Saint Moon Tube escrita por OrochiYashiro


Capítulo 11
A criança espacial




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Algumas noites depois, nossos heróis se encontravam reunidos no Templo Hikawa, residência de Rei e Ikki.  Todos lá estavam em estado de meditação, como forma de fortalecer ainda mais seus cosmos.  Shiryu, apesar de sua preocupação para com sua amada Lita, que é prisioneira de Tube, procurava manter-se o máximo possível desapegado, para não atrapalhar sua concentração em manifestar seu cosmo de forma ainda mais intensa.  No entanto, parece que alguém, de muito longe, consegue captar sua energia cósmica.  Alguém cuja frequência de seu cosmo seja a mesma do Príncipe Dragão. 

 

???:  Que cosmo magnífico!  Quem é você? – indaga uma voz de criança, mais precisamente, uma menina.

 

Ao ouvir aquela voz estranha a interagir com ele, Shiryu sai de seu estado de meditação, mas, para saber melhor quem estava a lhe fazer contato, volta a meditar e manifestar seu cosmo.  Novamente a voz de menina entra em contato com o Cavaleiro do Dragão por telepatia cósmica.

 

???:  Qual o seu nome?

SHRYU:  Eu me chamo Shiryu...  e você?

???:  Meu nome é Lola...  Shiryu, um dia desses passarei aí na Terra para a gente se conhecer...

 

No entanto, eis que o jovem sino-japonês escuta Lola gritar, como se estivesse em perigo.

 

SHIRYU:  O que...  mas o que...  LOLA!!!  Onde está você, Lola?! – grita afoito, saindo de sua meditação.

 

Notando a perturbação de Shiryu, os demais também param de meditar.

 

IKKI:  Shiryu...  o que houve, afinal? – indaga.

SHIRYU:  Pessoal...  vocês não ouviram a voz de Lola?

HARUKA:  Lola?!  Quem...  ou o que é?

SHIRYU:  Acho que só eu ouvi... – diz, ainda sem entender como isso foi possível.

 

Parece que nosso herói, em algum lugar do Universo, fez uma nova amiga.

 

Naquela mesma noite, alguns distúrbios ocorrem em Tóquio.  Mais uma fera assassina de Tube estava a agir.  Um monstro que se divide em dois, onde o menor, que fica na cabeça do monstro maior, se agarra a um poste de energia, e nisso, ambos os monstros liberam uma poderosa força magnética, que começa a dar início a diversos apagões em série na cidade.  O pânico e o caos imperavam em Tóquio.  A força magnética da nova criatura liberada da câmara refrigerada de Tube causava também explosões e acidentes com vítimas em estado grave noutras partes da capital japonesa.  Enquanto isso, no palácio de Zeba, os vilões se divertiam com a situação.

 

BARRABÁS:  O monstro subterrâneo Magnedogla, com sua tempestade magnética, é capaz de causar descontrole total em tudo aquilo que funciona a base de eletricidade.  Emanando tal força, conseguiremos dominar a Terra por meio de distúrbios e catástrofes em série.

ZEBA:  Usar a própria eletricidade e outros meios magnéticos úteis aos terráqueos contra eles mesmos...  excelente, Barrabás!  Vamos conquistar a superfície por meio do caos e da desgraça.  HEHEHEHEHEHEHEHEHE

 

Não fique tão alegre, Zeba, que os Príncipes do Zodíaco e as Princesas Planetárias conseguirão impedi-lo, não importa como.

 

No dia seguinte, sentindo que o Tube novamente estava a atacar, os Cavaleiros e as Sailors correm até o local onde tudo teria começado, e quando lá chegam, só encontram uns postes derrubados e aparelhos de alta tensão derretidos.

 

SEIYA:  Isso é coisa daqueles bandidos do Tube!  E pelo visto, resolveram atacar com alguma coisa que interfere no magnetismo dos aparelhos e dos transformadores de energia...

SHIRYU:  Certamente, Seiya.  E isso é recente, pois ainda cheira a queimado.

AMI:  Precisamos descobrir que tipo de monstro está causando esses distúrbios, e vence-lo em definitivo.

