Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 5
Encontros e reencontros




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Os dias se passam.  Nossos heróis finalmente tiveram um encontro casual, e desde então, ambos não pararam de pensar um no outro.  Ares, por seu turno, ainda não se manifestara, mas não tardará muito a dar seus primeiros passos para promover o caos na Terra.  Enquanto isso, em seu esconderijo, o deus da guerra estava a tramar contra os humanos. 

 

ARES:  Brevemente chegará a hora em que eu irei agir.  Mas, no entanto, preciso que os meus berserkers se divirtam um pouco, e acabem com meus inimigos.  E já sei por onde começar... 

 

Que será que ele tem em mente fazer? 

 

Enquanto isso, algumas coisas se passavam em Tóquio.  Serena estava na casa de jogos, onde tanto gosta de frequentar, e se divertia numa máquina de tiros de nave.  Dava tudo de si no jogo, mas, num dado momento, acaba vacilando, e perde o jogo. 

 

SERENA:  Ah, não, mais uma derrota não! - choraminga. 

LUA:  Não pode querer vencer em tudo, ainda mais no jogo, Serena – diz. 

SERENA:  Mas é que sempre perco para essas coisas, Lua... - resmunga. 

 

Ao se retirar da máquina, olha para o outro lado, e vê um rapaz de cabelos castanhos a jogar numa máquina de tiro.  Mas era...  sim!  Era Seiya!  E seus reflexos eram bem velozes, não errava nenhum disparo. 

  

SERENA:  Nossa...  mas é aquele rapaz do outro dia.  E ele tem boa mira mesmo! - se admira. 

 

Ao fim, Seiya vence o jogo.   

 

SEIYA:  Até que essa foi fácil, esperava um desafio maior – diz. 

 

Eis que ele se vira para o outro lado, e... 

 

SEIYA:  Ora...  a menina do outro dia – sorri – Serena...  é esse seu nome? 

SERENA:  Olá...  sim...  isso mesmo...  Seiya...  é esse seu nome? 

SEIYA:  Exato!  Não sabia que curte jogos eletrônicos. 

SERENA:  Pois é, eu curto muito.   

 

Após algum tempo, saem juntos do fliperama.  Lua, por sua vez, sente que Serena estava fascinada por Seiya. 

 

LUA (pensando):  Serena está mesmo fascinada por esse rapaz...  ele me parece meio rude e pateta, resta saber se é tão ou mais pateta que a própria Serena, no entanto, tem uma boa aura. 

 

Do outro lado da cidade, algumas coisas se passavam numa biblioteca.  Ami estava lá a estudar, pegava alguns livros sobre história nórdica numa estante.  Quando procura uma mesa para ler, eis que vê o rapaz do outro dia.  No caso, o russo Hyoga. 

 

AMI (pensando):  Nossa...  é aquele rapaz do outro dia... - sorri. 

 

Hyoga, que lia um livro sobre os crimes de guerra praticados pelos sérvios contra croatas, bósnios, kosovares, albaneses e eslovenos no pós-Guerra Fria, olha para o lado, e se depara com a moça com quem trombara certa vez. 

 

HYOGA (pensando):  Mas...  é ela! - sorri. 

AMI:  Olá, você é o rapaz daquele dia – diz, sentando-se ao lado dele. 

HYOGA:  Sim.  Me chamo Hyoga. 

AMI:  Hyoga...  sim!  Você me disse seu nome naquele dia. 

HYOGA:  Ami...  esse é seu nome, sim? 

AMI:  Exato...  então você gosta muito de ler.   

HYOGA:  Sim!  Herdei esse dom de meu Mestre, lá na Sibéria, de onde eu vim. 

AMI:  Hum...  então você é russo – suspira. 

 

Outro provável casal estava a se conhecer melhor. 

 

Nesse momento, algumas coisas se passavam em Hikawa, no templo que fica na frente da residência da Família Hino.  Rei estava no interior do templo, com suas vestes de sacerdotisa, abanando sua vareta diante do fogo da lareira, como faz parte dos ritos xintoístas.  Estava a pensar em Ikki, a quem conhecera uns dias antes. 

 

REI (pensando):  Que saudade de ver aquele belo rapaz...  por onde ele anda? 

 

Mal sabia ela que seu suposto interesse amoroso lá fora estava, e novamente a orar diante do altar externo.  Orava por duas pessoas em especial. 

