Doce e Marrento escrita por llRize San


Capítulo 41
Plano de encontro




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— Separar Jin e Namjoon? — Perguntou Ha Ni, confusa — Separar por que? Eles são só amigos.

— Amigos? — Kai riu desdenhosamente — Queridinha, você não sabe de nada e ainda entregou o seu marido de bandeja pro meu Jin, e pra piorar tudo isso, ele está apaixonado pelo seu marido.

— Que o Jin gosta do meu marido eu já sei. Ele vivia nos visitando, no começo eu achava que ele estivesse interessado em mim porque eu sou linda né — Ela deu de ombros —, nenhum homem resiste a mim. Mas descobri que aquele viadinho estava interessado no meu marido. Jin é um idiota sonhador, vai perder o tempo dele, Namjoon é hetero e me ama, impossível eles ficarem juntos.

Kai deu uma gargalhada.

— Namjoon hétero? Estou vendo que você é bem tola em não conhecer o próprio marido.

— E como você pode afirmar isso?

— Sou o ex namorado do Jin, e estou cuidando dele mesmo depois que terminamos.

— Cuidando dele?

— Sim, eu sei de todos os passos de Jin. Sei com quem ele conversa, o que ele come, onde ele vai, sei de tudo. Inclusive sei que ele e Namjoon já se beijaram. Seu marido está seduzindo meu Jin. Ele é muito fácil de ser manipulado, terminou comigo por causa da má influência dos amigos. Jin me ama, ele só não se lembra disso, preciso fazer ele se lembrar, e é aí que você entra. Precisamos mais do que nunca evitar que esses dois tenham algo. Vamos cortar essa relação antes que comece. Se seu marido assumir o que sente por Jin, já era pra você minha querida.

— Namjoon nunca me trocaria por um homem.

— Você não está entendendo. Não estou falando de qualquer homem, é de Jin que estamos falando. Já viu o porte físico dele? A aparência? E além disso ele é amoroso, carinhoso, atencioso, inteligente, fiel, e faz um homem delirar na cama… Então minha querida, você vai ter que se esforçar muito pra trazer seu marido de volta.

— Farei qualquer coisa pra isso — Ha Ni estava determinada e pela primeira vez se sentiu ameaçada, temendo perder o amor de Namjoon — O que preciso fazer?

— Já pensei em algo bem interessante… 

...

Jungkook se revirava inquieto na cama, atormentado por pensamentos incessantes com Jimin. Sentia uma mistura de preocupação e saudade, ansiando por vê-lo novamente. Consciente da vigilância constante de seu pai, a apreensão em relação ao bem-estar de Jimin se intensificava. O receio de que seu pai estivesse também monitorando ele era um peso em seu coração. Decidido a verificar se tudo estava bem, Jungkook pegou seu telefone e ligou para Jimin.

— Kookie? — Jimin atendeu com um sorriso e Jungkook sentiu a voz alegre de Jimin do outro lado da linha. 

— Só liguei pra ver se você está bem, estava preocupado. 

— Estou bem. Aconteceu alguma coisa? 

— Não aconteceu nada, Jiminnie. Mas você notou alguma coisa diferente na sua vizinhança? Alguma movimentação estranha? Carros parados na frente da sua casa? Notou se alguém anda seguindo você?

— Não — Respondeu Jimin tentando lembrar se tinha visto algo de diferente, mas ele era distraído demais para notar coisas assim. 

— E na sua escola, no seu cursinho ou no seu serviço? Notou se tem alguém te olhando demais? Algum professor ou funcionário novo suspeito? 

— Não, não teve nada de diferente — Jimin sorriu, gostava de ser tão bem cuidado mas ao mesmo tempo se preocupava com a saúde mental de Jungkook, ele parecia estar muito preocupado com tudo aquilo — Kookie, não se preocupe, está tudo bem, ninguém está me seguindo e nenhum estranho falou comigo... só tem um único problema… estou morrendo de saudade de você. Quero te ver.

— Agora?

— Sim, agora. Nesse momento!

— Jiminnie, são quase meia noite, eu nem deveria ter te ligado, você deve estar com sono.

— Não estou não. Por favorzinho, vem aqui me ver — Jimin implorou com a voz manhosa, sabia que Jungkook não resistiria. 

— Meu pai vai saber que estive aí, eu sei que eles estão te vigiando, eu prometi que não te veria mais, em troca da sua segurança.

— Estacione seu carro em outro lugar e venha a pé, com máscara e capuz, eles não vão te reconhecer.

Jungkook suspirou, queria tanto quanto Jimin matar as saudades, mas estava com os nervos à flor da pele, se sentindo ameaçado e vigiado o tempo todo. 

— Está bem. Vou aí te ver, se formos discretos vai dar certo sim.

Jungkook seguiu à risca as instruções de Jimin. Estacionou o carro a quatro quadras de sua casa e prosseguiu a pé, tomando o cuidado de usar uma máscara e um capuz para evitar ser reconhecido. Tinha plena consciência de que os capangas de seu pai poderiam estar à espreita, vigiando a residência de Jimin. Mesmo disfarçado, sabia que precisava agir com extrema cautela, mantendo-se alerta a qualquer sinal de perigo.

— Jimin, estou aqui — Sussurrou ele no telefone.