 

Nisso, eis que são surpreendidos por Barrabás e Oyubu.

 

SHIRYU:  Barrabás...  eu sabia que tinha dedo seu nisso! – diz.

BARRABÁS:  Acertou em cheio, meu chapa!  Soldados Angla...

 

Novamente os Soldados Angla aparecem pra lutar, mas, em pouco tempo, são todos vencidos pelos heróis.  Nisso, eis que surge o responsável pelo ataque magnético da noite anterior; o monstro subterrâneo Magnedogla, pronto para armar uma cilada contra os heróis.  E seu alvo era Shiryu!  Por que tudo tem sempre que cair nas costas do coitado?

 

BARRABÁS:  O plano está correndo conforme planejado...  é agora; monstro subterrâneo Magnedogla...

 

Eis que o monstro é invocado por Barrabás, dividindo-se em dois, e ambos atacam Shiryu, levitando-o com um raio magnético, seguido de uma chuva de disparos, que o ferem.

 

TODOS:  SHIRYU!!!!

 

Mas são detidos por Oyubu.

 

OYUBU:  Não darão um passo! – adverte.

BARRABÁS:  Graças ao poder da tempestade magnética do monstro subterrâneo Magnedogla, dominaremos toda a Terra, e acabaremos com a maldita Irmandade que tanto nos importuna.  E começando por você, Dragão!

SHIRYU:  AAAAAAA  acha que eu...  entregarei a Terra... nas mãos de bandidos...  como você...?

BARRABÁS:  Cale essa boca!  Magnedogla...

 

O monstro aumenta a potência da tempestade magnética, criando explosões ao redor de Shiryu.  Seus amigos tentam ajudar, mas Barrabás e Oyubu conseguem intercepta-los.  Nisso, eis que Shiryu, por telepatia, ouve a voz da mesma menina da noite anterior – Lola – a chama-lo.

 

LOLA:  Shiryu...  você está em perigo?  Estou indo até você...

 

Eis que, em meio às nuvens, aparece um estranho objeto, que mais parece ser um OVNI.  De onde será que veio?  A nave espacial entra no meio da tempestade magnética do Magnedogla, conseguindo desfaze-la por completo, e ainda leva Shiryu consigo.

 

BARRABÁS:  Mas o que...  que diabos é isso? – indaga, enfurecido.

TODOS:  SHIRYU!!!!

SERENA:  Aquilo é um OVNI? – indaga.

KOGA:  E para onde pode ter levado o Shiryu?

 

Os heróis decidem seguir os rastros deixados pela nave alienígena. 

 

Instantes depois, eis que Shiryu estava caído no chão, ainda sentindo algumas dores, por conta da força do ataque de Magnedogla.  Nisso, ele olha para a frente, e vê o OVNI que o salvou da morte.  Dele, desce uma menina de roupa preta, com um manto branco em volta dos ombros, e umas orquídeas amarelas em volta do seu capuz.

 

SHIRYU:  Mas ela...  ela é... – diz, espantado.

 

Sim!  Era Lola, a menina espacial com quem fizera contato via cosmo, noite passada.

 

LOLA:  Shiryu... – e corre até ele.

SHIRYU:  Lola...  é você? – indaga.

LOLA:  Sim!  Senti que você estava com problemas, e vim imediatamente. 

 

No entanto, Oyubu estava à sua procura.  Shiryu puxa Lola pelo braço, e se esconde com ela, até que o inimigo siga caminho.

 

LOLA:  Shiryu...  quem são eles?

SHIRYU:  São demônios vindos do Mundo Subterrâneo.

LOLA:  Subterrâneo?

SHIRYU:  Sim...  eles iniciaram um levante contra a superfície, e junto com meus amigos, luto para combater esses bandidos.

 

Enquanto eles correm em meio à vegetação, eis que Oyubu, transformado em chamas, os perseguia, até que consegue intercepta-los.

 

SHIRYU:  Oyubu...

OYUBU:  Não irão mais longe!  Soldados Angla...

