegasus desaparece. 

 

KIROZ:  Mezumedogla, é a sua vez – ordena. 

 

Eis que o monstro agarra Seiya, e olhando diretamente em seus olhos, lança um raio espiral de seus olhos, como se fosse hipnose.  Em seguida, dá uma porrada violenta, que o arremessa para trás, fazendo-o voar. 

 

SERENA:  Maldito, pare com isso! – e saca seu cetro – SUBLIME MEDITA... 

KIROZ:  NÃO!!! – e a golpeia arremessando sua foice como um bumerangue, e desarmando-a – Não permitirei que me atrapalhe, Princesa da Lua – e se vira para Seiya – Agora você foi reduzido a um grande medroso, um covarde, não poderá mais lutar, seu reles vagabundo. 

SEIYA:  Como é? – tenta ficar de pé. 

 

No entanto, sua visão fica turva aos poucos, sente a cabeça girar, suas pernas ficavam trêmulas, como se estivesse com febre.  

 

KIROZ:  HAHAHAHAHAHAHAHAHA  Seu medroso...

 

Aquela risada maléfica ecoava na sua mente.  Do outro lado, Serena tenta fazer algo por seu amado. 

 

SERENA:  Seiya...  por favor, reaja...  não fique assim – diz, com voz triste. 

 

Do outro lado, Bola Sete estava preocupado por seus amigos e clientes. 

 

KIROZ:  Agora sim, seu infeliz, vou verter sangue do seu pescoço – empunha sua foice. 

MINA:  Alto lá Kiroz! – chega pendurada pela sua corrente, como se fosse um cipó, e acerta um chute na cara do vilão, que o derruba. 

 

Shiryu e os demais acodem o amigo. 

 

SHIRYU:  Seiya, por favor...  mantenha-se firme...  SEIYA!!!! 

KIROZ:  É inútil interagir com ele!  Seu amigo virou um covarde graças ao poder do monstro Mezumedogla.  Agora está totalmente fraco... 

SEIYA:  Isso é uma brincadeira! – grita, ficando de pé. 

 

Corre com tudo contra Kiroz, mas leva uns golpes que o derrubam.   

 

SHIRYU:  Seiya!  O que houve, afinal de contas?  O que aconteceu com seu espírito guerreiro? 

HYOGA:  Seiya! 

AMI:  O que está havendo com você, afinal? 

KIROZ:  Toda a coragem dele se esvaiu – e chama seu aliado – Mezumedogla... 

 

Com um rugido, Mezumedogla faz Seiya entrar em pânico.  Todos ali ficam abismados. 

 

TODOS:  SEIYA!!! 

KIROZ:  O poder hipnótico de Mezumedogla está fazendo dele um completo covarde.  Não poderá mais lutar dessa forma.  HAHAHAHAHAHAHAHA 

AMI:  Cale a boca seu bandido!  Não permitiremos que controle ninguém! 

 

Seiya continuava a se contorcer, totalmente descontrolado, querendo dali fugir o quanto antes. 

 

SHUN:  Seiya...  mantenha-se firme, por favor... 

 

Seiya sai correndo.  Os demais correm atrás dele. 

 

KIROZ:  Não irão a lugar nenhum, malditos! – os ataca com metralhadas de seus pulsos. 

 

Os heróis são atordoados por explosões criadas pelo ataque de Kiroz.  Nesse momento, Seiya estava a andar sozinho em algum outro lugar, ainda perturbado pelo poder hipnótico de Mezumedogla.  E agora, como ele irá se livrar deste poder maléfico?  Como ele conseguirá recuperar sua coragem?   

 

SEIYA:  AAAAAAAAAA  eu não consigo...  e agora... 

 

Eis que chega alguém por trás.  Era Bola Sete, o cozinheiro preferido dele. 

 

BOLA SETE:  Seiya...  não vai se juntar aos seus amigos? – indaga. 

SEIYA:  Eu...  não quero... – diz, ainda com voz trêmula – tenho medo de lutar... 

BOLA SETE:  Isso não é seu? – mostra um anel, com o qual invoca sua armadura. 

SEIYA:  Eu...  não preciso disso... 

BOLA SETE:  Pegasus...  assim acha que pode proteger o mundo? 

 

Ao olhar o sofrimento do amigo e cliente, chega a uma conclusão: 

 

BOLA SETE (pensando):  Para me proteger, ele arriscou se tornar um medroso.  Ele foi corajoso.  O verdadeiro Seiya, ou melhor, Pegasus, ainda tem muita coragem e força.  Eu acredito nele – e o chama – Seiya...  venha comigo. 

 

Ainda atordoado, Seiya acompanha Bola Sete.  Naquele momento, no Castelo Subterrâneo, algumas coisas se passavam. 

 

BARRABÁS:  Mezumedogla, o monstro que hipnotiza... 

IGAN:  Kiroz deve tê-lo ressuscitado do Inferno Vendaval! 

ANAGUMAS:  Para derrubar Shiryu, ou até ambos, Kiroz não ficaria escolhendo meios para atacar. 

ZEBA:  Está claro que ele errou em não ter acabado com Seiya – e olha para a ninja serva de Igan – Fuumin...  procure por Pegasus e o elimine! 

FUUMIN:  Sim! – faz reverência. 

