Era um dia perfeito para a família Pride-Callen. A filha mais velha estava de aniversário. O primeiro ano da pequena garotinha estava bombando. E quando Sophie estava fazendo seu primeiro aniversário, sua mãe estava grávida.

Mas isso era apenas uma das melhores coisas que estava rolando. No momento, Callen estava conversando com sua prima e seu primo. Porém logo uma crise apareceu.

— Callen, tem uma garota no telefone. – Kensi entregou o aparelho e suspirou, sabendo que estava chegando uma pequena tempestade.

— Grisha Callen. – O agente falou e ouviu a voz anasalada da moça que deveria ser Elsa na festa.

— Senhor Callen, me desculpe, mas acho que não posso fazer a festa. – Ela espirou e gemeu de dor. – Me desculpe se eu fiz isso.

— Tudo bem, Giovanna. – Callen bufou um pouco. – Espero que você fique bem, ok?

Callen desligou o telefone e se sentou na cadeira que Deeks trouxe para ele.

— Más notícias? – O homem olhou para Callen. – Você está chateado.

— A menina que deveria ser a Elsa está gripada e agora há uma festa de Frozen sem uma Elsa. – Callen suspirou. – E uma fantasia completa sem uso.

— Eu sugeriria Kensi, mas atualmente ela está grávida também. – Deeks foi direto. – E a fantasia é do seu tamanho, amigo.

— Está sugerindo que eu seja a Elsa? – Callen olhou para Sam e Deeks e deu uma risada. – Talvez eu devesse pedir a Elisa...

— Ela está mais grávida que Kensi. – Deeks entregou o pacote da fantasia para Callen. – Kensi e Sam, enrolem o pessoal. Eu vou transformar o Callen em uma princesa.

Sam deu um sorriso para a dupla que entrou dentro de casa e foi seguida pela prima de Callen. Ela conseguiu fazer com que Callen usasse maquiagem e raspasse a barba.

— Eu vou avisar Elisa que você está pronto. – A garota saiu feliz.

— Você realmente está uma princesa, Callen. – Deeks bateu uma foto do amigo. – Agora, onde está a magia de Elsa?

— Deeks, quando tudo isso acabar, eu vou fazer você patrulhar o estaleiro naval. – Callen pegou sua varinha e foi em direção da festa. – Aí vou eu.

Elisa estava segurando Sophie nos braços e quase passou mal de tanto rir. Callen estava realmente bem de Elsa.

— Eu soube que temos uma aniversariante aqui. – Callen foi até Sophie e sorriu para a menina. – Assopre esse pozinho e a magia vai começar, criança.

Sophie deu um sorriso fofo e assoprou o pó e em seguida uma grande caixa de presentes apareceu, fazendo a menina pular de alegria.

Callen havia passado quase três meses fazendo uma nova casinha de bonecas para sua filha brincar.

Dentro dela, uma coleção de lápis de cor, giz de cera, canetinhas e papeis estavam esperando pela garota.

— Ei, Soph. – Elisa acenou para a pequena. – O que acha de a gente tirar uma foto antes de a Elsa ir embora?

— Ah, ela vai embora? – A voz de Sophie cortou Callen e ele então decidiu.

— Quem disse que eu vou embora? – Callen pegou a menina nos braços e sorriu. – O que acha de comer uns docinhos agora?

— SIM! – Sophie olhou para a mãe e Elisa precisou dar risadas.

Eles tinham cortado o bolo há alguns minutos quando Callen se vestiu de Elsa então estava tudo bem.

Penelope estava tirando as fotos do aniversário e Callen segurou a filha com carinho enquanto a menina mordia um pedaço de brigadeiro.

— Sorria para a câmera, querida. – Callen sorriu ao ver a filha sorriu com o rosto sujo de chocolate. – Obrigado, bela moça.

Elisa deixou Pride segurar um pouco Sophie antes de pegar a mão de Callen e levar seu marido para longe da multidão e da festa. Ela puxou a peruca fora e o beijou.

— Eu acho que eu te amo mais agora. – Elisa sorriu e colocou a mão dele em seu ventre. – Você não se importou em ficar vestido assim para a sua filha.

— Bem, Sophie, você e esse bebê são o meu mundo agora. – Ele a beijou e sorriu. – Já pensou no escândalo que seria se eles vissem a gente se beijando? Escândalo.

— Bem, eu sou uma fã de escândalos de qualquer forma. – Elisa beijou Callen e sorriu novamente. – Sabe que essa sua foto vai parar no álbum de fotos.

— E então vou dizer que eu fiz uma coisa que deixou um sorriso lindo no rosto da minha garotinha. – Ele vestiu sua peruca novamente quando Sophie correu até eles. – Olá, princesinha.

— Ei, tia. – Sophie pulou no colo de Callen. – Sabe onde meu pai está?

— Seu pai está resolvendo um problema para a Srta Elsa. – Elisa sorriu. – Porque?

— Porque ele precisa estar aqui comigo. – Sophie sorriu. – Sabe, ele é um pai espetacular. Ele me coloca para dormir e me diz que morreria por mim.

— Então que tal nós fazermos um pequeno acordo? – Callen ficou do tamanho de Sophie. – Eu posso ir embora e seu pai pode voltar. Afinal, acho que ele já terminou o que precisava fazer.

— Você vai voltar ano que vem? – Sophie entregou uma das lembrancinhas para Callen. – E eu posso ganhar uma bicicleta do meu pai?

— Sobre a bicicleta eu não posso prometer, mas com certeza eu volto no ano que vem. – Callen sorriu para a inocência da filha. – Estou indo.

— Tchau, senhorita. – Sophie pegou a mão de sua mãe e ambas voltaram para a festa.

Callen voltou para dentro, removendo a maquiagem e guardando a roupa. Ele sorriu. Se ele fosse sincero ser a Elsa valeu cada segundo apenas vendo como a pequena ficou feliz.

Voltando para a festa como ele mesmo, ele se abaixou a tempo de pegar Sophie e a girar no alto. A menina deu uma risada e Elisa bateu uma foto da cena.

Callen olhou para a filha, que se aconchegou em seu ombro e sorriu.

A festa deveria se chamar festa dos sorrisos. Ele podia ver Elisa sorrindo com carinho para ele.

E fiel a sua palavra, no ano seguinte, mesmo que a festa tivesse outro tema, Callen se vestiu novamente de Elsa. Sophie gritou de felicidade. Chris, que tinha quase um ano estava tomando sua mamadeira enquanto Elisa batia outra foto.

— O que quer dizer com “eu sabia o tempo todo”? – Callen perguntou para uma Sophie de 14 anos enquanto eles olhavam as fotos. – Eu estava bem maquiado. Foi a tia Penelope que fez a maquiagem.

— Eu só sei que sabia, pai. – Sophie sorriu. – Mesmo assim, eu adorei aqueles momentos.

— Bem, quem sabe quando você fizer aniversário de novo eu possa revirar meus tempos de princesa. – Callen brincou com a filha.

— Sério? – Os olhos da garota se iluminaram. – Vai ser perfeito, pai.

Callen piscou novamente vendo Elisa rir. Ele teria que tentar ver se ele não estava sonhando.

E adivinha? Callen usou uma fantasia de princesa naquele ano.