Neo Saint Moon Ares escrita por OrochiYashiro


Capítulo 32
O mesquinho debochado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809367/chapter/32

 

Minutos depois, os heróis chegam diante em Rodorio, o vilarejo vizinho ao Parthenon.   

 

SEIYA:  Estamos em Rodorio...  aqui é bem perto do Parthenon – diz. 

SEIKA:  Sim...  foi aqui que eu vivi em companhia do ancião que me acolheu, até a ocasião de sua morte. 

SHIRYU:  Ali na frente está o começo da subida do Parthenon...  vamos todos! 

 

Os soldados que fazem a guarda se põem diante da entrada, prontos para qualquer artimanha.  Mas, quando veem que são os Cavaleiros de Bronze, e alguns dos Cavaleiros de Ouro que ausentes estavam, acompanhados das Sailors, os deixam passar.   

 

SHURA:  Preparem o fôlego, que temos uma longa subida pela frente – diz. 

HARUKA:  Nem me fale, amor...  a primeira vez que aqui estivemos, meus pés quase se encheram de bolhas. 

SERENA:  Ai meu Deus...  ficar cheia de bolhas nos pés é tudo que eu não preciso – diz, com voz manhosa. 

REI:  Ai, lá vem você choramingando – provoca. 

SERENA:  Ora, sua engraçadinha... - range os dentes. 

SEIYA:  Gente, sem atritos aqui! - e se volta para sua amada – qualquer coisa que você se cansar, meu amor, eu lhe carrego sem nenhum problema. 

SERENA:  Ai, que amor da sua parte, meu lindo – suspira. 

 

Minutos depois, eles já tinham passado por diversos templos zodiacais, e estavam chegando em Libra.  Todos os templos estavam vazios. 

 

SAGA:  Estranho...  todos os templos estão vazios – diz. 

HOTARU:  É verdade, meu querido.  Nenhum dos Cavaleiros de Ouro está fazendo a guarda. 

CAMUS:  Devem estar no templo de Atena, aguardando a nossa chegada. 

MICHIRU:  É bem possível, meu gelinho. 

 

Mais alguns minutos depois, eis que todos chegam no templo de Atena, onde Shion e os demais Cavaleiros de Ouro que ficaram no Parthenon estavam presentes. 

 

DOHKO:  Chegamos...  enfim! 

SHION:  Bem-vindos de volta, velho amigo – diz o Patriarca. 

SETSUNA:  Patriarca Shion...  que bom revê-lo! 

SHION:  Digo o mesmo, Princesa do Tempo.   

AIOLIA:  Seiya...  pessoal...  há quanto tempo! 

SEIYA:  Aiolia...  que bom poder rever-te – sorri – que bom que você e todos os demais foram salvos do vale da morte pela Rainha Serena. 

AIOLOS:  É verdade, meu caro Pegasus... 

SEIYA:  Aiolos...  você também está aqui! - sorri. 

 

Nisso, eis que Aiolos bate os olhos em Seika, a irmã mais velha de Seiya, e sente uma pulsação ainda mais intensa no peito.  A irmã de Pegasus, por sua vez, sente o mesmo ao ver o Príncipe da Flecha. 

 

SEIKA (pensando):  Que homem lindo...  ele é incrível... 

 

Será esse o início de mais um romance, dentre muitos? 

 

MILO:  Hyoga, que bom rever-te novamente – diz o Principe do Juízo. 

HYOGA:  Milo...  é bom também rever-te, depois de tanto tempo... 

DEATHMASK:  Shiryu...  depois de tantos anos, enfim, nos vemos novamente – diz o Príncipe dos Caídos. 

SHIRYU:  Máscara da Morte...  até você voltou?  Espero que não esteja mais aprontando, como no passado – diz, com uma voz severa. 

LITA:  Que houve, meu amor?  Você e ele tiveram problemas no passado? 

SHIRYU:  Bem, minha flor...  é uma longa e complicada história, outra hora, com calma, eu conto melhor. 

SHAKA:  Ikki...  enfim, você, seu irmão e os demais estão de volta ao Parthenon – diz o Príncipe da Sabedoria. 

IKKI:  Shaka...  que bom rever-te.  É bom ver que todos estão a salvo. 

AFRODITE:  Shun...  já faz muito tempo, não? - diz o Príncipe da Beleza. 

SHUN:  Afrodite...  espero que estejas redimido também, depois de uma vida errante. 

MINA:  Nossa, seu amigo é vaidoso mesmo, querido!  Adora estar sempre belo, pelo visto – graceja. 