 

IKKI (pensando):  Esmeralda...  Pandora...  espero que estejam bem, onde quer que estejam.  Não pude impedir suas mortes, mas, graças a vocês, que em mim depositaram toda sua confiança, consegui vencer muitos inimigos. 

 

Instantes depois, eis que Rei sai do templo para tomar um ar, e quando lá fora chega, se depara com aquele a quem conheceu casualmente, dias antes. 

 

REI (pensando):  OOOO  é ele...  de novo!? - sorri. 

IKKI:  Bom dia...  é a sacerdotisa do outro dia...   

REI:  Sim, sou a sacerdotisa responsável por este templo.  Ikki...  é assim que se chama: 

IKKI:  Exato!  Rei...  é esse seu nome? 

REI:  Isso mesmo!  Estava a orar de novo em frente ao altar externo? 

IKKI:  Sim...  orava por duas pessoas muito queridas que já se foram há anos. 

REI:  Sinto muito, imagino como ainda deve sentir por essas perdas... 

IKKI:  Isso já foi há muito tempo.  Hoje, graças a meu irmão mais novo, e meus amigos de longa data, estou melhor. 

 

Enquanto essas coisas se passavam em Hikawa, outras se passavam no centro comercial de Tóquio.  Mina, acompanhava de Artemis, estava a dar uma vasculhada em algumas lojas de roupa, em busca de algum traje novo.  No entanto, como é exigente demais em termos de vestuário, demora um bocado de tempo a se decidir. 

  

MINA:  Puxa vida...  como são tão lindas essas roupas, Artemis.  Fica difícil ter que escolher entre só uma... - diz. 

ARTEMIS:  Mina, o hábito não faz o monge.  Além do mais, você já é perfeita sendo como você é. 

MINA:  Verdade?  Obrigada, mas gostaria de ter algo mais especial, para uma futura ocasião que requisite estar bem apresentável. 

 

Em seguida, um rapaz de cabelos verdes vinha caminhando com uma bolsa de compras, após sair de um mercadinho.  Era Shun!  Certamente estava fazendo compras para o orfanato da Fundação Graad.  Vindo de uma rua oposta, Shun dobra à direita, e ao dobrar, eis que ele dá de frente com Mina, que vinha acompanhada de seu gato e tutor.

 

MINA e SHUN:  Você de novo... - falam ao mesmo tempo, sorrindo. 

MINA:  HEHEHEHEHE  É verdade...  novamente nossos caminhos se cruzaram...  que coincidência! 

SHUN:  Bem...  isso é verdade.  Fazendo compras? - indaga. 

MINA:  Sim...  estava à procura de uma roupa nova.  E você? 

SHUN:  Também...  estava comprando suprimentos para o orfanato onde cresci. 

MINA:  Nossa...  você vivia num orfanato?  Não tem família? - indaga, com olhos de pesar. 

SHUN:  Bem...  infelizmente perdi meus pais muito cedo.  O único familiar que eu ainda tenho é meu irmão mais velho. 

MINA:  Que bom que ainda tem um familiar seu vivo... - diz. 

 

Artemis, por sua vez, nota que Mina parecia mais feliz. 

 

ARTEMIS (pensando):  Mina parece gostar muito desse rapaz.  E ele emana uma energia tão bondosa... 

 

Enquanto isso, outras coisas se passavam em outra parte da cidade.  Lita voltava de mais umas compras, e passava por um lugar que parecia ser uma pedreira.  Mas o que estará ela fazendo num lugar tão ermo?  Eis que, ao olhar para o outro lado, se depara com o mesmo rapaz triste do outro dia.  Sim...  era Shiryu!  E ao que parece, estava a treinar seus movimentos e ataques.  Como o que estava a fazer era um tanto perigoso, por isso escolhera uma pedreira; na certeza de não ferir ninguém por engano. 

 

LITA (pensando):  É aquele rapaz do outro dia...  e parece estar bem agora.  Esses movimentos...  será que ele é praticante de kung fu?   

 

Nisso, retira a camisa do quimono.  Lita, ao vê-lo sem camisa, chega a suspirar. 

 

LITA (pensando):  Ele tirou a camisa...  mas...  que lindo! - sorria. 