 

Novamente os Soldados Angla surgem para lutar.  Mesmo sem sua armadura, Shiryu sai na porrada com os soldados que compõem a linha de frente de Tube.  Mas, como estava ferido da batalha anterior, sente uma certa dificuldade.  Vendo que Shiryu estava com dificuldade, Lola encontra um galho de árvore caído, o pega e usa como um porrete, partindo pra cima dos Soldados Angla.

 

LOLA:  Shiryu...  eu também vou lutar!

SHIRYU:  Lola... – fica impressionado com a coragem da nova amiga.

 

Mesmo sendo uma criança, Lola, armada com o porrete que encontrara, ataca os Soldados Angla, na esperança de proteger seu novo amigo.  No entanto, os capangas de Oyubu retiram uns cipós de seus bastões de luta, e agarram a pequena alienígena, imobilizando-a.

 

LOLA:  SOCORRO!!!

SHIRYU:  LOLA!!!

 

No entanto, é atacado por Oyubu.

 

OYUBU:  Não dará um passo! – ameaça.

 

No entanto, algo inusitado acontece; a pérola que Lola traz na sua testa emana um poderoso brilho, seguido da força de sua energia cósmica, criando várias explosões ao redor de todos, que atingem os Soldados Angla, liquidando com todos eles, e fazendo Oyubu bater em retirada temporariamente.  Em seguida, a menina espacial cai, quase inconsciente.  Shiryu corre para ajuda-la.

 

SHIRYU:  Oh, não...  Lola...  tudo bem com você? – a acode.

LOLA:  Shiryu...  sim, eu estou bem.

SHIRYU:  Que bom – sorri.

LOLA:  Que pena que o meu cosmo faísca não saiu bem na hora...

SHIRYU:  Cosmo faísca?!

LOLA:  Sim!  Quando estou em alguma situação de perigo, ele emana e me protege.  Você não foi morto naquela hora porque o poder e a frequência de sua energia cósmica são semelhantes à minha.

SHIRYU:  Então você entrou em contato comigo pela mesma frequência cósmica, não foi? – indaga.

LOLA:  Foi por isso que eu vim pra cá.  Fui guiada pela frequência da sua força cósmica.

SHIRYU:  Quer dizer, então, que o seu cosmo faísca foi o que conseguiu repelir a tempestade magnética do Magnedogla, sim?

LOLA:  Exatamente!  Naquela hora, minha nave aumentou a sua força, e isso ajudou a repelir a onda magnética que o atacava.

 

Parece que nosso amigo, agora, fez uma nova amiga para toda a vida! 

 

Enquanto isso, Zeba estava furioso com a intromissão de Lola em seu plano de ataque.

 

ZEBA:  Barrabás...  essa garota espacial vai atrapalhar o Magnedogla, e poderá ajudar a Irmandade a vencer mais uma vez.  Acabe com ela, imediatamente! – dizia, cheio de raiva.

BARRABÁS:  Sim, Senhor Zeba!

 

Enquanto isso, Shiryu, que já estava acompanhado de seus demais amigos, andava com Lola, mostrando-lhe as belezas da Terra.  A jovem viajante espacial estava deslumbrada com as maravilhas que nosso amado planeta possui.

 

LOLA:  Puxa...  como é tão linda a Terra!  Não entendo como é que num lugar tão lindo como esse, possam haver guerras...

 

Infelizmente nem todos os seres humanos sabem conviver e coexistir em paz uns com os outros, já que o fanatismo religioso, e as ideologias políticas e ideológicas, no final das contas, acabam por falar mais alto, além de atiçar a cobiça e a sede de poder nas pessoas.

 

Pouco depois, Shiryu e os demais levavam Lola para ver o mar.  A pequena jovem espacial fica encantada com a beleza do oceano. 

 

LOLA:  Nossa...  como é lindo o mar! – estava completamente feliz.

 

Os heróis observam o horizonte, entre as rochas.  Michiru e Camus, por seu turno, de mãos dadas, olhavam um ao outro, pois o oceano é o local preferido de ambos, onde eles assumiram seu amor, e onde tiveram seu primeiro beijo apaixonado. 