AFRODITE:  Não é a toa que sou o Príncipe da Beleza, mocinha... - e lhe mostra uma rosa vermelha. 

MINA:  Eh...  bem...  obrigada – aceita a rosa, um tanto sem jeito, enquanto Shun, com o canto do olho, o olha enciumado. 

ALDEBARAN:  Que bom que todos estão de volta...  isso é muito bom! - diz o Príncipe da Força. 

 

Nisso, eis que Saori, acompanhada de Darien, se põem à frente de todos.   

 

TODOS:  ATENA!!! 

SAORI:  Sim, meus nobres e valorosos Cavaleiros de Ouro...  enfim, após tanto tempo, estou de volta. 

SHION:  Atena...  se permite uma pergunta básica...  quem é ele? - apontando para Darien. 

SAORI:  Ah, sim, Shion...  esse é Darien, meu amado.  Ou também Endymion, como é conhecido.  Ele é o portador da Kamui do Leão Branco. 

 

Todos ali ficam surpresos em saber que Saori, a deusa Atena, tem um amado, e que é também um guerreiro.   

 

TODOS:  Amado?! 

SAORI:  Exatamente!  E nós dois estamos muito felizes, desde que nos conhecemos.  Endymion foi agraciado pessoalmente por meu pai, o poderoso Zeus. 

DARIEN:  Isso mesmo.  E desde então, jurei proteger a vida de Saori com a minha própria. 

 

Ao olhar mais adiante, Shion nota mais outras pessoas ali. 

 

SHION:  Esse rapaz...  eu senti nele o cosmo do Cruzeiro do Sul, uns dias atrás.  Será ele...? - indaga, de forma reticente.   

SAORI:  Sim, Shion.  Ele é Mark Bennett, o novo Cavaleiro do Cruzeiro do Sul, vindo diretamente da América do Sul.  E essa é sua esposa, Beth Phoenix, a Amazona da Fênix.  Ambos nos ajudaram a vencer um grupo de berserkers de Ares, dias antes da nossa vinda ao Parthenon. 

SHAKA:  É verdade...  posso sentir em ambos uma força cósmica incrivelmente poderosa – diz o budista. 

MARK:  Obrigado...  mas por que você fica o tempo todo de olhos fechados? - indaga. 

SHAKA:  Bem...  eu não preciso dos meus olhos carnais para ver.  Aprendi a enxergar com a minha alma desde pequeno. 

MARK:  Hum...  muito legal isso.  De fato, o coração e a alma enxergam melhor que os olhos, pois enxergam a verdadeira beleza do mundo e da vida. 

SHAKA:  Você conseguiu captar tudo que eu quis dizer – sorri. 

BETH:  Também posso notar uma certa carga de poder em você, Cavaleiro de Virgem.  Algo muito fora do comum, jamais visto em outro ser humano... 

SHAKA:  Não é a toa que muitos me consideram o mais próximo de Deus, Amazona da Fênix.  Mesmo assim, procuro ser sempre o mais humilde possível. 

 

Nesse momento, Shion, que observava a todos ali, vê mais uma pessoa entre os heróis; a mãe de Camus e Ami. 

 

SHION:  A senhora deve ser a mãe de Camus, eu presumo – diz o Patriarca. 

 

Saeko Mizuno, por sua vez, sente-se um tanto pálida, diante do Grande Mestre. 

 

SAEKO:  Hã...  bem...  sim, eu sou... 

SHION:  Mas por que a senhora arriscou vir a este lugar tão funesto?  Quer dizer...  parece funesto aos olhos de uma pessoa simples. 

CAMUS:  Patriarca...  eu é que lhe peço desculpas – se ajoelhando perante Shion – eu tentei convencê-la a ficar no Japão, mas ela quis, de qualquer jeito, vir comigo e com Ami.  E como um filho não pode negar nada à sua mãe... 

DEATHMASK:  Ora, pelo visto, o nosso amigo aí voltou a ser criança... - graceja. 

 

Mal diz essas palavras, Michiru, tomando aquilo como uma ofensa, larga-lhe um tapa na cara. 

 

MICHIRU:  Dobre essa língua, antes de falar dele dessa forma, seu piadista sem graça! - grita. 

DEATHMASK:  Ora...  pelo visto, a namorada dele ficou bravinha – ainda gracejando. 

 

Michiru o olha com vontade de se transformar em Sailor Netuno e enfrenta-lo, mas Shion bota ordem. 

 

SHION:  BASTA!!!  Máscara da Morte...  se você não tratar as pessoas com respeito, considere-se BANIDO da nossa Ordem, e essa é a minha última palavra! - ameaça. 