 

Nesse momento, outras coisas se passam, mas num restaurante de grande porte, onde Bola Sete estava a trabalhar.  Na certa, estava aprendendo a cozinhar melhor, já que a comida de seu podrão, até então, era considerada bastante indigesta pelos amigos de Seiya, exceto por ele. 

 

BOLA SETE:  Estou trabalhando neste restaurante, onde decidi me aperfeiçoar, depois que minha cantina foi interditada pela vigilância sanitária.  Meu maior sonho é ser um grande chef.  E pra isso, estou me especializando, depois que eu vi que não era tão bom cozinheiro assim.  

 

Seiya, ainda se sentindo perturbado, prestava atenção nas palavras do velho amigo, cujo podrão fora interditado.  Ficava surpreso por ver que ele estava se especializando como chef. 

 

BOLA SETE:  E seu sonho, meu amigo, qual é? – indaga. 

SEIYA:  O que...  sonho? – fica surpreso. 

BOLA SETE:  Sim...  seu sonho.  Qual é seu maior sonho, meu amigo?   

SEIYA:  Bom...  confesso que eu...  já nem sei mais... 

 

E se levanta.  Já era noite.  Sai para respirar um ar puro.  Se depara com a roda gigante de um parque que funciona mais lá para trás.  Olhava para o céu estrelado, com um semblante de tristeza.  Naquele momento, no esconderijo, abaixo do fliperama, os heróis chegavam, mas estavam decepcionados. 

 

ARTEMIS:  E então, cadê o Seiya? – indaga. 

SHIRYU:  Nenhum sinal – diz, preocupado. 

LUA:  Provavelmente Seiya não quer fazer contato conosco – diz. 

SHIRYU:  Mas o que devemos fazer para reverter a hipnose do Mezumedogla? – indaga. 

ARTEMIS:  Somente acabando com o monstro... 

REI:  Mas como vamos conseguir acabar com esse monstro?  Ele é muito forte – diz. 

IKKI:  Sua força é terrível, embora não pareça grande coisa... 

ARTEMIS:  Tudo agora depende do Seiya ter coragem – diz. 

SERENA:  Seiya...  onde estará você, meu amor? – chorava. 

MINA:  Não se preocupe, Serena, nós conseguiremos salva-lo – abraça a amiga, em meio às lágrimas. 

 

Mais tarde, o dia amanhece.  Seiya estava de pé.  Olhava ao redor do lugar onde pernoitou, próximo ao parque de diversões.  Observava o amigo, Bola Sete, a fazer o descarte do lixo.  Bola Sete mostrava mesmo grande esforço em se especializar, depois do vexame de ter seu negócio fechado pela vigilância sanitária.  Depois, estava de volta ao trabalho.  Seiya, do lado de fora, olhava para uma montanha russa, onde seus ocupantes estavam a se divertir.  Pensava nas palavras do amigo, sobre qual seja seu maior sonho. 

 

SEIYA:  Sonho... – balbucia.   

 

Eis que se lembra dos tempos em que trabalhava com Haruka, a Sailor Urano, em sua equipe de corridas.  Era o mecânico responsável pelos reparos do carro da espadachim.  Enquanto estava distraído, alguém vem por trás, ataca-lo com uma frigideira.  Era Bola Sete!  Mas por que ele fazia isso?  Seiya consegue se desviar do ataque a tempo. 

 

SEIYA:  Bola...  não faça isso... – diz, todo medroso. 

BOLA SETE:  Seiya...  crie coragem!  Você não pode continuar assim, medroso...  lute com garra, crie coragem.  A salvação do mundo só depende de você.  Seus amigos esperam por você.  Por que não se junta a eles? 

 

Lembra da luta que tivera contra Kiroz e Mezumedogla.  Nisso, começa a ter uma crise de pânico, ao lembrar do que passou.  

 

SEIYA:  Não...  eu vou perder...  não posso, Bola... 

 

Sem ambos saberem, Fuumin os observa, escondida.  Maldita assassina...  Bola leva Seiya pelo braço de volta ao restaurante.  Nisso, eis que Shiryu e os demais chegam. 

 

SHIRYU:  Seiya... – diz, sério. 

 

Ao ver o amigo, Seiya tenta fugir.  Do outro lado, aparecem Rini, Koga, Mina e Shun. 

 

SEIYA:  Olá, pessoal... – diz, demonstrando medo. 

BOLA SETE:  Vocês todos são Cavaleiros de Atena e Sailors Scouts...?  Perdão...  sou o Bola Sete, era o dono do podrão onde o Seiya gostava de comer.  Não se preocupem, não direi nada sobre suas identidades a ninguém – diz, com convicção. 

SHUN:  Tudo bem, Bola Sete.  Na verdade, viemos ajudar o nosso amigo – e chega para o amigo – Seiya...  nós vamos voltar pra casa juntos, sim? 

SEIYA:  Eu...  não posso...  tenho muito medo... – diz, com voz trêmula – tenho muito medo de lutar...  me perdoem...   

SHIRYU:  Seiya...  você é Pegasus!  Deixe de covardia!  O verdadeiro Seiya que eu conheço nunca fugiu de um combate, mesmo estando às portas da morte, nunca desistiu.  Sempre lutou e venceu.  Esse não é você! – ralha – Faça arder o seu cosmo, e desfaça a magia negra do Mezumedogla.  

SEIYA:  Não...  eu não consigo...  não posso... – diz, acovardado. 

SHIRYU:  Seiya... – diz, cerrando os punhos. 


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