 

Em seguida, faz arder com intensidade toda sua força cósmica.  Seus longos cabelos ficavam em pé, devido ao poder do cosmo.  Era todo o poder do dragão a emanar de seu corpo. 

 

LITA (pensando):  Ele...  ele está...  emanando uma energia poderosa...  que homem será esse, afinal?  Não é um homem comum... 

  

Com a força de seus punhos, e fazendo ecoar um grito alto e poderoso, como se fosse um dragão a rugir, explode várias rochas, cujos pedregulhos voam por todos os lados.  Lita fica abismada ao ver aquilo. 

 

LITA (pensando):  Meu Deus!  Ele...  não é um homem comum!  Ele deve ser algum guerreiro...  mas que tipo de guerreiro será ele?  Nunca vi ninguém antes com tamanha força, nem mesmo entre os inimigos que já venci no passado.  E sua energia...  ela é até bondosa demais... - se sentia confusa. 

 

Nisso, eis que o sino-japonês sente a presença de alguém, e vê Lita, que estava abismada com sua façanha. 

 

SHIRYU:  É a jovem daquele dia...  mas o que você está fazendo aqui?  É perigoso!  Você pode se machucar – diz. 

LITA:  Afinal...  quem...  ou o que...  é você? - indaga, perplexa. 

SHIRYU:  Você me viu usar meus poderes...  não se preocupe, eu lhe conto tudo. 

 

E tem início uma breve explicação. 

 

LITA:  Cavaleiro de Atena...  é isso? - indaga. 

SHIRYU:  Exato!  E eu sou o Cavaleiro do Dragão.  Treinei na China, onde vivi por anos.  Decidi sair de lá, e voltar para o Japão, desde que fui enganado pela moça a quem tanto amava. 

LITA:  Sim, você me disse isso antes...  realmente, sinto muito pelo que houve.  Mas você pode superar isso.  Você é um belo rapaz, certamente haverão muitas moças querendo disputa-lo – diz, imaginando coisas. 

SHIRYU:  Acha possível mesmo?  Bem...  confesso que não sei se estou pronto para viver um novo amor, ainda quero me recuperar totalmente.  E essa é uma das formas que tenho de aliviar esse peso dentro de mim; o treinamento. 

LITA:  Sim, faz muito bem.  Nada melhor que manter o espírito puro e livre de qualquer força maléfica. 

 

Lita, por sua vez, parecia olhar Shiryu já com um certo interesse.  Sentia que ele é justo em seus ideais, embora ainda esteja perplexa por conhecer alguém dotado de imensos poderes que desafiam até a ciência.   

 

LITA (pensando):  Ele é muito lindo...  lindo demais!  Será que eu...  estou...? 

 

Pelo visto, parece que Lita estava amando Shiryu. 

 

Enquanto isso, mais outras coisas se passavam em Tóquio.  Darien andava com sua moto, e nisso, estaciona e desce do selim, entrando em uma cafeteria.   

 

DARIEN (pensando):  Hora da pausa pro café... 

 

No entanto, não imagina ele a surpresa que teria, ali entrando. 

 

Numa outra mesa, estava Saori Kido, que também resolvera fazer uma parada para o café.  Seu mordomo, o mesquinho e fútil Tatsumi, por hora, não estava ali.  Enquanto saboreava um café a italiana, pensava no rapaz que conhecera durante uma recepção dada a alta aristocracia japonesa e internacional. 

 

SAORI (pensando):  Darien...  por onde andará ele?  Já faz dias desde aquele encontro numa recepção dada aos aristocratas que conheciam vovô...   

 

Ao olhar para a frente, eis que ele a avista. 

 

DARIEN (pensando):  É ela...  Saori...  a jovem daquele dia...  e como está linda! - sorri. 

 

Resolve se aproximar dela. 

 

DARIEN:  Boa tarde...  já tem alguns dias desde que nos vimos... - diz. 

SAORI:  Darien!!  Que bom ver-te novamente – devolve o sorriso. 

DARIEN:  Verdade, também fico feliz por ver-te novamente.  Tem mais alguém aqui sentado? - indaga. 

SAORI:  Não, não tem ninguém, hoje não vim com meu mordomo. 

 

Enquanto conversavam, estavam a admirar um ao outro. 

 

SAORI (pensando):  Não sei por quê, mas ele me fascina tanto...  é um rapaz muito lindo, além de culto. 