 

Sabendo que Shion falava sério, bota a viola no saco e se retira. 

 

CAMUS:  Minha ninfa...  pra que você foi fazer isso, sujeitar-se a ouvir tamanho desaforo da parte do Máscara da Morte? - indaga – Deixasse ele comigo. 

MICHIRU:  Na hora, não sei como, mas o meu sangue simplesmente subiu à cabeça, e acabei batendo nele.  Posso ter me excedido, mas...  é que eu não aceito que falem de você de forma tão cretina, meu amor. 

 

Todos ali ficam surpresos pela forma como Michiru defendeu seu amado de tamanho desaforo. 

 

REI:  Muito bem, querida, gostei de te ver! - diz, pondo a mão em seu ombro. 

SAEKO:  Que sujeitinho mais cínico esse! - diz, com certa indignação - não entendo como foi que permitiram esse debochado ser um de vocês, Patriarca. 

SHION:  Peço-lhe desculpas em nome de todos os Cavaleiros, Senhora Mizuno, isso não há de acontecer mais.  A senhora, que é a mãe do nosso honrado Cavaleiro de Aquário, é bem-vinda aqui, e providenciarei para que tenha uma excelente estadia. 

 

Saeko sorri, perante tamanha gentileza.   

 

SAEKO:  Obrigada, Patriarca, o senhor realmente é muito gentil. 

 

Instantes mais tarde, Máscara da Morte estava no seu templo, ainda lembrando da reprimenda que tomou de Shion, dizendo-lhe ser a última vez que tolera suas brincadeiras de mau gosto, bem como do tapa que levou de Michiru, por ter falado de Camus da forma aviltante como falou.  E é melhor mesmo que ele fique esperto e pare de fazer brincadeiras estúpidas, ou isso poderá levá-lo a ser banido do Parthenon.   

 

DEATHMASK (pensando):  Com mil demônios...  se não fosse por eu ter jurado à Rainha Serena lutar por Atena, eu teria jogado aquela “zinha” no Meikai com minhas ONDAS DO INFERNO! 

 

Melhor ele nem tentar a sorte, ou Camus o aprisiona num ataúde de gelo, sem pedir permissão à Atena e ao Patriarca.  Nisso, eis que Aiolia e seu irmão, Aiolos, chegam em Câncer.  Ambos ralham com ele. 

 

AIOLIA:  Francamente...  por que você foi abrir sua matraca pra falar aquilo, Máscara da Morte? 

AIOLOS:  Por que você ridicularizou o Camus perante a família e a namorada dele?  Não tem vergonha do que você fez?  Família é coisa sagrada!  E o Camus é o único de nós a ter mãe viva.  Uma mãe é um ser sagrado para todo filho! 

DEATHMASK:  Para vocês, até pode ser...  mas, para mim...  que se dane! - diz, de forma grosseira. 

AIOLOS:  Como que se dane?  Nunca na vida sentiu a falta de seus pais, ao menos, por um instante? 

DEATHMASK:  Desde que fui expulso de casa, nunca mais tive família. 

AIOLIA:  Expulso de casa?  Como assim? 

DEATHMASK:  Isso agora não vem ao caso, já foi há muito tempo.  Prefiro esquecer tudo o que houve. 

 

Os irmãos dourados ficam surpresos com o que o piadista lhes disse. 

 

AIOLOS:  Mesmo assim...  não justifica você ridicularizar as pessoas da forma que faz.  E se seus pais o expulsaram de casa, alguma coisa muito errada você fez, para que eles tenham tomado essa decisão tão drástica.  Ninguém expulsa um parente de casa a toa, só se for por algo muito grave mesmo. 

AIOLIA: Meu irmão está certo. Por que você não deixa sua arrogância de lado, e ao menos, uma vez na vida, para um instante para fazer uma reflexão sobre todos os seus atos? 

DEATHMASK: Como se isso fosse fácil... - diz, de olhos fechados. 

AIOLOS: Fácil não é, mas todos nós temos que parar pra pensar e refletir sobre todas as nossas ações, se tudo que fizemos, até agora, foi certo ou não. 

 

O Príncipe dos Caídos, responsável por matar milhares de pessoas no passado, e colecionar suas cabeças, enquanto ainda era um serial killer, permanece calado. Teimoso que só, é o tipo que não dá o braço a torcer facilmente para tudo o que fez de ruim até o presente momento. Embora tenha jurado lutar pela justiça, no fundo, ainda tem vontade de aprontar das suas, mas sabe que não deve tentar fazê-lo, ou isso significaria a sua expulsão definitiva da Ordem dos Cavaleiros, quiçá na sua morte como traidor de Atena. 