 

LOLA:  Pessoal...  esse planeta é tão maravilhoso!  O meu planeta natal, o M-15, é tão belo como o seu.

SHIRYU:  Planeta M-15? – indaga – Lola...  o poder do meu cosmo chegou até seu mundo de origem?

LOLA:  A força do cosmo é tão poderosa que é impossível medi-la.

 

Aquilo deixa os Cavaleiros e as Sailors fascinados.  Saber que seus cosmos podem ir até os confins do Universo...  Shiryu, por sua vez, mesmo contemplando a beleza do mar, não consegue evitar pensar no fatídico dia em que sua amada Lita lhe fora arrebatada por Zeba e sua corja.  Nutre a esperança de um dia poder salva-la, mas, cada dia que passa, este sonho vai se tornando mais difícil.  Nisso, eis que os corvos de Rei, que ajudam a proteger o Templo Hikawa, ali chegam voando, avisar sua dona de um enorme perigo.

 

REI:  Fobos...  Deimos...  o que houve? – e entra em contato com eles, via cosmo – Barrabás...  está atacando a cidade?  Pessoal...  Barrabás está novamente a atacar a cidade, precisamos dete-lo.

 

E os heróis partem em sua missão de proteger a Terra contra o Tube, deixando Lola sozinha na praia.  Será que foi uma boa ideia fazer isso?  E se for mais um plano malvado de Tube, visando algo ainda mais diabólico?

 

SHIRYU:  Vamos lá, pessoal, não podemos deixar que Barrabás se divirta com vidas inocentes... – comanda.

 

Os heróis vestem seus uniformes e correm até o local do perigo.  Entretanto, o que não sabiam é que, enquanto se distanciavam da praia, onde Lola ficara, Oyubu, de dentro de uma gruta, a observava, pronto para dar o bote.

 

LOLA:  Puxa...  como o mar desse planeta é magnífico – não parava de admirar o Pacífico.

 

Porém, eis que Oyubu chega por trás, e lhe dá um golpe certeiro, que a faz desmaiar.  Essa não!  Foi tudo um plano de ataque para faze-los deixar sua nova amiga sozinha, já que Lola tem o poder de interferir na tempestade magnética de Magnedogla. 

 

OYUBU:  E tudo isso será nosso! – dizia, de forma sarcástica.

 

Leva Lola como sua prisioneira.  O que será que este maldito fará com ela?

 

Instantes depois, os Cavaleiros, já com suas armaduras, e as Sailors, com seus trajes de marinheiras, chegavam correndo ao local do perigo.  Barrabás estava a executar mais um plano de ataque.  Uma refinaria estava a explodir, em função dos ataques magnéticos de Magnedogla.  Do alto de um andaime, Barrabás, com sua espada em punho, ordenava que destruíssem tudo.

 

BARRABÁS:  Ataquem...  destruam tudo!

 

Num salto, eis que seu maior rival dentre os heróis – Shiryu – aparece, vestindo sua armadura, pronto para a luta.  Os demais chegam na sequência, descendo a lenha nos Soldados Angla.

 

SHIRYU:  Alto lá, Barrabás!  Não vai continuar com sua insanidade!

BARRABÁS:  Enfim, vocês apareceram, seus malditos!  Finalmente acabarei com todos vocês, começando por você, Dragão – ameaça o líder do grupo.

SHIRYU:  Barrabás, não admitirei que vocês queiram roubar a nossa luz!

BARRABÁS:  Como é que é?

 

Eis que seu leal servo – Oyubu – chega no pedaço, e lhe diz algo ao ouvido.  E o que ele diz agrada ao seu chefe.

 

BARRABÁS:  Muito bem...  Magnedogla, a tempestade magnética!

 

E o monstro volta a aparecer, mas em forma de dois, que cercam os heróis, e em seguida, invocam a tempestade magnética, fazendo chover raios e trovões em cima deles, que ficam atordoados.

 

SHUN:  AAAAAAAA  esses monstros são terríveis mesmo...  e essa tempestade magnética...

MINA:  AAAAAAAA  isso...  é horrível...


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