— Entre pela porta dos fundos, estou te esperando. Aparentemente não tem ninguém por perto, está seguro. 

Jimin aguardava ansiosamente Jungkook junto a um pequeno portão nos fundos de sua casa. Assim que avistou a figura familiar se aproximando, seu coração se encheu de alegria e, num impulso, correu na direção dele, pulando em seu colo em um abraço caloroso e cheio de saudades. Os braços de Jungkook envolveram Jimin com ternura, enquanto eles se entregavam à emoção do reencontro há tanto esperado.

— Kookie eu senti tanto a sua falta — Jimin tirou a máscara de Jungkook e o beijou.

— Jiminnie — Jungkook olhou em volta —, aqui não. Alguém pode estar olhando.

— Não tem ninguém na rua, está deserta. Mas vamos pro meu quarto, é mais confortável. 

Assim que adentraram a casa, dois rapazes vestidos de preto emergiram das sombras das árvores do lado oposto da rua, observando atentamente os movimentos na residência de Jimin através de binóculos. Um deles, determinado, pegou o celular e fez uma ligação para o pai de Jungkook, informando-lhe que o jovem havia acabado de entrar na casa de Jimin, trocando beijos e abraços apaixonados. Para reforçar sua afirmação, enviou instantaneamente algumas fotos como prova irrefutável do ocorrido.

No seu escritório, o pai de Jungkook arremessou o copo de vidro no chão, fazendo-o estilhaçar em inúmeros fragmentos. Sua ira era palpável.

— Parece que ameaçar esse filho incompetente não surtiu efeito algum. Terei que adotar outro plano de ação — ele se agachou e recolheu um dos cacos do chão, provocando um pequeno corte na palma da mão, sua reação foi uma risada perversa — Talvez com Jimin eu tenha mais êxito — declarou, observando o sangue escorrer de sua mão.

...

Jimin e Jungkook moviam-se furtivamente pela casa, com o cuidado de não despertar a Sra. Park. Cada passo era cauteloso, conscientes da importância de manterem-se em silêncio. Ao chegarem ao quarto de Jimin, ele trancou a porta, sentindo um alívio por estarem finalmente a sós, desfrutando de um momento de intimidade e privacidade.

Jimin tirou o sobretudo que havia usado para buscar Jungkook, já que a noite estava fria e ao perceber que vestia um pijama verde de dinossauro seu rosto corou, Jungkook não pôde evitar um riso suave, o achando simplesmente adorável. No entanto, para Jimin aquela roupa não era exatamente a escolha mais atraente e romântica.

— Na hora da pressa eu acabei esquecendo de trocar de roupa. Vou por outra — Disse Jimin, sem graça.

— Não! Você está perfeito assim. E esse pijama parece ser quente e confortável. Não precisa trocar de roupa. Como você consegue ser tão fofo? Meu Deus, que vontade de te morder — Jungkook sorriu e bagunçou os cabelos de Jimin. 

— Fofo não é bem o que eu quero que você me ache — Jimin suspirou. 

— Gosto de você exatamente como é. Quero que se sinta à vontade sendo você mesmo perto de mim. Por isso me apaixonei por você, por ser assim… fofo, lindo e adorável.

— Tudo bem, mas você vai ter que comprar um pijama igual ao meu. 

— Prometo! — Jungkook o abraçou e distribuiu beijinhos por todo seu rosto.

Naquela noite, eles se aconchegaram na cama, entregando-se a abraços calorosos. Enquanto músicas românticas tocavam baixinho e preenchiam o ambiente, eles trocavam beijos doces, carícias afetuosas e declarações de amor sincero. Adormeceram entrelaçados, envoltos na ternura mútua, como se o resto do mundo desaparecesse, criando uma bolha mágica onde reinava o carinho e o amor em seu pequeno universo particular.

...

Alguns dias depois, ainda naquela semana, Jimin estava prestes a chegar em casa quando sua mãe lhe enviou uma mensagem, informando que havia alguém o aguardando na sala. Sentindo uma mistura de curiosidade e ansiedade, Jimin acelerou o passo, ansioso para descobrir quem seria o visitante inesperado. Cada pensamento e possibilidade passavam por sua mente enquanto se aproximava de casa.

Ao adentrar pela porta, seus olhos percorreram rapidamente o ambiente, captando a presença de dois homens de terno em pé, emanando uma aura intimidadora. Eles pareciam ser seguranças, destacando-se por suas expressões sérias. Por outro lado, um senhor elegante ocupava o sofá da sala, desfrutando de uma xícara de chá gentilmente servida por sua mãe. Embora não fosse idoso, seus cabelos grisalhos conferiam-lhe uma aparência distinta e imponente. Quando Jimin entrou na sala, o homem dirigiu-lhe um sorriso caloroso, prenunciando uma conversa que certamente marcaria seu destino.

— Jimin! — Disse o homem com uma voz animada — Que bom que chegou, estava esperando ansiosamente por você. Como você está?

— Bem — Jimin o olhou desconfiado.

— Deve estar se perguntando quem sou eu — O homem se levantou e estendeu a mão para cumprimentar Jimin — Prazer em conhecê-lo, sou o Sr.Jeon, pai de Jungkook, temos assuntos de séria importância a tratar.


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Notas finais do capítulo

Dizem que sogra é ruim, mas sogro pode ser pior...

Kai também me dá medo o.O



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