DARIEN (pensando):  Sem dúvida, é muito linda.  É muito felizarda de ser a neta daquele que foi como um avô para mim, quando perdi meus pais. 

 

Instantes depois, Darien pede a conta e paga.  Ambos se levantam para sair. 

 

SAORI:  Bem, tenho que ir agora pra casa.  Mas eu vim sozinha, sem o Tatsumi... 

DARIEN:  Se não for nenhum incômodo, posso levar-te até a frente de sua casa, Senhorita Saori? 

SAORI:  Bem...  não é incômodo nenhum. 

 

E ambos montam na moto de Darien.  Minutos depois, estavam em frente à Mansão Kido.   

 

SAORI:  Muito obrigada, Darien.  Você é um cavalheiro e tanto... 

DARIEN:  Disponha, Senhorita Saori.  Até mais! 

 

E se retira.   

 

Mais tarde, à noite, em seu quarto, já de banho tomado, e de camisola, pronta para dormir, Saori estava deitada em sua cama, assistindo a um filme romântico das antigas, pela sua SmarTV, no Netflix.  Provavelmente do tempo em que seu finado avô ainda era rapazola.  No entanto, assistia ao filme como se ela estivesse nele, vivendo aquele papel brilhante, e como se Darien também ali estivesse.  Sentia-se uma Meg Ryan.   

 

SAORI (pensando):  Nossa...  que lindo!  Quem dera fosse eu nesta linda cena, com o Darien...  ele é tudo! - suspirava. 

 

Findo o filme, desliga a TV, apaga o abajur e vira-se pro lado, adormecendo.  Em seus pensamentos, só havia uma pessoa; Darien Chiba!     

 

Enquanto isso, algumas coisas se passavam na China, mais precisamente em Rozan.  Em alguma parte do lugar onde Shiryu cresceu e treinou, lá estava Shunrei.  Vivia num outro vilarejo, desde que foi expulsa por Dohko, que a flagrou traindo Shiryu com um turista sérvio.  Estava completamente tomada de um terrível sentimento de ódio, uma vez que o turista com quem se envolvera a abandonou à própria sorte, e também por ter sido banida da vila onde morava por Dohko, como punição por ter traído Shiryu.   

 

SHUNREI (pensando):  Shiryu...  Dohko...  isso não vai ficar assim!  Vou ter a minha desforra por essa humilhação toda.  Vocês não deviam ter me banido assim, dessa forma.  Shiryu...  eu não o deixarei ser de outra, nem que pra isso eu tenha que matá-lo.  Se prepare! 

 

Que terrível!  Como é que ela pôde descer tão baixo assim?  Mas como será que ela pretende levar a cabo tal vingança?  Melhor que Shiryu e Dohko fiquem bem espertos, pois uma mulher com sede de vingança é ainda mais perigosa que o pior de todos os bandidos.   

 

Nisso, em sua cabana, diante da grande cascata de Rozan, lá estava Dohko, o outrora Mestre Ancião, que retornara à sua forma jovem, desde a última guerra santa.  Estava a meditar diante da enorme queda d’água.   

 

DOHKO (pensando):  Shunrei...  se você tivesse sido honesta com Shiryu, e também comigo, nada disso teria acontecido.  Mas foi você quem assim quis. 

 

Em seguida, enquanto seguia com sua meditação, eis que a figura de uma pessoa se formava no interior de seus pensamentos.  Era a imagem de uma mulher, uma linda jovem, bem alta, de cabelos verdes escuros, com ar de professora universitária.  Nisso, a mesma moça, num brilho, trocava de roupa, e aparecia trajando uma vestimenta de marinheira.  Será ela uma das marinheiras lunares?  E por sua vez, empunhava um cetro com um orbe luminoso na ponta.  O Mestre de Shiryu, ao ver a imagem daquela moça, fica surpreso, mas também fascinado. 

 

DOHKO (pensando):  Quem será essa moça?  Mas ela...  ela é...  LINDA!!   

 

O bravo e poderoso Cavaleiro de Libra sentia-se um tanto confuso com aquilo, não sabia se era tudo um produto da sua imaginação, ou se aquela bela jovem – que pode ser uma das Sailors Scouts – realmente existe em pessoa.  No entanto, uma coisa é certa; o Mestre de Shiryu estava muito fascinado por ela.  Será que isso pode ser o prenúncio de um novo amor para nosso herói? 


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