 

Enquanto isso, em outra parte, no local disponibilizado por Shion para servir como aposentos para a mãe de Camus e de Ami, Saeko ainda estava indignada pela atitude mesquinha de Máscara da Morte, diante do Patriarca e de todos os Cavaleiros. 

 

SAEKO: Francamente... onde já se viu aquele indivíduo falar da forma tão aviltante como falou de você, Camus? Como é que você e os demais o permitem ser um de vocês? - indaga, ainda sentindo uma forte indignação. 

CAMUS: Mamãe... perdão pelo ocorrido lá no Templo do Patriarca. Acontece que o Máscara da Morte sempre foi o tipo mesquinho e arrogante, que acha-se o mais forte de todos, só por ser um Cavaleiro de Ouro. Apesar da surra que ele tomou do Shiryu, anos atrás, nem isso o fez baixar a bola. Espero que essa reprimenda do Mestre Shion o faça tomar jeito, pois ele sabe muito bem o que significa ser banido da Ordem dos Cavaleiros. Para um Cavaleiro, é como se fosse a morte em vida. 

SAEKO: Afinal de contas, por que ele é chamado assim? Ele já cometeu crimes? 

 

Camus se sente desconfortável em ter que falar sobre o passado de seu irmão de armas para sua mãe, mas, como um bom filho nunca mente para a mãe... 

 

CAMUS: Bem... infelizmente sim. Ele já matou muitas pessoas, se achando o mais poderoso... 

SAEKO: Meu Deus! Mais uma boa razão para não permitir esse mau elemento aqui entre vocês, filho – diz, completamente aflita. 

CAMUS: Máscara da Morte, ou Karl, é esse seu verdadeiro nome, está o tempo todo sob vigilância de todos aqui. E eu também hei de me encarregar para que ele não ande fora da linha, ou então, vou aprisioná-lo num esquife de gelo. 

AMI: Nossa, irmão... você realmente é durão como um Cavaleiro – diz. 

CAMUS: Mas é assim que nós devemos ser. Duros e rigorosos. E eu, como Mestre, fui rigoroso com o seu namorado. Mas foi graças ao rigor dos meus ensinamentos que o Hyoga tornou-se um guerreiro. Tudo que ele hoje é, deve-se a mim, que sou seu Mestre. 

 

Saeko fica impressionada em ver que seu filho tornou-se um homem bem forte, além de ser severo. No entanto, sabe que, mesmo sendo um homem bem severo, por trás de tanta severidade, há um grande sentimento de amor. 

 

SAEKO: Camus... nunca imaginei que você fosse crescer sendo um homem tão rigoroso e severo... mas me orgulho muito de você. Você, como Mestre, transmitiu ao Hyoga tudo que aprendeu antes. E quem sabe o Hyoga, no futuro, seja também um excelente Mestre? - e o abraça. 

CAMUS: Obrigado, mamãe, é exatamente isso que eu mais quero. 

 

Nesse momento, algumas coisas se passam no fundo do mar, no Santuário Submarino, onde os Marinas e as Bruxas Espaciais se encontram. Todos estavam na sala do trono de Poseidon, diante de seu deus. 

 

SORENTO: Imperador Poseidon... o senhor está nos dizendo que os Cavaleiros e as Marinheiras Lunares já estão na Grécia? - indaga o Príncipe da Melodia. 

POSEIDON: Exatamente, Sorento. Vieram todos para melhor se preparar para o confronto final com Ares.  

MIMETE: E se os berserkers de Ares souberem a respeito disso, Imperador? 

POSEIDON: Sabendo como ele é, com certeza já tomaram conhecimento – enfatiza. 

ISAAK: Espero que corra tudo bem com Mestre Camus e os demais... 

VILUY: Seu Mestre é um homem muito poderoso, meu bem. Tenho certeza que ele conseguirá fazer frente contra esses soldados a serviço de Ares. 

POSEIDON: No entanto, em breve, vou precisar que minha filha, que está com eles, aqui esteja. Quero muito poder abraça-la – diz. 

EUDIAL: Sim, Imperador, logo a Princesa Netuno aqui estará, para que possa novamente abraça-la. 

 

Poseidon, depois da batalha que tivera contra Atena, anos atrás, mudou bastante. Agora está a serviço da justiça, sem manifestar nenhum desejo de querer inundar a Terra, como de outrora. Nesse instante, o maior perigo à humanidade é Ares, o deus da guerra, que deseja mergulhar todo o planeta numa guerra infinita. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Neo Saint Moon Ares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.